Seguro não é produto, é serviço.
Existem no marketing correntes “teóricas” que defendem que não existem produtos, só serviços. A ideia desses pensadores é que nada, ou praticamente nada, seria adquirido por aquilo que é fisicamente, materialmente: nunca só pelo formato, composição, ação, função, efeito, cor, cheiro, sabor etc.
Todos os assim chamados produtos seriam, digamos, composições de serviços formatadas ou concentradas em objetos, em coisas. Assim, o fabricante de uma bolacha usaria a “plataforma” feita de farinha de trigo, açúcar e outros ingredientes para entregar “serviços” como nutrição e sabor (no caso, mais sabor que nutrição, quase sempre, daí o alto índice de reprovação dos nutricionistas).
É um pensamento interessante, mas no mínimo controverso: induz a certa confusão ou abrangência excessiva envolvendo os próprios conceitos de produto e de serviço. Se a nutrição e o sabor são a própria razão de existir da bolacha, o que lhe dá consistência e existência, e também a motivação do consumidor para comprá-la, por que chamar o que ela “entrega” de serviço?
Mas contorcionismos de raciocínio como esse, ainda que interessantes, não fazem nenhum sentido em outras atividades humanas e econômicas. Ninguém duvida ou questiona que um restaurante, por exemplo, oferece um serviço (alimentação fora de casa), ainda que para isso entregue à mesa de seus clientes inúmeros produtos (carnes, vegetais, massas, cereais, bebidas).
Nesta categoria – os serviços – estão os seguros, tanto pessoais quanto corporativos. Em troca de um valor relativamente pequeno, investido de forma programada, quem contrata um seguro ganha direito a um valor consideravelmente maior caso algum dos riscos previstos na apólice se concretize. A “segurança do seguro” é, até certo ponto, impalpável, pois consiste em palavras lançadas num documento – um contrato.
Portanto, um seguro não é um objeto, algo que se possa tocar, pegar, carregar, levar para algum lugar, estocar, guardar numa gaveta ou num armário. Isso não quer dizer que não exista, ou que não tenha efeitos na realidade. Ao contrário, quanto mais confiável for a empresa que o fornece, mais reais serão seus benefícios. E com certeza é bem perceptível a disposição emocional e intelectual de quem conta com uma cobertura adequada.
Outro aspecto que define bem claramente que os seguros têm como natureza a área de serviços é o conjunto de atividades periféricas à apólice em si – mas nem por isso, nem de longe, menos relevantes. Ações como compreensão das necessidades do indivíduo ou da empresa segurada, e qualidades como competência técnica e experiência no segmento, para identificar a oferta com melhor custo-benefício, são fundamentais para a satisfação do cliente e o sucesso de quem disponibiliza a contratação do seguro.
Ainda que as categorias de apólice (individual/pessoal de vida, casa, auto, e corporativos de vários tipos) sejam chamadas de “produto” no jargão da área, é serviço, a começar pela própria apólice, o que se está contratando ao se adquirir um seguro. Ter plena consciência dessa natureza e vocação é que diferencia as boas corretoras das ruins, ou daquelas apenas medianas e burocráticas.
Na SICCS, direcionada a seguros corporativos, e seu braço de seguros pessoais, a SICCS+ Seguros, essa autopercepção levou ao desenvolvimento de uma dinâmica diferenciada de atendimento, em que o domínio do segmento se combina e complementa com uma visão acurada de cada caso e o tratamento de alto padrão que todo cliente merece receber. Tanto é que gostamos de nos definir como uma boutique de seguros, um lugar no qual se vai buscar – e encontrar – algo bom e especial, entregue de forma única.
Não são números que entram por nossas portas (ou se conectam em nossas salas de Zoom), mas sim gente, empenhada e engajada com sua vida, seus negócios, seus afetos, seus amores e valores. Pessoas, que, como nós, lutam para extrair o melhor se si e das circunstâncias, construindo uma existência plena e feliz.
Além das melhores opções em seguros, damos a elas um tratamento à altura.
Aplicativo Conecte SUS: o controle da vacinação contra a Covid-19 na palma da mão; saiba como usar.
Ferramenta do Ministério da Saúde dá acesso à Carteira Nacional Digital de Vacinação, facilitando monitoramento e controle da aplicação das doses no Brasil
Ministério da Saúde está incentivando a população a baixar o Conecte SUS, aplicativo que registra a trajetória de quem busca atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), para facilitar o monitoramento da vacinação contra a Covid-19 no país. No app é disponibilizada a Carteira Nacional Digital de Vacinação, ferramenta que permite que usuários e profissionais de saúde façam um acompanhamento da imunização no país.
Assim que receber a vacina, quem for cadastrado no sistema vai ter a dose registrada no Conecte SUS. Na palma da mão e em tempo real, o usuário poderá consultar o tipo de vacina aplicada, o lote de fabricação e a data em que a dose foi tomada. A partir daí, o cidadão e o profissional de saúde também saberão o dia exato de aplicação de uma possível segunda dose. Esse mapeamento também vai evitar que uma pessoa tome doses de laboratórios diferentes.
O formato digital permite que os brasileiros consultem todas as vacinas aplicadas nas redes pública e privada – não só a da Covid-19 – deixando para trás as antigas carteirinhas de vacinação de papel, que podem sofrer rasuras ou até serem perdidas com o tempo.
Além da carteira de vacinação digital, o Conecte SUS também mostra dados de atendimentos e internações do paciente, permite a consulta de medicamentos e exames realizados, como o de detecção da Covid-19, por exemplo, e dá acesso ao formato digital do Cartão Nacional de Saúde, mais conhecido como Cartão SUS, que é o documento de identificação do usuário da rede pública de saúde.
COMO FAZER O CADASTRO
O cadastro no Conecte SUS é simples, feito em poucos minutos com número do CPF ou da Carteira Nacional de Saúde. Basta entrar na loja de aplicativos do seu celular ou tablet e fazer o download de forma gratuita. O registro também pode ser feito em qualquer computador com acesso à internet através do site conectesus-paciente.saude.gov.br – pelo portal, o usuário também consegue acessar a ferramenta. Até o momento, mais de 8,5 milhões de downloads já foram realizados.
O Ministério da Saúde esclarece que não é obrigatório ser usuário do Conecte SUS para ser vacinado contra a Covid-19. Caso você não tenha o aplicativo, é só levar ao posto de saúde um documento de identificação com número do CPF, na hora em que você for convocado para tomar a dose, de acordo com os grupos prioritários. No local, também poderá ser feito o cadastro na base de dados do Ministério da Saúde, caso seja necessário.
Já os indivíduos com comorbidades serão pré-cadastrados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). Aqueles que não tiverem sido pré-cadastrados poderão apresentar comprovante que demonstre o pertencimento a um dos grupos de risco (exames, receitas, relatório médico, etc.) no momento da vacinação.
Fonte: Ministério da Saúde.
Janeiro Branco alerta para importância de cuidados com a saúde mental.
Neste mês da campanha Janeiro Branco, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) chama a atenção para a importância dos cuidados com a saúde mental, que vem sendo afetada em todo o mundo pela pandemia do novo coronavírus. Em março do ano passado, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) já advertia, em artigo internacional publicado no ‘Brazilian Journal of Psychiatry’, que a pandemia traria uma quarta onda relativa às doenças mentais.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas, equivalentes a 5,8% da população, atrás dos Estados Unidos, com 5,9%. A depressão é uma doença que afeta 4,4% da população mundial. O Brasil é ainda o país com maior prevalência de ansiedade no mundo (9,3%).
Esta é a 8ª edição da campanha Janeiro Branco, com o lema “Todo Cuidado Conta”. A ação deste ano busca promover um pacto pela saúde mental em meio à pandemia da covid-19. A ideia da campanha foi criada em 2014, por um grupo de psicólogos de Uberlândia (MG), e faz alusão ao início do ano, considerando janeiro como uma “página em branco” para ser preenchida com novas metas, objetivando o bem-estar da saúde mental.
Ansiedade e depressão
De acordo com a ANS, a saúde mental provoca reflexos também na economia, constituindo causa de afastamento do trabalho e caracterizando muitas vezes a pessoa como incapaz. Pesquisa realizada pelo professor Alberto Filgueiras, do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) sobre o comportamento dos brasileiros durante o isolamento revelou que a prevalência de pessoas com estresse agudo na primeira coleta de dados, realizada de 20 a 25 de março de 2020 foi de 6,9% contra 10,3%, na segunda, efetuada entre 15 e 20 de abril, evoluindo em junho, na sondagem mais recente, para 14,7%.
Para depressão, os números saltaram de 4,2% para 8%, caindo em junho para 6,6%. Filgueiras disse à Agência Brasil que essa retração não recuperou o crescimento inicial. O professor da Uerj acredita que exista uma tendência de queda da depressão, porque ela estava mais associada aos aspectos de isolamento social e de confinamento. No caso de crise aguda de ansiedade, o número subiu de 8,7% na primeira coleta para 14,9%, na segunda coleta, ficando em torno de 15%, em junho. “Já a ansiedade parece estar mais ligada a risco de morte, de contaminação, e às incertezas que o futuro está nos apresentando, principalmente em termos de dificuldade econômica”. Segundo Filgueiras, a questão da vacina contribui também para aumentar a ansiedade.
Para o professor da Uerj, os dados relacionados ao pico da epidemia já foram coletados. Afiançou que, agora, estamos no período de diminuição da curva
Planos de saúde
Na avaliação da ANS, os dados comprovam a importância de se ampliar o debate e os meios para enfrentamento dos transtornos mentais, que constitui também um desafio para a saúde suplementar. Em 2019, os beneficiários de planos de saúde no Brasil realizaram cerca de 29 milhões de procedimentos relacionados ao cuidado em saúde mental, aumento de 167% contra os números apresentados em 2011.
O Mapa Assistencial da Saúde Suplementar mostra que as consultas psiquiátricas por mil beneficiários de planos de saúde subiram 80% entre 2011 e 2019, enquanto as consultas de psicologia por mil beneficiários evoluíram 199% e as consultas e terapia ocupacional também por mil beneficiários subiram 276%. Ainda no período compreendido entre 2011 e 2019, as internações psiquiátricas por 100 mil beneficiários cresceram 152% e as internações em hospital/dia de saúde mental por 100 mil beneficiários aumentaram 383%.
Em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), a ANS está fazendo pesquisa quantitativa junto a empresas contratantes de planos de saúde para abordar, entre outros temas, as ações para cuidados com a saúde mental dos trabalhadores da indústria durante a pandemia e no cenário pós covid-19.
Saúde mental x pandemia
O cenário de pandemia acentuou o sofrimento psíquico na população provocado pelo isolamento decretado em função da pandemia. Fatores que influenciam o impacto psicossocial estão relacionados à magnitude da epidemia e ao grau de vulnerabilidade em que a pessoa se encontra no momento. A ANS advertiu, entretanto, que nem todos os problemas psicológicos e sociais apresentados poderão ser qualificados como doenças. A maioria será classificada como reações normais diante de uma situação anormal. Reações comuns diante deste contexto englobam sentimento de impotência e desamparo perante os acontecimentos, solidão, irritabilidade, angústia, tristeza, raiva, salientou a Agência.
Recomendações
Em caso de sofrimento intenso, a procura por ajuda especializada é primordial. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica, se não for feita nenhuma intervenção específica para as reações e sintomas manifestados. A própria mudança da rotina habitual contribui para o desencadeamento de reações e sintomas de estresse, ansiedade e depressão. Há ainda maior probabilidade de ocorrência de distúrbios do sono, abuso de substâncias psicoativas e ideação suicida, além do agravamento de transtornos mentais preexistentes e exposição a situações de violência para pessoas que ficam expostas à presença de agressor no domicílio, especialmente mulheres.
Uma série de cartilhas lançada pela Fiocruz faz recomendações para o enfrentamento dos desafios da saúde mental. Algumas delas sugerem que a pessoa reconheça e dê acolhimento a seus receios e medos, procurando outras pessoas de confiança para conversar; a retomada de estratégias e ferramentas de cuidado que tenham sido usadas em momentos de crise ou sofrimento e ações que trouxeram sensação de maior estabilidade emocional; investir em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo, entre os quais meditação, leitura, exercícios de respiração, artesanato; estimular ações compartilhadas de cuidado, evocando a sensação de pertencimento social, como as ações solidárias e de cuidado familiar e comunitário.
A Fiocruz recomenda também que a pessoa mantenha ativa a rede sócio afetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas; evite o uso do cigarro, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções; busque um profissional de saúde quando as estratégias utilizadas não estiverem sendo suficientes para sua estabilização emocional. Se a pessoa estiver trabalhando durante a pandemia, deve ficar atenta a suas necessidades básicas, garantindo pausas durante o trabalho e entre os turnos.
Fonte: Agência Brasil
Distrações do Home Office.
Trabalhar em casa pode parecer, à primeira vista, um sinônimo de produtividade: sem perdas de tempo com trânsito, sem distrações de colegas, sem chefes com exigências de última hora, autonomia total nos horários etc. Enfim, um paraíso. Porém, ao trabalhar em casa, qualquer profissional se depara, rapidamente, com um enorme desafio: a disciplina para manter o foco e para evitar tanto desgaste como distrações.
Pensando nisso, aqui estão algumas sugestões para escapar de tentações enquanto em Home-Office:
Não misture lazer com trabalho.
Mesmo que você tenha montado seu escritório num cômodo específico da casa, é imperativo que ele seja usado apenas para o trabalho. Mantenha a área de lazer separada – e isso inclui a televisão, videogames e outras formas de entretenimento. O seu ambiente de trabalho deve ser separado ao máximo em sua casa e sua família deve ser educada para respeitar o seu horário de trabalho.
Estabeleça pausas regulares
Sabe aquela hora do cafezinho, quando você trabalhava no escritório? Pois é, ela é fundamental para manter a sua produtividade. Mesmo estando em casa, você não deve abdicar dela.
Configure a Internet para trabalhar
Existem várias formas de driblar a avalanche de distrações que a Internet oferece, desde evitar o uso de aplicativos que causam interrupções constantes até sistemas de rastreamento do tempo despendido nas tarefas.
O mais importante é definir horas certas para lidar com os sistemas de mensagens instantâneas, reduzir o número de vezes que você checa seu e-mail e responde suas mensagens, separar tempo para pesquisar conteúdo na web e também para se atualizar com as notícias de seu setor. Tudo isso inserido numa rotina que amplie sua produtividade.
Não se torne um “Super-homem”
Lembre-se que mesmo trabalhando em casa, você será mais produtivo se mantiver seu foco no que é importante e no que faz bem. Transfira para a secretária da empresa ou mesmo para um assistente virtual todas as tarefas (principalmente os afazeres pessoais que pipocarão à volta de seu home-office), além das coisas que tomam tempo e que não precisam ser executadas por você.
Com isto, além de hábitos saudáveis que melhorarão sua qualidade de vida, você manterá níveis de produtividade acima da média, o que será algo positivo pra você e para sua empresa.
Cuidados com o coração: entidades brasileiras lançam orientações sobre volta aos exercícios após infecção pelo coronavírus.
Mesmo em casos leves, o coronavírus pode afetar o coração. Para piorar, essa falha muitas vezes passa despercebida e traz graves consequências somente durante a atividade física. A recomendação é procurar o médico e fazer uma avaliação antes de retomar rotina de treinos.
Levantamentos realizados ao redor do mundo calculam que até 16% dos pacientes com covid-19 apresentam algum tipo de complicação cardíaca. Os danos ao coração independem do grau da doença: mesmo os quadros mais leves podem trazer prejuízos ao sistema cardiovascular.
O problema é que, muitas vezes, essa sequela no peito não dá sintoma algum e a pessoa só vai sentir suas consequências ao exigir um trabalho extra do sistema cardiovascular.
Isso acontece, por exemplo, durante uma atividade física: o coração precisa bater mais para bombear sangue aos músculos e, se tiver com algum dano provocado pelo coronavírus, pode funcionar mal e até pifar.
Foi para evitar que isso aconteça que a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) fez uma parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) para lançar a primeira diretriz sobre o retorno aos exercícios com segurança após a covid-19.
“Sentimos a necessidade de orientar nossos colegas médicos e toda a população que faz alguma atividade física sobre como minimizar qualquer problema”, justifica a médica Cléa Simone Colombo, representante da SBC e uma das autoras do documento recém-lançado.
Entre as recomendações mais importantes, o destaque é marcar uma consulta com um médico, que vai pedir alguns exames cardiológicos antes de liberar a realização de qualquer esforço mais intenso.
Mas como o coronavírus afeta o coração?
Foi-se o tempo em que a covid-19 era encarada apenas como uma doença respiratória. Hoje em dia, sabe-se que ela não se limita aos pulmões e tem diversas repercussões no organismo, com ataques ao intestino, aos rins, ao cérebro e, claro, ao coração.
No músculo cardíaco, o Sars-CoV-2, vírus responsável pela pandemia atual, tem uma ação direta e indireta. Em primeiro lugar, o patógeno pode se alojar ali e devastar as células do órgão.
Segundo, a infecção gera uma resposta desmedida do sistema imune. Isso, por sua vez, leva a um estado de inflamação que prejudica o funcionamento de várias partes do corpo (entre elas, o próprio sistema cardiovascular).
“Esses processos podem levar a uma miocardite, com o surgimento de áreas com cicatrizes e fibroses que estão relacionadas a arritmias”, desvenda o médico Marcelo Leitão, ex-presidente da SBMEE e outro responsável pela diretriz recém-publicada.
A arritmia nada mais é do que um descompasso nas batidas que permitem o coração contrair para bombear sangue pelas artérias. Num momento de esforço, o órgão precisa trabalhar com muita rapidez e eficiência, já que aumenta a demanda por oxigênio e nutrientes do corpo inteiro.
É exatamente numa situação dessas em que esse desajuste cardíaco pode dar as caras. “A miocardite é uma das causas de morte súbita mais frequentes”, observa Colombo.
Estima-se que um piripaque desses possa acontecer até 60 dias após o diagnóstico e a recuperação da covid-19.
Os estudos feitos durante a pandemia mostram que as complicações cardiovasculares relacionadas ao coronavírus aparecem mesmo nos quadros mais leves. A infecção pode ser um fator que piora uma doença cardíaca pré-existente, mas também é o gatilho para o surgimento de uma enfermidade no peito em cerca de 12% dos pacientes.
Como se proteger?
O documento assinado pelas duas sociedades médicas é taxativo: antes de voltar a praticar qualquer esporte, todo mundo que teve covid-19 precisa passar por uma avaliação médica. “O profissional vai analisar o quadro de acordo com a gravidade da infecção, fazer um exame físico no consultório e pedir alguns testes complementares”, descreve Leitão.
Os especialistas indicam que todos os recuperados realizem ao menos o eletrocardiograma, um exame simples que mede como está a atividade elétrica do coração — que é responsável por regular os batimentos deste músculo.
Agora, para os casos mais graves ou para os atletas profissionais e praticantes de esportes competitivos, o check-up depois da covid-19 precisa ser mais completo.
Além do eletrocardiograma, a diretriz lista outros exames, como a dosagem no sangue da troponina (uma proteína que fica alterada quando o coração não está bem), o teste ergométrico (aquele feito numa esteira para medir a resistência física, cardíaca e pulmonar), o holter (que mede a pressão arterial durante 24 horas) e até uma ressonância magnética.
Se os resultados estiverem ok, a pessoa está liberada para retomar os treinamentos. Caso apareça alguma alteração ou seja diagnosticada a tal da miocardite, é importante aguardar mais um pouco. “Geralmente o paciente precisa ficar entre três e seis meses de repouso e fazer algumas reavaliações nesse meio-tempo para ver como a situação evolui”, diz Colombo.
O recomeço e os cuidados básicos.
Para aqueles que receberam o sinal verde para voltar à academia, à pista, ao ginásio ou aos gramados, é importante pegar leve no início. Não dá pra empregar o mesmo ritmo de antes da pandemia, pois o corpo está desacostumado e perdeu condicionamento nos últimos meses.
“O retorno precisa ser gradativo e vale fazer um fortalecimento muscular antes de partir para o treinamento aeróbico, como correr ou andar de bicicleta”, sugere Colombo. Ter a orientação de um profissional de educação física é ainda mais essencial neste momento.
Não custa reforçar também as medidas básicas de proteção contra o coronavírus. Procure fazer exercícios em casa ou em lugares abertos, como parques, praças e clubes, com boa circulação de ar.
As dicas continuam: use máscaras antes e após o treino. Não pare para conversar com outras pessoas e mantenha sempre uma distância mínima de 2 metros dos outros praticantes de exercícios. Por fim, lave as mãos com água e sabão e desinfete objetos que vá utilizar no treino com álcool em gel ou álcool 70%.
Essas recomendações continuam a valer mesmo se você já teve covid-19, pois ainda não se sabe ao certo quanto tempo dura a imunidade contra o coronavírus e há sempre o risco de levar e transmitir o agente infeccioso para as pessoas ao seu redor.
Cabe uma reavaliação?
“Se, durante ou após o exercício, você sentir muito cansaço e estiver com palpitação, falta de ar ou dor no peito, consulte um profissional de saúde novamente”, destaca Leitão. Esses podem ser sinais de algo errado no sistema cardiovascular.
Caso esteja tudo bem e o ritmo das atividades está evoluindo sem percalços, os especialistas das duas sociedades médicas pedem que todo mundo passe por uma reavaliação dois ou três meses após a liberação inicial. Assim, é possível ter certeza que não surgiram novos problemas.
Afinal, ainda há muita coisa que não se sabe sobre o coronavírus e seus efeitos em longo prazo. Para evitar surpresas desagradáveis no coração, o melhor caminho é sempre ter cuidado em dobro.
Fonte: G1
Má alimentação e Baixo Rendimento.
Uma das principais causas de muitas doenças é a má alimentação. Além de contribuir para que a saúde dos colaboradores não esteja em dia, a nutrição de qualidade ruim pode afetar negativamente o rendimento.
Doenças como hipertensão, aumento nos níveis de colesterol e excesso de peso podem surgir e comprometer a qualidade de vida das pessoas. Muitas vezes, devido à falta de uma alimentação balanceada.
Do que se trata a proposta de reeducação alimentar?
A reeducação alimentar, não se trata apenas de uma consulta com um nutricionista, de modo que o profissional passe uma dieta específica para cada um. Ela diz respeito a um processo bem mais completo e transformador, que modifica não só a dieta diária, como também a relação dele com os alimentos.
Quem se reeduca tem outra visão sobre a comida e dificilmente a utiliza para preencher espaços e necessidades emocionais, por exemplo.
Um dos pontos principais da proposta de reeducação alimentar é a ideia de que é possível comer de tudo, mas evitando os exageros. Ou seja, de forma equilibrada. O que faz parte da cultura de um indivíduo não precisa, necessariamente, ser eliminado. A proposta é mudar os hábitos e as quantidades dos alimentos ingeridos.
A reeducação não significa entrar em uma dieta restritiva, cortando todos os alimentos que uma pessoa gosta de comer. Ao elaborar o plano estratégico, sempre é levado em conta o estilo de vida do paciente, suas preferências e também suas doenças preexistentes.
Qual é a relação entre a má alimentação e o baixo rendimento?
Alguns alimentos têm funções determinadas em nosso organismo, ativando os estados de alerta, sua concentração e também sua disposição. A alimentação correta pode fornecer aos colaboradores mais energia em suas atividades e, consequentemente, alterar para melhor os níveis de produtividade e otimizar o trabalho.
Quando os níveis de energia estão alterados, é possível prevenir diversas doenças. Determinados alimentos promovem a melhora dos níveis de glicemia e do perfil lipídico, que não só beneficiam a disposição como promovem o emagrecimento. Uma dieta pobre em ferro, por sua vez, afeta a capacidade de atenção de um indivíduo.
Outro ponto interessante: o consumo excessivo de açúcar, por exemplo, pode aumentar diretamente os níveis de estresse. Quando o colaborador substitui esse consumo por alimentos ricos em vitamina B5 e altos níveis de cortisol (ovos, abacate, nozes), o estresse pode ser reduzido. As reações mentais são reforçadas.
As intervenções feitas por sua empresa, podem auxiliar o colaborador mediante um diagnóstico nutricional e uma análise de recordatórios alimentares. Ou seja, uma coleta de dados sobre a alimentação diária de cada um deles. Uma ferramenta essencial no acompanhamento de um nutricionista — e que melhora rapidamente os resultados.
Adotar melhores hábitos é fundamental, não somente no ambiente corporativo, mas para toda a vida. Promova o bem-estar corporativo com o auxílio de serviços especializados e invista no acompanhamento nutricional dentro da sua empresa.
Fonte: Beecorp
Uso indiscriminado de Medicamentos e Automedicação no Brasil.
Em uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia, realizada em 2019, 77% dos entrevistados afirmaram tomar remédio por conta própria. Hábito de muitos brasileiros, se automedicar em tempos de COVID-19 pode ser ainda mais perigoso. Isso porque ainda não existe vacina para o novo coronavírus, e os estudos sobre medicamentos eficazes no tratamento da doença não são 100% conclusivos. Por isso, o mais seguro, sempre, é buscar orientação de um profissional médico antes de se medicar.
RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO EM GERAL
- Antitérmicos e analgésicos que você costuma ter em casa podem aliviar os sintomas de febre e dor, mas, se ingeridos em quantidades elevadas, oferecem riscos como intoxicação e reações alérgicas.
- Antibióticos devem ser usados apenas após a prescrição do médico, e os pacientes precisam sempre seguir a orientação das dosagens e do modo de usar. Do contrário, segundo a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) , o uso indiscriminado de antibióticos pode tornar bactérias resistentes a esses medicamentos, comprometendo sua eficácia.
- O ácido acetilsalicílico (popularmente conhecido como aspirina), por exemplo, não deve ser usado em quadros suspeitos de dengue, pelo risco de hemorragias.
- Lembre-se: o uso indiscriminado de medicamentos sem indicação médica pode produzir reações alérgicas, dependência e, em casos mais extremos, levar à morte.
NO CASO DA COVID-19
É importante lembrar: ainda não há vacina para a COVID-19. Em relação a medicamentos, ainda estamos na fase de estudos científicos para demonstrar a possível eficácia no combate à doença. Por isso, antes de fazer uso de qualquer medicação, é importante buscar orientação médica. Até mesmo os medicamentos para aliviar sintomas precisam ser ministrados com cuidado, evitando o risco de camuflar uma possível evolução da doença e retardar a procura por atendimento hospitalar. Medidas seguras e caseiras, como fazer repouso, tomar bastante água e comer alimentos leves, também ajudam na recuperação.
Além disso, lembre-se sempre de que o isolamento social, as medidas de higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel, além do uso de máscara ainda são as maneiras mais eficazes de evitar o contágio e a proliferação do vírus.
HIDROXICLORIQUINA
Não há evidências científicas que comprovem a eficácia do medicamento no tratamento da COVID-19. Além disso, a hidroxicloroquina, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunologia, pode causar alteração da frequência cardíaca, hipoglicemia e outras complicações graves. A Organização Mundial da Saúde aconselha o uso da substância até mesmo como forma de prevenção.
DEXAMETASONA
Estudo da Universidade de Oxford revelou que o corticoide dexametasona reduziu em cerca de um terço as taxas de mortalidade entre pacientes entubados com o novo coronavírus. Os mesmos benefícios não foram constatados nos quadros leves de COVID-19. O medicamento não deve ser usado na prevenção da doença.
IVERMECTINA
A ivermectina é uma medicação utilizada para piolho e sarna e tem levado muita gente às farmácias em busca de um método preventivo ou tratamento precoce para COVID-19 sem prescrição médica. Em diversos alertas oficiais, órgãos como a OMS e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária afirmam que não existem estudos claros e conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento do novo coronavírus, além de esses remédios também apresentarem efeitos colaterais.
ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS
Esse grupo de medicamentos pode ser utilizado para controlar a temperatura e aliviar incômodos no corpo de pessoas que contraíram o novo coronavírus. Mas é importante tomar cuidado. A agência Nacional de Vigilância recomenda que pessoas com a COVID-19 que fizerem uso desses medicamentos prestem atenção se os sintomas não pioram ou se prolongam, de forma a não mascarar sintomas da doença e adiar a procura por ajuda hospitalar.
OUTRAS SUBSTÂNCIAS
Medicamentos como o remdesivir e a azitromicina estão em fase de testes para casos de COVID-19. Algumas delas já são usadas em protocolos hospitalares, mas não devem ser ingeridas sem indicação médica.
Fonte: SAS
Por mais acesso ao tratamento do diabetes com a cirurgia metabólica.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente mais de 13 milhões de pessoas vivendo no país com a doença, um número que tende a aumentar. No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis, caso da obesidade e do próprio diabetes, são responsáveis por mais de 70% das mortes, principalmente por causas cardiovasculares, como infartos e derrames. Inquestionavelmente, as pandemias deste século são a obesidade e o diabetes.
O controle do diabetes em nosso país é preocupante. Estima-se que 75% dos pacientes não conseguem obter o controle adequado da glicemia. Isso mesmo com o aparecimento de novos remédios. O diabetes, assim como a obesidade, é uma doença crônica e progressiva e, em um bom número de pacientes, os medicamentos têm seus limites de eficácia. Outro dado importante é que, em doenças marcadas pela utilização de drogas orais ou injetáveis de uso contínuo, eventualmente várias vezes ao dia, a adesão ao tratamento vai progressivamente diminuindo.
Recentemente, a pandemia de Covid-19 chamou ainda mais nossa atenção para os casos de obesidade e diabetes, pois foram aqueles com o maior risco de evoluir para as formas graves da infecção e morte pelo coronavírus. Em suma, ficou mais evidente do que nunca que precisamos tratar essas doenças com rigor.
Diversas pesquisas demonstraram que cirurgias no aparelho digestivo têm efeitos importantes sobre o controle do diabetes. Essas operações são chamadas de cirurgias metabólicas. Além do impacto na glicemia, estudos apontam que o procedimento melhora o controle da doença renal decorrente do diabetes e reduz a mortalidade por problemas do coração. Tudo isso com menos medicações e muita segurança.
A cirurgia metabólica já é coberta por planos de saúde para algumas indicações, de forma que já existe uma estrutura de atendimento que beneficiaria esses pacientes com obesidade e diabetes tipo 2. Por essas razões, foi recomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2017.
Cerca de 47 milhões de brasileiros são beneficiários de planos de assistência médica em todo o país. E a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define uma lista mínima de procedimentos que os convênios devem obrigatoriamente oferecer aos consumidores. É nesse contexto que se propôs a incorporação da cirurgia metabólica para pacientes com obesidade leve e diabetes não controlado.
O parecer preliminar da ANS foi negativo, mas existe a chance de reverter a recomendação e sensibilizar o órgão sobre o papel e a relevância do procedimento. Uma das etapas mais significativas para essa tomada de decisão se dá por meio da opinião da população, o que é feito através de uma consulta pública em andamento.
Garantir acesso ao melhor tratamento é fundamental para todo cidadão. A cirurgia metabólica é a última alternativa para pacientes com diabetes tipo 2 fora de controle antes de desfechos como amputações, cegueira, diálise, infarto, derrame e mesmo morte.
Fonte: Veja Saúde.
Brasileiro consome muito sal, mas não tem consciência da quantidade excessiva.
Você tem ideia da quantidade de sal que consome diariamente? Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE), o consumo de sal do brasileiro excede em quase duas vezes o limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é cinco gramas por dia. A média nacional é de 9,3 gramas. Apesar disso, apenas 12% dos brasileiros adultos tem a consciência da alta ingestão de sal na alimentação diária.
A falta de consciência é um perigo para a saúde ! O consumo excessivo do sal está relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras. Doenças silenciosas que podem matar de forma precoce.
O sal é o principal fator de risco dietético que existe no mundo, incluindo Brasil. Ele tem uma associação direta com doenças cardiovasculares mediadas por hipertensão. E a prevenção para estes problemas, é reduzir o consumo de sal, seja na adição de alimentos no momento do preparo, mas também aqueles escondidos nos alimentos processados e ultraprocessados.
A hipertensão obriga o coração a exercer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A doença é um dos principais fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. No Brasil, ela é diagnosticada em cerca de 33 milhões de brasileiros. Destes, 80% são atendidos na rede pública de saúde.
O sal é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e isso representa muito custo para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para sociedade, porque pessoas adoecem e morrem prematuramente.
Grande parte do sal consumido pelos brasileiros vem da adição do sal de cozinha aos alimentos, no preparo e no consumo. Além disso muitos alimentos industrializados possuem quantidades mais altas de sódio (componente do sal relacionado ao risco de hipertensão). Itens como temperos prontos, presuntos, mortadelas, salame, macarrão instantâneo salgadinhos de pacote colaboram para o aumento da ingestão do mineral.
Quando há uma redução do sal a pessoa nem percebe, por isso, uma das soluções é diminuir aos poucos e em toda família.
Os problemas das doenças crônicas relacionadas ao consumo excessivo de sal vêm da infância, por isso é muito importante ter atenção a isso, porque é ingrediente importante, mas tem que ser usado com muita moderação.
Reduzir a quantidade de sódio consumida diariamente pela população brasileira é a meta do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos e melhorará a saúde de toda a população brasileira, de crianças a idosos, hipertensos e não hipertensos.
Substituir o sal por temperos frescos
Os temperos frescos podem ser utilizados em diversas preparações culinárias agregando sabor e aroma a receitas. Uma das dicas do Guia Alimentar para a População Brasileira para reduzir a quantidade de óleo e sal no preparo do feijão, por exemplo, é evitar o uso de carnes salgadas no cozimento e optar por quantidades generosas de cebola, alho, louro, salsinha, cebolinha, pimenta, coentro e outros temperos naturais, bem como outros alimentos, como cenoura e vagem, que acrescentam sabor, aroma e mais nutrientes à preparação.
Ervas frescas ou secas, assim como pimenta, gergelim e outros, agregam sabor às preparações e também ajudam na redução do uso do sal. Em saladas, o uso do limão reduz a necessidade de adição de sal e óleo. Outras combinações podem ser feitas, como o louro em sopas, alecrim em carnes, salsa na macarronada, manjericão no molho de tomate e tomilho na batata.
Fique atendo ao uso de sal, cuide da sua saúde.
Fonte: Ministério da Saúde.
Saúde Bucal: Cuidado com os dentes é fundamental.
A boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde de todo o organismo. Além de exercer papel fundamental na fala, mastigação e respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde.
Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários. É importante ressaltar que as doenças bucais podem apresentar doenças da boca têm relação direta com o fumo, o consumo de álcool e a má alimentação. Estudos científicos também comprovam que a saúde bucal tem íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas do corpo. As más condições de higiene bucal podem causar doenças bucais, que, por sua vez, podem levar a enfermidades (ou agravá-las), principalmente doenças cardiovasculares e diabetes.
Para ter um sorriso bonito e saudável, é preciso escovar os dentes todos os dias, após cada refeição e principalmente também uma última vez antes de dormir, utilizando uma escova de dente de tamanho adequado, com cerdas macias e creme dental com flúor. A complementação da escovação pode ser feita passando o fio dental entre todos os dentes.
Manter uma alimentação saudável, controlando a frequência da ingestão de alimentos doces, principalmente entre as refeições também colabora com a saúde bucal.
Quem usa aparelho ortodôntico, deve se preocupar mais com a limpeza dos dentes, gengiva e o uso do flúor, pois o aparelho retém muito restos de alimentos o que pode colaborar para o desenvolvimento de gengivite e lesões de cárie dentária.
Saiba um pouco mais sobre os problemas mais comuns na boca:
– Cárie: desintegração do dente provocada pela higiene inadequada, ingestão de doces e carboidratos ou, ainda, por complicações de outras doenças que diminuem a quantidade de saliva na boca. (Ex.: pessoas em tratamento quimioterápico ou radioterápico para o câncer).
– Mau hálito: tem várias causas, dentre elas: higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental); gengivite; ingestão de certos alimentos como, alho ou cebola; tabaco e produtos alcoólicos; boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono); doenças sistêmicas como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.
– Gengivite: inflamação da gengiva provocada pela placa bacteriana, que se desenvolve decorrente de uma má higienização.
– Placa bacteriana: é o conjunto de bactérias que coloniza a cavidade bucal. A placa bacteriana fixa-se principalmente nas regiões de difícil limpeza, como a região entre a gengiva e os dentes ou a superfície dos dentes de trás, provocando cáries e formação de tártaro.
– Tártaro: é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes e está intimamente ligado ao desenvolvimento e agravamento de doenças periodontais.
Cuidados bucais
Além da escovação e do uso do fio-dental diariamente, sempre após o término das refeições, a recomendação do Ministério da Saúde, é a visita regular ao dentista. Nicole Aimée defende que seja realizado uma avaliação diagnóstica rigorosa, e que profissionais desenvolvam ações de prevenção e promoção da saúde bucal com a população, orienta-se que a primeira consulta odontológica ocorra antes mesmo de nascer o primeiro dente no bebê, colaborando para uma acompanhamento seguindo por toda a vida. “Desde a primeira infância é importante fazer o trabalho de prevenção a doenças, especialmente contra a doença cárie. É importante também o dentista orientar sobre escovação com pasta de dente com flúor e a introdução de alimentos saudáveis, sem açúcar artificial, como balinhas, pirulitos, chicletes, sucos artificiais e refrigerantes. E depois na adolescência e fase adulta, continuar com orientações de como fazer a higienização adequada, quando há maior chance de ter doenças gengivais e periodontais”.
Geralmente as pessoas procuram o profissional de saúde quando já estão sentindo alguma dor, mas ir ao dentista antes para uma avaliação e higienização dos dentes, por exemplo, evita o aparecimento de doenças. “Quando há ferimentos na boca que não cicatrizam é preciso procurar o dentista para analisar se pode ser um caso de câncer de boca, especialmente quando a pessoa fuma e/ou ingere bebidas alcóolicas, teve sexo oral desprotegido, que tem risco para a infecção pelo HPV, e/ou expõe-se excessivamente ao sol sem proteção adequada”, atenta a consultora.
Outro problema frequente é a halitose ou mau hálito, como é comumente chamado. Pode ter várias causas, como má higienização oral, problemas gástricos entre outros. É essencial que a pessoa busque um profissional para conhecer a origem desse agravo. Enxaguantes bucais podem ser comumente utilizados para mascarar o odor, entretanto, essa medida normalmente não trata a causa, sendo somente uma ação paliativa.
Ressalta-se que o uso do enxaguante bucal, não deve ser feito sem orientação e conhecimento do seu dentista, já que nem sempre o produto pode resultar só em benefícios, além de muitas vezes dar a falsa sensação de limpeza, promovida pela sensação de refrescância. É importante lembrar que o correto uso da escova, pasta fluoretada e fio dental já são responsáveis por evitar alguns agravos bucais, sendo assim, os exaguantes são produtos suplementares e não necessariamente obrigatórios.
Fonte: Ministério da Saúde.