A cobertura de diagnóstico de câncer e outras doenças graves no Brasil tem despertado interesse nas pessoas. De acordo com levantamento realizado pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), o crescimento nos seguros de doenças graves ou terminais em 2017 representou 9,66% em relação ao ano anterior, gerando um volume de prêmio da ordem de R$ 765,8 milhões. De janeiro a agosto de 2018, o valor já era de R$ 571,9 milhões, uma alta de 12,5% sobre o mesmo período de 2017.
Os seguros de doenças graves ou terminais representam pouco mais de 2% do mercado total de seguros de pessoas no país, algo em torno de R$ 24,8 bilhões até agosto/2018. O aumento da expectativa de vida tem colaborado bastante. As pessoas estão vivendo mais e todos estão sujeitos a uma doença inesperada.
As seguradoras brasileiras lançaram esse tipo de seguro há 18 anos. Além do tempo necessário para o produto tornar-se conhecido no mercado, o aumento no número de casos de câncer no Brasil, seguindo uma tendência mundial, deve ajudar a se popularizar com o tempo.
Um estudo da Agência para a Pesquisa do Câncer, entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que 18,1 milhões de novos casos de câncer serão registrados em 2018 no mundo, com um total de 9,6 milhões de mortes. Se nada for feito, segundo o órgão, as incidências vão atingir 29,4 milhões de novos casos em 2040 —crescimento de 63% nos próximos 20 anos. Já a mortalidade deve subir para 16,3 milhões até lá.
Ainda de acordo com o estudo, serão os países emergentes que mais terão aumento de casos de câncer, com um avanço expressivo de 62% até 2040 e um total de 10 milhões de novos diagnósticos da doença. O Brasil deve registrar ao todo 559 mil novos casos de câncer em 2018, com 243 mil mortes. Até 2040, a entidade estima que a doença pode sofrer um aumento de 78,5% no país, um dos maiores saltos entre as principais economias do mundo. Isso significa que 998 mil novos diagnósticos de câncer serão registrados por aqui no período.
Diversas seguradoras oferecem proteção contra câncer e outras doenças graves. As características específicas dos produtos variam de seguradora para seguradora, mas, no geral, são seguros de vida que proporcionam uma indenização mediante diagnóstico da doença, que equivale a um percentual do prêmio contratado em caso de morte. O uso da indenização por doença grave não anula a validade do seguro de vida —ou seja, se ocorrer a morte do segurado durante a vigência do contrato, mesmo que a indenização por doença já tenha sido paga, os beneficiários receberão uma nova indenização.
Em comum, os produtos de todas as seguradoras preveem que o segurado não esteja previamente diagnosticado com a doença antes da contratação do seguro. É o próprio segurado que atesta isso ao adquirir o serviço e as seguradoras só vão investigar a veracidade da informação prestada em caso de abertura de sinistro. Também é comum que as seguradoras estabeleçam um período de carência para a solicitação de indenizações, que varia de acordo com as regras aplicadas por cada uma delas.
No mercado internacional, a cobertura de doenças graves não é mais tendência. No Brasil, tem ganhado relevância nos últimos 3 anos. Quando o segurado recebe o diagnóstico, independentemente do nível da doença, recebe a indenização e pode usar o dinheiro para o que quiser. Pode usar, por exemplo, para complementar o tratamento coberto pelo plano de saúde, contratar enfermeira, melhorar a infraestrutura em casa ou viajar. A indenização em caso de diagnóstico de câncer equivale, de um modo geral, a 50% da indenização contratada para caso de morte.
O mercado de seguro de vida tem crescido bastante. Por conta do envelhecimento da população, as doenças tem crescido. Segundo especialistas, uma em cada três pessoas vai ter uma doença grave na vida. A população vive mais e sofre com as doenças do envelhecimento. As mulheres têm filhos mais tarde e precisam proteger a sua renda e a de seus filhos, que ainda vão ser muito novos quando elas envelhecerem. Uma mulher que engravida aos 40 anos terá 70 anos quando seu filho tiver 30 anos e estiver recém começando a construir patrimônio.
Vale a pena contratar um seguro contra câncer?
Especialistas do mercado são categóricos ao afirmar que já passou da hora das pessoas pensarem no seguro de vida como item básico no planejamento financeiro. Se a cobertura também abranger o diagnóstico de câncer e outras doenças graves, melhor ainda, já que a população está cada vez mais velha e a probabilidade de se ter um problema de saúde no futuro é cada vez maior.
Um dos mitos que mais afastam o interesse pelo produto costuma ser o preço. Muitas pessoas não veem problema em gastar R$ 2 mil no seguro de um automóvel por ano, mas não gastam 10% desse valor em uma proteção para si próprio e para sua família.
Já quando decidem contratar um seguro, a maior dificuldade das pessoas é com a escolha do tamanho da cobertura. Não existe uma fórmula para fazer essa conta. Comece calculando todos os gastos que você tem na vida e quanto eles custam por mês, para manter todas as pessoas que dependem de você financeiramente. Lembre-se de que, no caso do seguro para câncer, a indenização pelo diagnóstico não é de 100% do valor da cobertura, então isso deve ser levado em consideração na hora da escolha.
Em seguida, estime por quanto tempo sua família precisaria desse dinheiro para se manter sem você, até se reestruturar. Se não tem tanto dinheiro assim para bancar um seguro com uma indenização tão alta, invista em um produto que pague, pelo menos, um ano de despesas. Lembre-se de incluir na conta sua renda investida em aplicações financeiras, se tiver, e suas dívidas que ficarão para a sua família pagar. Se achar muito difícil fazer essa conta sozinho, os consultores da SICCS podem te ajudar.
Faça uma revisão a cada cinco anos para entender se a cobertura contratada continua adequada para a sua necessidade. O tamanho da indenização que você precisa pode aumentar ou diminuir com o tempo, conforme o que acontecer na sua vida. Quando os seus filhos se tornarem independentes financeiramente, por exemplo, você poderá pagar um seguro mais barato, com uma indenização menor.
Que cuidados é preciso para contratar um seguro de vida?
É importante que você saiba exatamente que pacote de coberturas está contratando, pois eles podem ser muito diferentes um do outro. Converse com um consultor da SICCS para que ele possa auxiliar você a entender o que precisa. A SICCS trabalha com as principais seguradoras do mercado e poderá te apresentar a melhor solução entre os diferentes produtos comercializados.
A pesquisa de mercado realizada pela equipe SICCS é essencial para comparar preços e coberturas. Observar as exclusões mencionadas no contrato ou algum tipo de carência que a apólice possa apresentar, mesmo estando em dia com o pagamento, são pontos importantes a serem observados durante essa análise.
Outro aspecto importante é o preenchimento da Declaração Pessoal de Saúde (DPS). Seja o mais sincero possível com todas as informações sobre a sua condição de saúde, mesmo que corra o risco do seguro ficar mais caro pois, em caso de má-fé, a seguradora poderá recusar o pagamento da indenização.
Se você tem interesse em conhecer ou conversar um pouco sobre o assunto, procure um dos nossos consultores pelo e-mail contato@siccseguros.com.br.
Fonte: Exame