O Junho Vermelho ainda não acabou: vamos doar?
No blog anterior, contamos que a data de 14 de junho foi definida pela OMS como Dia Mundial do Doador de Sangue em reconhecimento a Karl Landsteiner (14/06/1868 – 26/06/1943), Nobel de medicina que descobriu os grupos sanguíneos (A-B-O) e o fator RH (+/-), tornando as transfusões de sangue seguras, e que ele também cunhou o termo “anticorpo”. É como desdobramento disso que existe o Junho Vermelho, mês dedicado a lembrar o valor e a importância da doação de sangue.
Hoje complementamos nossa abordagem sobre esse gesto solidário, voluntário e altruísta. Ao realizá-lo, a pessoa doa uma pequena quantidade do próprio sangue para ajudar a salvar a vida de quem se submete a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transplantes e outras cirurgias. Muitas vezes, a transfusão de sangue é a única esperança de vida para o paciente: o sangue é insubstituível, impossível de fabricar artificialmente e sem ele, claro, não é possível viver. Tem sempre alguém precisando da doação.
Doar é um procedimento totalmente seguro: o volume coletado é de aproximadamente 450 ml, fração muito pequena do total de sangue de um adulto, mas pode salvar até 4 vidas. Esse volume é reposto naturalmente pelo organismo em cerca de 24h e o doador não se expõe a nenhum risco de contaminação, pois todo o material utilizado é estéril e descartável. A doação não engorda nem emagrece, não “afina” nem “engrossa” o sangue ou afeta a saúde de qualquer outra forma.
Para garantir ainda mais a segurança da doação, existem alguns requisitos básicos, adotados no Brasil em alinhamento com padrões internacionais:
– Estar em boas condições de saúde;
– Ter entre 16 e 69 anos;
– Pesar no mínimo 50kg;
– Estar descansado, tendo dormido pelo menos 6h nas 24h anteriores;
– Estar alimentado, evitando alimentação gordurosa nas 4h anteriores;
– Apresentar documento de identificação original com foto recente, emitido por órgão oficial (RG, CNH etc.).
Existem também certos impedimentos, boa parte deles temporários:
– Aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas de um resfriado;
– Aguardar 90 dias após um parto normal e 180 dias após uma cesariana;
– Estar amamentando, se o parto ocorreu há menos de 12 meses;
– Ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores;
– Ter feito tatuagem, micropigmentação etc. há menos de 12 meses;
– Ter realizado procedimentos endoscópicos há menos de 6 meses;
– Ter feito extração dentária ou tratamento de canal há menos de 7 dias;
– Ter tomado a vacina contra gripe ou covid-19 há menos de 48 horas.
Outras restrições de caráter definitivo (como ter tido hepatite ou ser portador de certas crônicas) ou relacionados a riscos associados a certas regiões (onde há alta incidência de doenças como malária e febre amarela, por exemplo), podem ser consultadas em sites específicos sobre o tema e esclarecidas pelos profissionais de saúde presentes no momento da doação.
Mas tudo isso só ressalta a segurança e o cuidado envolvidos na doação de sangue, tanto para com o doador como para o receptor – 1 em cada 10 pacientes internados necessitam de transfusão e/ou componentes do sangue doado, inclusive vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, hemofílicos e bebês prematuros.
O objetivo maior é manter os estoques de sangue sempre abastecidos, e o Junho Vermelho é um merecido período de destaque para essa necessidade humanitária. Estamos nos últimos dias do mês, mas ainda dá tempo de doar inspirado e motivado por essa ação.
Mas lembre-se: exercitar a generosidade com seu próprio sangue é um ato nobre que pode, e precisa, ser realizado em qualquer época do ano.
Fontes:
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue
http://www.prosangue.sp.gov.br/
https://www.doesanguedoevida.com.br/razoes-para-doar-sangue
Junho Vermelho: por essa causa vale a pena dar o sangue.
Poucas expressões significam com tanta intensidade o ato de fazer algo por alguma coisa quanto “dar o sangue”. Dizer que alguém deu o sangue por determinado objetivo pode transmitir, por um lado, um tremendo empenho, e, por outro, um grande desprendimento. Às vezes, talvez muitas, a expressão nem é figurativa, mas literal. Não é tão difícil achar na história exemplos de indivíduos que derramaram seu sangue – sangue mesmo – por uma causa.
Pois a vida moderna consegue dar à expressão uma terceira acepção, sem excluir as outras, e talvez até mesmo reforçando-as: generosidade. Não é essa a força motriz que leva alguém a doar o próprio sangue para preservar a saúde – e frequentemente salvar a vida – de outra pessoa? A ciência permitiu que isso seja feito com segurança nos dias de hoje.
A data de 14 de junho foi definida pela OMS como Dia Mundial do Doador de Sangue, que acabou se desdobrando para o chamado Junho Vermelho, mês todo dedicado a lembrar o valor e a importância da doação de sangue, assim como para estimular sua prática contínua. O dia e o mês foram definidos em reconhecimento a Karl Landsteiner (14/06/1868 – 26/06/1943), cientista de origem austríaca que descobriu os grupos sanguíneos, classificados no sistema A-B-O, e também o fator RH (positivo ou negativo).
Antes dessa importantíssima descoberta, as transfusões de sangue às vezes funcionavam, às vezes não, e ninguém sabia por quê. Então, se hoje você pode receber uma transfusão de sangue com segurança se precisar, isso se deve a Karl Landsteiner, nada menos que um Nobel de medicina que também contribuiu para a identificação do vírus da poliomielite e cunhou o termo “anticorpo”, até hoje usado na ciência, agora conhecidíssimo nesses tempos de pandemia.
E, por falar em pandemia, os reflexos da crise de saúde que estamos vivendo podem ser sentidos não só na economia, em função da paralisação comercial e dos negócios, e na vulnerabilidade psicológica das pessoas, por causa da perda de entes queridos e do isolamento social: os estoques dos bancos de sangue das cidades brasileiras também têm estado alarmantemente baixos, independente do fato de que a doação, respeitadas certas condições* e todos os protocolos de segurança contra a covid-19, não coloca em risco o doador.
Assim como outras causas nobres que merecem atenção o ano inteiro, a doação de sangue tem um mês específico do ano dedicado a ela para que possa ter mais visibilidade, a fim de provocar mais mobilização. É uma forma publicitária, legítima, de enfatizar o tema e estimular a doação, aumentando a base de doadores e por vezes “reativando” doadores assíduos que por vários motivos param de doar – inclusive, neste momento, talvez por causa da pandemia.
Se você tem algum tipo de ascendência ou liderança sobre um grupo de pessoas – colaboradores de uma empresa, por exemplo – estimular a doação de sangue é uma boa, e desejável, e necessária, e nobre, forma de gerar engajamento. É uma estratégia de ganha-ganha: a empresa demonstra consciência e responsabilidade social e os pacientes graves, que podem estar internados por diversos motivos, recebem o sangue de que precisam. Quem sabe você mesmo não decide doar?
Poucas coisas têm tanto poder de mobilização, e são tão compensadoras em termos humanos, quanto a generosidade.
* Estar em boas condições de saúde; ter se alimentado pelo menos 3 horas antes da doação; ter idade entre 16 e 69 anos; pesar mais de 50kg; ter dormido ao menos 4 horas no dia da doação e se apresentar descansado.
Fontes:
www.oswaldocruz.com
www.tjdft.jus.br
www.laboratoriobehring.com.br
Gestão de benefícios: equilibrando cuidados e investimento
Um salário dentro da média sempre fica mais atraente quando acompanhado por um bom pacote de benefícios. Não os benefícios obrigatórios, regulamentados por leis e normas – e que por definição têm de ser oferecidos por todas as empresas – mas aqueles que vão além, como, por exemplo, um bom plano de saúde, incentivo à prática de atividade física e outros que tragam o bem-estar do colaborador para dentro do universo corporativo.
Esses e outros benefícios são ferramentas sabidamente eficazes para uma empresa não só atrair e reter talentos, mas também aumentar a produtividade, resultado tanto do maior engajamento do colaborador com a empresa que cuida bem dele quanto da redução do absenteísmo – só para citar dois fatores-chave que sempre vêm à tona quando se aborda o tema.
Mas adotar a oferta de benefícios como estratégia interna de negócio significa também assumir a responsabilidade de gerenciá-los, porque, é claro, existem custos envolvidos, que em grande medida precisam ser considerados e administrados racionalmente, como qualquer outro investimento. A essa arte, ou competência, ou técnica, ou habilidade (ou tudo isso junto), se dá o nome de gestão de benefícios.
Sem uma boa gestão de benefícios, oferecê-los, em ver de favorecer a empresa, pode transformar-se num problema a mais a ser resolvido, drenando recursos e energia do que realmente é o foco do negócio. Se a implementação e condução não forem equacionadas de forma a agregar valor, o que era investimento se transformará simplesmente em gasto, meio caminho andado para realizar prejuízo – se é que há diferença entre as coisas no mundo corporativo.
Portanto, é preciso saber exatamente quais são os benefícios, quanto custam (para empresa e colaborador), quem exatamente são os beneficiados, se contemplam ou não os dependentes, quais impactos podem ter, se e como esses impactos são quantificáveis e se há variações significativas em todos esses fatores ao longo do tempo. Nada que possa ser resolvido adequadamente por uma só pessoa manejando uma planilha básica de Excel…
A melhor gestão de benefícios possível abrange pessoas, processos e tecnologia, colocando esta a serviços daqueles de modo que a visão, o controle e a análise do programa sejam de alta qualidade e acurácia, permitindo adaptações e correções de percurso, se necessário, facilitando assim uma melhor tomada de decisão.
Só assim o benefício se torna mútuo, com os colaboradores obtendo melhor qualidade de vida e a empresa obtendo melhor desempenho dos colaboradores, uma receita bastante promissora para quem um negócio sustentável com boas chances de crescimento.
E com uma vantagem adicional: colaboradores com percepção clara (e verdadeira) de que a companhia se preocupa com eles não só ampliam sua produção, satisfação e lealdade, mas também reforçam proativamente a ideia de que ela é sólida, confiável e respeitável. Ou seja, trabalham espontaneamente a favor da reputação do negócio.
Atrasei meu seguro: estou desprotegido?
Um descuido ocasional, um lapso de memória ou uma impossibilidade financeira momentânea: os mesmos motivos que levam uma pessoa a atrasar qualquer conta podem levar você a atrasar a parcela do seguro do seu carro ou da sua casa. Mas, e aí? O que acontece?
Vamos supor que você parcelou o valor da apólice do seu carro em 12 vezes, no mês 4 atrasou o pagamento, por qualquer motivo, e exatamente nesse período ocorre algum sinistro com seu veículo. Mesmo assim, o prejuízo deve ser coberto se a situação se encaixar no que está previsto na apólice.
Quando o segurado fica inadimplente, o seguro não pode ser automaticamente cancelado, exceto se a prestação pendente for a primeira ou o pagamento do prêmio for à vista. Quando o pagamento é dividido, se uma das parcelas já estiver quitada, o contrato continua valendo por um período, que varia de acordo com o que já foi pago.
Os prazos de validade da cobertura para casos assim estão previstos na Tabela de Prazo Curto, descrita em Circular da Susep. De acordo com ela, se o consumidor já tiver pago, por exemplo, 50% do valor de um seguro que teria 1 ano de duração, a cobertura vale por 120 dias (4 meses). Caso o atraso ocorra após o pagamento de 80% do prêmio, a apólice vale por 240 dias (8 meses). Segundo a Susep, esses são os prazos mínimos. E por se tratar de regra que restringe um direito do segurado, a cláusula que trata do prazo de vigência deve constar em destaque no contrato, conforme dita o Código de Defesa do Consumidor.
E se o atraso for no seguro residencial? Nesse caso, a falta de pagamento ocasional normalmente pode ser negociada junto à seguradora, sem prejuízos à cobertura, e usualmente a empresa ou a corretora de seguros entra em contato com o segurado para avisar sobre a pendência e definir um prazo para sua regularização.
Mas quando o atraso é contínuo, a seguradora tem direito a rescindir o contrato sem aviso prévio, sendo que o segurado perde as coberturas e não recebe de volta nada do que já foi pago. Importante: como no caso do seguro auto, se a inadimplência for relativa à 1ª parcela, o contrato pode, sim, ser suspenso.
Claro que o ideal é nunca atrasar os pagamentos das parcelas de qualquer seguro, evitando complicações e cultivando a melhor relação possível com a seguradora. Mas se algo desse tipo acontecer, a melhor forma de saber como agir é conhecer seus direitos, suas opções – e as possíveis consequências – até que tudo se regularize. E providenciar essa regularização o mais rápido possível é o melhor jeito de se sentir protegido por completo novamente.