As projeções de crescimento para o Brasil em 2019 são uma boa notícia para o setor de seguros. Quem sair na frente e se preparar tem tudo para se dar muito bem.

Os especialistas do mercado afirmam que daqui a cinco anos o setor de seguros brasileiro terá uma cara completamente diferente da atual. Os players devem mudar, os produtos serão outros, a comercialização será mais dinâmica e a operação das seguradoras mais precisa e mais rápida.

Entre as premissas básicas para o sucesso está o redesenho das operações, com ganhos de escala, corte de custos e mais eficiência em todos os momentos do negócio.

Quem não acreditar nisso corre o sério risco de perder o “timing” e ficar fora do mercado. A velocidade das mudanças está se acelerando dia a dia e cinco anos passam muito depressa.

Se o atual governo simplesmente deixar o País andar sem atrapalhar, o Brasil crescerá mais de 3% em 2019. É uma mudança radical nos prognósticos dos economistas, mas está baseada em estudos sérios feitos por gente que vive disso e que sabe analisar as tendências.

Se tem uma notícia boa para o setor de seguros é este crescimento acima das previsões feitas até poucos meses atrás. Seguro é atividade de suporte, assim, não há como o setor se desenvolver sem que a economia cresça como um todo. O setor de seguros brasileiro tem potencial para dobrar de tamanho em relativamente pouco tempo sem que, para isso, sejam necessários novos públicos ou produtos diferentes do que temos hoje.

A penetração do setor ainda é muito baixa. Com apenas 30% das empresas contratando algum tipo de seguro, com mais de 18 milhões de imóveis sem qualquer tipo de proteção, com apenas 25% da frota de veículos segurada, o simples aumento da demanda por esses seguros é suficiente para gerar um crescimento rápido e consistente, capaz de mudar o patamar da atividade.

Com o País crescendo mais rapidamente, estas demandas se imporão naturalmente, como resultado da maior consciência da necessidade de proteção patrimonial como a melhor ferramenta para manter o ritmo do crescimento pessoal e empresarial.

O cenário fica ainda melhor se também levarmos em conta o tamanho da população, temos forte defasagem nos seguros de pessoas, nos planos de saúde privados e na previdência complementar.

Se ainda considerarmos a necessidade de obras de infraestrutura que dependem de um bom programa de seguros para sua realização, veremos que o crescimento do setor fica ainda mais tangível, como uma consequência lógica do processo de desenvolvimento nacional.

A movimentação das seguradoras pode ser sentida no novo desenho que silenciosamente vai modificando não apenas o ranking das companhias, mas, principalmente, a visão de negócio de cada uma. Já os Corretores de Seguros estão muito mais em situação de espera, como se precisassem entender o movimento das seguradoras para se posicionarem no mercado.

Pela natureza da atividade, os corretores pequenos que fazem apenas alguns seguros todos os meses, são os menos ameaçados. Em função de seus custos muito baixos e de suas relações pessoais, eles continuarão a ter espaço. A questão mais delicada fica para os corretores maiores, inclusive os grandes, que carregam estruturas mais pesadas e mais caras.

Seja através da ação de corretores dispostos a investir no negócio e inovar ou diretamente através das seguradoras, novas formas de comercialização vão surgindo e ocupando seu espaço. Essa tendência deve se acentuar e as formas tradicionais de comercialização de seguros serão cada vez mais desafiadas por novos modelos de negócios, mais baratos e com maior penetração.

Fonte: Antônio Penteado Mendonça – O Estado de São Paulo