Cultura de Risco

Ter uma cultura de risco implica possuir conhecimentos que permitem a prevenção de situações de risco e a autoproteção em caso de perigo.

Gerenciamento de Riscos

A gestão de riscos é a contribuição mais importante da indústria de seguros. A incerteza e o risco acompanham a maioria das atividades humanas, sejam sociais, econômicas ou financeiras. O gerenciamento de recursos que caracteriza a maioria dos investimentos igualmente implica na assunção de riscos.

A vida humana é cheia de riscos. O capital fixo é, em particular, sujeito a danos inesperados e de elevado custo. Os investimentos, particularmente importantes para o crescimento econômico, são tipicamente acompanhados de riscos ainda maiores.

O Gerenciamento de Riscos tem os seguintes objetivos:

  • Criar e proteger valor e contribuir para a melhoria do desempenho referente à segurança e saúde das pessoas, à conformidade legal e regulatória, à aceitação pública, à proteção do meio ambiente, à qualidade do produto, ao gerenciamento de projetos, à eficiência nas operações, à governança e à reputação;
  • Ser parte integrante de todos os processos organizacionais, incluindo o planejamento estratégico e todos os processos de gestão de projetos e gestão de mudanças, não sendo uma atividade autônoma separada das principais atividades e processos da organização;
  • Ser parte da tomada de decisões ao auxiliar os tomadores de decisão a fazer escolhas conscientes, priorizar ações e distinguir as alternativas de ação;
  • Abordar explicitamente a incerteza ao levar em consideração sua natureza e como ela pode ser tratada;
  • Contribuir para a eficiência e o alcance de resultados consistentes, comparáveis e confiáveis;
  • Por ser feita sob medida, deve estar alinhada com o contexto interno e externo da organização e com seu perfil do risco;
  • Considerar fatores humanos e culturais ao reconhecer as capacidades, percepções e intenções da equipe interna e externa que podem facilitar ou dificultar a realização dos objetivos da organização;
  • Ser transparente e inclusiva, fomentando o envolvimento apropriado e oportuno de partes interessadas e, em particular, dos tomadores de decisão em todos os níveis da organização, assegurando que o processo permaneça pertinente e atualizado. O envolvimento também permite que as partes interessadas sejam devidamente representadas e que suas opiniões sejam levadas em consideração na determinação dos critérios de risco;
  • Ser dinâmica, interativa e capaz de reagir às mudanças. À medida que acontecem eventos externos e internos, o contexto e o conhecimento se modificam, o monitoramento e a análise crítica de riscos são realizados, novos riscos surgem, alguns se modificam, e outros desaparecem;
  • Facilitar a melhoria contínua da organização, promovendo a revisão de processos e o desenvolvimento e a implementação de estratégias que tornem a organização mais eficiente em todas as etapas de sua operação e, mais madura na própria gestão de riscos.

Para que os objetivos sejam alcançados, é necessário que a gestão de riscos seja empreendida de forma estratégica e evolua de forma positiva no tempo.

O gerenciamento de riscos é parte integrante das boas práticas empresariais. Aprender a gerenciar riscos de maneira eficiente e eficaz possibilita que o atingimento dos objetivos empresariais seja facilitado. Isso acontece por meio da identificação e da análise de uma gama mais ampla de oportunidades e ameaças, fornecendo uma forma sistemática de tomar decisões embasadas em informações e riscos.

Uma abordagem de gerenciamento de riscos estruturada também estimula e aumenta a identificação de melhores oportunidades para a melhoria contínua através da inovação.

Alguns dos benefícios específicos do gerenciamento de riscos para as empresas são:

  • Redução das surpresas;
  • Aproveitamento das oportunidades;
  • Melhoria do planejamento, desempenho e eficácia;
  • Redução dos custos e das perdas;
  • Economia e eficiência;
  • Melhoria das relações com as partes interessadas;
  • Melhoria das informações para a tomada de decisão;
  • Melhoria da reputação;
  • Proteção de diretores e gerentes;
  • Responsabilidade, garantia e governança;
  • Bem-estar das pessoas.

Ainda há outros benefícios para as empresas, como:

- Contratação de apólices de seguros mais adequadas;

- Redução e maior controle dos riscos com consequente redução de prêmios dos seguros;

- Retenções conscientes de riscos pelas empresas;

- Bens e vidas humanas preservadas;

- Manutenção do fluxo produtivo e permanência da empresa no mercado;

- Funcionários motivados; a

- Aumento da produção e competitividade;

- Sustentabilidade das empresas;

- Maior proteção ao meio ambiente.

Após a realização de um estudo de gerenciamento de riscos, avaliados de forma responsável, a transferência de parte deles ao mercado segurador ocorre de forma objetiva e adequada, garantindo à empresa a possibilidade de adquirir um produto de seguros que satisfaça à necessidade de cobertura aos riscos expostos.

Sempre que colocadas em prática as medidas de eliminação, prevenção e/ou atenuação dos riscos, principalmente, se os funcionários tiverem consciência da importância dessas medidas, o perfil de risco da empresa sofre melhoria significativa. Importante lembrar que, ao gerenciar riscos, muitas vezes se chega à conclusão de que há eventos acidentais que não podem ser transferidos para o mercado de seguros.

Os processos empresariais produzem riscos de toda sorte. Possivelmente, o principal interesse das empresas em relação aos riscos esteja associado à segurança dos processos e das pessoas, com o intuito de preservar vidas e patrimônio. Quanto mais complexa for se tornando a produção de bens nas empresas, mais sujeitas a eventos indesejáveis, incidentes e acidentes elas se tornam.

Portanto, previna-se !!! Adote uma política de Gestão de Riscos adequada para evitar surpresas desagradáveis e prejuízos inesperados.


Mundo de olho nas doenças Crônicas

Comissão pede ação urgente contra doenças crônicas

Um novo relatório da Comissão Independente de Alto Nível da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Doenças não transmissíveis (DNT’s) pede uma ação urgente para tratar de doenças crônicas e transtornos mentais. Este tipo de ação exige um compromisso político de alto nível e o aumento imediato das ações para enfrentar a epidemia de DNT’s, as principais causas de morte e problemas de saúde no mundo.

As doenças não transmissíveis (DNT’s), incluindo doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e transtornos mentais, tendem a ser de longa duração e são o resultado de uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e comportamentais. O uso do tabaco, a inatividade física, o uso prejudicial do álcool e dietas pouco saudáveis ​​aumentam o risco de morrer de um DNT. A OMS também reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para as DNT’s

Coletivamente, câncer, diabetes, doenças pulmonares e cardíacas matam 41 milhões de pessoas por ano, respondendo por 71% de todas as mortes no mundo, 15 milhões das quais ocorrem entre 30 e 70 anos de idade. O relatório concentra a atenção em desafios crescentes mas muitas vezes negligenciados, como transtornos mentais e obesidade.

A Comissão apresenta 6 (seis) recomendações aos líderes políticos no seu relatório. São elas:

1. Assumir a responsabilidade pela agenda das DNT’s, em vez de delegá-la, uma vez que requer colaboração e cooperação em muitos setores;

2. Identificar e implementar um conjunto específico de prioridades dentro da agenda geral de DNT e saúde mental, com base nas necessidades de saúde pública;

3. Reorientar os sistemas de saúde para incluir a prevenção e o controle das DNT’s e os serviços de saúde mental naspolíticas e planos de cobertura universal de saúde;

4. Aumentar a regulamentação efetiva, o envolvimento apropriado com o setor privado, a sociedade civil e as comunidades;

5. Desenvolver um novo paradigma econômico para o financiamento de ações sobre DNT’s e saúde mental;

6. Fortalecer a prestação de contas aos seus cidadãos pela ação sobre as DNT’s e simplificar os mecanismos de responsabilização internacional existentes.

"Conhecemos o problema e temos as soluções, mas, a menos que o financiamento para as DNT’s sejam elevados e possamos exigir que todas as partes interessadas sejam responsáveis ​​por cumprir suas promessas, não conseguiremos acelerar o progresso", disse a co-presidente da Comissão, Dra.Sania Nishtar “A epidemia de DNT’s explodiu em países de baixa e média renda nas últimas duas décadas. Precisamos agir rapidamente para salvar vidas, evitar o sofrimento desnecessário e evitar que sistemas de saúde frágeis entrem em colapso ”.

Cumprir a promessa de cobertura universal de saúde para garantir que todas as pessoas em todos os lugares possam acessar serviços de saúde de qualidade, sem sofrer dificuldades financeiras, é um das principais prioridades. O relatório da Comissão ajudará a orientar os países à medida que avançam em direção à saúde para todos e enfrentam as DNT’s e os assassinos infecciosos.

"A OMS (Organização Mundial da Saúde) foi fundada há 70 anos com a convicção de que a saúde é um direito humano a ser desfrutado por todas as pessoas e não um privilégio para poucos", disse o diretor-geral da OMS, Dr.Tedros Adhanom Ghebreyesus. “As recomendações deste relatório são um passo importante para concretizar esse direito, prevenindo o sofrimento e a morte causados ​​por doenças não transmissíveis.”

Ao apelar aos líderes políticos para assumir a responsabilidade final pelas DNT’s, o relatório, que também foi publicado simultaneamente na revista médica The Lancet, reconhece a necessidade de garantir que os ministérios da saúde tenham a influência necessária para garantir que a questão seja apoiada. a vontade política e o financiamento que merecem.

A entrega do relatório ao Diretor-Geral da OMS é a primeira atividade da Comissão, que continuará a fornecer apoio de alto nível à comunidade de DNT’s, catalisando a ação e o financiamento, especialmente nos países.

Em 27 de setembro de 2018, a Assembleia Geral das Nações Unidas sediará a 3ª.Reunião de Alto Nível sobre DNT’s, em Nova York. O relatório da Comissão ajudará a aconselhar a OMS enquanto se prepara para esta ocasião crucial.

Os co-presidentes da Comissão incluem os presidentes da Finlândia, Sri Lanka e Uruguai, o Ministro da Saúde da Federação Russa e a Dra.Sania Nishtar. A Comissão inclui líderes de saúde e desenvolvimento de governos, sociedade civil e empresas.