Proibir 6x1 não vai ficar no 0x0

Proposta populista?

Vamos reduzir a jornada de trabalho - não apenas um pouco, mas significativamente - mantendo inalterados os salários, e todos ficarão felizes. Simples, não? Não: esqueceram de combinar com a realidade. E com o regime econômico em que, supostamente, vivemos (ou queremos ser, quando o país crescer).

Todos acompanharam a polêmica: a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), com discurso anticapitalista e tudo, propôs uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para substituir a escala 6X1 (6 dias de trabalho, 1 de descanso, com limite de 8 horas/dia e 40 horas semanais), amplamente utilizada em setores que demandam operações contínuas - como fábricas, farmácias, hotéis, restaurantes, segurança e transporte - pela escala 4x3, ou seja, uma semana com 4 dias de trabalho e 3 de folga, com jornada de 36 horas semanais.

Claro que a “pegadinha”, aquele subterfúgio de bom-mocismo malandro, meticulosamente inserido para chamar de explorador qualquer pessoa que se oponha à ideia, está em defender algo vago como o “bem-estar do trabalhador”, decidindo no lugar dele e considerando todo empreendedor um sanguessuga. Evidentemente, a escala 6x1 oferece benefícios operacionais para as empresas e realmente pode comprometer a qualidade de vida do colaborador, ponto que provavelmente tem mil modos de ser endereçado.

Não, não é essa a questão. O cerne do problema, e do debate, é a tentativa messiânica de mudar as relações de trabalho e a estrutura organizacional das empresas via canetada (no caso, lei), de forma totalmente irresponsável com as consequências. É uma, digamos, jogada para para aparecer “bem na foto” na visão de quem não está aparelhado o suficiente para análises profundas. Com mais de 190 assinaturas de parlamentares, a PEC segue para análise, embora deva enfrentar longo processo legislativo até uma possível aprovação.

Impactos nos salários e na economia

Uma das maiores preocupações em relação à redução da jornada é como isso afetará os salários. Embora o princípio da irredutibilidade salarial previsto na Constituição (artigo 7º, VI) proíba cortes salariais sem negociação coletiva, especialistas apontam que a redução da carga horária semanal pode levar a ajustes indiretos, como a perda de poder de compra, e à maior informalidade, semelhante ao que aconteceu com a “PEC das Domésticas”.

A legislação atual permite a negociação de reduções proporcionais por meio de acordos coletivos. Medidas semelhantes foram aplicadas durante a pandemia da Covid-19 e em programas de preservação de empregos no governo Dilma. No entanto, manter salários inalterados com jornadas menores impõe grandes desafios (atual sinônimo de “dificuldades”) financeiros às empresas, especialmente no setor de serviços, que utiliza amplamente a escala 6x1.

Segundo vários economistas, o aumento dos custos operacionais decorrente de uma jornada reduzida seria inevitavelmente repassado, claro, aos consumidores, elevando os preços e pressionando a inflação, sendo que setores competitivos como varejo e alimentação podem intensificar a substituição de trabalhadores por tecnologia para conter custos, o que afetaria principalmente profissões de baixa qualificação, exigindo maior especialização para se adaptar às novas demandas.

Uma análise preliminar feita por inteligência artificial (já que está na moda), estima que a migração da escala 6x1 para a escala 4x3 resultaria em um aumento de custos de aproximadamente 33% para as empresas. Isso ocorre porque a disponibilidade de trabalho dos colaboradores cairia de cerca de 85,7% para 57,1% dos dias úteis, obrigando as empresas a contratar mais funcionários para manter o mesmo nível operacional. Além dos salários, encargos trabalhistas, treinamento e integração de novos funcionários também contribuiriam para elevar os custos.

Defensores passionais x analistas lúcidos

Defensores da redução da jornada, como Erika Hilton, argumentam que a mudança proporcionaria mais tempo para descanso, aumentando a produtividade e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Além disso, a proposta poderia supostamente estimular novas contratações para cobrir as horas reduzidas, aquecendo o mercado de trabalho. Isso supondo, claro, que a capacidade de pagar das empresas, sempre dirigidas por capitalistas malvadões, seja infinita e flutue no espaço, desvinculada de encargos e outros detalhes inconvenientes da realidade.

Para analistas mais lúcidos, a implementação de uma semana de trabalho mais curta enfrenta evidentes entraves legais e econômicos. A ausência de incentivos ou suporte governamental torna a transição “desafiadora” (difícil...), especialmente para pequenas e médias empresas. Sem políticas públicas que reduzam os custos de produção e de... bem, gerar empregos, a adoção dessas medidas poderia ampliar desigualdades no mercado de trabalho e afetar setores essenciais que operam em regime 24x7.

Em outras palavras, derrubar na marra o 6X1 não levaria suavemente a um 4x3, como se no caminho houvesse uma espécie de 0x0 de tensões socioeconômicas. Provavelmente, a medida seria um espetacular gol contra. Parece inegável que há empregadores que exploram empregados, mas não parece uma boa ideia forçá-los a ser razoáveis ou mais “generosos” impondo uma lei talvez inviável. E aqui não se está defendendo que o trabalhador seja explorado, problema real de uma economia que carece de maturidade, mas que essa qualidade de vida pretendida seja atingida, talvez, quem sabe, por crescimento econômico e aumento da produtividade.

O economista e o filósofo

O debate, portanto, envolve não apenas o bem-estar dos trabalhadores, mas também a sustentabilidade econômica das empresas e o impacto no mercado de trabalho. A decisão final sobre a regulação dessa mudança cabe ao Congresso Nacional, onde, conforme a lenda, tudo pode acontecer, inclusive nada. Enquanto isso, a discussão continua a movimentar diferentes setores da sociedade, dividindo opiniões sobre os caminhos para equilibrar produtividade, qualidade de vida e estabilidade econômica.

Uma passagem ilustrativa, real, talvez sintetize bem o debate. Em prestigiado programa de televisão, o filósofo carismático, já há algum tempo decidido a pagar pedágio ideológico, diz que abriria mão do conforto de um supermercado 24 horas, ou estaria disposto a pagar mais por ele, para que o trabalhador não seja explorado na escala 6x1. Em réplica, o pragmático economista, colega de bancada naquele dia, diz que os pobres que compram do mesmo lugar não concordariam muito com a ideia. Na tréplica, o filósofo diz não saber se a proposta funciona, mas que a defende em princípio. Ao que o economista fulmina: meu princípio é saber se funciona, antes de propor.

Can we rest our case?

 

Fontes:
www.bbc.com/portuguese/articles
www.noticias.uol.com.br
www.camara.leg.br/noticias
www.rhnoticias.com.br

 


Gestão de benefícios: equilibrando cuidados e investimento

Um salário dentro da média sempre fica mais atraente quando acompanhado por um bom pacote de benefícios. Não os benefícios obrigatórios, regulamentados por leis e normas – e que por definição têm de ser oferecidos por todas as empresas – mas aqueles que vão além, como, por exemplo, um bom plano de saúde, incentivo à prática de atividade física e outros que tragam o bem-estar do colaborador para dentro do universo corporativo.

Esses e outros benefícios são ferramentas sabidamente eficazes para uma empresa não só atrair e reter talentos, mas também aumentar a produtividade, resultado tanto do maior engajamento do colaborador com a empresa que cuida bem dele quanto da redução do absenteísmo – só para citar dois fatores-chave que sempre vêm à tona quando se aborda o tema.

Mas adotar a oferta de benefícios como estratégia interna de negócio significa também assumir a responsabilidade de gerenciá-los, porque, é claro, existem custos envolvidos, que em grande medida precisam ser considerados e administrados racionalmente, como qualquer outro investimento. A essa arte, ou competência, ou técnica, ou habilidade (ou tudo isso junto), se dá o nome de gestão de benefícios.

Sem uma boa gestão de benefícios, oferecê-los, em ver de favorecer a empresa, pode transformar-se num problema a mais a ser resolvido, drenando recursos e energia do que realmente é o foco do negócio. Se a implementação e condução não forem equacionadas de forma a agregar valor, o que era investimento se transformará simplesmente em gasto, meio caminho andado para realizar prejuízo – se é que há diferença entre as coisas no mundo corporativo.

Portanto, é preciso saber exatamente quais são os benefícios, quanto custam (para empresa e colaborador), quem exatamente são os beneficiados, se contemplam ou não os dependentes, quais impactos podem ter, se e como esses impactos são quantificáveis e se há variações significativas em todos esses fatores ao longo do tempo. Nada que possa ser resolvido adequadamente por uma só pessoa manejando uma planilha básica de Excel…

A melhor gestão de benefícios possível abrange pessoas, processos e tecnologia, colocando esta a serviços daqueles de modo que a visão, o controle e a análise do programa sejam de alta qualidade e acurácia, permitindo adaptações e correções de percurso, se necessário, facilitando assim uma melhor tomada de decisão.

Só assim o benefício se torna mútuo, com os colaboradores obtendo melhor qualidade de vida e a empresa obtendo melhor desempenho dos colaboradores, uma receita bastante promissora para quem um negócio sustentável com boas chances de crescimento.

E com uma vantagem adicional: colaboradores com percepção clara (e verdadeira) de que a companhia se preocupa com eles não só ampliam sua produção, satisfação e lealdade, mas também reforçam proativamente a ideia de que ela é sólida, confiável e respeitável. Ou seja, trabalham espontaneamente a favor da reputação do negócio.


Aplicativo Conecte SUS: o controle da vacinação contra a Covid-19 na palma da mão; saiba como usar.

Ferramenta do Ministério da Saúde dá acesso à Carteira Nacional Digital de Vacinação, facilitando monitoramento e controle da aplicação das doses no Brasil

Ministério da Saúde está incentivando a população a baixar o Conecte SUS, aplicativo que registra a trajetória de quem busca atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), para facilitar o monitoramento da vacinação contra a Covid-19 no país. No app é disponibilizada a Carteira Nacional Digital de Vacinação, ferramenta que permite que usuários e profissionais de saúde façam um acompanhamento da imunização no país.

Assim que receber a vacina, quem for cadastrado no sistema vai ter a dose registrada no Conecte SUS. Na palma da mão e em tempo real, o usuário poderá consultar o tipo de vacina aplicada, o lote de fabricação e a data em que a dose foi tomada. A partir daí, o cidadão e o profissional de saúde também saberão o dia exato de aplicação de uma possível segunda dose. Esse mapeamento também vai evitar que uma pessoa tome doses de laboratórios diferentes.

O formato digital permite que os brasileiros consultem todas as vacinas aplicadas nas redes pública e privada – não só a da Covid-19 – deixando para trás as antigas carteirinhas de vacinação de papel, que podem sofrer rasuras ou até serem perdidas com o tempo.

Além da carteira de vacinação digital, o Conecte SUS também mostra dados de atendimentos e internações do paciente, permite a consulta de medicamentos e exames realizados, como o de detecção da Covid-19, por exemplo, e dá acesso ao formato digital do Cartão Nacional de Saúde, mais conhecido como Cartão SUS, que é o documento de identificação do usuário da rede pública de saúde.

COMO FAZER O CADASTRO

O cadastro no Conecte SUS é simples, feito em poucos minutos com número do CPF ou da Carteira Nacional de Saúde. Basta entrar na loja de aplicativos do seu celular ou tablet e fazer o download de forma gratuita. O registro também pode ser feito em qualquer computador com acesso à internet através do site conectesus-paciente.saude.gov.br – pelo portal, o usuário também consegue acessar a ferramenta. Até o momento, mais de 8,5 milhões de downloads já foram realizados.

O Ministério da Saúde esclarece que não é obrigatório ser usuário do Conecte SUS para ser vacinado contra a Covid-19. Caso você não tenha o aplicativo, é só levar ao posto de saúde um documento de identificação com número do CPF, na hora em que você for convocado para tomar a dose, de acordo com os grupos prioritários. No local, também poderá ser feito o cadastro na base de dados do Ministério da Saúde, caso seja necessário.

Já os indivíduos com comorbidades serão pré-cadastrados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). Aqueles que não tiverem sido pré-cadastrados poderão apresentar comprovante que demonstre o pertencimento a um dos grupos de risco (exames, receitas, relatório médico, etc.) no momento da vacinação.

Fonte: Ministério da Saúde.


Janeiro Branco alerta para importância de cuidados com a saúde mental.

Neste mês da campanha Janeiro Branco, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) chama a atenção para a importância dos cuidados com a saúde mental, que vem sendo afetada em todo o mundo pela pandemia do novo coronavírus. Em março do ano passado, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) já advertia, em artigo internacional publicado no ‘Brazilian Journal of Psychiatry’, que a pandemia traria uma quarta onda relativa às doenças mentais.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas, equivalentes a 5,8% da população, atrás dos Estados Unidos, com 5,9%. A depressão é uma doença que afeta 4,4% da população mundial. O Brasil é ainda o país com maior prevalência de ansiedade no mundo (9,3%).

Esta é a 8ª edição da campanha Janeiro Branco, com o lema “Todo Cuidado Conta”. A ação deste ano busca promover um pacto pela saúde mental em meio à pandemia da covid-19. A ideia da campanha foi criada em 2014, por um grupo de psicólogos de Uberlândia (MG), e faz alusão ao início do ano, considerando janeiro como uma “página em branco” para ser preenchida com novas metas, objetivando o bem-estar da saúde mental.

Ansiedade e depressão

De acordo com a ANS, a saúde mental provoca reflexos também na economia, constituindo causa de afastamento do trabalho e caracterizando muitas vezes a pessoa como incapaz. Pesquisa realizada pelo professor Alberto Filgueiras, do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) sobre o comportamento dos brasileiros durante o isolamento revelou que a prevalência de pessoas com estresse agudo na primeira coleta de dados, realizada de 20 a 25 de março de 2020 foi de 6,9% contra 10,3%, na segunda, efetuada entre 15 e 20 de abril, evoluindo em junho, na sondagem mais recente, para 14,7%.

Para depressão, os números saltaram de 4,2% para 8%, caindo em junho para 6,6%. Filgueiras disse à Agência Brasil que essa retração não recuperou o crescimento inicial. O professor da Uerj acredita que exista uma tendência de queda da depressão, porque ela estava mais associada aos aspectos de isolamento social e de confinamento. No caso de crise aguda de ansiedade, o número subiu de 8,7% na primeira coleta para 14,9%, na segunda coleta, ficando em torno de 15%, em junho. “Já a ansiedade parece estar mais ligada a risco de morte, de contaminação, e às incertezas que o futuro está nos apresentando, principalmente em termos de dificuldade econômica”. Segundo Filgueiras, a questão da vacina contribui também para aumentar a ansiedade.

Para o professor da Uerj, os dados relacionados ao pico da epidemia já foram coletados. Afiançou que, agora, estamos no período de diminuição da curva

Planos de saúde

Na avaliação da ANS, os dados comprovam a importância de se ampliar o debate e os meios para enfrentamento dos transtornos mentais, que constitui também um desafio para a saúde suplementar. Em 2019, os beneficiários de planos de saúde no Brasil realizaram cerca de 29 milhões de procedimentos relacionados ao cuidado em saúde mental, aumento de 167% contra os números apresentados em 2011.

O Mapa Assistencial da Saúde Suplementar mostra que as consultas psiquiátricas por mil beneficiários de planos de saúde subiram 80% entre 2011 e 2019, enquanto as consultas de psicologia por mil beneficiários evoluíram 199% e as consultas e terapia ocupacional também por mil beneficiários subiram 276%. Ainda no período compreendido entre 2011 e 2019, as internações psiquiátricas por 100 mil beneficiários cresceram 152% e as internações em hospital/dia de saúde mental por 100 mil beneficiários aumentaram 383%.

Em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), a ANS está fazendo pesquisa quantitativa junto a empresas contratantes de planos de saúde para abordar, entre outros temas, as ações para cuidados com a saúde mental dos trabalhadores da indústria durante a pandemia e no cenário pós covid-19.

Saúde mental x pandemia

O cenário de pandemia acentuou o sofrimento psíquico na população provocado pelo isolamento decretado em função da pandemia. Fatores que influenciam o impacto psicossocial estão relacionados à magnitude da epidemia e ao grau de vulnerabilidade em que a pessoa se encontra no momento. A ANS advertiu, entretanto, que nem todos os problemas psicológicos e sociais apresentados poderão ser qualificados como doenças. A maioria será classificada como reações normais diante de uma situação anormal. Reações comuns diante deste contexto englobam sentimento de impotência e desamparo perante os acontecimentos, solidão, irritabilidade, angústia, tristeza, raiva, salientou a Agência.

Recomendações

Em caso de sofrimento intenso, a procura por ajuda especializada é primordial. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica, se não for feita nenhuma intervenção específica para as reações e sintomas manifestados. A própria mudança da rotina habitual contribui para o desencadeamento de reações e sintomas de estresse, ansiedade e depressão. Há ainda maior probabilidade de ocorrência de distúrbios do sono, abuso de substâncias psicoativas e ideação suicida, além do agravamento de transtornos mentais preexistentes e exposição a situações de violência para pessoas que ficam expostas à presença de agressor no domicílio, especialmente mulheres.

Uma série de cartilhas lançada pela Fiocruz faz recomendações para o enfrentamento dos desafios da saúde mental. Algumas delas sugerem que a pessoa reconheça e dê acolhimento a seus receios e medos, procurando outras pessoas de confiança para conversar; a retomada de estratégias e ferramentas de cuidado que tenham sido usadas em momentos de crise ou sofrimento e ações que trouxeram sensação de maior estabilidade emocional; investir em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo, entre os quais meditação, leitura, exercícios de respiração, artesanato; estimular ações compartilhadas de cuidado, evocando a sensação de pertencimento social, como as ações solidárias e de cuidado familiar e comunitário.

A Fiocruz recomenda também que a pessoa mantenha ativa a rede sócio afetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas; evite o uso do cigarro, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções; busque um profissional de saúde quando as estratégias utilizadas não estiverem sendo suficientes para sua estabilização emocional. Se a pessoa estiver trabalhando durante a pandemia, deve ficar atenta a suas necessidades básicas, garantindo pausas durante o trabalho e entre os turnos.

Fonte: Agência Brasil


Distrações do Home Office.

Trabalhar em casa pode parecer, à primeira vista, um sinônimo de produtividade: sem perdas de tempo com trânsito, sem distrações de colegas, sem chefes com exigências de última hora, autonomia total nos horários etc. Enfim, um paraíso. Porém, ao trabalhar em casa, qualquer profissional se depara, rapidamente, com um enorme desafio: a disciplina para manter o foco e para evitar tanto desgaste como distrações.

Pensando nisso, aqui estão algumas sugestões para escapar de tentações enquanto em Home-Office:

Não misture lazer com trabalho.

 Mesmo que você tenha montado seu escritório num cômodo específico da casa, é imperativo que ele seja usado apenas para o trabalho. Mantenha a área de lazer separada – e isso inclui a televisão, videogames e outras formas de entretenimento. O seu ambiente de trabalho deve ser separado ao máximo em sua casa e sua família deve ser educada para respeitar o seu horário de trabalho.

 Estabeleça pausas regulares

Sabe aquela hora do cafezinho, quando você trabalhava no escritório? Pois é, ela é fundamental para manter a sua produtividade. Mesmo estando em casa, você não deve abdicar dela.

Configure a Internet para trabalhar

Existem várias formas de driblar a avalanche de distrações que a Internet oferece, desde evitar o uso de aplicativos que causam interrupções constantes até sistemas de rastreamento do tempo despendido nas tarefas.

O mais importante é definir horas certas para lidar com os sistemas de mensagens instantâneas, reduzir o número de vezes que você checa seu e-mail e responde suas mensagens, separar tempo para pesquisar conteúdo na web e também para se atualizar com as notícias de seu setor. Tudo isso inserido numa rotina que amplie sua produtividade.

Não se torne um “Super-homem”

Lembre-se que mesmo trabalhando em casa, você será mais produtivo se mantiver seu foco no que é importante e no que faz bem. Transfira para a secretária da empresa ou mesmo para um assistente virtual todas as tarefas (principalmente os afazeres pessoais que pipocarão à volta de seu home-office), além das coisas que tomam tempo e que não precisam ser executadas por você.

Com isto, além de hábitos saudáveis que melhorarão sua qualidade de vida, você manterá níveis de produtividade acima da média, o que será algo positivo pra você e para sua empresa.


Cuidados com o coração: entidades brasileiras lançam orientações sobre volta aos exercícios após infecção pelo coronavírus.

Mesmo em casos leves, o coronavírus pode afetar o coração. Para piorar, essa falha muitas vezes passa despercebida e traz graves consequências somente durante a atividade física. A recomendação é procurar o médico e fazer uma avaliação antes de retomar rotina de treinos.

 Levantamentos realizados ao redor do mundo calculam que até 16% dos pacientes com covid-19 apresentam algum tipo de complicação cardíaca. Os danos ao coração independem do grau da doença: mesmo os quadros mais leves podem trazer prejuízos ao sistema cardiovascular.

O problema é que, muitas vezes, essa sequela no peito não dá sintoma algum e a pessoa só vai sentir suas consequências ao exigir um trabalho extra do sistema cardiovascular.

Isso acontece, por exemplo, durante uma atividade física: o coração precisa bater mais para bombear sangue aos músculos e, se tiver com algum dano provocado pelo coronavírus, pode funcionar mal e até pifar.

Foi para evitar que isso aconteça que a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) fez uma parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) para lançar a primeira diretriz sobre o retorno aos exercícios com segurança após a covid-19.

“Sentimos a necessidade de orientar nossos colegas médicos e toda a população que faz alguma atividade física sobre como minimizar qualquer problema”, justifica a médica Cléa Simone Colombo, representante da SBC e uma das autoras do documento recém-lançado.

Entre as recomendações mais importantes, o destaque é marcar uma consulta com um médico, que vai pedir alguns exames cardiológicos antes de liberar a realização de qualquer esforço mais intenso.

 Mas como o coronavírus afeta o coração?

Foi-se o tempo em que a covid-19 era encarada apenas como uma doença respiratória. Hoje em dia, sabe-se que ela não se limita aos pulmões e tem diversas repercussões no organismo, com ataques ao intestino, aos rins, ao cérebro e, claro, ao coração.

No músculo cardíaco, o Sars-CoV-2, vírus responsável pela pandemia atual, tem uma ação direta e indireta. Em primeiro lugar, o patógeno pode se alojar ali e devastar as células do órgão.

Segundo, a infecção gera uma resposta desmedida do sistema imune. Isso, por sua vez, leva a um estado de inflamação que prejudica o funcionamento de várias partes do corpo (entre elas, o próprio sistema cardiovascular).

“Esses processos podem levar a uma miocardite, com o surgimento de áreas com cicatrizes e fibroses que estão relacionadas a arritmias”, desvenda o médico Marcelo Leitão, ex-presidente da SBMEE e outro responsável pela diretriz recém-publicada.

A arritmia nada mais é do que um descompasso nas batidas que permitem o coração contrair para bombear sangue pelas artérias. Num momento de esforço, o órgão precisa trabalhar com muita rapidez e eficiência, já que aumenta a demanda por oxigênio e nutrientes do corpo inteiro.

É exatamente numa situação dessas em que esse desajuste cardíaco pode dar as caras. “A miocardite é uma das causas de morte súbita mais frequentes”, observa Colombo.

Estima-se que um piripaque desses possa acontecer até 60 dias após o diagnóstico e a recuperação da covid-19.

Os estudos feitos durante a pandemia mostram que as complicações cardiovasculares relacionadas ao coronavírus aparecem mesmo nos quadros mais leves. A infecção pode ser um fator que piora uma doença cardíaca pré-existente, mas também é o gatilho para o surgimento de uma enfermidade no peito em cerca de 12% dos pacientes.

 Como se proteger?

O documento assinado pelas duas sociedades médicas é taxativo: antes de voltar a praticar qualquer esporte, todo mundo que teve covid-19 precisa passar por uma avaliação médica. “O profissional vai analisar o quadro de acordo com a gravidade da infecção, fazer um exame físico no consultório e pedir alguns testes complementares”, descreve Leitão.

Os especialistas indicam que todos os recuperados realizem ao menos o eletrocardiograma, um exame simples que mede como está a atividade elétrica do coração — que é responsável por regular os batimentos deste músculo.

Agora, para os casos mais graves ou para os atletas profissionais e praticantes de esportes competitivos, o check-up depois da covid-19 precisa ser mais completo.

Além do eletrocardiograma, a diretriz lista outros exames, como a dosagem no sangue da troponina (uma proteína que fica alterada quando o coração não está bem), o teste ergométrico (aquele feito numa esteira para medir a resistência física, cardíaca e pulmonar), o holter (que mede a pressão arterial durante 24 horas) e até uma ressonância magnética.

Se os resultados estiverem ok, a pessoa está liberada para retomar os treinamentos. Caso apareça alguma alteração ou seja diagnosticada a tal da miocardite, é importante aguardar mais um pouco. “Geralmente o paciente precisa ficar entre três e seis meses de repouso e fazer algumas reavaliações nesse meio-tempo para ver como a situação evolui”, diz Colombo.

 O recomeço e os cuidados básicos.

Para aqueles que receberam o sinal verde para voltar à academia, à pista, ao ginásio ou aos gramados, é importante pegar leve no início. Não dá pra empregar o mesmo ritmo de antes da pandemia, pois o corpo está desacostumado e perdeu condicionamento nos últimos meses.

“O retorno precisa ser gradativo e vale fazer um fortalecimento muscular antes de partir para o treinamento aeróbico, como correr ou andar de bicicleta”, sugere Colombo. Ter a orientação de um profissional de educação física é ainda mais essencial neste momento.

Não custa reforçar também as medidas básicas de proteção contra o coronavírus. Procure fazer exercícios em casa ou em lugares abertos, como parques, praças e clubes, com boa circulação de ar.

 As dicas continuam: use máscaras antes e após o treino. Não pare para conversar com outras pessoas e mantenha sempre uma distância mínima de 2 metros dos outros praticantes de exercícios. Por fim, lave as mãos com água e sabão e desinfete objetos que vá utilizar no treino com álcool em gel ou álcool 70%.

Essas recomendações continuam a valer mesmo se você já teve covid-19, pois ainda não se sabe ao certo quanto tempo dura a imunidade contra o coronavírus e há sempre o risco de levar e transmitir o agente infeccioso para as pessoas ao seu redor.

 Cabe uma reavaliação?

“Se, durante ou após o exercício, você sentir muito cansaço e estiver com palpitação, falta de ar ou dor no peito, consulte um profissional de saúde novamente”, destaca Leitão. Esses podem ser sinais de algo errado no sistema cardiovascular.

Caso esteja tudo bem e o ritmo das atividades está evoluindo sem percalços, os especialistas das duas sociedades médicas pedem que todo mundo passe por uma reavaliação dois ou três meses após a liberação inicial. Assim, é possível ter certeza que não surgiram novos problemas.

Afinal, ainda há muita coisa que não se sabe sobre o coronavírus e seus efeitos em longo prazo. Para evitar surpresas desagradáveis no coração, o melhor caminho é sempre ter cuidado em dobro.

Fonte: G1


Má alimentação e Baixo Rendimento.

Uma das principais causas de muitas doenças é a má alimentação. Além de contribuir para que a saúde dos colaboradores não esteja em dia, a nutrição de qualidade ruim pode afetar negativamente o rendimento.

Doenças como hipertensão, aumento nos níveis de colesterol e excesso de peso podem surgir e comprometer a qualidade de vida das pessoas. Muitas vezes, devido à falta de uma alimentação balanceada.

Do que se trata a proposta de reeducação alimentar?

A reeducação alimentar, não se trata apenas de uma consulta com um nutricionista, de modo que o profissional passe uma dieta específica para cada um. Ela diz respeito a um processo bem mais completo e transformador, que modifica não só a dieta diária, como também a relação dele com os alimentos.

Quem se reeduca tem outra visão sobre a comida e dificilmente a utiliza para preencher espaços e necessidades emocionais, por exemplo.

Um dos pontos principais da proposta de reeducação alimentar é a ideia de que é possível comer de tudo, mas evitando os exageros. Ou seja, de forma equilibrada. O que faz parte da cultura de um indivíduo não precisa, necessariamente, ser eliminado. A proposta é mudar os hábitos e as quantidades dos alimentos ingeridos.

A reeducação não significa entrar em uma dieta restritiva, cortando todos os alimentos que uma pessoa gosta de comer. Ao elaborar o plano estratégico, sempre é levado em conta o estilo de vida do paciente, suas preferências e também suas doenças preexistentes.

Qual é a relação entre a má alimentação e o baixo rendimento?

Alguns alimentos têm funções determinadas em nosso organismo, ativando os estados de alerta, sua concentração e também sua disposição. A alimentação correta pode fornecer aos colaboradores mais energia em suas atividades e, consequentemente, alterar para melhor os níveis de produtividade e otimizar o trabalho.

Quando os níveis de energia estão alterados, é possível prevenir diversas doenças. Determinados alimentos promovem a melhora dos níveis de glicemia e do perfil lipídico, que não só beneficiam a disposição como promovem o emagrecimento. Uma dieta pobre em ferro, por sua vez, afeta a capacidade de atenção de um indivíduo.

Outro ponto interessante: o consumo excessivo de açúcar, por exemplo, pode aumentar diretamente os níveis de estresse. Quando o colaborador substitui esse consumo por alimentos ricos em vitamina B5 e altos níveis de cortisol (ovos, abacate, nozes), o estresse pode ser reduzido. As reações mentais são reforçadas.

As intervenções feitas por sua empresa, podem auxiliar o colaborador mediante um diagnóstico nutricional e uma análise de recordatórios alimentares. Ou seja, uma coleta de dados sobre a alimentação diária de cada um deles. Uma ferramenta essencial no acompanhamento de um nutricionista — e que melhora rapidamente os resultados.

Adotar melhores hábitos é fundamental, não somente no ambiente corporativo, mas para toda a vida. Promova o bem-estar corporativo com o auxílio de serviços especializados e invista no acompanhamento nutricional dentro da sua empresa.

Fonte: Beecorp


Uso indiscriminado de Medicamentos e Automedicação no Brasil.

Em uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia, realizada em 2019, 77% dos entrevistados afirmaram tomar remédio por conta própria. Hábito de muitos brasileiros, se automedicar em tempos de COVID-19 pode ser ainda mais perigoso. Isso porque ainda não existe vacina para o novo coronavírus, e os estudos sobre medicamentos eficazes no tratamento da doença não são 100% conclusivos. Por isso, o mais seguro, sempre, é buscar orientação de um profissional médico antes de se medicar.

RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO EM GERAL
  • Antitérmicos e analgésicos que você costuma ter em casa podem aliviar os sintomas de febre e dor, mas, se ingeridos em quantidades elevadas, oferecem riscos como intoxicação e reações alérgicas.
  • Antibióticos devem ser usados apenas após a prescrição do médico, e os pacientes precisam sempre seguir a orientação das dosagens e do modo de usar.  Do contrário, segundo a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) , o uso indiscriminado de antibióticos pode tornar bactérias resistentes a esses medicamentos, comprometendo sua eficácia.
  • O ácido acetilsalicílico (popularmente conhecido como aspirina), por exemplo, não deve ser usado em quadros suspeitos de dengue, pelo risco de hemorragias.
  • Lembre-se: o uso indiscriminado de medicamentos sem indicação médica pode produzir reações alérgicas, dependência e, em casos mais extremos, levar à morte.
 NO CASO DA COVID-19

É importante lembrar: ainda não há vacina para a COVID-19. Em relação a medicamentos, ainda estamos na fase de estudos científicos para demonstrar a possível eficácia no combate à doença. Por isso, antes de fazer uso de qualquer medicação, é importante buscar orientação médica. Até mesmo os medicamentos para aliviar sintomas precisam ser ministrados com cuidado, evitando o risco de camuflar uma possível evolução da doença e retardar a procura por atendimento hospitalar. Medidas seguras e caseiras, como fazer repouso, tomar bastante água e comer alimentos leves, também ajudam na recuperação.

Além disso, lembre-se sempre de que o isolamento social, as medidas de higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel, além do uso de máscara ainda são as maneiras mais eficazes de evitar o contágio e a proliferação do vírus.

 HIDROXICLORIQUINA

Não há evidências científicas que comprovem a eficácia do medicamento no tratamento da COVID-19. Além disso, a hidroxicloroquina, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunologia, pode causar alteração da frequência cardíaca, hipoglicemia e outras complicações graves. A Organização Mundial da Saúde  aconselha o uso da substância até mesmo como forma de prevenção.

 DEXAMETASONA

Estudo da Universidade de Oxford revelou que o corticoide dexametasona reduziu em cerca de um terço as taxas de mortalidade entre pacientes entubados com o novo coronavírus. Os mesmos benefícios não foram constatados nos quadros leves de COVID-19. O medicamento não deve ser usado na prevenção da doença.

IVERMECTINA

A ivermectina é uma medicação utilizada para piolho e sarna e tem levado muita gente às farmácias em busca de um método preventivo ou tratamento precoce para COVID-19 sem prescrição médica. Em diversos alertas oficiais, órgãos como a OMS e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária afirmam que não existem estudos claros e conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento do novo coronavírus, além de esses remédios também apresentarem efeitos colaterais.

ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS

Esse grupo de medicamentos pode ser utilizado para controlar a temperatura e aliviar incômodos no corpo de pessoas que contraíram o novo coronavírus. Mas é importante tomar cuidado. A agência Nacional de Vigilância recomenda que pessoas com a COVID-19 que fizerem uso desses medicamentos prestem atenção se os sintomas não pioram ou se prolongam, de forma a não mascarar sintomas da doença e adiar a procura por ajuda hospitalar.

OUTRAS SUBSTÂNCIAS

Medicamentos como o remdesivir e a azitromicina estão em fase de testes para casos de COVID-19. Algumas delas já são usadas em protocolos hospitalares, mas não devem ser ingeridas sem indicação médica.

Fonte: SAS


Setembro amarelo – Prevenção ao suicídio.

O setembro amarelo foi criado pelo CVV como uma forma de conscientizar e evitar que o número de suicídios no país continue crescendo. Essa matéria Setembro amarelo – O que é o mês mundial de prevenção ao suicídio foi criada pelo site Segredos do Mundo.

Setembro amarelo é conhecido mundialmente como o mês de prevenção ao suicídio. Essa campanha foi criada no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida em 2015.

A cor amarela representa a valorização da vida. Portanto, mesmo que o assunto deva ser discutido durante todo o ano, é em setembro que o tema é reforçado e trabalhado por diversas instituições.

No Brasil, o suicídio ocupa o quarto lugar no ranking de causas de mortes mais comuns entre os jovens. Além disso, a cada 40 segundos uma pessoa se mata em algum lugar do mundo.

Por fim, segundo a OMS, o suicídio é a segunda causa mais comum de morte em pessoas com idade de 15 a 29 anos. Só no Brasil, 32 pessoas morrem por dia tirando a própria vida.

Infelizmente, o assunto aqui ainda é tratado como um tabu. Aliás, muitos são os que evitam falar sobre o tema com medo de instigar a ideia nos outros. Contudo, um diálogo sobre o suicídio é necessário.

A necessidade do setembro amarelo

Você sabia que o auxílio psicológico poderia ser o suficiente para evitar 90% dos casos de suicídio? A maioria desses casos acaba sendo causado em decorrência de doenças mentais que não são tratadas. Entretanto, não são tratadas porque as pessoas nem sequer sabem que precisam de ajuda.

É por isso que o setembro amarelo foi criado. A proposta é trabalhar com o diálogo no intuito de prevenir essas mortes precoces. Surpreendentemente, 60% das pessoas que suicidaram não chegaram a procurar ajuda. Consegue imaginar alguém que quebrou o braço não procurar ajuda?

Entretanto, como assunto não é falado, ele não é conhecido. Por exemplo 17% dos brasileiros já considerou de forma real o suicídio. Além disso, destes, 4,8% chegaram a trabalhar em uma forma disso acontecer. Imagine como o número de perdas seria menor se todos falassem abertamente sobre isso.

Sedentarismo, como identificar ? Causas e possíveis consequências.Por que setembro amarelo?

O casal Dale Emme e Darlene Emme foram os responsáveis por dar o pontapé inicial a campanha de prevenção ao suicídio. Mike Emme, filho do casal, se matou com 17 anos em 1994. O jovem era reconhecido por ser muito caridoso e hábil em mecânica. Aliás, ele até restaurou um Mustang 68 e o pintou de amarelo.

Como o jovem era apaixonado no carro, passou a ser chamado de Mustang Mike. Entretanto, ninguém conseguiu reconhecer os sinais que Mike dava de que queria acabar com a própria vida. Posteriormente, em seu funeral, uma cesta com cartões e fitas amarelas estava ao alcance de todos que quisessem pegar um cartão.

A ideia veio dos amigos de Mike. Os 500 cartões com fitas amarelas tinham um recado para quem pegasse: se você precisar, peça ajuda. Os cartões chegaram a todos os cantos dos Estados Unidos e, surpreendentemente, os pedidos de ajuda começaram a surgir.

Por fim, a fita amarela acabou se tornando símbolo do programa que ajuda aqueles que querem tentar suicídio a buscar ajuda. Em seguida, em 2003, a OMS declarou que dia 10 de setembro seria o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. E a cor do carro de Mike tornou-se a escolhida para representar o movimento.

O medo sobre o assunto

Mesmo com o setembro amarelo, as pessoas têm medo de falar sobre suicídio e acabar induzindo pessoas a seguirem esse caminho. Esse evento é conhecido como Efeito Werther. Ele ganhou esse nome por causa do livro Os Sofrimentos do Jovem Werther, publicado em 1774.

Na história, que tem um tom depressivo, Werther acaba suicidando no final. Entretanto, no período, o livro foi considerado a causa de uma onda de suicídios entre os jovens europeus. Posteriormente o Efeito Werther foi comprovado de forma científica, conhecido como suicídio por imitação.

Além disso, em 1962, com a morte de Marilyn Monroe e em 1994, com a morte de Kurt Cobain, os suicídios americanos também tiveram um grande aumento. Por fim, é por esse motivo que a OMS aconselha a mídia a não expor formas e processos de suicídio, para evitar o incentivo.

Todavia, é importante ressaltar que nenhum dos eventos causaram as mortes. Quem buscou o suicídio após ser exposto a essas notícias já tinham tendências antes mesmo de saberem sobre as mortes. Por exemplo, pessoas com depressão e esquizofrenia não tratadas são vulneráveis demais ao Efeito Werther.

Portanto, conversar sobre o assunto é importante para que seja possível diminuir o número de pessoas que são vulneráveis ao suicídio. Ou seja, para evitá-lo, é necessário falar sobre ele. Demonstrar que as pessoas não estão sozinhas é o primeiro passo para tratar as doenças.

Onde buscar apoio

Além de psiquiatras e terapeutas, o CVV – Centro de Valorização a Vida – pode ser o primeiro passo para quem busca ajuda. Ele é uma organização filantrópica e sem fins lucrativos. Ou seja, seu objetivo é apenas dar apoio emocional para quem está sofrendo com pensamentos suicidas.

Foi o CVV quem criou o setembro amarelo em 2015. O mês foi escolhido por causa do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio e a cor pelo mesmo motivo. Enfim, para pedir ajuda é só ligar 188. O atendimento é feito de forma anônima por voluntários que guardarão sigilo sobre a pessoa. Além disso, também é possível receber atendimento pelo chat do site, por e-mail ou em um posto de atendimento físico.

Causas do suicídio

Como já foi dito anteriormente, doenças mentais acabam se tornando os maiores motivos que levam alguém ao suicídio. Entretanto, não é só a depressão. Pessoas com bipolaridade, esquizofrenia e dependência química também entram no grupo.

Por outro lado, não é porque uma pessoa suicidou que isso significa que ela tenha algum transtorno. É necessário sempre ter em mente que, na maioria das vezes, o suicídio é algo feito de forma impulsiva. Ou seja, algumas situações que impactam a vida das pessoas podem levá-las a isso.

Como por exemplo, a perda de alguém querido, o término de um relacionamento, algum abuso sofrido e até mesmo problemas financeiros. Além disso, o suicídio também acaba sendo uma saída para pessoas que sofrem discriminação. Como homossexuais, transgêneros, imigrantes e até mesmo o bullying na escola.

Sinais de alerta

Às vezes, pessoas que estão com pensamentos demonstram alguns sinais de alerta. Fique atento aos detalhes, como por exemplo:

Desinteresse em quaisquer atividades (mesmo as que gosta) Falta de produtividade no trabalho ou na escola Isolamento dos amigos e familiares Descuido com a aparência Falta de importância com atividades diárias Muitos assuntos relacionados a morte.

Caso você conheça alguém que esteja passando por uma ou várias dessas situações, converse com ela. Entretanto, é necessário que essa conversa seja sem julgamentos e opiniões sobre o assunto. Portanto, deixe a pessoa falar, demonstre que a sua intenção é apenas ajudar.

Por fim, é necessário e extremamente importante incentivar alguém que esteja pretendendo cometer suicídio a procurar uma ajuda especializada. E atenção: se você perceber que essa pessoa corre risco imediato de tentar algo, nunca a deixe sozinha. Ou seja, busque serviços de emergência ou alguém de confiança.

O setembro amarelo é apenas um mês de conscientização sobre algo que as pessoas devem fazer o ano todo: procurar ajuda.


Cyber Risks - Ataques Ransomware Podem Bater Recorde em 2020.

Ocorrências têm aumento de 72% no primeiro semestre e podem chegar a 20 mil casos até o fim do ano, aponta estudo

Aproveitando-se que grande parte dos funcionários adotaram o regime home office por conta da pandemia de coronavírus , hackers estão provocando uma nova onda de ataques ransomware que podem atingir números inéditos de casos neste ano. Por meio de softwares nocivos, os cibercriminosos criptografam arquivos do sistema infectado e solicitam uma quantia – geralmente em bitcoins para  resgate.

A agilidade das empresas em atribuir o home office aos funcionários sem levar em conta a segurança cibernética, auxiliou o “boom” de casos registrados. Segundo levantamento da Skybox Security, os casos de ransomware tiveram salto de 72% nos primeiros seis meses de 2020 e devem chegar a 20 mil casos até o fim do ano. Só aqui no Brasil,o mês de março apontou crescimento 3,5 vezes maior que o mês de janeiro, de acordo com dados da Kaspersky.

Prevenção é essencial

Dadas as gravidades financeiras e os riscos que conteúdos expostos possam atentar contra a reputação da companhia no mercado, é essencial que empresas e funcionários trabalhem em conjunto para assegurar os dados privados.

Estar ciente dos ativos corporativos presentes na rede, bem como garantir que o acesso seja realizado por meio de VPNs, firewalls e outros meios de segurança, são passos essenciais de precaução.

Outras medidas simples como atualizar o backup de dados, manter o software de segurança em dia e usar filtragens e verificações de conteúdo do servidor de e-mail, podem ajudar a prevenir os ataques.

Ataques famosos

O GandCrab foi um destrutivo ataque de ransomware ocorrido em 2018. Estima-se que o vírus tenha infectado aproximadamente 1,5 milhão de computadores e que seus criadores tenham levado uma “bolada” de US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões em conversão direta) com o software. “A operação do GandCrab foi prolífica o bastante para garantir lucro suficiente para permitir que seus criadores se aposentassem”, destacou a BitDefender.

Também com início em 2018, o Ryuk atingiu mais de 100 ambientes corporativos norte-americanos desde agosto de 2018, de acordo com o FBI. Os crackers não só restringiam o acesso aos dados, como bloqueavam a opção de Restauração do Sistema do Windows.

Além dos cuidados citados acima, é fundamental que sua empresa tenha o Seguro de Proteção de Dados e Responsabilidade Cibernética para proteção dos riscos de responsabilidade civil previstos na LGPD por meio da colocação adequada do seguro, avaliando a exposição e os limites do seu negócio.