Proibir 6x1 não vai ficar no 0x0
Proposta populista?
Vamos reduzir a jornada de trabalho - não apenas um pouco, mas significativamente - mantendo inalterados os salários, e todos ficarão felizes. Simples, não? Não: esqueceram de combinar com a realidade. E com o regime econômico em que, supostamente, vivemos (ou queremos ser, quando o país crescer).
Todos acompanharam a polêmica: a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), com discurso anticapitalista e tudo, propôs uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para substituir a escala 6X1 (6 dias de trabalho, 1 de descanso, com limite de 8 horas/dia e 40 horas semanais), amplamente utilizada em setores que demandam operações contínuas - como fábricas, farmácias, hotéis, restaurantes, segurança e transporte - pela escala 4x3, ou seja, uma semana com 4 dias de trabalho e 3 de folga, com jornada de 36 horas semanais.
Claro que a “pegadinha”, aquele subterfúgio de bom-mocismo malandro, meticulosamente inserido para chamar de explorador qualquer pessoa que se oponha à ideia, está em defender algo vago como o “bem-estar do trabalhador”, decidindo no lugar dele e considerando todo empreendedor um sanguessuga. Evidentemente, a escala 6x1 oferece benefícios operacionais para as empresas e realmente pode comprometer a qualidade de vida do colaborador, ponto que provavelmente tem mil modos de ser endereçado.
Não, não é essa a questão. O cerne do problema, e do debate, é a tentativa messiânica de mudar as relações de trabalho e a estrutura organizacional das empresas via canetada (no caso, lei), de forma totalmente irresponsável com as consequências. É uma, digamos, jogada para para aparecer “bem na foto” na visão de quem não está aparelhado o suficiente para análises profundas. Com mais de 190 assinaturas de parlamentares, a PEC segue para análise, embora deva enfrentar longo processo legislativo até uma possível aprovação.
Impactos nos salários e na economia
Uma das maiores preocupações em relação à redução da jornada é como isso afetará os salários. Embora o princípio da irredutibilidade salarial previsto na Constituição (artigo 7º, VI) proíba cortes salariais sem negociação coletiva, especialistas apontam que a redução da carga horária semanal pode levar a ajustes indiretos, como a perda de poder de compra, e à maior informalidade, semelhante ao que aconteceu com a “PEC das Domésticas”.
A legislação atual permite a negociação de reduções proporcionais por meio de acordos coletivos. Medidas semelhantes foram aplicadas durante a pandemia da Covid-19 e em programas de preservação de empregos no governo Dilma. No entanto, manter salários inalterados com jornadas menores impõe grandes desafios (atual sinônimo de “dificuldades”) financeiros às empresas, especialmente no setor de serviços, que utiliza amplamente a escala 6x1.
Segundo vários economistas, o aumento dos custos operacionais decorrente de uma jornada reduzida seria inevitavelmente repassado, claro, aos consumidores, elevando os preços e pressionando a inflação, sendo que setores competitivos como varejo e alimentação podem intensificar a substituição de trabalhadores por tecnologia para conter custos, o que afetaria principalmente profissões de baixa qualificação, exigindo maior especialização para se adaptar às novas demandas.
Uma análise preliminar feita por inteligência artificial (já que está na moda), estima que a migração da escala 6x1 para a escala 4x3 resultaria em um aumento de custos de aproximadamente 33% para as empresas. Isso ocorre porque a disponibilidade de trabalho dos colaboradores cairia de cerca de 85,7% para 57,1% dos dias úteis, obrigando as empresas a contratar mais funcionários para manter o mesmo nível operacional. Além dos salários, encargos trabalhistas, treinamento e integração de novos funcionários também contribuiriam para elevar os custos.
Defensores passionais x analistas lúcidos
Defensores da redução da jornada, como Erika Hilton, argumentam que a mudança proporcionaria mais tempo para descanso, aumentando a produtividade e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Além disso, a proposta poderia supostamente estimular novas contratações para cobrir as horas reduzidas, aquecendo o mercado de trabalho. Isso supondo, claro, que a capacidade de pagar das empresas, sempre dirigidas por capitalistas malvadões, seja infinita e flutue no espaço, desvinculada de encargos e outros detalhes inconvenientes da realidade.
Para analistas mais lúcidos, a implementação de uma semana de trabalho mais curta enfrenta evidentes entraves legais e econômicos. A ausência de incentivos ou suporte governamental torna a transição “desafiadora” (difícil...), especialmente para pequenas e médias empresas. Sem políticas públicas que reduzam os custos de produção e de... bem, gerar empregos, a adoção dessas medidas poderia ampliar desigualdades no mercado de trabalho e afetar setores essenciais que operam em regime 24x7.
Em outras palavras, derrubar na marra o 6X1 não levaria suavemente a um 4x3, como se no caminho houvesse uma espécie de 0x0 de tensões socioeconômicas. Provavelmente, a medida seria um espetacular gol contra. Parece inegável que há empregadores que exploram empregados, mas não parece uma boa ideia forçá-los a ser razoáveis ou mais “generosos” impondo uma lei talvez inviável. E aqui não se está defendendo que o trabalhador seja explorado, problema real de uma economia que carece de maturidade, mas que essa qualidade de vida pretendida seja atingida, talvez, quem sabe, por crescimento econômico e aumento da produtividade.
O economista e o filósofo
O debate, portanto, envolve não apenas o bem-estar dos trabalhadores, mas também a sustentabilidade econômica das empresas e o impacto no mercado de trabalho. A decisão final sobre a regulação dessa mudança cabe ao Congresso Nacional, onde, conforme a lenda, tudo pode acontecer, inclusive nada. Enquanto isso, a discussão continua a movimentar diferentes setores da sociedade, dividindo opiniões sobre os caminhos para equilibrar produtividade, qualidade de vida e estabilidade econômica.
Uma passagem ilustrativa, real, talvez sintetize bem o debate. Em prestigiado programa de televisão, o filósofo carismático, já há algum tempo decidido a pagar pedágio ideológico, diz que abriria mão do conforto de um supermercado 24 horas, ou estaria disposto a pagar mais por ele, para que o trabalhador não seja explorado na escala 6x1. Em réplica, o pragmático economista, colega de bancada naquele dia, diz que os pobres que compram do mesmo lugar não concordariam muito com a ideia. Na tréplica, o filósofo diz não saber se a proposta funciona, mas que a defende em princípio. Ao que o economista fulmina: meu princípio é saber se funciona, antes de propor.
Can we rest our case?
Fontes:
www.bbc.com/portuguese/articles
www.noticias.uol.com.br
www.camara.leg.br/noticias
www.rhnoticias.com.br
Motivos para ter gratidão
Uma reflexão no Dia da Ação de Graças *
Dê graças pelo novo dia, a cada dia, é mais um pedacinho de vida que se inicia, e como na vida tudo pode acontecer, o começo de um novo dia é o início de uma pequena aventura. Talvez, grande...
Dê graças por sua saúde, seus olhos, seus ouvidos, seus lábios, suas mãos, suas pernas, sua pele, seu coração, seu pulmão. Olhar, ouvir, saborear, andar, tocar, respirar, emocionar-se são parte importante da aventura da vida. Se acaso você tiver limitações para fazer alguma dessas coisas, talvez isso seja uma aventura também.
Dê graças pelos amores que você já encontrou e encontrará na vida, sejam de que natureza forem: amizades, flertes, namoros, romances, família - a de que você veio e a que você formou. Dê graças em especial por seus filhos... seus filhos... seus filhos! Filhos são uma das maiores aventuras da vida. Talvez, a maior.
Dê graças também pelos momentos em que está sozinho: são uma grande oportunidade de descobrir como é estar em sua própria companhia. Descobrir-se, perceber-se, reconhecer-se, sentir até onde vai sua dependência e independência dos outros, chama-se de autoconhecimento - uma forma profunda de se aventurar.
Dê graças pelo trabalho que você escolheu realizar, a profissão dos seus sonhos, a atividade em que se encontrou, ou talvez aquela outra, que invadiu sua vida e hoje gera seu sustento e prosperidade. O equilíbrio entre vocação e disciplina, talento e oportunidade, preferência e pragmatismo pode ser uma grande aventura também.
Dê graças pelos antepassados corajosos que migraram, fizeram grandes viagens arriscadas, enfrentaram a natureza, venceram, plantaram, colheram, produziram alimento para os avós dos seus avós do seus avós. Em outro lugar, não tão distante, pessoas que se aventuraram como eles inspiraram esse gesto de dar graças, e também graças a eles você está aqui hoje, tendo a chance de ser grato por viver sua própria aventura.
Dê graças à Divindade, aos céus, ao universo, e se você não acreditar em nada transcendental, dê graças simplesmente à natureza, que, mesmo pelo acaso, está permitindo que você viva a aventura da sua vida neste momento.
E, não se esqueça, dê graças também à ideia de cuidado, que tantos, por tanto tempo, descobriram formas engenhosas de produzir, ampliar, aperfeiçoar, distribuir, providenciar. Sem o contraponto da cautela, da autopreservação, da proteção de quem e daquilo que se ama, aventurar-se provavelmente seria apenas a imaturidade e irresponsabilidade de arriscar-se sem sentido.
Portanto, não se acomode, mas dê graças por existir essa preciosa noção de sobrevivência, de continuidade, de tranquilidade, de conforto para si e para os seus. Não há nenhum problema nisso... Segurança talvez seja, enfim, a busca final de toda aventura.
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* O Dia de Ação de Graças (Thanksgiving) é um feriado tradicionalmente celebrado nos Estados Unidos na quarta quinta-feira de novembro. É um momento de reflexão e gratidão, com raízes históricas e culturais que remontam aos primeiros colonos europeus na América (os “peregrinos”), que após enfrentar um inverno rigoroso e grandes perdas tiveram uma colheita bem-sucedida em 1621 e para celebrar, organizaram um banquete de gratidão, considerado por muitos como o primeiro Thanksgiving. A data foi oficializada como um feriado dedicado a celebrar a gratidão e a união nacional feriado nacional em 1863, durante a presidência de Abraham Lincoln. No Brasil, o Dia de Ação de Graças não é amplamente celebrado como nos Estados Unidos, mas existe e também é comemorado na quarta quinta-feira de novembro, seguindo o calendário americano. A data, inspirada por Joaquim Nabuco - que se encantou com a celebração enquanto servia como embaixador brasileiro nos Estados Unidos no início do século XX - foi instituída oficialmente no país pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, por meio da Lei nº 781, de 17 de agosto de 1949.
Atacaram a Marisa!
Grande rede varejista sofre ataque cibernético.
Recentemente, o Brasil tem se destacado como um dos alvos principais de ataques cibernéticos, com um aumento significativo de incidentes. De acordo com o Panorama de Ameaças 2024 da Kaspersky, o Brasil se destaca como o principal alvo de ransomware na América Latina. Entre junho de 2023 e julho de 2024, mais de 487 mil ataques foram registrados no país, o que representa uma média alarmante de 1.334 ataques diários. Esses números refletem o crescimento exponencial do cibercrime e destacam a vulnerabilidade das empresas brasileiras, independentemente do porte.
A Lojas Marisa, uma das maiores redes de moda feminina do país, foi a mais recente vítima desse tipo de ataque, sofrendo um incidente de ransomware que gerou instabilidade temporária em seus sistemas. O ataque, ocorrido em 06/11, evidenciou não apenas os riscos crescentes enfrentados por empresas de todos os setores, mas também a importância da segurança cibernética no Brasil, que tem se tornado um dos países mais visados na América Latina.
O que é ransomware?
Ransomware é um tipo de software malicioso utilizado por cibercriminosos para sequestrar dados sensíveis, criptografando-os e exigindo um pagamento (ou resgate, na tradução literal do termo em inglês) para a devolução dessas informações. No caso da Lojas Marisa, o ataque gerou uma indisponibilidade temporária de parte dos sistemas da empresa. Apesar da situação, a companhia assegurou que não houve vazamento de dados de seus clientes, o que é uma boa notícia, considerando as implicações que um ataque desse tipo pode ter, incluindo o roubo de informações confidenciais e seu posterior vazamento na Deep Web ou sua venda a terceiros.
A reação da Marisa
A Lojas Marisa agiu rapidamente após o ataque, suspendendo temporariamente alguns de seus sistemas como medida de precaução. Em um comunicado oficial, a empresa tranquilizou seus clientes ao afirmar que as lojas físicas não sofreram impactos significativos e que as operações estavam voltando ao normal. A empresa também iniciou uma avaliação detalhada do incidente para entender melhor sua extensão e para tomar as ações necessárias caso haja qualquer risco remanescente.
A empresa ainda informou que, embora as operações físicas tenham sido momentaneamente afetadas, elas foram totalmente restauradas rapidamente. Além disso, a Marisa destacou que a ameaça foi neutralizada e que até o momento não houve impactos maiores nos sistemas e operações.
A especulação sobre o Grupo Medusa
De acordo com informações do site Ciso Advisor, o ataque à Lojas Marisa pode ter sido orquestrado pelo grupo cibercriminoso conhecido como "Medusa", responsável por uma série de ataques de ransomware de alto impacto. O Grupo Medusa ganhou notoriedade em 2023, após criar um site dedicado a vazar dados na Dark Web (parte ainda mais profunda e perigosa da Deep Web).
O Medusa também utiliza canais como o Telegram e o X (antigo Twitter) para divulgar suas atividades. O Medusa é particularmente perigoso devido à sua técnica de exploração de vulnerabilidades em sistemas desatualizados e sua habilidade em sequestrar contas legítimas, o que aumenta a eficácia dos ataques.
A segurança cibernética no Brasil
O incidente com a Lojas Marisa evidencia uma preocupação crescente no Brasil com a segurança cibernética. Embora grandes empresas invistam pesado em tecnologias de proteção, como firewalls, criptografia e treinamento de pessoal, o avanço das técnicas de cibercrime tem tornado as defesas cada vez mais desafiadoras. O Brasil, como um dos países com o maior número de ataques, precisa não só de empresas mais preparadas, mas também de políticas públicas e ações coordenadas para combater o cibercrime em um cenário global cada vez mais complexo.
Como as empresas podem se proteger?
Com um mercado de segurança cibernética em constante evolução, é fundamental que as organizações adotem medidas robustas para proteger seus sistemas e dados, minimizando os impactos de potenciais ataques. Sendo o Brasil um alvo “privilegiado” de cibercriminosos, investir em cibersegurança não é mais uma opção, mas uma necessidade urgente para garantir a integridade de seus sistemas e a confiança de seus clientes.
Uma das formas de reduzir os riscos de ataques digitais é combinar investimentos em tecnologia - especificamente sistemas cada vez mais eficazes em identificar e neutralizar invasões rapidamente - e treinamento de colaboradores para adoção de protocolos preventivos. Assim se constrói um programa robusto de segurança da informação.
Cyber Seguro: uma proteção indispensável
Outra estratégia importante, ainda mais eficaz se adotada de modo complementar, é o chamado Cyber Seguro, apólice específica de seguro de riscos cibernéticos que oferece às empresas cobertura referente à responsabilidade pelo vazamento de dados e eventuais prejuízos financeiros causados por ataques de hackers. Se todas as outras medidas falharem, o seguro minimiza os prejuízos, o que não é pouco quando se fala em cifras na casas dos milhões.
A existência e a popularização dessa solução, comum na Europa, é relativamente recente no Brasil. Mesmo assim, as contratações deste tipo de apólice vêm crescendo fortemente desde 2019, o que provavelmente uma consciência crescente no mercado, de que todas as empresas estão sujeitas a ataques de hackers, e que proteger-se deles é responsabilidade dos respectivos gestores.
Quer se prevenir contra o terrorismo virtual? A SICCS está apta, pronta e disposta a ajudá-lo nesse processo, oferecendo soluções de Cyber Seguro que contemplam suas necessidades.
Fontes
www.olhardigital.com.br
www.thmais.com.br
www1.folha.uol.com.br
www.convergenciadigital.com.br
www.canaltech.com.br/seguranca
Vamos falar sobre câncer de próstata?
Com o diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 90%.
O início do penúltimo ano do mês é um bom momento para falar sobre um dos primeiros cuidados que todo homem precisa ter com a própria saúde: o combate ao câncer de próstata. O momento é ideal porque, numa iniciativa que felizmente a cada ano fica mais conhecida, este mês é dedicado ao tema (lembre-se que neste artigo consideramos somente os aspectos biológicos, não a complexa discussão sobre identidade de gênero).
Novembro Azul é derivado de um movimento que surgiu na Austrália, em 2003, e que acontece nesse mês porque 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Hoje, tornou-se uma campanha anual realizada com o objetivo de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de próstata, uma doença grave e silenciosa, que evolui lentamente e quase sempre só provoca sintomas quando está em estágio avançado.
A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo esse tipo de neoplasia a de maior incidência em homens a partir dos 60 anos, assim como histórico familiar da doença antes dessa idade e obesidade para certos tipos histológicos. Destaca-se também a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, responsável por 1% dos casos.
Estima-se que haverá, no Brasil, mais de 70.000 novos casos de câncer de próstata no triênio 2023-2025. Atualmente, a doença é a 2ª maior causa de óbito por câncer nos homens, confirmando sua relevância epidemiológica e a importância da conscientização sobre o tema. Felizmente, as estatísticas também indicam que, quando há o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%. A melhor forma de identificar logo o surgimento da doença é realizar uma combinação entre um exame de sangue (PSA) e o toque retal.
É muito importante entender e aceitar que esse dois exames são complementares, tanto porque o PSA pode estar alterado por outros problemas da próstata não relacionados a um câncer quanto por ser possível que o exame de sangue esteja normal e mesmo assim haja um câncer. Cerca de 20% dos casos são diagnosticados somente na realização do exame de toque retal. Em nome da própria saúde, os homens precisam aprender a desvincular esse exame rápido (30s a 60s) de qualquer associação com sua orientação sexual.
Homens com 45 anos e fatores de risco - como casos em homens da mesma família com menos 60 anos e cor negra (a doença é mais frequente em homens negros), entre outros - precisam realizar o exame de PSA e o toque retal regularmente a partir dessa idade. Homens com 50 anos ou mais, mesmo quando não há fatores de risco, devem procurar um médico, preferencialmente um urologista, para realizar os dois exames regularmente. Em ambos os casos, a frequência ideal será definida pelo médico.
O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença, da idade do paciente e de seu estado de saúde. As abordagens mais comuns são a extração cirúrgica da glândula, a radioterapia e a terapia hormonal, isoladas ou combinadas. O tratamento precisa ser sempre individualizado, e de acordo com o tipo de câncer e a idade do paciente existe a possibilidade de fazer a chamada vigilância ativa, em que apenas se monitora a doença para fazer alguma intervenção quando, e se, necessário.
Vários especialistas acreditam haver forte relação entre uma menor incidência do câncer de próstata, e de formas mais graves da doença, e um estilo de vida mais saudável - que é sabidamente uma boa forma de evitar várias doenças. Por isso, além do cuidado permanente com a saúde da próstata, o homem pode se cuidar incorporando ao dia a dia uma alimentação saudável e equilibrada, atividade física regular, combate ao excesso de peso (um fator de risco já citado acima), ao tabagismo e ao excesso de álcool.
Neste mês dedicado ao combate ao câncer de próstata, reforçamos o incentivo que já demos aqui mesmo em anos anteriores: informe-se, mobilize-se, supere o preconceito - ou estimule os homens que você conhece a superá-lo. Nosso argumento também é o mesmo, porque continua válido e muito forte: o diagnóstico precoce salva vidas.
Fontes
www.bvsms.saude.gov.br
www.gov.br/inca/pt-br
www.mundoeducacao.uol.com.br
www.oncoguia.org.br
www.saopaulo.sp.gov.br
www.uol.com.br/vivabem
O cancelamento pode ser cancelado.
PL prevê proibição de rescisão unilateral dos planos de saúde
O que apareceu nas notícias e nos protestos dos consumidores nas redes sociais (inclusive aquela que anda proibida por aqui) não é uma percepção equivocada: o aumento de cancelamentos unilaterais de planos de saúde tornou-se alarmante e tem causado preocupação entre consumidores e órgãos reguladores. Segundo a ANS, houve um salto de 60% nas reclamações entre 2019 e 2023, com 17.345 registros apenas em 2023.
Pela legislação atual, para planos individuais e familiares o cancelamento só pode ocorrer em casos de inadimplência por mais de 60 dias ou fraude comprovada, sendo necessário realizar notificação prévia e processo administrativo conduzido pela ANS. Já nos planos coletivos, responsáveis pela maioria dos contratos no Brasil, a operadora pode rescindir o plano sem explicações após o término da vigência inicial, desde que haja notificação prévia com 60 dias de antecedência.
A justificativa das operadoras, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), é que a medida visa a garantir a sustentabilidade econômica e a qualidade do serviço prestado, além de “suspeitas de fraudes” (como se uma mera suspeita justificasse a suspensão de serviço tão vital). Evidentemente, a prática gerou grande insegurança entre os usuários, muitos surpreendidos durante tratamentos em andamento, inclusive de doenças graves (apesar da proibição de cancelamento durante internações).
Nesse cenário confuso e litigioso, um senador do Rio Grande do Norte apresentou em agosto o PL 3.264/2024, propondo alterações na Lei 9.656/1998 (que regulamenta os planos e seguros privados de assistência à saúde), de modo a impedir a rescisão unilateral de contratos durante tratamentos contínuos e estabelecer novas regras para a manutenção de uma rede credenciada compatível. A ideia é garantir a pacientes em situação crítica que possam dar continuidade e/ou concluir seus tratamentos.
O PL também procura coibir a prática de “seleção de risco” por parte das operadoras, na qual pacientes mais custosos são “evitados”. A medida, portanto, pretende assegurar que os contratos não sejam cancelados de forma arbitrária, garantindo a proteção dos beneficiários. Muitos veem essa iniciativa legislativa como um passo importante para a defesa dos direitos dos consumidores de planos de saúde no Brasil.
O desenrolar dos fatos já havia trazido o que no cinema é chamado de um plot twist (uma guinada inesperada no enredo): em reunião realizada em maio na Câmara dos Deputados - da qual participaram nada menos que empresas como Bradesco Saúde, Amil, Unimed Nacional, Sul-Americana e Rede Dor Sul-América, entre outras - representantes do setor dos planos de saúde prometeram reverter os recentes cancelamentos unilaterais de contratos relacionados a algumas doenças e transtornos, suspender novos cancelamentos e revisar casos de pacientes afetados.
Aparentemente, a pressão de autoridades públicas e da própria sociedade civil já havia criado uma espécie de refluxo no que muitos consideraram uma prática predatória do setor. Segundo definição expressa em nota do (nem sempre comedido) do Idec, “na prática, as operadoras entendem que podem expulsar usuários de suas carteiras e definir os contratos considerados indesejáveis, discriminando as pessoas que, por sua condição, representam maiores despesas assistenciais”.
Evidentemente, o quadro é mais complexo que isso (embora não exclua, necessariamente, esse tipo de política altamente discutível). Existem números consideráveis que apontam para uma queda de lucratividade significativa das operadoras de saúde suplementar, o que por si só já é motivo para rever métodos e processos. Por outro lado, parece inegável que a transparência não é uma das maiores qualidades dessas mesmas operadoras, cujos reajustes e decisões repentinas desnorteiam beneficiários e outros atores do setor.
Parece que se chegou a um ponto em que não é mais possível questionar que saúde é, sim, um serviço, mas que por sua natureza delicada e crítica precisa seguir uma ética própria, diferente da que se aplica a atividades mais cotidianas e menos vitais, como servir um cafezinho ou vender produtos como sabonetes e sapatos, por exemplo. É uma questão, em boa parte, moral, que transcende o mero debate mercadológico - mas precisa integrá-lo.
Com a tramitação do PL 3.264/2024, o debate sobre o tema continua no Congresso, onde se espera que as discussões sejam voltadas para um modelo mais protetivo e equilibrado, que considere tanto os interesses das operadoras quanto os direitos dos usuários. Esse equilíbrio provavelmente será um desafio contínuo e perpétuo no setor de saúde suplementar no Brasil. Porém, uma solução consensual, mesmo que imperfeita, é melhor do que discordâncias crônicas que geram infinitas batalhas.
Fontes
www.economia.uol.com.br
www12.senado.leg.br
www.agenciabrasil.ebc.com.br/saude
Setembro Vermelho: cada coração importa.
Conscientização e prevenção às doenças cardiovasculares
No blog anterior, falamos sobre o Setembro Amarelo, campanha direcionada à prevenção ao suicídio. Mas como é bastante comum aos meses temáticos dedicados à saúde (mental ou “física”), setembro tem mais uma cor: vermelho. Idealizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o Setembro Vermelho nasceu para estimular a conscientização sobre os cuidados com a saúde cardíaca e a prevenção de doenças cardiovasculares.
Este mês foi escolhido para a campanha porque 29 de setembro é o Dia Mundial do Coração, data definida em 2000 pela Federação Mundial do Coração, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), também visando a promover iniciativas em favor da saúde cardíaca em escala global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 17,9 milhões de mortes anuais globalmente, o que reforça a urgência de promover a saúde cardiovascular.
A importância do coração
As doenças cardiovasculares incluem uma variedade de problemas que afetam o coração e os vasos sanguíneos, como infarto, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral (AVC) e arritmias. Muitas dessas condições se desenvolvem de maneira silenciosa, sendo muitas vezes identificadas apenas em estágios avançados. Por isso, a prevenção é essencial. Um estilo de vida saudável pode reduzir significativamente o risco dessas doenças.
Entre as medidas preventivas mais eficazes estão a adoção de uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e alimentos com baixo teor de sódio e gorduras saturadas, a prática regular de exercícios físicos, a manutenção de um peso saudável, o controle do estresse e abandonar o tabagismo - ou, o que é melhor, nunca aderir a ele. É importante também evitar o consumo excessivo de álcool e realizar check-ups médicos regulares para monitorar a saúde do coração, especialmente para aqueles que possuem histórico familiar de problemas cardíacos.
Check-up cardiológico: uma ferramenta indispensável
Um dos focos principais da campanha Setembro Vermelho é reforçar a necessidade de exames preventivos periódicos. O check-up cardiológico permite a detecção precoce de problemas cardíacos, oferecendo a oportunidade de iniciar tratamentos antes que se tornem graves. Para pessoas com fatores de risco, como diabetes, colesterol alto, hipertensão, sedentarismo ou histórico familiar de doenças cardiovasculares, a realização desses exames pode salvar vidas.
Os exames mais comuns incluem o eletrocardiograma, teste ergométrico (teste de esforço), ecocardiograma, e exames laboratoriais para medir os níveis de colesterol e glicose no sangue. Esses procedimentos são fundamentais para identificar possíveis alterações que podem levar a problemas mais graves, como infartos ou AVCs.
Impacto e desafios
Apesar dos esforços da campanha, os desafios ainda são grandes. No Brasil, o número de pessoas que sofrem com doenças cardiovasculares ainda é elevado. Estimativas apontam que aproximadamente 14 milhões de brasileiros são acometidos por essas condições, com 400 mil mortes anuais atribuídas a problemas cardíacos. Muitos desses óbitos poderiam ser evitados com medidas preventivas simples, como a mudança de hábitos e a maior conscientização sobre os riscos.
Outro fator de grande importância é a educação da população sobre os sintomas que podem indicar um problema cardíaco iminente, como dores no peito, sensação de aperto, falta de ar, tontura e palpitações. Identificar esses sinais rapidamente e buscar atendimento médico imediato podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
Avanços na pesquisa e tratamento
A pesquisa em cardiologia tem avançado significativamente, trazendo novas opções de tratamento e prevenção para as doenças do coração. Tecnologias modernas, como a tomografia computadorizada de alta resolução e a ressonância magnética, têm melhorado a capacidade de diagnóstico precoce e preciso. Além disso, novas medicações e terapias, como os anticoagulantes e os medicamentos para reduzir o colesterol, têm desempenhado um papel crucial na gestão das doenças cardiovasculares.
A prática de procedimentos minimamente invasivos - como a angioplastia e a colocação de stents - também tem se tornado mais comum, oferecendo alternativas eficazes para o tratamento de obstruções nas artérias. Estas inovações têm contribuído para a redução das taxas de mortalidade e melhora na qualidade de vida dos pacientes.
O impacto das desigualdades sociais
Diferentemente do que se pode parecer à primeira vista - apenas um viés ideológico de natureza “lacradora” - é válido destacar que as desigualdades sociais influenciam diretamente a saúde cardiovascular. Acesso limitado a cuidados de saúde, condições de vida precárias e falta de informação podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, especialmente em populações vulneráveis. A campanha Setembro Vermelho também visa a sensibilizar para a importância de políticas públicas e programas que promovam a equidade no acesso a cuidados de saúde e educação sobre prevenção.
Ações práticas no cotidiano
Durante o Setembro Vermelho, a campanha não apenas informa, mas também oferece dicas práticas sobre como incorporar hábitos saudáveis no cotidiano. Exemplos incluem trocar certos alimentos ultraprocessados por opções frescas, reduzir o consumo de sal, praticar exercícios leves, como caminhadas diárias, e dedicar mais tempo ao autocuidado e ao relaxamento, para evitar o estresse excessivo, que também impacta negativamente o coração.
É importante que todos participem da campanha e que as mensagens do Setembro Vermelho perdurem além do mês de setembro, tornando-se uma prática constante ao longo do ano. A conscientização é o primeiro passo para uma vida mais longa e saudável, e a prevenção é a melhor maneira de cuidar de um dos nossos bens mais preciosos: o coração.
Fontes
www.portal.cardiol.br
www.sbc.cardiol.br/setembrovermelho
www.tjdft.jus.br
www.coracao.org.br
www.hospitalsiriolibanes.org.br
www.afpesp.org.br
Setembro Amarelo - Mês de Prevenção ao Suicídio
Um fenômeno histórico e global
O suicídio é um fenômeno presente ao longo de toda a história da humanidade, em praticamente todas as culturas conhecidas. Hoje, considera-se que é um comportamento multifatorial: resultado de uma complexa interação de determinantes psicológicos, culturais socioambientais e biológicos, inclusive genéticos.
Todo ato executado pelo indivíduo com a intenção de causar sua própria morte, de forma consciente e deliberada, mesmo que ambivalente, usando meios que acredite ser letais, é uma tentativa de suicídio - independente de o resultado ser ou não a morte efetiva do suicida. O risco de suicídio é uma urgência médica, pois o ato pode provocar em quem atenta contra a própria vida desde lesões graves, permanentes e incapacitantes, até a morte propriamente dita.
De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, naquele ano foram registrados globalmente mais de 700 mil suicídios, o que corresponde a 1% de todas as mortes no planeta. Considerando uma possível e plausível subnotificação, estima-se que esse número ultrapasse 1 milhão.
Embora o número de registros esteja diminuindo no mundo como um todo (provavelmente pelo sucesso de ações para combater o fenômeno), os países das Américas parecem seguir a tendência contrária, com índices crescentes: um aumento de 17%, segundo o mesmo relatório da OMS. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos/ano, uma média de 38 suicídios/dia.
Por que as pessoas tentam/cometem suicídio?
Essa é uma das perguntas mais difíceis de responder no que tange a esse delicado tema e provavelmente não há uma resposta certa e única, capaz de abranger todas as situações individuais. De forma bem genérica, pode-se dizer que o indivíduo enxerga na morte a solução para um sofrimento psíquico profundo, contínuo, prolongado e para o qual ele acredita que não há saída: intenso, insuportável e interminável.
Por sua natureza radical, muitas vezes impulsiva e frequentemente imprevisível, mesmo para os profissionais de saúde não é fácil lidar com a questão do suicídio. E além de julgamentos de cunho religioso, existem sobre ele lendas sem fundamento, como, por exemplo, de que se a pessoa fala em suicidar-se não tem intenção real de fazê-lo.
Sabe-se que praticamente 100% dos casos de suicídio estão relacionados a doenças mentais, principalmente as não diagnosticadas e/ou tratadas incorretamente, o que significa que a grande maioria dos casos poderia ser evitada se essas pessoas que atentaram contra a própria vida tivessem acesso a informações e tratamento psiquiátrico de qualidade.
Por isso, a avaliação sistemática e consistente do risco de suicídio precisa fazer parte da prática clínica rotineira de todos os médicos e profissionais de saúde - até porque, normalmente, não é com um psiquiatra que o indivíduo com ideação suicida tem o primeiro contato num serviço de saúde quando a crise se avizinha.
Vale dizer: nem todos que têm diagnóstico de transtorno/doença mental terão necessariamente comportamento suicida. Embora esse tipo de problema seja um indicador estatístico muito importante, e motivo mais do que suficiente para permanecer ainda mais alerta nesses casos, essa relação não é inescapável - como sempre, nas questões de saúde e/ou comportamentais, cada caso é um caso.
Também é importante ressaltar que, na verdade, o maior fator de risco, antes mesmo de qualquer diagnóstico de doença mental, é a tentativa prévia de suicídio: pacientes que já tentaram suicídio antes têm de 5 a 6 vezes mais chances de tentar novamente.
Além do profissionais de saúde, pessoas do círculo social de quem manifesta ou apresenta desejos e comportamento autodestrutivos também podem colaborar, e muito, para evitar um desfecho trágico.
Como posso ajudar?
Se você perceber que está interagindo com uma pessoa que revele ideação suicida, ouça com atenção o que ela está sentindo, faça todo o possível para não julgar e ouvir sem preconceito, não fuja do assunto, nem faça comentários falsamente “otimistas”, não brinque, deboche, ria ou faça piadas e não hesite em perguntar diretamente “você pensa em morrer?”. A simples acolhida e compreensão às vezes é suficiente para fazer com que a pessoa desista da ideia.
Se for preciso agir para evitar que alguém se suicide, lembre-se de que é uma emergência e peça ajuda urgente ao serviço médico mais próximo. Também não deixe a pessoa sozinha, impeça que ela tenha acesso a coisas e situações letais, fique atento a todo e qualquer sinal, verbal ou não-verbal e evite a todo custo portas trancadas. fique atento a todo e qualquer sinal, verbal ou não-verbal. A crise normalmente é transitória, mas não tente concluir sozinho se o risco já passou: leve a pessoa ao psiquiatra ou psicólogo, o mais cedo possível. Importante: o SUS oferece atendimento gratuito na Rede de Apoio Psicossocial: procure orientação em uma clínica da família da sua região.
E se for o meu caso?
O primeiro e mais importante passo é: peça ajuda! Lembre-se de que sua vida vale muito, tanto para você como para sua família, seus amigos, as pessoas que ama. Isso é real, mesmo que não pareça verdade agora. Além disso, saiba que você não está sozinho: muita gente está disposta a ajudá-lo, de diversas formas, se você revelar que está sofrendo a ponto de pensar em tirar a própria vida.
E mais: acredite que há outra saída, talvez muitas, para esse sentimento insistente e invasivo de desamparo total que você está experimentando. Dê uma chance à vida! Com o tratamento adequado, você pode se libertar da ideação suicida e voltar a ter vontade de viver, com qualidade de vida e esperança no futuro. Ao olhar para trás, você nem acreditará que pensou em suicídio.
Onde posso saber mais?
No site oficial da campanha Setembro Amarelo existem informações mais completas e detalhadas a respeito deste fenômeno e as origens desta importante iniciativa em que todos podemos nos engajar, talvez para, um dia, salvar a vida de uma pessoa querida:
www.setembroamarelo.com
SICCS 8 ANOS: infinitas possibilidades
Começa uma nova era, ainda melhor do que era
Nossa jornada no mercado de seguros começou com a atuação dos nossos sócios-fundadores na área de benefícios, comercializando planos de vida e previdência privada. Ao longo dos anos, esses executivos que hoje são nossas lideranças aprofundaram seus conhecimentos nos mais diversos segmentos de benefícios e, posteriormente, passaram a atuar na área de consultoria. Essa trajetória permitiu acumular uma experiência ainda maior e entender profundamente as necessidades do mercado, sempre buscando oferecer soluções inovadoras e eficazes.
SICCS: a origem do projeto
O projeto SICCS nasceu de uma grande oportunidade identificada em determinado momento dessa bem-sucedida história de muitos anos de experiência. A ideia central do projeto foi oferecer um atendimento de muito mais proximidade com o cliente e agilidade muito maior no fornecimento de soluções: um verdadeiro serviço de “boutique”, que garantisse que nossos clientes tivessem um nível de satisfação superior ao do mercado. Foi essa visão de atendimento personalizado e excelência que motivou a criação da SICCS.
Superando desafios e construindo um legado
Desde o início, enfrentamos desafios significativos. Começar uma empresa do zero, apesar da experiência e maturidade dos nossos profissionais, exigiu esforço para convencer, capacitar e envolver os clientes em nossa visão. A consolidação no mercado foi, sem dúvida, um dos maiores obstáculos, mas também - e por isso mesmo - uma das nossas maiores conquistas. É assim que construímos o nosso legado: com foco no cliente e coragem de fazer diferente
Diferenciais da SICCS no mercado
Até hoje, o que nos diferencia no mercado é a maior agilidade e o atendimento personalizado, aos quais se somam a flexibilidade para buscar soluções que realmente atendam - e superem - até as expectativas mais otimistas dos nossos clientes. Vamos além das soluções “de prateleira”, oferecendo opções que podem fugir do meramente convencional. Entendemos profundamente as necessidades das áreas de RH, financeira e administrativa, e isso nos permite entregar soluções que realmente fazem a diferença.
Olhando para o futuro
Após 8 anos de dedicação e crescimento, nosso desafio agora é consolidar ainda mais nossa posição no mercado, expandir nossas operações e garantir a inovação contínua. Fortalecer nossa cultura corporativa é essencial para que possamos continuar a fornecer soluções de alta qualidade que atendam às necessidades dos nossos clientes de forma diferenciada e única. Em outras palavras, permanecemos fiéis às nossas raízes, intenções e convicções, ao mesmo tempo em que incorporamos todas as possibilidades que surgem com o que há de novo.
Celebrando 8 anos de inovação e excelência
Quando nos deparamos com o conceito de "infinito", várias coisas podem vir à mente: a vastidão do universo, possibilidades sem fim, transcender limites. Para a SICCS, nessa comemoração dos nossos 8 anos, a ideia de infinito abrange não somente infinitas possibilidades, mas também nosso compromisso inabalável de atender e superar as expectativas dos nossos clientes. Nosso selo de comemoração é mais que um marco: é uma promessa de que toda demanda, necessidade ou expectativa que nos trouxerem será ouvida, analisada e atendida da melhor forma possível, seja com soluções internas ou através de parceiros, atuais ou futuros.
Comemore com a gente
Nossos 8 anos representam muito mais do que um simples período: são a prova da nossa capacidade de inovar, superar desafios e oferecer sempre o melhor aos nossos clientes. Quando olhamos para o futuro, vislumbramos a SICCS continuando a expandir suas fronteiras, sempre com a mesma dedicação e compromisso com a excelência que marcaram nossa trajetória até aqui. E, claro, com você ao nosso lado. Contar com sua confiança é parceria é, na verdade, o principal motivo de querermos celebrar. Vamos juntos?
Como as empresas voltarão a operar no Rio Grande do Sul?
Entenda o que é um Plano de Continuidade de Negócios.
Diante da devastação que todos testemunhamos com as enchentes históricas no Rio Grande do Sul - na qual, claro, a maior perda é a de vidas e histórias pessoais - é plausível que também surja, na mente dos empreendedores, a seguinte pergunta: como as empresas que operavam na região poderão se recuperar? A resposta é mais um aprendizado que se pode tirar dessa triste tragédia.
Trata-se do que o mercado chama de Plano de Continuidade de Negócios (PCN), um documento detalhado que descreve o que, e como, uma organização deve fazer para continuar operando durante e após uma interrupção inesperada - como a catástrofe natural que se abateu sobre o Rio Grande do Sul. O objetivo principal de um PCN é minimizar o impacto de desastres como esse e garantir que as operações críticas possam ser mantidas ou rapidamente retomadas.
Entre os benefícios de um bom PCN estão a resiliência organizacional (resistência que permite à empresa continuar operando), a proteção de dados (minimizando a perda e exposição de informações sensíveis), a confiança do cliente (pela demonstração de que a empresa está preparada para lidar com emergências) e a conformidade legal (porque há exigências regulamentadas de medidas de continuidade).
Veja, a seguir, alguns elementos fundamentais de um PCN:
- Análise de Impacto nos Negócios (BIA)
• Identificação de funções críticas - Determina quais processos são essenciais para as operações da empresa;
• Impacto de interrupções - Avalia as consequências de interrupções em diferentes áreas da empresa;
• Tempo de recuperação necessário - Define quanto tempo uma função pode ficar fora do ar antes de causar impacto significativo;
• Objetivos de ponto de recuperação - Especifica a quantidade máxima de dados que a empresa está disposta a perder.
- Estratégias de Recuperação
• Recuperação de TI - Planos para restaurar sistemas de TI, dados e redes;
• Operações alternativas - Procedimentos para mover operações para um local alternativo se o local principal for inacessível;
• Comunicação - Estratégias para manter comunicação com colaboradores, clientes e fornecedores durante uma interrupção.
- Planos de Resposta a Incidentes
• Procedimentos de emergência - Instruções claras sobre o que fazer imediatamente após um incidente;
• Equipe de resposta a incidentes - Lista de pessoas responsáveis por executar o PCN, com detalhes de contato e responsabilidades específicas;
• Protocolos de comunicação - Diretrizes sobre como e quando comunicar incidentes e atualizações para partes interessadas internas e externas.
- Testes e Manutenção
• Testes regulares - Programação de testes para garantir que o plano funcione conforme esperado;
• Atualizações e revisões - Processos para revisar e atualizar o plano regularmente, refletindo mudanças na organização ou no ambiente externo;
• Treinamento - Programas de treinamento para colaboradores sobre suas responsabilidades no plano de continuidade.
- Documentação de Suporte
• Recursos e contatos - Lista de recursos necessários, como fornecedores alternativos e contatos de emergência;
• Mapas de infraestrutura - Diagramas das instalações e sistemas críticos;
• Contratos e acordos - Documentos relevantes, como contratos de fornecedores de recuperação e seguros.
Vale reforçar: o PCN deve ser regularmente revisado e testado para garantir sua eficácia, pois trata-se de um instrumento vital da gestão de riscos e da resiliência organizacional, garantindo que a empresa possa superar e prosperar após eventos inesperados.
No momento oportuno, falaremos mais sobre gestão de riscos e contratação de seguros, elementos fundamentais de um PCN adequado. Mas você pode discutir esses conceitos e sua aplicação prática com nossos especialistas na hora que quiser. O melhor que se pode fazer diante de uma tragédia já consumada é aprender com ela.
Fontes
www.fia.com.br
www.abrasco.org.br
www.welcome.atlasgov.com
www.iso27000.com.br
www.cnnbrasil.com.br
www.portal.tcu.gov.br
Gestão de riscos: a primeira linha de defesa
O aprendizado que pode vir do Rio Grande do Sul.
“Aquecimento global” e “mudança climática” são conceitos que precisam ser considerados com seriedade, mas não aceitos ou mencionados de forma acrítica. Do modo como vêm sendo tratados por boa parte de veículos informativos e/ou formadores de opinião, ambos os termos passaram a fazer parte de uma espécie de galeria de “fatores estruturais”: algo que está sempre lá e influencia tudo que acontece na realidade, mesmo que “não pareça” ou que não saibamos explicar exatamente “como”.
Este tipo de premissa é considerado falso por intelectuais bastante respeitáveis – e, diga-se de passagem, que tudo que alguém exige que se aceite sem discussão já precisa ser visto com desconfiança por quem deseja exercer uma cidadania consciente. Assim, a tragédia que se abateu sobre nossos irmãos brasileiros no Rio Grande do Sul pode ser considerada, sim, uma catástrofe natural, mas não uma “tragédia climática”.
Primeiro, porque a palavra “clima” se refere a fenômenos de longo prazo, não necessariamente a pontos fora da curva que acontecem em momento e contexto específicos. Segundo, porque, para que a tragédia seja racional e tecnicamente atribuída à emissão de gases resultantes da atividade humana, é preciso demonstrar a causalidade, algo que está longe de acontecer de forma madura devido ao caráter recente dos acontecimentos. Há quem diga até que o desastre era, em grande medida, previsível, mas isso é bastante diferente de saber explicar suas causas.
Porém, se há uma lição que podemos aprender agora, imediatamente, com a triste devastação que todos temos visto na televisão e na Internet diariamente, é a importância da gestão de riscos. Parece razoável dizer que certas instâncias governamentais, ao menos em certas regiões do país, precisam urgentemente conhecer e pôr em prática esse conceito, minimizando os efeitos de desastres que agora lamentam publicamente e frente aos quais soam impotentes. A seguir, exploramos o tema de mais de uma perspectiva, abrangendo as esferas pública e privada.
Importância da gestão de riscos
A gestão de riscos é essencial para identificar, avaliar e mitigar os impactos potenciais de catástrofes naturais. Este processo envolve a análise dos diversos riscos que podem afetar a comunidade e as empresas e a implementação de estratégias para minimizar esses impactos. A gestão eficaz dos riscos não só protege o patrimônio público e os ativos da empresa, mas também promove a segurança de cidadãos e colaboradores, assim como a normalidade social do cotidiano (esfera pública) e a continuidade das operações (esfera privada).
Continuidade de negócios e resiliência organizacional
Um plano de continuidade de negócios (PCN) é fundamental para assegurar que uma empresa possa continuar operando mesmo após a ocorrência de uma catástrofe natural. Este plano deve incluir procedimentos detalhados sobre como responder a diferentes tipos de desastres, desde tempestades e inundações até terremotos e incêndios florestais. O PCN deve ser regularmente revisado e testado para garantir sua eficácia. É indispensável que o poder público tenha um plano equivalente para a comunidade (que, claro, não será “de negócios”, mas uma das atribuições das instituições de Defesa Civil).
Diferenças entre riscos seguráveis e não-seguráveis
Quando se trata de catástrofes naturais, é importante distinguir entre riscos seguráveis e não-seguráveis. Riscos seguráveis são aqueles que podem ser cobertos por uma apólice de seguros, como danos materiais e interrupção de negócios devido a eventos específicos. Já os riscos não-seguráveis são aqueles que não podem ser facilmente cobertos por seguros tradicionais, como perdas de mercado ou danos à reputação da empresa. Compreender essa diferença é crucial para a elaboração de uma estratégia abrangente de gestão de riscos.
Seguros adequados para proteger o seu negócio
Um programa de seguros adequado é parte vital da preparação para catástrofes naturais. Este programa deve ser cuidadosamente estruturado para cobrir todos os riscos seguráveis identificados na análise de risco. Além disso, é importante trabalhar com uma corretora de seguros experiente, que possa ajudar a encontrar as melhores apólices e coberturas. Um bom programa de seguros oferece uma rede de segurança financeira que pode ser crucial para a recuperação após um desastre.
Sintetizando...
Preparar-se para catástrofes naturais é uma responsabilidade crítica para qualquer governo e empresa. Por meio de uma gestão de riscos eficaz, da implementação de um plano de continuidade de normalidade social e de negócios, da compreensão dos riscos seguráveis e não-seguráveis e da criação de um programa adequado de seguros, comunidades e empresas podem aumentar sua resiliência e capacidade de recuperação. Investir tempo e recursos nessas áreas não é apenas uma medida de precaução, mas uma estratégia essencial para garantir a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo, tanto da gestão pública quanto da gestão do negócio.
Podemos ajudar
A SICCS tem o preparo técnico, a experiência e a visão de global que permitem identificar e indicar as melhores soluções de seguro para episódios como esse que vem mobilizando o Brasil. Informar sobre as possibilidades de proteção e disponibilizar nossa expertise também são formas de nos solidarizar com todos que vêm sofrendo, direta e indiretamente, com os fatos.
Para saber como ajudar o Rio Grande do Sul com doações, veja a matéria anterior, aqui mesmo em nosso blog.
Fontes
www.fia.com.br
www.abrasco.org.br
www.estado.rs.gov.br
www.agenciabrasil.ebc.com.br
www.portal.tcu.gov.br