Previdência Privada
Fortalecendo a aliança entre empresa e colaboradores
Nos corredores das empresas, onde estratégias são traçadas e metas estabelecidas, uma preocupação extra ocupa a mente dos melhores líderes corporativos: o futuro financeiro de seus colaboradores. Nesse contexto, os planos de previdência privada surgem como um excelente recurso não apenas para garantir a estabilidade dos profissionais que atuam na companhia, mas também para fortalecer o vínculo entre empresa e equipe.
A implementação desses planos cria uma oportunidade para que se estabeleça uma parceria mais sólida e sustentável entre empregador e colaborador. Podemos dizer, de forma genérica, que contratar um plano de previdência privada para os colaboradores envolve alguns passos básicos, descritos a seguir.
1 - Pesquisa e seleção do provedor de previdência - A empresa precisa pesquisar e escolher um provedor de previdência privada confiável e adequado às suas necessidades - e dos colaboradores. Existem muitas instituições financeiras que oferecem planos de previdência privada, e é importante comparar as opções disponíveis em termos de taxas, opções de investimento, serviços oferecidos e reputação.
2 - Definição do plano - Uma vez selecionado o provedor de previdência privada, a empresa precisa determinar os detalhes do plano a ser oferecido aos colaboradores. Isso inclui decidir os termos do plano, como o valor das contribuições da empresa e dos colaboradores, as opções de investimento disponíveis e os critérios de elegibilidade, entre outros.
3 - Comunicação aos colaboradores - Após definir o plano de previdência privada, a empresa precisa comunicar aos colaboradores os detalhes desse plano, incluindo os benefícios oferecidos, como se inscrever, as opções de investimento disponíveis e quaisquer outras informações relevantes. É importante garantir que os colaboradores entendam claramente como o plano funciona.
4 - Processo de inscrição - Os colaboradores interessados em participar do plano de previdência privada geralmente precisam preencher um formulário de inscrição fornecido pela empresa ou pelo provedor de previdência. Este formulário pode incluir informações pessoais, escolhas de investimento e autorização para dedução automática das contribuições do salário.
5 - Administração do plano - Uma vez que os colaboradores tenham se inscrito no plano, a empresa é responsável por administrar o plano e garantir que as contribuições sejam feitas regularmente e de acordo com os termos da solução contratada. Isso pode envolver a dedução automática das contribuições do salário, o depósito dessas contribuições no fundo de previdência e a manutenção de registros precisos.
6 - Monitoramento e revisão - A empresa deve monitorar regularmente o desempenho do plano de previdência privada, revisar as opções de investimento e garantir que tudo continue atendendo às necessidades dos colaboradores e da empresa ao longo do tempo. Se necessário, ajustes podem ser feitos para melhorar o plano ou garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
Vejamos, agora, alguns dos principais motivos para que uma empresa contrate um plano de previdência privada para seus colaboradores.
- Atração de bons profissionais - Oferecer um plano de previdência privada pode ser uma forma valiosa de atrair e reter talentos. É um benefício adicional que demonstra o compromisso da empresa com o bem-estar financeiro de seus colaboradores, ajudando a aumentar sua satisfação e lealdade.
- Motivação e engajamento - Os planos de previdência privada podem motivar os colaboradores a economizar para o futuro e se comprometer com a empresa a longo prazo: saber que a empresa está contribuindo para seu futuro financeiro pode aumentar o engajamento e a dedicação ao trabalho.
- Redução de impostos - As contribuições para planos de previdência privada podem ser dedutíveis do imposto devido, tanto para os colaboradores quanto para a empresa. Isso pode resultar em economias significativas em impostos, ou seja, um benefício fiscal como adicional.
- Planejamento sucessório - Oferecer um plano de previdência privada pode fazer parte de uma estratégia de planejamento sucessório da empresa, ajudando a garantir que os colaboradores estejam financeiramente seguros e preparados para a aposentadoria, permitindo uma transição suave quando se aproximarem da idade de se aposentar.
- Imagem corporativa - O plano de previdência privada pode melhorar a imagem corporativa da empresa, demonstrando responsabilidade social e preocupação com o bem-estar dos colaboradores, o que certamente é percebido de forma positiva tanto pelos próprios colaboradores quanto pelo público externo, incluindo clientes, investidores e comunidade.
Ao oferecer os diversos benefícios de um plano de previdência privada, a empresa cria um ambiente de trabalho mais atrativo, engajado e sustentável a longo prazo, estabelecendo uma aliança muito mais forte com seu público interno. Se sua empresa tem interesse em utilizar essa ferramenta de sucesso corporativo, a SICCS está preparada para auxiliá-lo nesse processo.
Fontes
www.estudio.folha.uol.com.br
www.infomoney.com.br
www.rhportal.com.br
O impressionante crescimento do setor de seguros
Se a história realmente se repete, o setor de seguros bem que gostaria de um “replay” do passado recente: o mercado encerrou o ano de 2023 com um lucro histórico de 30 bilhões de reais, um crescimento de nada menos que 67% em relação ao ano anterior.
Segundo executivos do setor, houve uma conjunção de diversos fatores benéficos para a lucratividade, ao contrário dos 2 anos imediatamente anteriores, afetados pela pandemia de Covid-19. Em 2023, esses desvios foram corrigidos, sem nenhum outro “acidente”.
O avanço nos resultados também foi motivado, em grande parte, pela melhora da sinistralidade em todos os segmentos, com ênfase nos produtos de varejo. E esse crescimento expressivo, se soma aos 125% conquistados em 2022 sobre 2021, refletindo o sucesso e a consolidação de novas estratégias diante de transformações tecnológicas e sociais, que continuamente moldam o setor.
Por exemplo, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), vem implementando mudanças que vão desde a supervisão on-line das companhias até o lançamento do grupo de trabalho "Seguros, Novo PAC e Neoindustrialização". É um cenário que deve fazer consumidores, seguradoras, corretoras e outros atores do mercado repensarem suas abordagens.
O próximo desafio é manter o equilíbrio entre o sucesso nos negócios e valores éticos, num mercado ao mesmo tempo cada vez mais competitivo e voltado à inovação e à digitalização. Poucos executivos acreditam que 2024 será um ano tão próspero quanto 2023, mas avaliam que o ano seguirá num bom ritmo de evolução.
Enquanto o setor avança, algumas das mudanças em curso estarão mais evidentes e será preciso fazer frente a um ambiente de maior competitividade e com redução da taxa de juros: além da provável continuidade do ciclo de queda da Selic - que impacta o ganho financeiro das companhias - deve haver um acirramento da concorrência.
Mas o mercado tem alto potencial de crescimento: por exemplo, hoje, só 17% da população brasileira adulta tem algum tipo de seguro de vida (nos EUA, são 52%). Há muito espaço para avançar. A reputação ética dos players e a oferta aderente às necessidades (inclusive o bolso) do consumidor são diferenciais significativos que impactam positivamente os negócios e a sociedade.
Sobre esses pilares, e sempre ao lado de seus clientes, a SICCS atua oferecendo soluções de seguro sob medida para negócios e pessoas. Sim, somos uma boutique de seguros, mas chegamos a um ponto de maturidade que nos permitirá ir um passo além.
Acompanhando nossos conteúdos, aqui em nosso blog e em nossas redes sociais, em breve será possível ver as novidades. Você será, claro, o primeiro a saber.
Fontes
www.infomoney.com.br
www.exame.com
www.revistacobertura.com.br
Seguros: tendências tecnológicas para 2024
A era digital revolucionou a maneira como diversos negócios “tradicionais” operam e o setor de seguros é um dos que mais incorpora novas tecnologias, para acelerar seu crescimento e alcance. De acordo com a CNseg - Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, o segmento está mobilizado com o objetivo de ampliar sua participação no PIB de 6,5% para 10%, aumentar em 20% a população atendida e impulsionar o volume de indenizações de 4,6% para 6,5% até 2030.
Levantamentos de empresas especializadas indicam que a indústria de seguros passará por forte transformação em 2024, com o consumidor no centro das atenções (onde é mesmo lugar dele) e o poder das mudanças tecnológicas aplicado para facilitar sua vida e a valorizar sua jornada. O setor está, como sempre, adotando tecnologias inovadoras para melhorar seus processos e a satisfação dos clientes. Vejamos algumas tendências para 2024.
Inteligência Artificial - O tema “quente” do momento veio mesmo para ficar, embora ninguém saiba exatamente como e quanto vai impactar o dia a dia dos negócios - e as previsões superotimistas e catastrofistas de sempre soem, como sempre, exageradas. O que é plausível hoje: com IA, as seguradoras podem analisar terabytes de dados de forma rápida e objetiva, identificando padrões e personalizando os seguros individualmente. Na detecção de fraudes, a IA, que facilita o combate a sinistros falsos ou exagerados, declarações e informações pessoais falsas, fraudes etc.
Resiliência cibernética - O lado ruim do item anterior: com a expectativa de que ataques cibernéticos alimentados por IA representem uma ameaça crescente em 2024, a capacidade de resistir a eles é um tema relevante em todos os níveis de uma organização. Todos precisam ser educados sobre a importância de boas práticas de segurança e é indispensável também realizar auditorias regulares em todos os equipamentos da empresa.
Computação quântica - Um tema que parece pertencer à ficção científica, mas que é realidade, com estudos focados em descobrir como utilizar seu máximo potencial. Na área de saúde, por exemplo, a computação quântica pode ser valiosa na simulação de processos químicos, na otimização de projetos farmacêuticos e no avanço do desenvolvimento de tratamento médico personalizado, por meio da genômica. Mas atenção: a computação quântica tem limitações e complexidades que ainda estão sendo pesquisadas e hoje nada sugere que vá substituir por completo a computação “tradicional”. Nem haveria motivo. O caminho mais sensato é quase sempre o da complementaridade.
Telemetria - O eventual comportamento desonesto dos segurados traz enormes prejuízos para as seguradoras. A telemetria pode ajudar as seguradoras a identificar falhas na forma de condução dos motoristas, além de fornecer informações sobre o desempenho do automóvel, permitindo ajustar os prêmios de acordo com cada perfil.
Soluções mobile - É como já se sabe: tudo na palma da mão. Com apenas alguns toques no smartphone é possível cotar, contratar e fazer alterações no seguro. Ter o próprio aplicativo para fornecer aos clientes acesso fácil a informações como apólices, sinistros e pagamentos é um dos recursos mais essenciais que o setor de seguros tem para melhorar a experiência do cliente e ganhar eficiência operacional.
Dispositivos “vestíveis” (wearable) - Possibilitam a coleta de dados valiosos para monitoramento de aspectos da saúde dos segurados em tempo real, como frequência cardíaca e qualidade do sono, permitindo às seguradoras reduzir custos, identificar riscos e prevenir sinistros. As informações possibilitam também que as seguradoras incentivem hábitos saudáveis e ofereçam descontos relacionados a eles.
Esses recursos tecnológicos tendem a influenciar, cedo ou tarde, todos os players do setor de seguros: operadoras/seguradoras, corretoras e, claro, clientes individuais e corporativos/empresariais. Atentos, atualizados e alinhados com todas as mudanças que afetam o segmento, nós, da SICCS, direcionamos os ganhos que as novas tecnologias trazem para ofecer um serviço cada vez melhor àqueles que ajudamos a proteger com nossas soluções inovadoras e customizadas.
Por isso somos, realmente, um boutique de seguros. E, em breve, vamos evoluir além disso.
Fontes:
www.revistaapolice.com.br
www.cnseg.org.br
www.corretoradofuturo.redelojacorr.com.br
Em 2024, fique seguro do seu seguro
Não, não há erro nenhum no título desse artigo. Porque uma coisa é o produto seguro (que muitos podem oferecer livremente no mercado), outra é a sensação de segurança de contratar a proteção mais adequada às suas necessidades e objetivos. A segurança fornecida pela apólice é uma; pelo atendimento oferecido por quem a comercializa é outra. A diferença? Competência. Sim, essa mesma que você tanto procura, e em que tanto investimos, mesmo.
A função primária de todo seguro é proteger bens, patrimônio, renda - e a estabilidade e o bem-estar relacionados a eles, mesmo em apólices de seguro de vida (que é uma forma de garantir apoio material a quem se ama em caso de ausência abrupta). É uma ideia engenhosa: pagando uma certa quantia por mês, pode-se dispor de um valor muito maior do que é possível poupar/investir em certo prazo, e de forma praticamente imediata, no caso de um imprevisto.
Existe, claro, certa padronização nas apólices, porque também existem certos padrões nas necessidades de quem as contrata. Mas aí é que está o fator que faz toda a diferença: para identificar qual solução-padrão atende melhor a uma necessidade-padrão, é preciso ter competência técnica, comprometimento com o cliente, experiência na área e - algo muito raro de se encontrar - uma boa dose de sensibilidade. Fazer essa correspondência de modo ótimo é tarefa para especialistas. Fazê-la de forma humanizada, um achado.
Seguros só podem ser vendidos por corretores/corretoras, você sabe. E existe um número limitado de operadoras autorizadas a funcionar no país. Isso significa que as soluções são semelhantes, em certa medida, e que haverá um profissional intermediador em todos os casos. O melhor que você pode fazer, para suas necessidades de seguro, pessoais e profissionais, individuais e corporativas, é contar com a melhor corretora possível. Só assim estará seguro da convergência entre suas necessidades e as soluções indicadas, além de certas particularidades, quando for o caso.
Digamos que você possa investir o valor X em proteção. Dependendo de quem o assessora, a cobertura poderá ser Y (maior e mais ampla) ou Z (menor e mais restrita) - mas o investimento continuará sendo X! Portanto, uma corretora competente não só otimiza seu investimento, mas também oferece proteção mais robusta. Você acha que alguém que não leva em consideração a importância da sua vida, das pessoas que você ama, ou do seu negócio, está suficientemente motivado para oferecer o melhor? Não, não está.
Percebeu por que falamos em sensibilidade mais acima? Sim, ela conta na área de seguros. E se expressa não só na compreensão humana das necessidades (sempre únicas) de cada cliente, mas também no modo (sempre único) como esse cliente é recepcionado e abordado. E, sim, isso vale tanto para soluções pessoais quanto corporativas, porque, afinal, ninguém deixa de ser humano por ser líder de um time ou empreendedor. Em certos casos corporativos, o fator humano está ainda mais intrinsicamente ligado ao produto seguro, como em soluções de seguro saúde, por exemplo.
Para a SICCS, competência abrange necessariamente a sensibilidade (além de capacidade técnica e experiência, obrigatórias). É daí que vem nosso posicionamento como “boutique de seguros”: por mais que o mercado e a realidade imponham certos padrões, todos os clientes são atendidos da forma mais personalizada possível. Nada mais “boutique” do que isso. Não é assim que você gostaria de ser atendido na hora de tratar (contratar...) algo tão complexo e importante como um seguro, que pode influenciar seu destino?
Durante 2024, seja qual for o momento - o dia, o mês - de contratar ou renovar seu seguro, considere conversar com nossa equipe antes de tomar sua decisão e avalie, por si mesmo, a relevância do diferencial sobre o qual estamos discorrendo nesse blog. Ao constatar que ele existe, de verdade, e que realmente terá grande influência na sua vida, você entenderá ainda melhor o raciocínio que abre esse texto. E sentirá que, com a gente, pode ficar seguro do seu seguro.
O exterminador não está chegando
Quem tem medo da Inteligência Artificial?
Uma rede de computadores que aprende a aprender e decide que o mundo ficará melhor se puser fim à humanidade é um conceito interessante e até excitante como ficção, mas por enquanto é só isso mesmo: fantasia. A inteligência cibernética que se volta contra o criador não está nem perto de aparecer no horizonte, e há poucos anos um dos sócios mais famosos de Steve Jobs até declarou que “não deveríamos chamá-la de inteligência”.
Bem o quadro mudou um pouco, o termo, mesmo impreciso, se popularizou, e é autoevidente que a tecnologia está mais avançada e continua avançando, com computadores e plataformas que hoje são capazes de entregar o que não entregavam antes. Uma das novidades noticiadas recentemente é a Search Generative Experience (SGE), um modelo de IA do Google que alguns consideram capaz de tornar obsoleta até a própria utilização do buscador como o conhecemos - e, portanto, muito da Internet.
Ocorre que a SGE parece gerar respostas mais rápidas, diretas e fáceis de entender sobre um determinado tema do que se o usuário entrar em sites sugeridos pela busca tradicional do Google e ler os textos independentemente. Mas, como outros modelos artificiais de linguagem, a SGE está sujeita a “alucinações”: inventar coisas que simplesmente não existem, como muitos já verificaram no ChatGPT.
Colocando o pé no chão, a Inteligência Artificial seria uma ameaça? Será que já chegou ao mercado de seguros? O que representa para ele? No presente realista (não no futuro pessimista), a IA tem sido uma ferramenta bastante utilizada para acelerar processos e trazer melhores resultados também no setor securitário. Ela pode ajudar.
Por exemplo, existem insurtechs (veja nossa matéria a respeito desse conceito, aqui mesmo em nosso blog) que utilizam soluções de IA para potencializar negócios e melhorar a jornada dos clientes, começando já na hierarquização de leads. Mas lembremos que hierarquização não é decisão - a não ser que o programador do aparato computacional o queira - e que a experiência de consumo de certos produtos e serviços parece ser quase “inautomatizável”.
O bom senso (um artigo meio em desuso em nossos tempos) parece indicar claramente que a melhor forma de utilizar as ferramentas de IA é integrá-las em uma operação em conjunto, e em harmonia, com a atuação humana - e humanizada. Várias empresas (dentro e fora do setor de seguros) que nasceram digitais parecem estar se dando conta de que, desde a concepção de seus produtos até o atendimento na ponta (o contato direto com os clientes) é preciso levar em conta o elemento humano. Por isso a SICCS adota novas tecnologias, mas continua cuidando tanto do atendimento pessoal, olho no olho.
A tecnologia em que se baseia a IA surge como um elemento facilitador de processos, trazendo ganhos de eficiência e de escala, mas bots e learning machines continuam sendo configurados por pessoas, para atender pessoas (nos melhores casos, é claro). É um tipo de tecnologia mais avançada, certamente, mas que continua dependendo de algoritmos - ou seja, fórmulas. E alguém ainda há de negar que um conceito mais amplo de inteligência humana envolve a individualidade de experiências vividas, e emoções e sentimentos que se expressam como (ou são) reações químicas? Sim, somos isso também, junto com a “racionalidade pura”, que ninguém sabe o que é.
Voltando ao exemplo insinuado antes: utilizando IA, é possível desenvolver um modelo de classificação de leads que avalia a probabilidade de conversão de cada possível cliente, uma solução inédita no segmento de seguros que permite, até certo ponto, antecipar o comportamento de consumidores e identificar tendências futuras, alinhando a oferta de produtos e serviços. Isso é bom, não é? Sim, é: para operadoras, seguradoras e clientes.
Mas continua sendo verdade que após esse cruzamento prévio de informações é que tem início o processo de comercialização e conversão a que tantos chamam pelo famosíssimo nome de “funil de vendas”. Parece haver uma saudável resistência natural das pessoas a adquirir um serviço relacionado à proteção de patrimônio e entes queridos baseando-se apenas no que pode ser oferecido, e explicado, por uma interface não-humana. Contratar seguros não é como comprar sapatos, por exemplo.
No que se refere a ser algum tipo de ameaça, depende do ponto de vista. É plausível que a IA seja utilizada para substituir pessoas em certos postos de trabalho, reduzindo custos, mas provocando “dor” num primeiro momento. No entanto, já é bastante documentado que as sociedades mais avançadas tecnologicamente tendem a ser, no geral, mais prósperas, beneficiando seus cidadãos a longo prazo. O mais crítico seria, portanto, o que fazer durante a transição.
Essa é uma resposta que ainda está em construção e talvez não seja tão traumática quanto se pensa. Mas podemos aqui fazer uma inferência bastante razoável, baseada em pura lógica: se em matéria de velocidade e precisão no puro processamento de informações ninguém seria páreo para uma máquina capaz de “pensar” (a seu modo), talvez a melhor forma de enfrentar a realidade que está chegando seja nos tornarmos cada vez mais... humanos.
Aqui na SICCS, não abrimos mão disso.
Fontes
www.revistaapolice.com.br
www.super.abril.com.br
www.olhardigital.com.br
www.exame.com
“Lei do Seguro” ou da insegurança?
E quando um segmento que já enfrenta os desafios e dificuldades inerentes ao seu negócio - além das infinitas e altamente mutáveis regulamentações do país - começa a se “assentar” depois das tempestades e terremotos recentes (como uma pandemia), um projeto de lei ressurge do passado, como um daqueles vampiros de filmes clássicos de horror, que nunca morrem, para assombrar as empresas e profissionais do setor.
No caso, o “Drácula metafórico” é o PLC 29/17, que para quem não sabe tem no número que vem depois da barra a indicação do ano em que “nasceu”, ou seja... 2017. Sim, cerca de 6 anos atrás, com essa identificação, mas tramitando no Legislativo há quase 20 anos, se considerarmos o projeto original do qual deriva: o PL 3555/2004, apresentado na Câmara Federal por um deputado do PT-SP e elaborado por uma comissão do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro (IBDS).
O PLC 29/2017, que voltou a tramitar no Senado, suscita debates e embates acalorados entre entidades que representam os segmentos, contrárias à proposta, e juristas e outros especialistas, favoráveis a ela. Entre os pontos polêmicos, estão a alteração nas regras de funcionamento de arbitragem, a exigência de registro prévio de novos produtos na Superintendência de Seguros Privados (Susep) antes que cheguem ao mercado e uma possível equiparação de grandes segurados a consumidores hipossuficientes (leia-se mais vulneráveis numa relação comercial).
O ponto nevrálgico da medida parece estar mesmo na desatualização de boa parte de seus dispositivos, que “caducaram” por causa do longo tempo de tramitação. O texto, por exemplo, não contempla novas resoluções da própria Susep e novas tecnologias que tornaram o setor de seguros mais dinâmico. Na aprovação da redação final do projeto pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, em 2017, antes de seu arquivamento, temas como inteligência artificial não eram uma realidade presente e palpável, como hoje, capazes de transformar a dinâmica dos negócios.
O IBDS faz um contraponto, alegando que a demorada tramitação do projeto é um ponto positivo, não negativo: teria permitido que ele ficasse sob “intenso debate”, inclusive com audiências públicas, sem que nenhuma proposta ou alternativa fosse apresentada, nem mesmo pelas empresas do setor. O texto teria “seguido os fluxos normais de tramitação” no Congresso. Mas essa tese é defensável para uma redação que parece desconsiderar o Código Civil e a proteção à pessoa física fornecida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC)? E que pela falta de contemporaneidade tenha o potencial de inviabilizar, ou dificultar, o Open Insurance, do qual já falamos aqui?
Há quem diga que a “nova Lei do Seguro”, se aprovada, fará o mercado brasileiro de seguros regredir, retroceder a um estágio menos desenvolvido que aquele em que se encontra hoje. Existem meandros legais, técnicos e, evidentemente, políticos na discussão - tantos que torna impossível sintetizar aqui. Uma coisa parece evidente: se a proposta fosse saudável, ou ao menos razoável, para todos os agentes do segmento, não geraria tanta controvérsia.
O melhor que todos que atuam no setor podem fazer é se informar o máximo possível, analisar o projeto com racionalidade e exercer, cada um na sua esfera de influência, a positiva prática de compartilhar opiniões desapaixonadas, para assim viabilizar um diálogo amplo que contribua para a melhor solução. E, nesse caminho, não perder de vista que o “tempo político” (assim como as intenções...) é diferente do tempo dos negócios, e que esse tempo é o presente, todo dia, hoje - agora!
Fontes
www.revistaapolice.com.br
www.segs.com.br
www.infomoney.com.br
www.cqcs.com.br
www.sindsegsp.org.br
O risco não se importa se você é novato
Supõe-se que todo novo empreendimento passará por uma fase de pequeno e médio porte, o que não é necessariamente verdade. Pode-se chamar de “novo” um empreendimento de grande porte que resulta, por exemplo, de fusões e aquisições ou de um vultoso investimento feito por empreendedores experientes. Nesses casos, é bem provável que “os envolvidos” já estejam familiarizados com os desafios e riscos de empreender, por sua experiência gerencial.
Mas e quem está começando, mesmo, agora? Quem não vem de um histórico de empreendedorismo bem-sucedido e está dando os primeiros passos nessa jornada? Aí, excluídas exceções um tanto raras, soa bem mais plausível que uma empresa bem-sucedida passe por diversas fases de crescimento, “encaixando-se” em vários “portes” ao longo do caminho. Vamos falar dessas - das microempresas em particular.
No Brasil, é considerada uma microempresa (ME) aquela que possui um faturamento anual de até R$ 360 mil e contrata até 9 pessoas (comércio e serviços) ou 19 pessoas (setor industrial). De acordo com números da CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas, apenas em 2022 foram abertas mais de 660.000 microempresas no país. Independente do segmento, abrir um novo negócio envolve certos desafios mais ou menos comuns, que resumimos abaixo:
- Planejamento financeiro - Planejar de modo consciente e eficiente as despesas e investimentos baseado na realidade da empresa e de seu faturamento.
- Gestão empresarial - Entender a situação da empresa antes e no momento de sua abertura, adotar as boas práticas, definir metas e criar um plano de ação.
- Logística - Ter uma estrutura bem organizada para o transporte e integridade de mercadorias e a entrega de serviços, com foco em otimizar os custos da operação.
Mas e os riscos que uma microempresa pode enfrentar? Desde o início das atividades (idealmente até bem antes), a identificação dos riscos inerentes ao negócio é fundamental para que se possa agir na prevenção. Existe até o conceito de risco calculado, que são os que os empreendedores assumem porque há uma boa chance de com isso obterem uma vantagem competitiva. Mas vejamos alguns riscos, também “clássicos”, que uma microempresa pode enfrentar:
- Falta de capital de giro - Sem falar no investimento para abrir a empresa, existem muitas etapas envolvidas no desenvolvimento e crescimento do negócio, que exigem um capital de giro adequado, para mantê-lo financeiramente saudável.
- Vulnerabilidade cibernética - Hoje qualquer empresa está sujeita a ataques virtuais, cada vez mais comuns e diversificados e em busca de vários tipos de dados, de informações pessoais até dados bancários.
- Responsabilidade civil - Todo empreendimento pode estar em risco antes, durante ou depois de fornecer seu serviço ou produto e existem leis que responsabilizam as empresas por danos causados a terceiros, o que pode até ameaçar a continuidade do negócio.
- “Dores do crescimento” - Ao fazer sucesso em seu mercado, uma microempresa pode ser “obrigada” a ampliar sua estrutura, tornando-se uma empresa de pequeno ou médio porte (PME), o que traz novos desafios na gestão do negócio.
Como se vê, o risco - aqui, com a licença poética do leitor, personificado como um agente relacionado às probabilidades de imprevistos desfavoráveis - não “se importa” se o empreendedor é iniciante ou experiente e gosta de visitar todos os negócios disponíveis para saciar seu apetite de más reviravoltas corporativas.
A “kryptonita” desse vilão descrito por nós de forma alegórica, mas que bem real, e muitas vezes cruel, é o seguro. Em qualquer tipo de empresa, em qualquer fase de sua existência, é importante ter consciência de que imprevistos podem ocorrer, e preparar-se. Contar com a proteção de diversos tipos de seguros é a melhor forma de minimizar eventuais prejuízos que um acidente/incidente pode causar ao patrimônio - da empresa e do empreendedor.
Muitas microempresas não dão a atenção necessária à gestão de riscos, nem possuem alguém responsável por isso. No caso de algum incidente durante a operação, o prejuízo pode ser muito maior se a empresa não contar com o tipo de seguro que ofereça cobertura para aquela situação. Portanto, gestores “novatos”, se quiserem chegar a ser experientes, têm de ver na contratação de seguros uma proteção para seu negócio e um auxílio indispensável na prevenção dos riscos.
Para cada uma das situações aqui abordadas, o mercado de seguros oferece soluções bem direcionadas: assessoria/consultoria em gestão de riscos, seguro patrimonial, seguro de riscos cibernéticos, seguros de responsabilidade civil etc. etc. etc.
Na SICCS, essas soluções são disponibilizadas por meio de parcerias bem consolidadas com as operadoras mais respeitadas do mercado e com um atendimento diferenciado que entende as necessidades e angústias do novo empreendedor - assim como respeita a grande coragem de enfrentá-los no cenário do Brasil.
Portanto, quem está iniciando (ou reiniciando) seu caminho no empreendedorismo, inclusive abrindo agora uma microempresa, não precisa entrar nessa jornada sozinho.|
Fontes
www.negocioseguroaig.com.br
www.contabilizei.com.br
www.revistaapolice.com.br
Resseguro: um ilustre desconhecido?
Volta e meia, participantes de bancadas de programas jornalísticos utilizam o termo “resseguro”, como se o espectador médio soubesse exatamente do que se trata, para que serve, qual sua importância. E não é menos frequente que o termo seja trazido à baila quando se fala do setor de saúde - sem explicações complementares.
É quase como se o entrevistado ou colunista televisivo dissesse: “você não sabe o que é resseguro, seu desinformado?”. No mínimo, uma deselegância. Bem, o leitor médio desse blog é bastante bem-informado, mas é bastante plausível, e compreensível, que talvez ele não saiba o que é resseguro, nem tampouco sua importância para a saúde. Vamos, então, elegantemente, explicar.
Resseguro é um termo utilizado no setor de seguros para se referir à prática em que uma empresa seguradora transfere parte ou a totalidade dos riscos assumidos por ela para outra empresa, chamada de resseguradora. Dessa forma, a seguradora original, conhecida como cedente, protege-se contra a ocorrência de grandes perdas em determinadas apólices de seguro que emitiu.
Em outras palavras, quando uma seguradora emite uma apólice de seguro para um cliente, ela assume a responsabilidade de indenizá-lo em caso de sinistro, como um acidente de carro ou um incêndio em uma propriedade. No entanto, para mitigar seu próprio risco, a seguradora pode transferir parte desse risco para uma resseguradora, por meio de um contrato de resseguro.
Assim, no caso de um sinistro ocorrer e a seguradora precisar pagar uma indenização significativa ao segurado, ela pode acionar a resseguradora para cobrir uma parte ou a totalidade do pagamento. O resseguro tem como objetivo proteger as seguradoras contra eventos, digamos, catastróficos ou prejuízos inesperados que possam afetar sua solvência financeira.
O contrato de resseguro estabelece os termos e as condições da transferência de risco, incluindo o percentual de risco transferido, os prêmios a serem pagos à resseguradora e as responsabilidades de cada parte envolvida.
Essa prática confere estabilidade financeira às seguradoras, permitindo que operem com maior segurança e capacidade de assumir riscos adicionais e continuem a oferecer cobertura aos segurados enquanto reduzem sua exposição a grandes perdas, já que têm um mecanismo de proteção financeira em caso de eventos de alto impacto.
No setor de saúde, o resseguro desempenha papel fundamental, oferecendo diversos benefícios e garantindo a estabilidade financeira também das seguradoras que operam no segmento. Veja, a seguir, algumas das principais razões pelas quais o resseguro é importante nesse setor (todas, de alguma forma, relacionadas ao equilíbrio econômico dos players do segmento).
Compartilhamento de riscos - O resseguro permite que as seguradoras de saúde compartilhem os riscos assumidos ao emitir apólices de seguro. Dado que certos eventos de saúde podem resultar em custos significativos, como tratamentos médicos caros ou internações prolongadas, o resseguro auxilia na distribuição desses riscos entre as seguradoras e as resseguradoras, reduzindo a exposição financeira das seguradoras a eventos imprevistos de grande magnitude.
Proteção contra perdas excessivas - A área de saúde está sujeita a riscos consideráveis, como surtos de doenças, incorporação obrigatória de avanços tecnológicos caros e custos médicos imprevisíveis. O resseguro proporciona uma camada adicional de proteção financeira às seguradoras, permitindo que elas enfrentem situações em que as despesas médicas ultrapassem seus limites de retenção de riscos. Assim, mesmo diante de eventos de alta sinistralidade, as seguradoras de saúde podem contar com o apoio das resseguradoras para mitigar as perdas financeiras.
Ampliação da capacidade de oferta - O resseguro permite que as seguradoras de saúde ampliem sua capacidade de oferta de seguros. Ao compartilhar riscos com as resseguradoras, as seguradoras podem assumir mais segurados e emitir apólices com coberturas mais abrangentes. Isso resulta em um mercado de seguros de saúde mais robusto, com uma maior oferta de opções e cobertura para os beneficiários.
Suporte em dificuldades de capital - As seguradoras de saúde, assim como qualquer empresa, podem enfrentar dificuldades financeiras em determinados momentos, mesmo independente de fatores externos. O resseguro pode fornecer um suporte valioso nessas situações, ajudando as seguradoras a lidar com problemas de capital e garantir sua solvência. Ao transferir parte dos riscos para as resseguradoras, as seguradoras podem reduzir sua exposição financeira e melhorar sua posição de liquidez.
Em síntese, o resseguro desempenha um papel crucial na área de saúde, permitindo que as seguradoras compartilhem riscos, protejam-se contra perdas excessivas, mantenham estabilidade financeira, ampliem sua capacidade de oferta e recebam suporte em dificuldades de capital.
É o conjunto desses efeitos que garante a continuidade das operações das seguradoras de saúde, a proteção dos segurados e a sustentabilidade do sistema de seguro de saúde como um todo. Não é tão difícil entender, mas para quem toca no tema publicamente, num veículo de comunicação de grande alcance, não custava explicar. Como a SICCS fez agora para você.
Fontes
www.cnseg.org.br
www.gov.br
www.revistaapolice.com.br
www.revistacobertura.com.br
Encaixar as peças para não acabar em pedaços.
A saúde suplementar no Brasil tem enigmas e desafios.
Um quebra-cabeça necessariamente montado em conjunto, mas em que ninguém conhece as peças dos outros - e talvez estejam também todos vendados, sem enxergar até mesmo as próprias peças, portanto tateando no escuro. Não seria uma metáfora muito implausível para descrever o cenário da saúde suplementar no Brasil. Uma coisa parece consensual entre os participantes (leia-se players): do jeito como tudo acontece hoje, a situação está no limiar do insustentável.
Uma pesquisa simples, rápida e direta traz informações francamente contraditórias, dependendo do ponto de vista, da causa e do interesse de quem as partilha. De um lado, clientes/usuários se desesperam com reajustes sempre muito além da inflação - pela qual normalmente são reajustados salários e benefícios, como aposentadoria, por exemplo - e de qualquer previsibilidade. Por outro lado, operadoras anunciam que o fim está próximo, como profetas que alertam para a chegada do apocalipse em fábulas e filmes de gosto duvidoso.
Correndo por fora, está o governo (que, vale lembrar, não é só composto pelo Executivo) e suas diversas instâncias e agências, com um apetite regulatório que tende ao infinito, amarrando dinâmicas de livre concorrência que provavelmente seriam parte da solução. Quais são as chances de um jogo jogado desse jeito “dar certo”, trazendo resultados econômicos satisfatórios para o setor e mais acesso à saúde para o cidadão? Alerta de spoiler: pouca, ou quase nenhuma.
Vejamos algumas informações conflitantes. Segundo a ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar, em 2022 o setor de planos de saúde manteve o crescimento, incorporando quase 1,5 milhão de beneficiários e totalizando cerca de 50,5 milhões de usuários em planos de assistência médica, maior número desde dezembro de 2014. Mas a mesma agência informa que o lucro líquido dos planos caiu de R$ 3,8 bilhões para R$ 2,5 milhões, pior desempenho desde o início, em 2001, da série histórica que monitora o segmento.
Na interpretação desses dados, é importante considerar o “fator pandemia”: o setor já esperava um efeito na utilização após o isolamento social, pois durante o período em que ele vigorou as pessoas não utilizavam seus planos, para obedecer ao “fique em casa”. Acredita-se que, por essa razão, em 2020 houve um lucro histórico, de R$ 18,7 bilhões. Mas tomemos a queda mais recente, citada no parágrafo anterior, nada menos que 99% de redução (porque, sim, é de bilhões para milhões).
Como é possível um setor crescer além da casa do milhão em usuários e ainda assim perder lucratividade? Mais clientes não representariam maior receita? Mesmo o lucro tendo decrescido, mais de R$2 milhões ainda não é um resultado considerável, melhor que um prejuízo evidente? Bem, sim e não. Queda de 99% em lucratividade é ao mesmo tempo sinal de alívio e alerta: melhor “zero a zero” que “menos alguma coisa”, claro. Mas quedas vertiginosas sempre dão... vertigem. Bem, se existe alguma coisa complexa no universo, é a saúde suplementar no Brasil. O.K., talvez não a mais complexa de todas, mas com certeza entraria num Top 10.
Vejamos. Agregar um cliente gera receita, sempre. Mas receita não é lucro. São conceitos financeiros diferentes, como provavelmente o leitor sabe, mas não custa relembrar. Receita é, grosso modo, o valor que adentra e circula no sistema. Lucro é o que se contabiliza depois de cobertas as despesas. Portanto, um cliente gera lucro se o custo de atendê-lo for menor do que o valor que ele injeta pagando pelo serviço. Conceito simples - e basilar.
Executivos muito experientes no setor apontam que uma das causas do cenário complicado seria a limitação, pelas operadoras, da aquisição de planos individuais, o que evitaria trazer usuários mais jovens - por isso, mais “baratos” que os mais idosos, já que têm menos problemas de saúde. O menor custo dos mais jovens naturalmente compensaria o maior custo dos mais velhos, promovendo mais equilíbrio.
E por que as operadoras limitam a oferta de planos individuais? Porque esse tipo de produto é muito mais regulamentado do que os planos empresariais/corporativos, inclusive em termos de reajuste, dificultando o manejo econômico da carteira. Um simulacro de solução que o mercado encontrou foram os planos corporativos para pequenas (pequeníssimas) empresas, com 2 ou 3 “vidas”, que combinam de forma mais ou menos aceitáveis valores mais acessíveis para os usuários com mais liberdade de gerenciamento para a operadora.
Mas o Legislativo, com sua sanha paternalista e regulatória, já avança sobre essa modalidade, com um projeto de lei que visa a limitar os reajustes de planos coletivos. O usuário desinformado diria “que bom”, até se informar e descobrir que o excesso de limitações à atividade acabará encarecendo seu plano, se não levar sua operadora à insolvência pura e simples, deixando-o sem plano de saúde nenhum...
Muitos parlamentares, todos sabemos, decidem sua atuação pelo que a proposta de uma lei projeta publicamente na sociedade (proteger o consumidor “indefeso”, por exemplo), não por seus efeitos práticos no dia a dia do cidadão (como inviabilizar o acesso desse mesmo consumidor a um serviço importantíssimo para ele, ou dificultar, e mesmo inviabilizar, toda uma área de atividade). Já o Judiciário contribui para o problema com decisões arbitrárias sobre o que é taxativo ou indicativo no rol de serviços oferecidos pelas operadoras.
Diga-se de passagem, que nesse tema não existem mocinhos nem vilões. Operadoras certamente pecam por falta de transparência, colocando sob rubricas genéricas extremamente vagas - como “aumento do custo de insumos de saúde”, “inflação médica” ou “incorporação de novas tecnologias”, incompreensíveis para o usuário médio - a justificativa para reajustes muitas vezes desesperadores para seus clientes. O mais provável é que sejam verdades parciais, misturadas com questões de gerenciamento e tentativas de aumentar margens de lucro (tudo, claro, variando de operadora para operadora).
Por sua vez, muitos usuários envolvem-se em esquemas em que há a realização de exames e procedimentos excessivos e desnecessários, ou até mesmo fraudes evidentes, minando a saúde financeira das operadoras com cifras que já são estimadas em bilhões. Também nesse caso, cada cliente é um cliente, e os que agem de forma antiética certamente são uma minoria, mas ao que parece com grande potencial nocivo. Existe, ainda, a alta taxa de judicialização, em que clientes antiéticos e éticos reivindicam serviços presentes ou não em contratos, gerando uma variável difícil de computar.
Não parece razoável, como sugere em artigo recente um conhecido empresário do setor, que a solução seja regular todos os entes atuantes no segmento - planos de saúde, prestadores médicos consumidores (PF/PJ), indústria farmacêutica - por considerar que o ônus regulatório recai, injustamente, inteiramente sobre as operadoras. Não é lógico pensar que a ineficiência de um setor altamente regulado pelo Estado, e por isso mesmo sofrendo de considerável imobilidade crônica e severas distorções, seja mais Estado.
O melhor caminho parece ser o de sempre, e que a maioria dos empreendedores frequentemente deseja e expressa: um mercado mais livre, o máximo possível, em que a concorrência seja promovida e estimulada e o Poder Público atue apenas para corrigir distorções evidentes e reprimir abusos, de todos os lados - e não para multiplicar amarras burocrático-regulatórias que, ao que tudo indica, nos trouxe à situação delicada em que estamos hoje.
O mundo não vai acabar num abismo totalmente sem planos de saúde, porém o colapso de alguns players e a falta de acesso de muitos cidadãos já é problema suficiente - até porque os planos acabam por cumprir a nobre função de evitar ainda mais sobrecarga no sistema público. Algo precisa mudar, e logo, para evitar uma crise. Às cegas, e cada um por si, não haverá progresso. Portanto, o “algo” que precisa mudar provavelmente é de natureza colaborativa.
Não existe solução simples para esse quebra-cabeça. Mas o tempo para solucioná-lo parece estar se esgotando.
Fontes
www.gov.br/ans/pt-br
www.infomoney.com.br
www.agenciabrasil.ebc.com.br
www.cnnbrasil.com.br/saude
valorinveste.globo.com
www.valor.globo.com
www.oglobo.globo.com
Seguro para seu lugar ao sol.
Todo mundo que paga uma conta de luz - e quem não paga em pouco tempo fica sem o serviço - tem na memória recente quanto o custo crescente da energia elétrica no Brasil tem impactado consumidores domésticos e corporativos nos últimos anos.
Segundo a Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), mesmo com a redução da carga tributária no ano passado, a conta de luz acumulou um aumento de 70% entre 2015 e 2022, enquanto o IPCA aumentou 58% no mesmo período.
Nesse cenário, tanto pessoas físicas quanto jurídicas têm buscado na energia solar uma solução para reduzir seus gastos com a eletricidade fornecida pelas distribuidoras. Estima-se que a opção pela energia solar possa resultar numa diminuição de até 95% nas despesas com energia elétrica, o que torna a escolha deveras, e cada vez mais, atraente.
Além do aspecto econômico, a preocupação com a preservação ambiental tem impulsionado a adoção das assim chamadas práticas sustentáveis, e a energia solar é sempre citada como uma opção viável e acessível. O crescimento acelerado desse setor é uma tendência global e seria pouco inteligente não aproveitar o potencial solar do Brasil, um dos melhores do mundo.
Segundo a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, o uso da energia solar no país cresceu cerca de 83% em apenas 1 ano, alcançando uma capacidade de 26 gigawatts (GW). Hoje são mais de 1 milhão de telhados solares em residências, cuja capacidade operacional é de 7,6 GW, o equivalente a 48% de toda a capacidade de geração própria do Brasil.
Desde 2012, essa fonte de energia atraiu aproximadamente R$ 128,5 bilhões em investimentos, arrecadou mais de R$ 39,4 bilhões para o governo e gerou mais de 783,7 mil empregos acumulados. Além disso, para agrado dos ambientalistas, contribuiu para evitar a emissão de 34,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Esse crescimento expressivo tem levado também ao aumento da procura por seguros para os equipamentos solares, que visam a proteger esses dispositivos contra danos materiais e acidentes causados por fatores externos, como incêndios, roubos, furtos e fenômenos naturais. Com a garantia oferecida pelo seguro, os proprietários de sistemas solares podem ter mais tranquilidade em relação à segurança e proteção de seu investimento.
O seguro para painéis solares pode ser contratado tanto para residências quanto para estabelecimentos comerciais ou “fazendas solares”: plantas dedicadas a produzir energia para o consumo de terceiros. As seguradoras têm se adaptado às demandas do mercado, oferecendo seguros específicos, e são evidentes as vantagens que considerar os benefícios de um seguro adequado traz no momento da compra desses equipamentos - até porque eles não são baratos, sendo o investimento inicial relativamente alto.
O sol é uma fonte de energia virtualmente inesgotável: está sempre lá, vai estar por bilhões de anos, seu fornecimento é contínuo e, em princípio, totalmente gratuito - embora, acredite se quiser, em mais de um lugar do mundo haja “cobranças compensatórias” para as distribuidoras de eletricidade vindas de outras fontes, mais, digamos, “tradicionais”.
Mas à parte a mão sempre quase sempre pesada e intrometida do estado, a captura e o processamento dessa energia “natural” tem custos, como tudo que de alguma forma contribui para a produção de uma sociedade e o conforto de seus indivíduos. E, se envolve custos, é passível de proteção por seguro. Simples assim. Efetivo assim.
Além de garantir a proteção dos investimentos dos consumidores domésticos e corporativos individualmente, essas apólices também contribuem para o fortalecimento do setor de energia solar, proporcionando mais segurança e confiança aos usuários.
O aumento do custo da energia elétrica não costuma ser bom para (quase) ninguém, mas se há um “efeito colateral positivo” é o crescimento da energia solar no Brasil, que trouxe, quase como consequência natural, a oferta de seguros para os equipamentos necessários à instalação e operação dessa fonte energética.
Como sempre, quando uma área de tecnologia/conhecimento humano se desenvolve a ponto de movimentar bilhões, o mercado de seguros cresce junto com ela - e assim amadurece, correspondendo às novas demandas da realidade. Na SICCS, esse é nosso ponto de referência.
Quer uma proteção adequada para esse valioso lugar ao sol? Fale com nossa equipe.
Fontes
www.revistaapolice.com.br
www.infomoney.com.br
www.absolar.org.br/