8 DE MAIO - Dia Mundial da Cruz Vermelha.

Celebre ajudando nossos irmãos do Rio Grande do Sul.

Sincronicidade é um conceito explorado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung para descrever a ocorrência de eventos aparentemente coincidentes que não têm relação causal evidente, mas guardam significado profundo para quem os experimenta. Para Jung, portanto, eventos que num primeiro momento parecem desconexos estão relacionados de alguma forma no nível do significado ou da experiência pessoal.

Embora o conceito de sincronicidade não seja uma unanimidade no meio acadêmico (como quase nada), parece ser uma ferramenta útil para o desenvolvimento individual e mesmo coletivo. Assim, a grande pertinência da data que celebramos hoje com o que está acontecendo numa determinada região do Brasil talvez não seja “mera coincidência”. E com certeza é um sinal para estimular nosso crescimento, tanto individual quanto como nação.

O Dia Mundial da Cruz Vermelha é comemorado anualmente em 8 de maio, data do nascimento de Henry Dunant, empresário e filantropo suíço que ficou famoso por seu papel pioneiro em promover a ajuda humanitária durante tempos de guerra e crises. Considerado um visionário humanitário, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1901, Dunant foi o fundador da Cruz Vermelha Internacional e do Crescente Vermelho, que vêm perenizando seu legado até os dias de hoje.

A Cruz Vermelha pode ser descrita como uma organização humanitária global que tem como objetivo fornecer assistência e proteção às pessoas em situações de conflito armado, desastres naturais e outras emergências, trabalhando para aliviar o sofrimento humano, promover a dignidade e os direitos das pessoas afetadas por crises, e prevenir e mitigar o impacto desses eventos (o Crescente Vermelho é seu correspondente que opera em países de maioria muçulmana, onde a Cruz Vermelha pode não ser reconhecida ou aceita devido a questões culturais/religiosas).

No Dia Mundial da Cruz Vermelha, são realizadas várias atividades em todo o mundo para homenagear o trabalho da instituição e destacar a importância da assistência humanitária. Essas atividades incluem eventos de conscientização, campanhas de arrecadação de fundos, programas de voluntariado, reconhecimento do trabalho dos voluntários e profissionais que dedicam suas vidas a ajudar os outros.

A Cruz Vermelha Brasileira (CVB) é parte do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e atua desde 1908, seguindo os mesmos princípios e valores humanitários da instituição de origem. desempenhando papel fundamental em áreas, como socorro em desastres, assistência à saúde, apoio psicossocial, programas de educação e prevenção, entre outros. Seu trabalho abrange todo o território brasileiro e, além do apoio em emergências, envolve programas de longo prazo para promover a saúde, a segurança alimentar, a inclusão social e o desenvolvimento comunitário.

Dificilmente - provavelmente nunca - ocorre no mundo alguma crise com consequências humanitárias sem que a Cruz Vermelha (ou o Crescente Vermelho, ao qual é umbilicalmente ligada) se envolva, oferecendo apoio direto ou indireto por meio de sua rede de voluntários dedicados e profissionais capacitados, que trabalham incansavelmente para ajudar aqueles que mais precisam. Na tragédia que se abateu sobre nossos irmãos do Rio Grande do Sul não seria diferente: só em São Paulo, são 90 voluntários, trabalhando 24 horas por dia.

Em outros locais do Brasil, a Cruz Vermelha também vem participando, principalmente na coleta e triagem de doações, entre outras atividades. Celebre o Dia Mundial da Cruz Vermelha da forma mais humanitária e prática possível: colaborando com sua doação para oferecer àqueles que estão sofrendo com as inundações condições de sobrevivência imediata e posterior reconstrução de suas vidas.

Para saber como ajudar, acesse: www.cruzvermelha.org.br

 

Fontes
www.cruzvermelha.org.br
www.blog.atados.com.br
www.sbtnews.sbt.com.br
www.icrc.org/pt


Autismo: entenda esse espectro.

Assim como no mês passado, dedicado à causa do combate à tuberculose, hoje mais uma vez nos valemos da prática frequente e bastante efetiva de estender a abordagem e a discussão em torno de um tema, celebrado num determinado dia, de um determinado mês, para o mês todo em que cai a data.

Dessa vez, resgatamos o Dia Mundial do Autismo, celebrado em 2 de abril de cada ano, sobre o qual não falamos na data exata por termos sentido necessidade de abordar outros assuntos em nossos conteúdos. Mas continuamos dentro do mês de abril, portanto vale a iniciativa - principalmente pela relevância do tema e porque, como dissemos acima, podemos considerar abril o Mês do Autismo.

O objetivo da celebração, definida por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), é aumentar a conscientização sobre o autismo, promover a inclusão e a aceitação das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e destacar a importância de apoiar e respeitar as diferenças individuais das pessoas que estão nesse espectro.

O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento social e padrões de interesses repetitivos ou restritos. O autismo é considerado um espectro porque os sintomas e características do transtorno podem variar significativamente em intensidade e manifestação de uma pessoa para outra.

Alguns dos sinais comuns de autismo incluem dificuldades na interação social, como dificuldade em entender e responder às emoções dos outros, dificuldade em manter uma conversa e falta de interesse em compartilhar experiências com outras pessoas. Além disso, pessoas com autismo muitas vezes exibem comportamentos repetitivos, como balançar as mãos, alinhar objetos de maneira precisa ou ter interesses muito específicos e intensos.

O autismo ainda pode estar associado a uma ampla gama de outras condições médicas e psiquiátricas, como epilepsia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade e depressão. Isso também contribui para a diversidade de experiências e necessidades dentro do espectro autista.

Mas embora algumas pessoas com TEA possam ter dificuldades para socializar e produzir, outras podem ter habilidades de comunicação mais desenvolvidas e capacidade de viver de forma independente, mesmo ainda enfrentando desafios sociais. Essa diversidade ressalta a importância de reconhecer e respeitar as diferenças individuais das pessoas com TEA e de intervenções e apoio adaptados às necessidades específicas de cada indivíduo.

Em outras palavras, é importante ter em mente que o autismo é uma condição altamente variável e cada pessoa com autismo é única, com suas próprias forças e desafios. Embora não haja uma causa única conhecida para o autismo, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais desempenhe um papel em seu desenvolvimento.

O diagnóstico e a intervenção precoces são fundamentais para ajudar pessoas com autismo a alcançar seu pleno potencial. Existem várias terapias e abordagens de intervenção disponíveis, incluindo terapia comportamental, terapia ocupacional e terapia da fala, que podem ajudar a melhorar as habilidades sociais, de comunicação e de vida diária das pessoas com autismo.

O TEA hoje abrange uma série de condições anteriormente consideradas como diferentes “tipos de autismo”. Atualmente, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) não classifica mais o autismo em tipos específicos, mas sim como uma condição mais ampla e heterogênea, sem uma classificação rígida em tipos específicos.

Por isso, não vamos listar aqui esses “tipos” utilizados anteriormente, pois o mais importante é focar num diagnóstico acurado, conduzido por profissionais especializados, competentes e atualizados, que também irão indicar a melhor forma de administrar a condição individual de quem tem TEA.

É preciso dizer: existem críticas no sentido de que, ao definir o autismo dessa forma bastante abrangente, ampliou-se demais o espectro, dando margem a incluir no TEA pessoas que têm quadros significativamente diferentes, ou dificuldades específicas, o que não caracterizaria autismo “real” - até mesmo artistas e celebridades muito bem-sucedidas, que teriam vivenciado algo como um diagnóstico tardio. Essa discussão permanece em aberto e o ideal é que seja conduzida sem a interferência de paixões e ideologias.

Seja qual for o consenso acadêmico (se houver um), lembremos que cada pessoa no espectro do autismo é única. Ao falar sobre o tema, a intenção da SICCS é, como sempre, contribuir com informações de qualidade para causas mais que justas e estimular uma maior compreensão de tudo que é relevante para a saúde humana. Nosso trabalho - proteger e oferecer segurança - está, em sua própria essência, intimamente ligado a ela.

 

Fontes
www.ama.org.br
www.abracidf.com
www.msdmanuals.com
www.paho.org
www.drauziovarella.uol.com.br


Entenda a nova lista de doenças relacionadas ao trabalho

Em dezembro de 2023, entrou em vigor uma portaria do Ministério da Saúde atualizando a lista de doenças relacionadas ao trabalho no Brasil. Em relação à lista original, publicada em 1999, o número de patologias quase dobrou: foi de 182 para 347. A nova lista de condições inclui doenças como covid-19 e quadros de burnout (algo como uma síndrome do esgotamento profissional), abuso de drogas, tentativa de suicídio e transtornos mentais.

Um dos efeitos práticos dessa ampliação da lista é aumentar as chances de trabalhadores afastados por doença conseguirem estabilidade de 12 meses no emprego após a alta médica: um trabalhador pode ser afastado do serviço pelo INSS por qualquer doença que o impeça de exercer sua atividade profissional, mas quando ela é relacionada ao trabalho o funcionário passa a ter direito ao auxílio-doença acidentário, que garante essa estabilidade, durante a qual ele não pode ser demitido sem justa causa.

No capítulo sobre transtornos mentais, passaram a constar comportamentos como uso de sedativos, canabinoides, cocaína e até mesmo abuso de cafeína, quando esses transtornos forem consequência de jornadas exaustivas, assédio moral no trabalho e dificuldades relacionadas à organização empresarial. Foram incluídos também transtornos como ansiedade, depressão e tentativa de suicídio decorrentes do estresse vivido no ambiente trabalho.

A amplitude da lista e o grau de subjetividade na caracterização de doenças e transtornos de saúde - em especial os que se referem a condições psicológicas/mentais - podem acabar sendo onerosos para as empresas, porque embora a pessoa deva apresentar um atestado médico com pedido específico para poder ser afastada, os primeiros 15 dias são custeados pela empresa, para só então a responsabilidade ser transferida ao INSS, que realiza perícia para definir o tempo de afastamento e se há direito ao auxílio-doença.

No caso de doença relacionada ao trabalho, a empresa precisa emitir uma Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT),  para que o colaborador consiga o auxílio-acidentário. Caso ela não reconheça a doença ocupacional, não emitindo a CAT, nem afastando o colaborador - por entender que se trata de uma doença “comum” - o pedido de reconhecimento pode ser realizado em juízo.

Outra possível situação que pode ensejar uma ação trabalhista é quando, mesmo recebendo o auxílio-doença correto, o colaborador afastado por um quadro relacionado ao trabalho decide processar a empresa por danos morais (por negligência ou falta de medidas de proteção que levaram à doença) ou danos materiais (se houver perda de capacidade do trabalhador em razão da doença). No limite, é possível pedir em juízo uma pensão mensal vitalícia, de forma cumulativa com a indenização por danos morais.

A ampliação da lista pelo Ministério da Saúde cria um cenário desafiador para empregadores, exigindo uma abordagem cuidadosa e sensível no gerenciamento da saúde ocupacional. Claro que a garantia de direitos trabalhistas e a proteção do bem-estar dos colaboradores devem ser prioridade, mas a complexidade na caracterização das condições de saúde, e o potencial ônus financeiro envolvido, evidenciam a importância de políticas de prevenção e promoção da saúde no ambiente de trabalho.

Uma abordagem proativa e preventiva por parte das empresas, visando a mitigar riscos e promover um ambiente laboral saudável e produtivo, parece ser a solução mais adequada a todos os envolvidos. Soluções de seguros relacionadas ao tema e sob medida, resguardando a empresa de interpretações “heterodoxas” dos direitos dos colaboradores, também são uma estratégia muito importante. Em ambos os casos, a SICCS dispõe de conhecimento e experiência para ajudar a proteger o seu negócio.

 

Fontes
www.g1.globo.com
www.gov.br/saude/pt-br
www.infomoney.com.br
www.conjur.com.br


Tuberculose ainda é um problema de saúde pública

Tornou-se uma prática um tanto frequente e relativamente efetiva estender a abordagem e a discussão em torno de um tema que é celebrado num determinado dia, de um determinado mês, para o mês todo em que cai a data. Dentro dessa prática, podemos dizer que março é o Mês da Tuberculose, já que o Dia Mundial da Tuberculose, 24 de março, este ano caiu num domingo. Por isso, optamos por abordar o assunto em nosso blog, que é sempre publicado às quartas-feiras.

O Dia Mundial da Tuberculose foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela União Internacional contra a Tuberculose e Doenças Respiratórias (The Union), em 1982. Foi escolhido em referência à descoberta do bacilo causador da tuberculose por Robert Koch, em 1882, um marco importante na história do diagnóstico e tratamento da doença.

Desde então, a data é uma oportunidade para aumentar a conscientização, destacar os desafios enfrentados na prevenção e tratamento da doença, bem como promover ações e iniciativas para combater a tuberculose em todo o mundo, educando o público, mobilizando comunidades e governos e impulsionando a luta contra essa doença globalmente. É o momento de destacar a importância da pesquisa, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento para ajudar a reduzir a carga da tuberculose em todo o mundo.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, nome científico completo da bactéria que muitos conhecem das aulas de biologia no colégio como bacilo de Koch. A doença geralmente afeta os pulmões, mas pode se espalhar para outras partes do corpo, como ossos, rins e sistema nervoso. Vejamos algumas das informações mais relevantes sobre sobre a tuberculose:

Causa - Como dissemos acima, a tuberculose é causada pela infecção do organismo pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Esse agente infeccioso é transmitido principalmente pelo ar, quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala, liberando gotículas em que está presente.

Sintomas - Os sintomas da tuberculose pulmonar incluem tosse persistente por mais de 2 semanas, febre, suores noturnos, perda de peso e cansaço. Quando a tuberculose afeta outras partes do organismo, os sintomas podem variar de acordo com o local da infecção.

Diagnóstico - O diagnóstico da tuberculose geralmente envolve testes de imagem, como radiografias de tórax, e testes de laboratório, como o teste de escarro para detectar a presença da bactéria. Às vezes, outros testes, como a tuberculina (teste de Mantoux) ou testes de sangue, são usados para auxiliar no diagnóstico.

Tratamento - A tuberculose é tratada com antibióticos específicos, geralmente durante um período de 6 meses a 1 ano, dependendo da gravidade da infecção. É fundamental que os pacientes completem todo o curso de tratamento, mesmo que se sintam melhor antes.

Prevenção - A vacina BCG pode oferecer alguma proteção contra a tuberculose, especialmente em crianças, mas sua eficácia pode variar. Além disso, medidas de controle de infecção, como o diagnóstico precoce e o tratamento adequado de pacientes infectados, são essenciais para prevenir a propagação da doença.

Incidência - De acordo com dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil vem registrando entre 70.000 e 80.000 novos casos de tuberculose desde 2021, número que pode variar dependendo das fontes primárias de levantamento e dos critérios de registro utilizados.

Os índices mais recentes representam certa redução em relação a períodos anteriores, mas a tuberculose permanece como um problema de saúde pública no país. Portanto, é importante estar ciente dos sintomas, realizar exames médicos regulares e seguir as orientações de prevenção e tratamento recomendadas pelos profissionais de saúde.

Importante: a tuberculose é uma doença curável na imensa maioria dos casos, quando tratada adequadamente com medicamentos específicos, geralmente uma combinação de antibióticos. No entanto, em alguns casos, a tuberculose pode ser mais difícil de tratar, devido a diversos fatores, como resistência da bactéria causadora aos medicamentos disponíveis.

Acredita-se que a assim chamada TB-MDR (sigla em inglês para tuberculose resistente a múltiplos medicamentos) e TB-XDR (tuberculose extremamente resistente a medicamentos) são resultantes de tratamentos inadequados, má adesão ao tratamento ou má gestão de casos. Essas formas mais graves da doença exigem tratamentos mais longos e complexos, com medicamentos menos modernos, geralmente mais tóxicos e menos eficazes.

É importante que pessoas com tuberculose recebam diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar complicações e ajudar na cura. Além disso, medidas de prevenção, como a já citada vacinação com BCG e práticas de higiene e controle de infecção, também são importantes para reduzir a incidência e disseminação da doença.

Como uma empresa sempre comprometida com as questões de saúde - e dedicada a fornecer soluções que permitem às pessoas ter acesso ao melhor tratamento possível - a SICCS ajuda a conscientizar sobre esse  importante tema no Mês da Tuberculose.

 

Fontes
www.gov.br/saude
www.paho.org
www.jornal.usp.br
www.portal.fiocruz.br


Seguro e mudança climática

É bom que se diga, desde o início, que mesmo entre os grandes especialistas no tema há polêmica sobre o que anteriormente era chamado de aquecimento global e depois foi rebatizado de mudança climática. Há até quem defenda que, sim, o aquecimento existe, mas não é causado pela atividade humana. E mesmo entre os que aceitam essa hipótese há discordâncias consistentes sobre a extensão dessa influência, se os efeitos serão realmente trágicos ou não, quando isso ocorrerá - e o que fazer a respeito.

Um olhar mais aprofundado sobre estudos e opiniões revela uma complexidade muito além das notícias alarmistas, dadas sem muito cuidado por grandes veículos de comunicação e instituições que supostamente são autoridades incontestáveis no assunto. A cautela inteligente recomenda sermos sempre bastante cuidadosos com “consensos”, principalmente no que se refere à ciência.

Mas polêmicas e contestações respeitáveis não foram capazes de impedir que o tema clima entrasse na pauta de praticamente o mundo todo, com reflexos importantes sobre a economia de pessoas, empresas, até nações - o Brasil, inclusive. Para além de leis e regulamentações que miram na sustentabilidade ambiental, a variabilidade climática impõe desafios concretos para áreas como o agronegócio, entre outras, e se há algo que pode ser enfaticamente chamado de “sinistro” é uma catástrofe natural. Ou, como vem se tornando usual chamar, um “evento climático extremo”.

Mantenhamos o foco sobre o que é perceptível hoje, agora, e não daqui a 30 ou 50 anos: ou seja, risco iminente. Os dados indicam que estamos em face do El Niño mais intenso dos últimos 25 anos e, com os efeitos do fenômeno se materializando, os analistas de mercado intensificam o monitoramento das consequências sobre diferentes setores da economia. O El Niño é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico - que ocorre em ciclos de 5 a 7 anos e dura, em média, de 1 ano a 1,5 ano - capaz de afetar grande parte do clima, no mundo todo. É uma força da natureza.

Além do aumento da temperatura, o Brasil sofre com secas prolongadas no Norte e Nordeste e chuvas intensas e volumosas no Sul. O fenômeno climático provoca também secas no Sudeste da Ásia e nos países da Oceania, com aumento da incidência de chuvas na região central do Pacífico, assim como na Costa Oeste dos EUA. Com base nos impactos históricos do El Niño e no que já estamos vivenciando, são vários os setores que podem ser afetados:

- Utilities - Devido à volatilidade dos preços de energia à vista, que por motivos climáticos e também geopolíticos devem ter alta;

- Açúcar e grãos - Analistas estimam preços mais baixos para os grãos e reduções das colheitas de açúcar no mundo;

- Alimentos e bebidas - Espera-se impacto significativo do El Niño sobre a produção de carne bovina do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, que representa 60% do total do país;

- Varejo - Mudanças drásticas no clima podem impactar resultados de varejistas de vestuário no lançamento de novas coleções;

- Transportes - Estima-se que pode haver impactos relevantes para operadores logísticos, que sempre lidam com influências ambientais;

- Indústria - Fabricantes de certos equipamentos têm lucros altamente relacionados com preços de grãos, principalmente a soja; 

- Seguros e resseguros - Aqui, na verdade, há desafios e oportunidades, relacionados a todos os outros setores. Uma força da natureza que quase por definição é causa de imprevistos revela com ainda mais ênfase a importância estratégica de gerenciar riscos.

Tomemos como exemplo o seguro rural. Num cenário em que o El Niño preocupa (quando não assusta), nem é preciso explicar a importância dessa ferramenta para mitigar possíveis impactos na agricultura. Com o aumento da frequência e intensidade de eventos relacionados ao El Niño e outros fatores climáticos possivelmente alarmantes, essa solução é essencial para garantir a estabilidade financeira dos agricultores e até a segurança alimentar. Além disso, essa proteção financeira pode incentivar práticas agrícolas mais sustentáveis e resilientes ao clima.

Questões ambientais, com ou sem consenso sobre suas causas, afetam a realidade, as normas e regulamentações, a lucratividade e a vulnerabilidade das empresas a riscos, especialmente no setor rural, mas, como vimos, não se restringindo a ele. Nesse contexto, os seguros - área em que a SICCS é altamente especializada e preparada para oferecer as melhores soluções, em sintonia com as exigências do nosso tempo - são ainda mais fundamentais para a atividade econômica e o sucesso sustentável dos empreendedores.

Quanto mais instável é o clima, mais estável e seguro precisa ser o terreno em que as empresas se movimentam para que continuem impulsionando o desenvolvimento do país.

 

Fontes
www.cnnbrasil.com.br
www.infomoney.com.br
www.insurtalks.com.br


Saúde

Este mês também é tempo de lembrar dessa causa.

Como já dissemos aqui mais de uma vez, associações médicas, ONGs, instituições da área de saúde e instâncias oficiais do poder público estabeleceram relações entre causas e cores para os meses do ano, sendo que um único mês pode estar associado a mais de uma causa/cor, e também uma mesma cor a diferentes meses.

Este mês tem duas cores/temas: Dezembro Laranja, criado para incentivar a prevenção e o combate ao câncer de pele, e Dezembro Vermelho, para conscientizar sobre cuidados com HIV/Aids. Como são 2 temas de saúde bastante amplos, nossa ênfase será no primeiro tema, câncer de pele, uma vez que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são desse tipo cerca de 33% de todos os tumores malignos no Brasil - ou seja, é o câncer com maior incidência no país.

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem o órgão. Dependendo de como esse processo acontece, e das camadas da pele afetadas, são definidos diferentes tipos de câncer. Dos cerca de 185 mil novos casos/ano, os mais comuns (em torno de 177 mil) são do tipo não-melanoma, que tem letalidade baixa, mas alta incidência. Os do tipo melanoma, mais raros, são mais severos e letais. Veja a seguir.

- Carcinoma basocelular - O mais prevalente entre todos, surge nas células da camada mais profunda da epiderme (região mais superficial do órgão), mais frequentemente em áreas expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.

- Carcinoma espinocelular - Segundo mais prevalente, desenvolve-se nas camadas superiores da epiderme e pode se manifestar em todas as partes do corpo, embora também seja mais comum nas áreas expostas ao sol, as mesmas citadas acima. Uma diferença relevante: é duas vezes mais frequente em homens que em mulheres.

- Melanoma - Tipo menos frequente, tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Geralmente, tem a aparência de uma pinta ou um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. que mudam de cor, formato ou tamanho, às vezes com ocorrência de sangramento. O diagnóstico de melanoma, compreensivelmente, gera muito medo e preocupação, mas apesar de sua gravidades as chances de cura são altas quando há diagnóstico precoce.

Existe um ponto comum a todos os tipos de câncer de pele: embora não seja o único, a exposição excessiva e prolongada à radiação solar é um conhecido fator desencadeante, normalmente o principal. Por isso, pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol têm mais risco de desenvolver os diversos tipos da doença. No caso do melanoma, hereditariedade também desempenha papel central, portanto quem tem ou teve familiares (principalmente de 1º grau) diagnosticados com a doença deve ser ainda mais cuidadoso na prevenção.

Falando nisso, vale citar outro ponto de convergência muito importante: se diagnosticado precocemente, o câncer de pele (aí computados todos os tipos) tem um alto índice de cura - cerca de 90%. Existem diversos tratamentos e a opção terapêutica deve ser definida de acordo com o tipo e a extensão da doença. Por exemplo, cirurgia tradicional (com bisturi), cirurgia a laser, criocirurgia (eliminação do tumor por congelamento), entre outras. Muitas das técnicas utilizadas são não-invasivas.

A forma de prevenção mais importante é óbvia: evitar a exposição excessiva ao sol, protegendo a pele dos efeitos da radiação solar, com medidas bem conhecidas, como usar chapéus, camisetas, óculos escuros, barracas de praia feitas de algodão ou lona e, claro, o uso regular, contínuo, frequente e diário de filtro solar adequado, mesmo em dias sem sol e dentro de casa.

Uma dado que pouca gente sabe: o bronzeamento artificial - uma evidente moda atual, especialmente entre mulheres jovens - traz riscos comprovados à saúde. Em 2009, esse tipo de procedimento foi classificado como cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no mesmo patamar do cigarro e do sol, e sua prática dantes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer da pele. No mesmo ano, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o bronzeamento artificial por motivações estéticas no Brasil. Ou seja, estabelecimentos que o oferecem estão agindo fora da lei.

E por último, mas não menos importante, está a necessidade de consultar, ao menos uma vez por ano, um dermatologista, profissional de saúde mais preparado para examinar qualquer pinta ou lesão com instrumentos especiais e verificar se oferecem algum risco - assim como o tratamento adequado, se for o caso. A consulta com um bom dermatologista envolve o exame minucioso de toda a pele, para fazer esse controle de risco. Se durante a sua consulta isso não acontecer, algo está errado e talvez seja um boa ideia buscar outro profissional.

 


 

Consideramos pertinente citar, mesmo de forma bem resumida, a importância do Dezembro Vermelho, que nasceu para concentrar ações para o combate ao vírus HIV e a Aids, doença provocada por ele (além de outras infecções sexualmente transmissíveis, as IST). Nos últimos 10 anos, o Brasil registrou queda de mais de 25% na mortalidade por Aids e de acordo com o Ministério da Saúde 92% das pessoas em tratamento no país já atingiram o estágio em que o vírus fica indetectável, situação em que a pessoa não o transmite, o não manifesta sintomas e mantém sua qualidade.

Essa boa notícia se deve ao fortalecimento de ações do Ministério da Saúde para ampliar a oferta de exames e do melhor tratamento disponível para o HIV, com a incorporação de medicamentos de primeira linha para tratar, inclusive profilaxia pré e pós-exposição (respectivamente, PeP e PreP), um recurso precioso ainda desconhecido por grande parte dos brasileiros. Mas é bom ressaltar que o binômio HIV/AIDS continua a ser uma preocupação de saúde pública e é preciso aprender a combinar os meios de prevenção para achar a estratégia mais adequada à vida sexual de cada indivíduo. Nesse cenário, o uso de preservativo continua a ser muito relevante.

Neste mês duplamente significativo, é essencial lembrarmos que a conscientização e a ação para cuidar da saúde não podem ficar restritas a dezembro: é preciso adotar e promover mudanças positivas ao longo de todo o ano, criando um efeito duradouro na sociedade. Com saúde, temos muito mais a celebrar nessa época de festas.

 

Fontes
www.sbd.org.br
www.gov.br/ans/pt-br
www.proec.unicamp.br
www.wellbe.co


Ergonomia é mais do que você pensa

Quando se fala em ergonomia, a maioria das pessoas - que teve um contato mais superficial com o tema - pensa na altura da cadeira de trabalho e da tela do computador à frente, na postura da pessoa, nos equipamentos e ajustes necessários para que ela não desenvolva problemas como tendinite, dor nas costas etc. E está certo: ergonomia é tudo isso, mas não é só isso.

A palavra ergonomia vem do grego: em tradução relativamente livre, mas bastante aceita, ergon significa trabalho, enquanto nomia significa leis. Portanto, a combinação dos 2 termos resulta em algo como leis do trabalho. Se quisermos ir um pouco mais longe na liberdade de tradução, podemos estender a compreensão para ciência do trabalho, embora ciência, a rigor, esteja associado ao termo grego logos, cujo significado é conhecimento. Mas você entendeu o nosso ponto, certo?

Temos, então, que ergonomia é a ciência que estuda como o ser humano está relacionado ao seu trabalho e normas para melhorar essa relação. Mas existe mais de um “tipo” de ergonomia: de acordo com a concepção adotada, seriam até sete, ou mais. Porém, essa interpretação não é tão livre assim - existe regulamentação, definida em Portaria do Ministério do Trabalho. A Norma Regulamentadora é a NR 17, que abrange a ergonomia no trabalho, o conforto dos trabalhadores, redução de dores e lesões e aumento da produtividade.

Vejamos, resumidamente, os 3 tipos principais de ergonomia que existem, segundo razoável consenso dos melhores profissionais dedicados à atuação para a conformidade das empresas à NR 17.

Ergonomia física
A ergonomia física diz respeito à anatomia humana. Por meio de estudos de fisiologia, antropometria e biomecânica, foram estabelecidos padrões que se tornaram normas de ergonomia, a fim de garantir a saúde das pessoas no exercício do trabalho. Aqui, sim, estão contemplados os parâmetros de ergonomia mais conhecidos pelas pessoas, que envolvem a postura, o uso de máquinas e materiais e a realização de movimentos repetitivos. Vale ressaltar que a ergonomia física também envolve iluminação, temperatura, controle de ruído e sinalização, entre outros itens.

Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva abrange os processos mentais do indivíduo ao realizar suas atividades: memória, concentração, raciocínio, tomada de decisões, sensibilidade/reação motora e percepção do ambiente. Portanto, o foco é em aspectos mentais, emocionais e psicomotores do trabalhador e está ligado ao processamento de informações ao executar tarefas e resolver problemas da empresa. Trabalhadores com boa saúde cognitiva tendem a ter mais satisfação individual e motivação no trabalho. Há também influência positiva no uso de máquinas e equipamentos e na relação com os colegas.

Ergonomia organizacional
Ergonomia organizacional é uma gestão prática que envolve a própria cultura organizacional, canais de comunicação, formato de feedbacks, projetos de participação multidisciplinar e colaborativos. Parte do pressuposto de que é preciso haver envolvimento de todos os colaboradores e a participação de gestores e líderes para o aproveitamento máximo e bem-sucedido de seus conceitos.

Estudos mostram que empresas que investem no bem-estar dos trabalhadores - tema em que a ergonomia é não só imprescindível, mas também fator-chave - são até 235% mais eficientes, um dado que, por si só, demonstra a importância de conhecer melhor esse conceito e seus impactos, tanto na vida dos colaboradores como nos resultados do negócio.

Compartilhando esse conhecimento aqui, com você, a SICCS busca fazer, de mais uma forma, o que nasceu para fazer: contribuir exatamente com isso mesmo - os resultados do seu negócio.

 

Fontes
www.rsdesign.com.br
www.beecorp.com.br
www.gov.br


O exterminador não está chegando

Quem tem medo da Inteligência Artificial?

Uma rede de computadores que aprende a aprender e decide que o mundo ficará melhor se puser fim à humanidade é um conceito interessante e até excitante como ficção, mas por enquanto é só isso mesmo: fantasia. A inteligência cibernética que se volta contra o criador não está nem perto de aparecer no horizonte, e há poucos anos um dos sócios mais famosos de Steve Jobs até declarou que “não deveríamos chamá-la de inteligência”.

Bem o quadro mudou um pouco, o termo, mesmo impreciso, se popularizou, e é autoevidente que a tecnologia está mais avançada e continua avançando, com computadores e plataformas que hoje são capazes de entregar o que não entregavam antes. Uma das novidades noticiadas recentemente é a Search Generative Experience (SGE), um modelo de IA do Google que alguns consideram capaz de tornar obsoleta até a própria utilização do buscador como o conhecemos - e, portanto, muito da Internet.

Ocorre que a SGE parece gerar respostas mais rápidas, diretas e fáceis de entender sobre um determinado tema do que se o usuário entrar em sites sugeridos pela busca tradicional do Google e ler os textos independentemente. Mas, como outros modelos artificiais de linguagem, a SGE está sujeita a “alucinações”: inventar coisas que simplesmente não existem, como muitos já verificaram no ChatGPT.

Colocando o pé no chão, a Inteligência Artificial seria uma ameaça? Será que já chegou ao mercado de seguros? O que representa para ele? No presente realista (não no futuro pessimista), a IA tem sido uma ferramenta bastante utilizada para acelerar processos e trazer melhores resultados também no setor securitário. Ela pode ajudar.

Por exemplo, existem insurtechs (veja nossa matéria a respeito desse conceito, aqui mesmo em nosso blog) que utilizam soluções de IA para potencializar negócios e melhorar a jornada dos clientes, começando já na hierarquização de leads. Mas lembremos que hierarquização não é decisão - a não ser que o programador do aparato computacional o queira - e que a experiência de consumo de certos produtos e serviços parece ser quase “inautomatizável”.

O bom senso (um artigo meio em desuso em nossos tempos) parece indicar claramente que a melhor forma de utilizar as ferramentas de IA é integrá-las em uma operação em conjunto, e em harmonia, com a atuação humana - e humanizada. Várias empresas (dentro e fora do setor de seguros) que nasceram digitais parecem estar se dando conta de que, desde a concepção de seus produtos até o atendimento na ponta (o contato direto com os clientes) é preciso levar em conta o elemento humano. Por isso a SICCS adota novas tecnologias, mas continua cuidando tanto do atendimento pessoal, olho no olho.

A tecnologia em que se baseia a IA surge como um elemento facilitador de processos, trazendo ganhos de eficiência e de escala, mas bots e learning machines continuam sendo configurados por pessoas, para atender pessoas (nos melhores casos, é claro). É um tipo de tecnologia mais avançada, certamente, mas que continua dependendo de algoritmos - ou seja, fórmulas. E alguém ainda há de negar que um conceito mais amplo de inteligência humana envolve a individualidade de experiências vividas, e emoções e sentimentos que se expressam como (ou são) reações químicas? Sim, somos isso também, junto com a “racionalidade pura”, que ninguém sabe o que é.

Voltando ao exemplo insinuado antes: utilizando IA, é possível desenvolver um modelo de classificação de leads que avalia a probabilidade de conversão de cada possível cliente, uma solução inédita no segmento de seguros que permite, até certo ponto, antecipar o comportamento de consumidores e identificar tendências futuras, alinhando a oferta de produtos e serviços. Isso é bom, não é? Sim, é: para operadoras, seguradoras e clientes.

Mas continua sendo verdade que após esse cruzamento prévio de informações é que tem início o processo de comercialização e conversão a que tantos chamam pelo famosíssimo nome de “funil de vendas”. Parece haver uma saudável resistência natural das pessoas a adquirir um serviço relacionado à proteção de patrimônio e entes queridos baseando-se apenas no que pode ser oferecido, e explicado, por uma interface não-humana. Contratar seguros não é como comprar sapatos, por exemplo.

No que se refere a ser algum tipo de ameaça, depende do ponto de vista. É plausível que a IA seja utilizada para substituir pessoas em certos postos de trabalho, reduzindo custos, mas provocando “dor” num primeiro momento. No entanto, já é bastante documentado que as sociedades mais avançadas tecnologicamente tendem a ser, no geral, mais prósperas, beneficiando seus cidadãos a longo prazo. O mais crítico seria, portanto, o que fazer durante a transição.

Essa é uma resposta que ainda está em construção e talvez não seja tão traumática quanto se pensa. Mas podemos aqui fazer uma inferência bastante razoável, baseada em pura lógica: se em matéria de velocidade e precisão no puro processamento de informações ninguém seria páreo para uma máquina capaz de “pensar” (a seu modo), talvez a melhor forma de enfrentar a realidade que está chegando seja nos tornarmos cada vez mais... humanos.

Aqui na SICCS, não abrimos mão disso.

 

Fontes
www.revistaapolice.com.br
www.super.abril.com.br
www.olhardigital.com.br
www.exame.com


Novembro Azul | Combate ao câncer de próstata

Novembro Azul é derivado de um movimento que surgiu na Austrália, em 2003, e que acontece nesse mês porque 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Hoje, tornou-se uma campanha anual realizada com o objetivo de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de próstata, uma doença grave e silenciosa, que evolui lentamente e quase sempre só provoca sintomas quando está em estágio avançado.

A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo esse tipo de neoplasia a de maior incidência em homens a partir dos 60 anos, assim como histórico familiar da doença antes dessa idade e obesidade para certos tipos histológicos. Destaca-se também a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, responsável por 1% dos casos.

Estima-se que haverá, no Brasil, mais de 70.000 novos casos de câncer de próstata no triênio 2023-2025. Atualmente, a doença é a 2ª maior causa de óbito por câncer nos homens, confirmando sua relevância epidemiológica e a importância da conscientização sobre o tema. Felizmente, as estatísticas também indicam que, quando há o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%. A melhor forma de identificar logo o surgimento da doença é realizar uma combinação entre um exame de sangue (PSA) e o toque retal.

É muito importante entender e aceitar que esses dois exames são complementares, tanto porque o PSA pode estar alterado por outros problemas da próstata não relacionados a um câncer quanto por ser possível que o exame de sangue esteja normal e mesmo assim haja um câncer. Cerca de 20% dos casos são diagnosticados somente na realização do exame de toque retal. Em nome da própria saúde, os homens precisam aprender a desvincular esse exame rápido (30s a 60s) de qualquer associação com sua orientação sexual. 

Homens com 45 anos e fatores de risco - como casos em homens da mesma família com menos 60 anos e cor negra (a doença é mais frequente em homens negros), entre outros - precisam realizar o exame de PSA e o toque retal regularmente a partir dessa idade. Homens com 50 anos ou mais, mesmo quando não há fatores de risco, devem procurar um médico, preferencialmente um urologista, para realizar os dois exames regularmente. Em ambos os casos, a frequência ideal será definida pelo médico.

O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença, da idade do paciente e de seu estado de saúde. As abordagens mais comuns são a extração cirúrgica da glândula, a radioterapia e a terapia hormonal, isoladamente ou combinadas. O tratamento precisa ser sempre individualizado, e de acordo com o tipo de câncer e a idade do paciente existe a possibilidade de fazer a chamada vigilância ativa, em que apenas se monitora a doença para fazer alguma intervenção quando, e se, necessário.

Vários especialistas acreditam haver forte relação entre uma menor incidência do câncer de próstata, e de formas mais graves da doença, e um estilo de vida mais saudável - que é sabidamente uma boa forma de evitar várias doenças. Por isso, além do cuidado permanente com a saúde da próstata, o homem pode se cuidar incorporando ao dia a dia uma alimentação saudável e equilibrada, atividade física regular, combate ao excesso de peso (um fator de risco já citado acima), ao tabagismo e ao excesso de álcool. 

Neste mês dedicado ao combate ao câncer de próstata, reforçamos o incentivo que já demos aqui mesmo em anos anteriores: informe-se, mobilize-se, supere o preconceito - ou estimule os homens que você conhece a superá-lo. Nosso argumento também é o mesmo, porque continua válido e muito forte: o diagnóstico precoce salva vidas.

 

Fontes
www.bvsms.saude.gov.br
www.gov.br/inca/pt-br
www.mundoeducacao.uol.com.br
www.oncoguia.org.br
www.saopaulo.sp.gov.br
www.uol.com.br/vivabem


OUTUBRO ROSA | Combate ao Câncer de Mama

Outubro Rosa, hoje uma campanha razoavelmente conhecida pelo público de diversos países, tem como origem a iniciativa de uma fundação norte-americana, que colocou em prática a simples e sublime ideia de distribuir um laço rosa aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA), em 1990.

A ação, criada para chamar a atenção das pessoas - especialmente as mulheres - para a questão do câncer de mama, com o tempo tornou-se uma campanha anual realizada mundialmente, com o nobre objetivo de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce da doença. Como em outras causa relativas à saúde, a estratégia é dar destaque ao tema durante este mês, todos os anos, enfatizando a importância do problema e estimulando o autocuidado constante. 

Segundo a OMS, o câncer de mama é o tipo mais diagnosticado no mundo e, segundo o Instituto Nacional do Câncer, vinculado ao Ministério da Saúde, o que mais acomete as mulheres no Brasil: cerca de 30% de todos os casos. No entanto, aproximadamente 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura. Ou seja, como em tantas outras doenças - particularmente o câncer - o diagnóstico precoce, além de evitar cirurgias traumáticas, salva vidas.

Ao contrário do que muita gente ainda acredita, hoje já se sabe que a mamografia regular é mais eficiente para um diagnóstico precoce que o autoexame, pois pode identificar a presença de nódulos antes que atinjam o tamanho necessário para serem percebidos pela própria mulher - e exatamente quando há mais chance de cura. Nem por isso o autoexame deve ser dispensado: estima-se que 35% dos casos sejam identificados por meio dele, que mesmo não sendo um método preciso pode e deve ser estimulado como autocuidado complementar.

É preciso lembrar que a genética é um fator muito importante a ser considerado: se uma pessoa da família - principalmente a mãe, irmã ou filha - teve a doença antes dos 50 anos, a mulher tem mais chances de desenvolver um câncer de mama. Mulheres que já tiveram câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também devem ficar mais atentas.

Mas, com ou sem fatores de risco, a chance de um tumor maligno nas mamas nunca pode ser subestimada: toda mulher deve procurar um serviço de saúde nos períodos indicados pelos especialistas, e mesmo que não existem sintomas, pois nos estágios iniciais a doença normalmente é assintomática. De forma geral - com certas variações, dependendo da interpretação que cada especialista faz dos trabalhos científicos - a mulher deve seguir a estratégia abaixo. 

Mamografia
- Mulheres com 35 anos e fatores de risco devem tomar cuidados extras, mais frequentes e mais cedo, já realizando o exame clínico e a mamografia anualmente a partir dessa idade.
- Mulheres com 40 anos ou mais, mesmo quando não há fatores de risco, devem procurar um serviço de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente.
- Mulheres entre 50 e 69 anos devem fazer pelo menos uma mamografia a cada 2 anos.

Autoexame
- Sete dias após a menstruação, ou sempre no mesmo dia do mês, se a mulher não menstrua, erguer um dos braços e, com a outra mão, apalpar firme e suavemente a mama e a região ao redor.
- Verificar se há algum nódulo (caroço) endurecido, fixo e geralmente indolor: essa manifestação está presente em mais de 90% dos casos da doença.
- Ver se há alguma alteração no mamilo (bico do peito), ou saída espontânea de líquido (que não seja leite materno).
- Examinar as axilas (toda a área debaixo do braço) e a região do pescoço para ver se não existem pequenos nódulos.
- Ver se há alterações na pele da mama, tanto na cor como na consistência: se está avermelhada, retraída ou com saliências que a deixam parecida com casca de laranja.

É importante mencionar: entre os vários serviços direcionados à saúde da mulher disponibilizados gratuitamente no SUS, está a mamografia. Além disso, parece haver uma relação estatística consistente entre menor incidência de câncer de mama e estilo de vida: estima-se que 30% dos casos poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, atividade física regular, controle do peso, não fumar, não consumir álcool em excesso.

Nos primeiros anos após a Corrida pela Cura, conforme outras cidades dos Estados Unidos aderiam à causa do Outubro Rosa, elas eram realmente decoradas com laços rosas, para sensibilizar a população. Isso acabou se desdobrando em outros recursos muito utilizados hoje em dia, inclusive no Brasil, como a iluminação de locais públicos com essa cor, além de diversos eventos temáticos.

Compartilhando informação, aqui e nas redes sociais, a SICCS contribui para que essa bela e importante projeção em monumentos ajude a acender a conscientização dentro de todos nós.

 

Fontes
www.bvsms.saude.gov.br
www.inca.gov.br
www.mdsaude.com
www.oncoguia.org.br
www.outubrorosa.org.br