Proteção de dados: esse assunto precisa continuar na pauta.
Diante do alarmante e insistente crescimento dos ataques cibernéticos a organizações públicas e privadas, de todos os segmentos – sobre os quais todos podem ler, cada vez mais, nos canais tradicionais e digitais dos veículos de comunicação – hoje vamos reforçar algumas informações relevantes sobre privacidade de dados, suas possíveis consequências e inadiáveis providências.
Impactos financeiros
Segundo relatório IBM sobre o prejuízo de vazamento de dados 2020, globalmente o custo médio de uma violação para as companhias é U$3,8 milhões e a causa mais cara são contas comprometidas de funcionários.
No Brasil, o custo médio da violação de dados foi R$5,88 milhões (cerca de US$1,12 milhão), valor 10,5% superior em relação ao ano anterior, na comparação em reais (R$ 5,32 milhões em 2019).
Em nosso país, o estudo também indica, em comparação com 2019, maior número de dias para identificar e conter a violação de dados: de 250 para 265 e de 111 para 115 dias, respectivamente.
Impactos na reputação
Uma empresa totalmente alinhada à LGPD- Lei Geral de Proteção de Dados), que investe de forma inteligente na conscientização de seus colaboradores sobre o tema, obtém imediatamente, de modo direto ou indireto, grande diferencial competitivo: melhor reputação. A maior responsabilidade dos colaboradores e a relevante melhoria na confiança dos clientes atraem e favorecem a realização de mais e melhores negócios.
O que fazer?
Implementar um programa de conscientização sobre privacidade e proteção de dados reduz sensivelmente a vulnerabilidade da sua empresa frente aos ciberataques e também frente à LGPD, contribuindo de forma decisiva para que não se envolva em incidentes que a deixariam sujeita a vazamentos de dados críticos e expressivas multas, capazes, muitas vezes, de inviabilizar a continuidade do negócio.
Fazer uma análise profissional e acurada de todos os riscos envolvidos, dimensionando corretamente o que pode ou não ser coberto por um seguro, e contratar uma solução adequada contra possíveis prejuízos de ciberataques é uma estratégia indispensável para minimizar as consequências de um hackeamento que não pôde ser evitado.
A SICCS está preparada para ajudar você nesse processo, compartilhando, sempre que necessário, informações relevantes para essa modalidade de crime tão típica da era digital em que vivemos – e também, claro, oferecendo soluções de seguro que contemplem as necessidades do seu negócio.
Quando o assunto envolve risco, estará sempre na nossa pauta.
Fontes:
https://www.ibm.com/security/digital-assets/cost-data-breach-report/#/pt
https://exame.com/bussola/protecao-de-dados-e-reputacao/
Opice Blum Academy: cursos sobre LGPD, GDPR, Direito Digital e Proteção de Dados
Sua empresa saberia enfrentar um ciberataque?
Sim, sua empresa está em risco. Se mesmo antes da grande da migração para o home-office provocada pela pandemia os ataques de cibercriminosos já começavam a escalar a níveis inéditos, a expansão de uso de ferramentas digitais parece ter colocado ainda mais combustível nesse cenário altamente inflamável.
Pesquisas indicam que as tentativas de ciberataques a empresas brasileiras aumentaram 460% de março a junho de 2020. Depois de um período de “calmaria” de julho a setembro, em que o índice voltou aos níveis “normais”, o crescimento atingiu inacreditáveis 860% em dezembro. Sim, sua empresa está em risco.
Aparentemente, quanto mais gente em trabalho remoto, maior a vulnerabilidade das organizações. Mas também já faz tempo que os cibercriminosos estão cada vez mais organizados, ousados, e que a alta dependência que quase todos os negócios têm em relação a TI parecem estar tornando os ciberataques cada vez mais lucratvos – sem falar que, para o criminoso, o risco é muito menor do que o de um crime “comum”, presencial, que pode exigir confronto físico.
Ok, sua empresa está em risco. Mas o que fazer se ela for mesmo hackeada? O assunto é quase infinito e o cenário de risco está em constante mutação – conforme a medidas de segurança avançam, os cibercriminosos “inventam” – mas separamos algumas orientações sobre como proceder, válidas para o momento atual.
– Assim que identificar os sinais do ataque, comunique a área de TI. Quanto mais rápido a empresa for capaz de reagir, maior a chance de conter os danos. Um dos sinais de alerta é o comportamento anormal da rede corporativa, como lentidão no processamento ou na conexão à Internet e perda de controle de sistemas pelos usuários.
– Informe o incidente às autoridades, como faria no caso de qualquer outra ação ilegal. Colete evidências, como captura de telas, e-mails, arquivos e outros materiais. Há delegacias especializadas nesse tipo de crime, mas qualquer uma pode receber a notificação.
– Identifique as causas: descobrir qual foi a brecha de segurança é indispensável para impedir o sucesso do ataque que ainda pode estar acontecendo e para a prevenção de futuras tentativas.
– Reduza os danos nos sistemas internos, tomando medidas imediatas como desconectar o servidor e/ou computadores afetados do roteador ou da rede corporativa, inclusive desabilitando funcionalidades wi-fi.
– Altere as senhas. Embora pareça até singela, essa providência simples tende a evitar o agravamento do problema. E, claro, defina senhas fortes, que reúnam letras, números e caracteres especiais e totalizem pelo menos 8 dígitos.
– Acione equipamentos de reserva/backup. É primordial restabelecer os serviços com agilidade. O tempo de inatividade (downtime) causa não só perda de produtividade da equipe, mas também impacta seriamente a experiência do cliente e as finanças.
– Descubra se houve vazamento e exposição de dados corporativos, informações pessoais de clientes – e as respectivas implicações legais. É preciso informar os clientes sobre o incidente e as medidas já em andamento. Se houver comprometimento de informações bancárias, contate o banco com urgência.
– Reveja suas políticas e estratégias de cibersegurança, aprenda com os erros e invista, sempre e tanto quanto for possível, em profissionais de tecnologia altamente capacitados, especializados e atualizados na prevenção e combate a esse tipo de ataque.
– Faça uma análise adequada de todos os riscos envolvidos para dimensionar corretamente o que pode ou não ser segurável.
– Tenha um seguro que cubra prejuízos de ciberataques. Assim como a contratação de excelentes profissionais de tecnologia, a proteção obtida sempre supera muito qualquer possível resistência ao investimento.
Conte com a SICCS para ajudá-lo e apoiá-lo nesse processo tanto voltando ao assunto diversas vezes aqui em nosso blog no futuro como oferecendo soluções de seguro que contemplem suas necessidades porque, sim, nós queremos estar ao seu lado sempre que sua empresa está em risco.
Fontes
https://www.microserviceit.com.br
https://www.kaspersky.com.br
https://www.infomoney.com.br
Digital: use com moderação
Até pouco tempo atrás, havia dúvidas se o excesso de exposição digital tinha mais efeitos benéficos ou nocivos sobre a atenção e a inteligência humanas. À medida que o universo digital se torna onipresente na nossa vida, pesquisas sobre o tema avançam e já existem conclusões quase consensuais entre os especialistas.
É certo que a existência, a influência e o poder das novas mídias e tecnologias são irreversíveis, e ninguém nem imagina, a sério, voltar a um tempo em que a interconectividade de tudo não existia, e por isso tanto o acesso ao conhecimento quanto a possibilidade de manifestação eram restritos a poucos. Mas é também inegável que a hiperestimulação simultânea e multiplataforma compromete aspectos importantes para a produtividade e até para a saúde mental.
O primeiro aspecto, que profissionais de educação e comunicação já intuíam e agora estudos com rigor científico vêm demonstrando, é o que pode ser chamado de dificuldade de elaboração. Por exemplo: ao acessar a Internet num smartphone, como os estímulos são incessantes, múltiplos e rápidos, induz-se o usuário a mudar de foco o tempo todo, desestimulando a “demora” necessária para a compreensão mais profunda de um conteúdo, especialmente os que exigem raciocínios mais complexos.
Um segundo aspecto, pouco discutido, mas tecnicamente comprovado, é que o olho humano se acomoda melhor à luz refletida (como nas páginas de um livro) do que à luz emitida (como na tela de um computador ou smartphone), e isso tem influência tanto no conforto e na velocidade da leitura (25% mais lenta no 2º caso) como na compreensão do que é lido.
Um terceiro e importantíssimo aspecto, principalmente no que se refere às crianças, mas não exclusivamente a elas: quanto mais uma pessoa troca o olhar presencial para outras pessoas – a percepção insubstituível das emoções e dos infinitos gestos e jeitos de corpo de quem está à nossa frente – mais se atrofia nela um mecanismo de interação que faz parte da própria natureza que nos faz humanos. Grande parte do que chamamos inteligência vem daí.
Nos primeiros 5 anos de vida, as implicações podem ser ainda mais profundas: estudos realizados nos EUA vêm demonstrando que, desde que existem os testes de QI (quociente de inteligência), pela primeira vez a pontuação das novas gerações (que já nasceram num mundo digital) ficam abaixo dos resultados alcançados pelas gerações anteriores. Podemos estar… emburrecendo.
Evidentemente, ninguém é contra os avanços da tecnologia em geral, do mundo digital em particular, e das fabulosas ferramentas que oferecem para a humanidade. Mas estudos confiáveis e a experiência diária, talvez para descolar olhos viciados, colados em telonas e telinhas, gritam cada vez mais alto: olhe para o ser humano mais, muito mais, e sempre primeiro.
Outubro Rosa | Todos contra o Câncer de Mama.
Junte-se a esta grande causa feminina: a saúde.
A saúde das mamas é vital para a qualidade de vida e a autoestima da mulher. A chance de um tumor maligno nunca pode ser subestimada. Ao contrário do que muita gente pensa, a mamografia regular é mais eficiente para um diagnóstico precoce do que o autoexame – que nem por isso deve ser dispensado. Caso a mulher observe qualquer alteração nas mamas, em qualquer momento da vida, deve procurar o serviço de saúde mais próximo imediatamente.
Outubro Rosa é uma campanha anual realizada mundialmente com o objetivo de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo o Instituto Oncoguia, 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura. A mamografia é imprescindível, por ser capaz de rastrear nódulos antes que sejam perceptíveis no autoexame realizado pela mulher e mesmo no exame clínico realizado por um profissional de saúde.
A genética é um fator muito importante a ser considerado na prevenção: se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha – teve a doença antes dos 50 anos, a mulher tem mais chances de desenvolver um câncer de mama. Mulheres que já tiveram câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também devem ficar mais atentas. Essas pacientes de maior risco devem tomar cuidados extras, mais frequentes e mais cedo: exame clínico e mamografia 1 vez/ano já a partir dos 35 anos.
Na população em geral, quando não há fatores especiais de risco, toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar um serviço de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente. Se tiver entre 50 e 69 anos, a mulher deve fazer pelo menos uma mamografia a cada 2 anos. Muito importante: o serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não existam sintomas, pois nos estágios iniciais a doença normalmente é assintomática.
Essas recomendações são baseadas em estudos estatísticos sobre a incidência da doença, considerando fatores como faixa etária e histórico familiar, entre outros, que são constantemente revistos pela ciência e pela medicina. Por isso, é preciso estar atento à atualização dos protocolos de prevenção e ter acompanhamento médico constante. Vários serviços direcionados à saúde da mulher são disponibilizados gratuitamente no SUS, entre eles a mamografia.
Além dessa vigilância permanente, a mulher também pode cuidar da própria saúde adotando uma alimentação saudável e equilibrada, praticando atividade física e evitando hábitos/vícios sabida e comprovadamente nocivos, como fumar (um só cigarro já faz mal!) e ingerir álcool em excesso. Tudo isso ajuda na prevenção de várias doenças, inclusive o câncer.
Neste mês dedicado ao combate contra o câncer de mama, informe-se, mobilize-se – e prometa-se cuidar da saúde o ano inteiro.
Fontes
https://www.roche.com.br/pt/por-dentro-da-roche/voce-sabe-o-que-e-outubro-rosa.html
http://www.oncoguia.org.br/
http://www.outubrorosa.org.br/
PcD: sua empresa está preparada para incluir?
PcD é a abreviação, hoje já bem conhecida, de pessoa(s) com deficiência. O conhecimento sobre o termo se ampliou à medida que a inclusão dessas pessoas passou a ser tratada dentro do tema diversidade, de que já falamos aqui e ao qual devemos voltar várias vezes no futuro. Mas como definir o que é PcD?
O Artigo 1º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência as descreve como “aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Uma deficiência pode ser congênita (de nascença) ou adquirida (em qualquer etapa da vida) e as causas, diversas: falta de informações durante a gestação, doenças degenerativas ou não, erros médicos, acidentes de trânsito ou domésticos, violência urbana, entre outras.
Segundo o último Censo Demográfico Brasileiro realizado pelo IBGE, em 2010, existem mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil – cerca de 24% da população. Com certeza, existe uma imensa força produtiva de PcD disponível e desejando uma oportunidade de inclusão. Não por acaso, existem leis que visam justamente a incluir essas pessoas no mercado de trabalho.
Mas, caso haja PcD na sua empresa, sua equipe está preparada para lidar com elas, sem constrangimento nem preconceito? Listamos algumas dicas sobre a melhor maneira de agir frente a algumas situações comuns relativas a certos tipos de deficiência.
Deficiência Física
- Tenha uma atitude adequada às características da pessoa com deficiência. Se tiver dúvida, pergunte qual a melhor forma de proceder e/ou se ela realmente precisa de ajuda.
- Quando conversar com um cadeirante, procure sentar-se na mesma altura dele, tornando a interação mais confortável.
- Não tente segurar ou conduzir a cadeira de rodas se a pessoa não pedir ajuda, nem se apoie na cadeira, pois é como se fosse uma extensão do corpo da pessoa.
Deficiência Visual
- Lembre-se de que quase sempre uma pessoa cega escuta normalmente, portanto não é preciso elevar o tom da voz.
- Tocar levemente pode ser uma boa forma de interagir, mas sempre anuncie o contato antes, verbalmente.
- Não puxe a pessoa pelo braço: coloque a mão dela no seu cotovelo ou ombro, para que ela possa sentir seus movimentos.
- Avise sobre a existência de degraus, buracos, pisos escorregadios e outros obstáculos no caminho, inclusive objetos pendurados, e também sobre qualquer mudança na posição de mesas, armários e outros itens de ambientes conhecidos.
- Informe a pessoa cega se for se ausentar do local onde ela está, para que ela saiba que estará sozinha.
Deficiência Auditiva
- Não utilize o termo surdo-mudo, pois a pessoa surda “fala” (se comunica) do seu jeito. Existe até uma língua própria: no Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
- Fale pausadamente, mantendo contato visual, para que a pessoa possa entender se sua fala continua ou acabou.
- Use um tom de voz normal, a não ser que peçam para você falar mais alto – elevar o tom nem sempre ajuda a entender melhor.
- Se a pessoa com deficiência auditiva estiver acompanhada de um intérprete (de LIBRAS, por exemplo), dirija-se a ela, não ao intérprete.
- Se necessário, escreva ou faça mímicas/gestos que ajudem a entender o que você quer dizer e peça para que a pessoa faça o mesmo, mas lembre-se que nem todas as pessoas surdas leem/escrevem com facilidade.
Claro que essas dicas não esgotam o tema e cada caso é único. Existem, inclusive, vários outros tipos de deficiência (intelectual, por exemplo). Se houver PcD na sua empresa, pesquise, aprenda, entenda, aprenda a incluir – e estimule sua equipe a fazer o mesmo. A ideia é que essas pessoas sejam vistas não como “deficientes”, mas colaboradores com limitações e potenciais, como todos os outros colegas de trabalho.
Fontes
https://www.sanofi.com.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm
https://pessoacomdeficiencia.gov.br/app
Nosso olhar também precisa de descanso.
De acordo com o relatório Digital in 2020, divulgado pelo We Are Social e Hootsuite, o tempo online dos brasileiros no primeiro ano da pandemia foi de 9h17min, muito acima da média global, de 6h43min. A análise é corroborada por dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que apontaram aumento de 40% a 50% do uso da internet no Brasil logo no início da quarentena.
Como consequência desse excesso, são comuns as sensações de exaustão e esgotamento e prejuízo de funções como atenção, concentração e memória. Tudo isso tem sido divulgado em múltiplas matérias nas mídias tradicionais e digitais e já falamos do tema aqui.
Mas um aspecto abordado com menor frequência e nem sempre com a mesma ênfase é a saúde ocular. O excesso de telas, muitíssimo ampliado pela pandemia – com a adoção definitiva ou temporária em grande escala do home-office e seus já conhecidos exageros – também tem efeitos diretos sobre visão.
A explicação é tão óbvia quanto verdadeira, e chega a ser singela: a concentração visual por muitas horas diminui o número de piscadas, deixando os olhos ressecados. Ou seja, a lágrima não derramada (que umedece regularmente o olho, mantendo-o lubrificado) também tem de ser levada em conta na pandemia. No pior dos cenários, a pessoa desenvolve a chamada doença da superfície ocular, que pode gerar danos severos se não tratada a tempo.
Nem é preciso dizer que isso comprometeria não só a qualidade de vida da pessoa, mas também sua atividade profissional, numa daquelas convergências inevitáveis e até desejáveis em que cuidar da saúde do indivíduo também é cuidar da “saúde” da empresa. Se a pessoa já estiver com os olhos vermelhos, lacrimejando, sentindo ardência ocular, dificuldade para focalizar, dor de cabeça ou dor nos próprios olhos, é hora de procurar atendimento médica.
Mas no dia a dia, é possível tomar alguns cuidados preventivos, como dar um intervalo de descanso para os olhos a cada 50 minutos (olhar para um ponto distante ou movimentar-se ao longo dos espaços disponíveis), manter a iluminação do ambiente maior do que a que sai da tela, ajustar o brilho do dispositivo de acordo com o ambiente e o horário, entre outros.
E, claro, não se forçar – nem forçar o colaborador, sob pretexto nenhum – a olhar excessivamente para qualquer tela.
Fonte
Drauzio Varella
A diversidade influencia seu ambiente corporativo?
Toda empresa disposta a ter um impacto positivo na vida das pessoas e oferecer um bom ambiente de trabalho precisa estar conectada com seu próprio tempo, com o presente, com as percepções, anseios e demandas legítimos da sociedade em que está inserida, e em meio à qual atua. Isso é importante para a “saúde emocional corporativa”.
Uma das demandas mais presentes atualmente é o reconhecimento da existência, a promoção e a valorização da diversidade – com todos os inúmeros aspectos que este conceito pode abranger. Empresas que concordam com esta demanda acreditam que uma equipe diversa, com pessoas de diferentes perfis e histórias de vida, resulta em um ambiente de trabalho mais inclusivo, plural e inovador, contribuindo efetivamente para o negócio.
Mas o verdadeiro respeito à diversidade vai além das necessidades do negócio. É, antes de tudo, uma visão sobre as pessoas, uma questão de se a empresa realmente se importa com elas, se acredita que uma de suas responsabilidades é contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A resposta parece simples: sim, uma empresa sintonizada com seu tempo tem e assume essa responsabilidade, exatamente porque a sociedade que ajuda a construir – e também a que reflete “da porta para dentro” – é a mesma com que terá de lidar ao comercializar seus produtos e serviços.
Se todas as pessoas são diversas, todos somos singulares, e tudo que cada pessoa pode agregar à comunidade – inclusive a uma empresa – é único. Como se sabe, o que é único, por ser raro, quase sempre é valioso. Mas por mais que consideremos nossa sociedade desenvolvida, civilizada, evoluída, nela persistem conceitos e preconceitos que provocam prejuízo profissional e pessoal, além de sofrimento emocional, em quem é atingido por eles.
Houve tempo em que a expressão e a manifestação desses conceitos eram bem menos visíveis e até mais toleradas, às vezes silenciosamente, pela sociedade. Mas o mundo está em constante evolução, e com a explosão dos meios de comunicação, marcadamente os digitais, ampliou-se a percepção de que todos os seres humanos são dignos de respeito. É um avanço.
Existem, claro, grandes debates acadêmicos e não acadêmicos sobre o tema, grande parte deles – talvez a maioria – marcada por extremismos ideológicos que, em vez de aproximar e unir as pessoas, reforçam o antagonismo entre grupos diferentes, a ponto de estimular e até mesmo gerar violência, infelizmente não só verbal.
A repercussão tem sido tanta que há tempos o assunto saiu das bolhas da Internet, entrou na pauta de grandes veículos de comunicação e, não raramente, confunde quem, de boa vontade, tenta aprender a lidar com essas questões de modo mais lúcido e moderado. É uma preocupação crescente entre os gestores, até porque muitas empresas têm desenvolvido políticas internas oficiais de diversidade e inclusão, em parte por medo de represálias, em parte para se mostrarem conectadas com a causa – com frequência, artificialmente.
Um líder que deseje legitimamente abraçar a diversidade em sua empresa precisará necessariamente estudar muito, conduzir-se com cautela, desconfiar de todas as ideologias e filtrar as várias tentativas dos radicais de consertar as injustiças do mundo por meio da culpabilização de quase todos que expressam uma opinião divergente. A prática parece ter revelado que isso é capaz de piorar o problema.
Certamente não é possível, e talvez nem seja desejável, promover a diversidade tentando reproduzir na empresa exatamente a composição étnica, de homens e mulheres, de faixas etárias, orientações sexuais, características físicas e infinitas outras possibilidades de “classificar gente” que existem na sociedade.
Provavelmente, o caminho mais saudável e produtivo é exatamente o inverso: pensar na diversidade como o ato de acolher e valorizar cada indivíduo pelo que pode oferecer, como profissional e como pessoa, independente dessas vagas e insuficientes classificações. Parece ser um bom começo para um líder iniciante no tema.
Fonte
www.sanofi.com.br
Saúde faz bem para os negócios
Uma empresa que investe em seguro certamente tem gestores que acreditam no valor da prevenção. Nada mais coerente, portanto, que essa visão inclua a saúde dos colaboradores. Tanto para o bem-estar das pessoas como para a produtividade da empresa, prevenção é uma palavra-chave para os melhores resultados.
Uma boa decisão de gestão, por exemplo, é utilizar os canais de comunicação corporativos para estimular o autocuidado e as práticas relacionadas com a conquista e a preservação de uma boa saúde. Aquelas que todo mundo conhece: alimentação equilibrada, atividade física regular, consultas frequentes a certos profissionais da área.
Mas e se a empresa for além e oferecer essas atividades como um benefício, ou como algo a mais dentro dos benefícios que já oferece? Se quanto mais fácil for adotar uma prática maior for a adesão a ela, desenvolver um programa desse tipo pode se tornar um investimento com excelente custo-benefício.
Não é segredo para ninguém que uma das maiores causas de absenteísmo são problemas de saúde, de todos os tipos. É corrente hoje a noção de saúde integral: física, emocional, social, espiritual e intelectual. São muitas “saúdes” para ter problema, e, portanto, muitas variações do tema para cuidar. Esperar que a equipe pense nisso tudo por si mesma parece otimista demais. Já incentivá-la a fazer isso, é mais pragmático e realista.
Muitas empresas contratam programas “in-company” relacionados às “5 saúdes”, que vão desde a prática de atividade física, passando por técnicas de relaxamento e meditação e chegando até consultas preventivas com médicos generalistas (e encaminhamento a especialistas, quando necessário). Sempre, claro, com orientação e/ou sob supervisão de profissionais de cada área.
É evidente que uma equipe com tudo isso à disposição, devidamente informada sobre essas possibilidades, tende a ter uma saúde melhor, por mais tempo, e que isso terá impactos diretos e indiretos no aumento da produtividade e na redução do absenteísmo. A adesão não será 100%, porque nunca é – em nada – mas a probabilidade de ter mais gente da empresa se cuidando, e, portanto, trabalhando mais e melhor, aumenta bastante.
Sem falar na melhora da disposição do colaborador em se dedicar a uma organização que o faz sentir-se bem cuidado e no possível ganho de reputação externa da empresa, sempre desejável e estratégico. No melhor dos mundos, essa preocupação com as pessoas será genuína, valorizando ainda mais os efeitos positivos das ações geradas por ela.
Para um gestor com postura humanizada e familiarizado com uma visão contemporânea da saúde, não basta oferecer meios e recursos para que o colaborador se trate adequadamente quando fica doente: é preciso estimulá-lo a tratar bem a si mesmo, o tempo todo, para que não fique.
Quanto você pagaria pelos dados da sua empresa?
Um ataque hacker consegue burlar as medidas de segurança digital, acessar os sistemas da empresa e “sequestrar” dados indispensáveis à sua operação. O valor do “resgate” pode chegar à casa dos milhões. O que você faz? Paga o preço exigido pelos cibercriminosos ou se nega, aceitando levar um tempo imprevisível para retomar suas atividades? De uma forma ou de outra, a empresa estará no prejuízo…
Um ataque desse tipo, conhecido como ransomware (sequestro digital), foi sofrido há alguns dias por ninguém menos que as Lojas Renner, maior varejista de moda do país, paralisando suas atividades – inclusive em lojas físicas – retomadas ainda de forma instável 2 dias depois, até serem normalizadas. O Grupo Fleury também foi vítima, em julho desse ano, e demorou 23 dias para retomar completamente seus sistemas. A lista de empresas atacadas desde o início da pandemia inclui Cosan, Braskem, Fleury, JBS e Embraer, entre outros.
Já dissemos aqui que os crimes cibernéticos vêm apresentando aumento expressivo nos últimos anos e cresceu mais de 200% desde o início da pandemia. Estima-se que o custo global do cibercrime tenha sido de US$ 1 trilhão em 2020 e atinja a marca de US$ 6 trilhões em 2021. Não é de espantar, portanto, que as organizações estejam investindo forte em cibersegurança.
Só na América Latina, o setor movimentou quase US$ 5 bilhões no ano passado e deve chegar a US$ 9,57 bilhões em 2026. No Brasil, com a vigência da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que dispõe sobre dados pessoais e medidas de segurança para protegê-los de ações ilícitas e situações acidentais, o movimento é crescente – inclusive porque, claro, a lei prevê penalidades.
A imagem do hacker como um adolescente nerd, que sozinho do seu quarto ou do porão de casa consegue burlar só por “esporte” a segurança de sistemas de grandes corporações, há muito está desatualizada, se é que um dia foi verdadeira. Hoje se sabe bem que os hackers são grupos organizados, ousados, perigosos, que agem por interesse e podem lucrar muito com suas atividades ilícitas.
Uma das formas de reduzir os riscos de ataques digitais é combinar investimentos em tecnologia – especificamente sistemas cada vez mais eficazes em identificar e neutralizar invasões rapidamente – e treinamento de colaboradores para adoção de protocolos preventivos. Assim se constrói um programa robusto de segurança da informação.
Outra estratégia importante, ainda mais eficaz se adotada de modo complementar, é o chamado Cyber Seguro, apólice específica de seguro de riscos cibernéticos que oferece às empresas cobertura referente à responsabilidade pelo vazamento de dados e eventuais prejuízos financeiros causados por ataques de hackers. Ou seja, se todas as outras medidas de cibersegurança falharem, o seguro ao menos minimiza os prejuízos, o que não é pouco quando se fala em cifras na casa dos milhões.
A existência e a popularização dessa solução, comum na Europa, é relativamente recente no Brasil. Mesmo assim, o aumento das contratações deste tipo de apólice foi de 55% no ano de 2019. Provavelmente, isso reflete uma consciência crescente no mercado, de que todas as empresas estão sujeitas a ataques de hackers, e que proteger-se deles é responsabilidade dos respectivos gestores.
Quer se prevenir contra o terrorismo virtual? A SICCS está preparada para auxiliar você nesse sentido.
Fontes:
https://www.abgr.com.br
https://www1.folha.uol.com.br
https://neweseguros.com.br
https://www.convergenciadigital.com.br
https://canaltech.com.br/seguranca
Burnout existe?
No passado recente, uma conhecida jornalista da maior rede de televisão do país saiu do ar – e depois da empresa – alegando ter a síndrome de burnout (ou Burnout, com inicial maiúscula). Na época, como ainda hoje, muitas pessoas classificam o quadro como “mimimi”, reclamação infundada de alguém que não é suficientemente competitivo, incompetência mascarada ou simplesmente algum tipo de malandragem para trabalhar menos.
Essas pessoas estão enganadas: a síndrome existe, pode ser grave e desestruturar seriamente, às vezes para sempre, a vida e a carreira de quem a apresenta. Uma busca rápida na Internet demonstra que a existência e gravidade do problema são praticamente consensuais entre os profissionais de saúde, inclusive alguns bem famosos. Sem contar que está descrito na literatura especializada e registrado na CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).
“Burnout” pode ser livremente traduzido como “totalmente consumido”: algo ou alguém que gastou todo seu combustível ou sua energia. Em outras palavras, esgotamento total. O transtorno é caracterizado por um estresse devastador, extremo, superior à capacidade pessoal de lidar com questões do dia a dia de modo eficiente e… está relacionado exclusivamente ao trabalho.
Profissionais que atuam diariamente e por tempo prolongado sob pressão e com responsabilidades constantes estão mais propensos a apresentar a síndrome: médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas etc. Os sinais e sintomas são tanto psicológicos e emocionais como físicos. Entre os principais, estão:
– Cansaço excessivo, físico e mental;
– Dor de cabeça frequente;
– Alterações no apetite;
– Insônia;
– Dificuldade de concentração;
– Sentimento de fracasso, insegurança;
– Negatividade constante e desesperança;
– Alterações repentinas de humor;
– Isolamento;
– Alteração da frequência cardíaca;
– Aumento da pressão arterial;
– Dores musculares;
– Problemas gastrointestinais.
Ao ver essa lista, muita gente pode pensar: “então eu já tive ou tenho Burnout”. Mas esse raciocínio não é correto. Apenas um desses sintomas, ou a ausência de algum deles, não caracteriza ou descaracteriza a síndrome. É preciso levar em consideração diversos fatores, como há quanto tempo se apresentam, como evoluíram e as circunstâncias de vida do paciente. O diagnóstico precisa ser feito por um profissional especializado – normalmente um psicólogo e/ou psiquiatra – que também conduzirá o tratamento.
A primeira frente de tratamento costuma ser a psicoterapia, mas dependendo da severidade do quadro pode ser necessária a prescrição de medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos. Normalmente, a melhora se apresenta entre 1 e 3 meses, mas, claro, o ritmo é muito individual. Durante e depois, é fundamental que o ritmo de trabalho e o envolvimento com a atividade profissional sejam reavaliados e adequados de modo a manter o bem-estar do paciente.
Pode parecer estranho, mas também é possível prevenir a síndrome de burnout. Como? Deixando de ver o trabalho como um objetivo em si mesmo e incluindo definitivamente na vida (com o valor que merecem) atividades como a convivência com amigos e familiares, relaxamento, lazer, atividade física regular. O que, aliás, parece ser uma postura de vida de grande eficiência preventiva para promover e manter a saúde de todos nós, seres humanos.
Fontes:
http://antigo.saude.gov.br
https://www.uol.com.br/vivabem
https://www.tuasaude.com