Ergonomia é mais do que você pensa

Quando se fala em ergonomia, a maioria das pessoas - que teve um contato mais superficial com o tema - pensa na altura da cadeira de trabalho e da tela do computador à frente, na postura da pessoa, nos equipamentos e ajustes necessários para que ela não desenvolva problemas como tendinite, dor nas costas etc. E está certo: ergonomia é tudo isso, mas não é só isso.

A palavra ergonomia vem do grego: em tradução relativamente livre, mas bastante aceita, ergon significa trabalho, enquanto nomia significa leis. Portanto, a combinação dos 2 termos resulta em algo como leis do trabalho. Se quisermos ir um pouco mais longe na liberdade de tradução, podemos estender a compreensão para ciência do trabalho, embora ciência, a rigor, esteja associado ao termo grego logos, cujo significado é conhecimento. Mas você entendeu o nosso ponto, certo?

Temos, então, que ergonomia é a ciência que estuda como o ser humano está relacionado ao seu trabalho e normas para melhorar essa relação. Mas existe mais de um “tipo” de ergonomia: de acordo com a concepção adotada, seriam até sete, ou mais. Porém, essa interpretação não é tão livre assim - existe regulamentação, definida em Portaria do Ministério do Trabalho. A Norma Regulamentadora é a NR 17, que abrange a ergonomia no trabalho, o conforto dos trabalhadores, redução de dores e lesões e aumento da produtividade.

Vejamos, resumidamente, os 3 tipos principais de ergonomia que existem, segundo razoável consenso dos melhores profissionais dedicados à atuação para a conformidade das empresas à NR 17.

Ergonomia física
A ergonomia física diz respeito à anatomia humana. Por meio de estudos de fisiologia, antropometria e biomecânica, foram estabelecidos padrões que se tornaram normas de ergonomia, a fim de garantir a saúde das pessoas no exercício do trabalho. Aqui, sim, estão contemplados os parâmetros de ergonomia mais conhecidos pelas pessoas, que envolvem a postura, o uso de máquinas e materiais e a realização de movimentos repetitivos. Vale ressaltar que a ergonomia física também envolve iluminação, temperatura, controle de ruído e sinalização, entre outros itens.

Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva abrange os processos mentais do indivíduo ao realizar suas atividades: memória, concentração, raciocínio, tomada de decisões, sensibilidade/reação motora e percepção do ambiente. Portanto, o foco é em aspectos mentais, emocionais e psicomotores do trabalhador e está ligado ao processamento de informações ao executar tarefas e resolver problemas da empresa. Trabalhadores com boa saúde cognitiva tendem a ter mais satisfação individual e motivação no trabalho. Há também influência positiva no uso de máquinas e equipamentos e na relação com os colegas.

Ergonomia organizacional
Ergonomia organizacional é uma gestão prática que envolve a própria cultura organizacional, canais de comunicação, formato de feedbacks, projetos de participação multidisciplinar e colaborativos. Parte do pressuposto de que é preciso haver envolvimento de todos os colaboradores e a participação de gestores e líderes para o aproveitamento máximo e bem-sucedido de seus conceitos.

Estudos mostram que empresas que investem no bem-estar dos trabalhadores - tema em que a ergonomia é não só imprescindível, mas também fator-chave - são até 235% mais eficientes, um dado que, por si só, demonstra a importância de conhecer melhor esse conceito e seus impactos, tanto na vida dos colaboradores como nos resultados do negócio.

Compartilhando esse conhecimento aqui, com você, a SICCS busca fazer, de mais uma forma, o que nasceu para fazer: contribuir exatamente com isso mesmo - os resultados do seu negócio.

 

Fontes
www.rsdesign.com.br
www.beecorp.com.br
www.gov.br


O exterminador não está chegando

Quem tem medo da Inteligência Artificial?

Uma rede de computadores que aprende a aprender e decide que o mundo ficará melhor se puser fim à humanidade é um conceito interessante e até excitante como ficção, mas por enquanto é só isso mesmo: fantasia. A inteligência cibernética que se volta contra o criador não está nem perto de aparecer no horizonte, e há poucos anos um dos sócios mais famosos de Steve Jobs até declarou que “não deveríamos chamá-la de inteligência”.

Bem o quadro mudou um pouco, o termo, mesmo impreciso, se popularizou, e é autoevidente que a tecnologia está mais avançada e continua avançando, com computadores e plataformas que hoje são capazes de entregar o que não entregavam antes. Uma das novidades noticiadas recentemente é a Search Generative Experience (SGE), um modelo de IA do Google que alguns consideram capaz de tornar obsoleta até a própria utilização do buscador como o conhecemos - e, portanto, muito da Internet.

Ocorre que a SGE parece gerar respostas mais rápidas, diretas e fáceis de entender sobre um determinado tema do que se o usuário entrar em sites sugeridos pela busca tradicional do Google e ler os textos independentemente. Mas, como outros modelos artificiais de linguagem, a SGE está sujeita a “alucinações”: inventar coisas que simplesmente não existem, como muitos já verificaram no ChatGPT.

Colocando o pé no chão, a Inteligência Artificial seria uma ameaça? Será que já chegou ao mercado de seguros? O que representa para ele? No presente realista (não no futuro pessimista), a IA tem sido uma ferramenta bastante utilizada para acelerar processos e trazer melhores resultados também no setor securitário. Ela pode ajudar.

Por exemplo, existem insurtechs (veja nossa matéria a respeito desse conceito, aqui mesmo em nosso blog) que utilizam soluções de IA para potencializar negócios e melhorar a jornada dos clientes, começando já na hierarquização de leads. Mas lembremos que hierarquização não é decisão - a não ser que o programador do aparato computacional o queira - e que a experiência de consumo de certos produtos e serviços parece ser quase “inautomatizável”.

O bom senso (um artigo meio em desuso em nossos tempos) parece indicar claramente que a melhor forma de utilizar as ferramentas de IA é integrá-las em uma operação em conjunto, e em harmonia, com a atuação humana - e humanizada. Várias empresas (dentro e fora do setor de seguros) que nasceram digitais parecem estar se dando conta de que, desde a concepção de seus produtos até o atendimento na ponta (o contato direto com os clientes) é preciso levar em conta o elemento humano. Por isso a SICCS adota novas tecnologias, mas continua cuidando tanto do atendimento pessoal, olho no olho.

A tecnologia em que se baseia a IA surge como um elemento facilitador de processos, trazendo ganhos de eficiência e de escala, mas bots e learning machines continuam sendo configurados por pessoas, para atender pessoas (nos melhores casos, é claro). É um tipo de tecnologia mais avançada, certamente, mas que continua dependendo de algoritmos - ou seja, fórmulas. E alguém ainda há de negar que um conceito mais amplo de inteligência humana envolve a individualidade de experiências vividas, e emoções e sentimentos que se expressam como (ou são) reações químicas? Sim, somos isso também, junto com a “racionalidade pura”, que ninguém sabe o que é.

Voltando ao exemplo insinuado antes: utilizando IA, é possível desenvolver um modelo de classificação de leads que avalia a probabilidade de conversão de cada possível cliente, uma solução inédita no segmento de seguros que permite, até certo ponto, antecipar o comportamento de consumidores e identificar tendências futuras, alinhando a oferta de produtos e serviços. Isso é bom, não é? Sim, é: para operadoras, seguradoras e clientes.

Mas continua sendo verdade que após esse cruzamento prévio de informações é que tem início o processo de comercialização e conversão a que tantos chamam pelo famosíssimo nome de “funil de vendas”. Parece haver uma saudável resistência natural das pessoas a adquirir um serviço relacionado à proteção de patrimônio e entes queridos baseando-se apenas no que pode ser oferecido, e explicado, por uma interface não-humana. Contratar seguros não é como comprar sapatos, por exemplo.

No que se refere a ser algum tipo de ameaça, depende do ponto de vista. É plausível que a IA seja utilizada para substituir pessoas em certos postos de trabalho, reduzindo custos, mas provocando “dor” num primeiro momento. No entanto, já é bastante documentado que as sociedades mais avançadas tecnologicamente tendem a ser, no geral, mais prósperas, beneficiando seus cidadãos a longo prazo. O mais crítico seria, portanto, o que fazer durante a transição.

Essa é uma resposta que ainda está em construção e talvez não seja tão traumática quanto se pensa. Mas podemos aqui fazer uma inferência bastante razoável, baseada em pura lógica: se em matéria de velocidade e precisão no puro processamento de informações ninguém seria páreo para uma máquina capaz de “pensar” (a seu modo), talvez a melhor forma de enfrentar a realidade que está chegando seja nos tornarmos cada vez mais... humanos.

Aqui na SICCS, não abrimos mão disso.

 

Fontes
www.revistaapolice.com.br
www.super.abril.com.br
www.olhardigital.com.br
www.exame.com


Novembro Azul | Combate ao câncer de próstata

Novembro Azul é derivado de um movimento que surgiu na Austrália, em 2003, e que acontece nesse mês porque 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Hoje, tornou-se uma campanha anual realizada com o objetivo de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de próstata, uma doença grave e silenciosa, que evolui lentamente e quase sempre só provoca sintomas quando está em estágio avançado.

A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo esse tipo de neoplasia a de maior incidência em homens a partir dos 60 anos, assim como histórico familiar da doença antes dessa idade e obesidade para certos tipos histológicos. Destaca-se também a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, responsável por 1% dos casos.

Estima-se que haverá, no Brasil, mais de 70.000 novos casos de câncer de próstata no triênio 2023-2025. Atualmente, a doença é a 2ª maior causa de óbito por câncer nos homens, confirmando sua relevância epidemiológica e a importância da conscientização sobre o tema. Felizmente, as estatísticas também indicam que, quando há o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%. A melhor forma de identificar logo o surgimento da doença é realizar uma combinação entre um exame de sangue (PSA) e o toque retal.

É muito importante entender e aceitar que esses dois exames são complementares, tanto porque o PSA pode estar alterado por outros problemas da próstata não relacionados a um câncer quanto por ser possível que o exame de sangue esteja normal e mesmo assim haja um câncer. Cerca de 20% dos casos são diagnosticados somente na realização do exame de toque retal. Em nome da própria saúde, os homens precisam aprender a desvincular esse exame rápido (30s a 60s) de qualquer associação com sua orientação sexual. 

Homens com 45 anos e fatores de risco - como casos em homens da mesma família com menos 60 anos e cor negra (a doença é mais frequente em homens negros), entre outros - precisam realizar o exame de PSA e o toque retal regularmente a partir dessa idade. Homens com 50 anos ou mais, mesmo quando não há fatores de risco, devem procurar um médico, preferencialmente um urologista, para realizar os dois exames regularmente. Em ambos os casos, a frequência ideal será definida pelo médico.

O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença, da idade do paciente e de seu estado de saúde. As abordagens mais comuns são a extração cirúrgica da glândula, a radioterapia e a terapia hormonal, isoladamente ou combinadas. O tratamento precisa ser sempre individualizado, e de acordo com o tipo de câncer e a idade do paciente existe a possibilidade de fazer a chamada vigilância ativa, em que apenas se monitora a doença para fazer alguma intervenção quando, e se, necessário.

Vários especialistas acreditam haver forte relação entre uma menor incidência do câncer de próstata, e de formas mais graves da doença, e um estilo de vida mais saudável - que é sabidamente uma boa forma de evitar várias doenças. Por isso, além do cuidado permanente com a saúde da próstata, o homem pode se cuidar incorporando ao dia a dia uma alimentação saudável e equilibrada, atividade física regular, combate ao excesso de peso (um fator de risco já citado acima), ao tabagismo e ao excesso de álcool. 

Neste mês dedicado ao combate ao câncer de próstata, reforçamos o incentivo que já demos aqui mesmo em anos anteriores: informe-se, mobilize-se, supere o preconceito - ou estimule os homens que você conhece a superá-lo. Nosso argumento também é o mesmo, porque continua válido e muito forte: o diagnóstico precoce salva vidas.

 

Fontes
www.bvsms.saude.gov.br
www.gov.br/inca/pt-br
www.mundoeducacao.uol.com.br
www.oncoguia.org.br
www.saopaulo.sp.gov.br
www.uol.com.br/vivabem


“Lei do Seguro” ou da insegurança?

E quando um segmento que já enfrenta os desafios e dificuldades inerentes ao seu negócio - além das infinitas e altamente mutáveis regulamentações do país - começa a se “assentar” depois das tempestades e terremotos recentes (como uma pandemia), um projeto de lei ressurge do passado, como um daqueles vampiros de filmes clássicos de horror, que nunca morrem, para assombrar as empresas e profissionais do setor.

No caso, o “Drácula metafórico” é o PLC 29/17, que para quem não sabe tem no número que vem depois da barra a indicação do ano em que “nasceu”, ou seja... 2017. Sim, cerca de 6 anos atrás, com essa identificação, mas tramitando no Legislativo há quase 20 anos, se considerarmos o projeto original do qual deriva: o PL 3555/2004, apresentado na Câmara Federal por um deputado do PT-SP e elaborado por uma comissão do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro (IBDS).

O PLC 29/2017, que voltou a tramitar no Senado, suscita debates e embates acalorados entre entidades que representam os segmentos, contrárias à proposta, e juristas e outros especialistas, favoráveis a ela. Entre os pontos polêmicos, estão a alteração nas regras de funcionamento de arbitragem, a exigência de registro prévio de novos produtos na Superintendência de Seguros Privados (Susep) antes que cheguem ao mercado e uma possível equiparação de grandes segurados a consumidores hipossuficientes (leia-se mais vulneráveis numa relação comercial).

O ponto nevrálgico da medida parece estar mesmo na desatualização de boa parte de seus dispositivos, que “caducaram” por causa do longo tempo de tramitação. O texto, por exemplo, não contempla novas resoluções da própria Susep e novas tecnologias que tornaram o setor de seguros mais dinâmico. Na aprovação da redação final do projeto pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, em 2017, antes de seu arquivamento, temas como inteligência artificial não eram uma realidade presente e palpável, como hoje, capazes de transformar a dinâmica dos negócios.

O IBDS faz um contraponto, alegando que a demorada tramitação do projeto é um ponto positivo, não negativo: teria permitido que ele ficasse sob “intenso debate”, inclusive com audiências públicas, sem que nenhuma proposta ou alternativa fosse apresentada, nem mesmo pelas empresas do setor. O texto teria “seguido os fluxos normais de tramitação” no Congresso. Mas essa tese é defensável para uma redação que parece desconsiderar o Código Civil e a proteção à pessoa física fornecida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC)? E que pela falta de contemporaneidade tenha o potencial de inviabilizar, ou dificultar, o Open Insurance, do qual já falamos aqui?

Há quem diga que a “nova Lei do Seguro”, se aprovada, fará o mercado brasileiro de seguros regredir, retroceder a um estágio menos desenvolvido que aquele em que se encontra hoje. Existem meandros legais, técnicos e, evidentemente, políticos na discussão - tantos que torna impossível sintetizar aqui. Uma coisa parece evidente: se a proposta fosse saudável, ou ao menos razoável, para todos os agentes do segmento, não geraria tanta controvérsia.

O melhor que todos que atuam no setor podem fazer é se informar o máximo possível, analisar o projeto com racionalidade e exercer, cada um na sua esfera de influência, a positiva prática de compartilhar opiniões desapaixonadas, para assim viabilizar um diálogo amplo que contribua para a melhor solução. E, nesse caminho, não perder de vista que o “tempo político” (assim como as intenções...) é diferente do tempo dos negócios, e que esse tempo é o presente, todo dia, hoje - agora!

 

Fontes
www.revistaapolice.com.br
www.segs.com.br
www.infomoney.com.br
www.cqcs.com.br
www.sindsegsp.org.br


OUTUBRO ROSA | Combate ao Câncer de Mama

Outubro Rosa, hoje uma campanha razoavelmente conhecida pelo público de diversos países, tem como origem a iniciativa de uma fundação norte-americana, que colocou em prática a simples e sublime ideia de distribuir um laço rosa aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA), em 1990.

A ação, criada para chamar a atenção das pessoas - especialmente as mulheres - para a questão do câncer de mama, com o tempo tornou-se uma campanha anual realizada mundialmente, com o nobre objetivo de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce da doença. Como em outras causa relativas à saúde, a estratégia é dar destaque ao tema durante este mês, todos os anos, enfatizando a importância do problema e estimulando o autocuidado constante. 

Segundo a OMS, o câncer de mama é o tipo mais diagnosticado no mundo e, segundo o Instituto Nacional do Câncer, vinculado ao Ministério da Saúde, o que mais acomete as mulheres no Brasil: cerca de 30% de todos os casos. No entanto, aproximadamente 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura. Ou seja, como em tantas outras doenças - particularmente o câncer - o diagnóstico precoce, além de evitar cirurgias traumáticas, salva vidas.

Ao contrário do que muita gente ainda acredita, hoje já se sabe que a mamografia regular é mais eficiente para um diagnóstico precoce que o autoexame, pois pode identificar a presença de nódulos antes que atinjam o tamanho necessário para serem percebidos pela própria mulher - e exatamente quando há mais chance de cura. Nem por isso o autoexame deve ser dispensado: estima-se que 35% dos casos sejam identificados por meio dele, que mesmo não sendo um método preciso pode e deve ser estimulado como autocuidado complementar.

É preciso lembrar que a genética é um fator muito importante a ser considerado: se uma pessoa da família - principalmente a mãe, irmã ou filha - teve a doença antes dos 50 anos, a mulher tem mais chances de desenvolver um câncer de mama. Mulheres que já tiveram câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também devem ficar mais atentas.

Mas, com ou sem fatores de risco, a chance de um tumor maligno nas mamas nunca pode ser subestimada: toda mulher deve procurar um serviço de saúde nos períodos indicados pelos especialistas, e mesmo que não existem sintomas, pois nos estágios iniciais a doença normalmente é assintomática. De forma geral - com certas variações, dependendo da interpretação que cada especialista faz dos trabalhos científicos - a mulher deve seguir a estratégia abaixo. 

Mamografia
- Mulheres com 35 anos e fatores de risco devem tomar cuidados extras, mais frequentes e mais cedo, já realizando o exame clínico e a mamografia anualmente a partir dessa idade.
- Mulheres com 40 anos ou mais, mesmo quando não há fatores de risco, devem procurar um serviço de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente.
- Mulheres entre 50 e 69 anos devem fazer pelo menos uma mamografia a cada 2 anos.

Autoexame
- Sete dias após a menstruação, ou sempre no mesmo dia do mês, se a mulher não menstrua, erguer um dos braços e, com a outra mão, apalpar firme e suavemente a mama e a região ao redor.
- Verificar se há algum nódulo (caroço) endurecido, fixo e geralmente indolor: essa manifestação está presente em mais de 90% dos casos da doença.
- Ver se há alguma alteração no mamilo (bico do peito), ou saída espontânea de líquido (que não seja leite materno).
- Examinar as axilas (toda a área debaixo do braço) e a região do pescoço para ver se não existem pequenos nódulos.
- Ver se há alterações na pele da mama, tanto na cor como na consistência: se está avermelhada, retraída ou com saliências que a deixam parecida com casca de laranja.

É importante mencionar: entre os vários serviços direcionados à saúde da mulher disponibilizados gratuitamente no SUS, está a mamografia. Além disso, parece haver uma relação estatística consistente entre menor incidência de câncer de mama e estilo de vida: estima-se que 30% dos casos poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, atividade física regular, controle do peso, não fumar, não consumir álcool em excesso.

Nos primeiros anos após a Corrida pela Cura, conforme outras cidades dos Estados Unidos aderiam à causa do Outubro Rosa, elas eram realmente decoradas com laços rosas, para sensibilizar a população. Isso acabou se desdobrando em outros recursos muito utilizados hoje em dia, inclusive no Brasil, como a iluminação de locais públicos com essa cor, além de diversos eventos temáticos.

Compartilhando informação, aqui e nas redes sociais, a SICCS contribui para que essa bela e importante projeção em monumentos ajude a acender a conscientização dentro de todos nós.

 

Fontes
www.bvsms.saude.gov.br
www.inca.gov.br
www.mdsaude.com
www.oncoguia.org.br
www.outubrorosa.org.br


Setembro tem mais uma cor: vermelho

Mês de conscientização sobre doenças cardiovasculares

O Setembro Vermelho foi idealizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) para estimular a conscientização sobre os cuidados com a saúde cardíaca e a prevenção de doenças cardiovasculares. O mês foi escolhido para a campanha porque 29 de setembro é o Dia Mundial do Coração, data definida em 2000 pela Federação Mundial do Coração, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), também visando a promover iniciativas em favor da saúde cardíaca em escala global.

“Doenças cardiovasculares” é uma expressão relativamente genérica que abrange um conjunto de problemas que atingem o coração e o sistema vascular (nossa rede de vasos sanguíneos). Embora algumas dessas doenças possam ser congênitas - ou acontecer como consequência de infecções por vírus, fungos e bactérias - normalmente elas surgem com a idade, frequentemente relacionadas a um estilo de vida com hábitos prejudiciais à saúde, como alimentação rica em gordura e falta de atividade física, por exemplo.

Tecnicamente, os problemas do coração se encaixam na categoria de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que constituem o principal conjunto de causas de morte em todo o mundo: 70% do total, (cerca de 40 milhões). Aproximadamente 45% de todas as mortes por DCNT são causadas por doenças cardiovasculares, ou seja, algo em torno de 17 milhões de óbitos.

No Brasil, dados relativamente recentes indicam que o cenário nacional reflete em certa medida o contexto global: mais de 70% das mortes são causadas por DCNT. Entre essas, 30% resultam de doenças cardiovasculares. Por exemplo, de acordo com o Ministério da Saúde, mais 300 mil indivíduos/ano sofrem infarto agudo do miocárdio no país, com óbito em cerca de 30% dos casos.

Existem muitas doenças cardiovasculares, com variados sintomas e níveis de gravidade - não é à toa que a cardiologia é uma das especialidades médicas mais exigentes e valorizadas. Seria, é claro, impossível e improdutivo falar de todos os males do coração. neste texto. Vamos, portanto, mencionar algumas das mais comuns, o que não representa qualquer hierarquia em termos de relevância e prevenção: todas têm de ser vistas e tratadas com o mesmo cuidado, até porque elas podem ser fatores de risco umas para as outras.

- Hipertensão - Elevação crônica da pressão arterial acima do patamar estatístico definido como normal ou de baixo risco - igual ou ligeiramente inferior a 120x80 mmHg. Pode ter muitas causas: envelhecimento, sedentarismo, excesso de peso, entre várias outras. A hipertensão não controlada é fator de risco para outros males cardiovasculares, como infarto do miocárdio e AVC. Um dos problemas da hipertensão é que normalmente não causa sintomas: para identificá-la, é preciso medir a pressão arterial regularmente.

- Infarto agudo do miocárdio - O popular “ataque cardíaco” é uma ocorrência, não uma doença crônica. Acontece quando a passagem de sangue para o coração é interrompida, na maioria das vezes devido ao acúmulo de gordura nas artérias que levam ao órgão. Requer tratamento de urgência, que quando prestado nos primeiros minutos após o evento tem grande chance de evitar o óbito.

- Acidente vascular cerebral (AVC) - Ainda chamado popularmente de “derrame”, ocorre quando os vasos sanguíneos que fornecem sangue ao cérebro ficam obstruídos ou se rompem, resultando em falta de oxigenação do órgão. É uma das principais causas de óbito e incapacidade permanente no mundo todo. Requer tratamento de urgência, que quando prestado nos primeiros minutos após o evento tem grande chance de evitar morte e sequelas.

- Insuficiência cardíaca - Enfraquecimento do músculo cardíaco, que passa a ter dificuldade para bombear o sangue com a eficiência necessária para abastecer todo o organismo. É uma doença muito comum e bastante grave, mais comum em pessoas que possuem hipertensão arterial não controlada.

- Arritmia cardíaca - Alteração anormal dos batimentos cardíacos, que podem se tornar mais rápidos, mais lentos ou fora de um ritmo regular. Pode ser causada por doenças cardíacas congênitas, doença de Chagas, valvulopatias ou anemia, entre outros.

A prevenção de doenças cardiovasculares se baseia num receita quase universal de saúde: adoção de um estilo de vida mais... saudável, envolvendo melhora da qualidade da alimentação, prática regular de atividade física e busca do bem-estar emocional.

Até a conclusão desta matéria, a campanha Setembro Vermelho não dispunha de um site oficial para concentrar informações sobre o tema de forma mais completa e detalhada. Mas uma simples busca por esses termos, ou palavras diretamente relacionadas (como “doenças do coração” ou “cardiovasculares”, por exemplo), permite encontrar um grande número de resultados em sites de instituições médicas confiáveis - engajamento que mostra quanto essa causa é importante para o setor de saúde.

Se o leitor quiser se aprofundar no tema - inclusive para cuidar de seu próprio coração, e estimular outras pessoas a fazê-lo - não terá dificuldade de encontrar conteúdos relevantes. Sugerimos que os procure, leia e entenda. Além, é claro, de adotar as boas práticas de vida que eles sugerem. É para isso mesmo que existe a campanha: informação e conhecimento são o primeiro passo para a prevenção.

 

Fontes
www.hcor.com.br
www.hospitalsiriolibanes.org.br
www.ccr.med.br
www.portal.cardiol.br
www.tuasaude.com


Setembro Amarelo | Se precisar, peça ajuda!

Mês de Prevenção ao Suicídio - Uma campanha que salva vidas

Setembro Amarelo é uma campanha criada em 2015 pelo CVV - Centro de Valorização da Vida com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre esse problema complexo e traumático e reduzir o número de suicídios no país. Claro que o tema precisa ser discutido o ano todo, mas, como em muitas outras causas, eleger um mês específico para falar dele ajuda a dar ênfase na abordagem que acontece em diversos ambientes e envolve várias instituições.

No Brasil, 12,6% por 100 mil homens e 5,4% por 100 mil mulheres morrem devido ao suicídio. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, culturas, idades classes sociais. Atualmente, considera-se que apenas 38 países têm uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio.

Em nível global, segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde mais pessoas morrem anualmente em razão de suicídio do que por causa de doenças como malária e câncer de mama - ou até mesmo guerras e homicídios. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio figura como a 4ª causa de morte (depois de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal).

Muita gente desconhece que existe uma estreita relação entre doença mental e suicídio: praticamente todos que cometem o ato (98,6%) possuem algum transtorno ou doença mental, principalmente depressão. Nem todos que têm um quadro dessa natureza terão necessariamente comportamento suicida, mas sua presença é indicador estatístico de alto risco e motivo mais do que suficiente para permanecer ainda mais alerta.

Existem muitos mitos acerca do suicídio, alguns francamente contrários aos objetivos de uma campanha para evitá-lo. Dois exemplos são: a) achar que quem ameaça se matar não consumará o ato e quer apenas chamar atenção; b) concluir que quando uma pessoa sobrevive a uma tentativa de suicídio e apresenta melhora está fora de perigo. No 2º caso, é exatamente o oposto - pacientes que já tentaram suicídio antes têm de 5 a 6 vezes mais chances de tentar novamente e esse é considerado o maior fator de risco.

Existem muitas formas de ajudar a evitar que um suicídio aconteça. Um dos pontos em que se pode buscar apoio é o próprio CVV, uma organização filantrópica, sem fins lucrativos, cujo objetivo é oferecer apoio emocional a quem está sofrendo com pensamentos suicidas.

Para quem é próximo, como amigos e familiares, uma percepção aguçada de que o problema existe e a disposição de agir na hora certa podem ser decisivas. Entenda-se aqui, por “agir”, tanto a capacidade de conversar sem preconceito sobre o tema com a pessoa que está em risco, estimulá-la e ajudá-la a procurar especialistas em saúde mental assim que possível, como tomar providências emergenciais caso a tentativa aconteça.

No site oficial da campanha Setembro Amarelo e na cartilha especial que a SICCS está disponibilizando sobre o tema existem informações mais completas e detalhadas a respeito deste fenômeno presente ao longo de toda a história da humanidade, em praticamente todas as culturas conhecidas, mas que podemos, e precisamos, enfrentar hoje, aqui e agora, talvez para salvar a vida de uma pessoa querida.


O risco não se importa se você é novato

Supõe-se que todo novo empreendimento passará por uma fase de pequeno e médio porte, o que não é necessariamente verdade. Pode-se chamar de “novo” um empreendimento de grande porte que resulta, por exemplo, de fusões e aquisições ou de um vultoso investimento feito por empreendedores experientes. Nesses casos, é bem provável que “os envolvidos” já estejam familiarizados com os desafios e riscos de empreender, por sua experiência gerencial.

Mas e quem está começando, mesmo, agora? Quem não vem de um histórico de empreendedorismo bem-sucedido e está dando os primeiros passos nessa jornada? Aí, excluídas exceções um tanto raras, soa bem mais plausível que uma empresa bem-sucedida passe por diversas fases de crescimento, “encaixando-se” em vários “portes” ao longo do caminho. Vamos falar dessas - das microempresas em particular.

No Brasil, é considerada uma microempresa (ME) aquela que possui um faturamento anual de até R$ 360 mil e contrata até 9 pessoas (comércio e serviços) ou 19 pessoas (setor industrial). De acordo com números da CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas, apenas em 2022 foram abertas mais de 660.000 microempresas no país. Independente do segmento, abrir um novo negócio envolve certos desafios mais ou menos comuns, que resumimos abaixo:

- Planejamento financeiro - Planejar de modo consciente e eficiente as despesas e investimentos baseado na realidade da empresa e de seu faturamento.
- Gestão empresarial - Entender a situação da empresa antes e no momento de sua abertura, adotar as boas práticas, definir metas e criar um plano de ação.
- Logística - Ter uma estrutura bem organizada para o transporte e integridade de mercadorias e a entrega de serviços, com foco em otimizar os custos da operação.

Mas e os riscos que uma microempresa pode enfrentar? Desde o início das atividades (idealmente até bem antes), a identificação dos riscos inerentes ao negócio é fundamental para que se possa agir na prevenção. Existe até o conceito de risco calculado, que são os que os empreendedores assumem porque há uma boa chance de com isso obterem uma vantagem competitiva. Mas vejamos alguns riscos, também “clássicos”, que uma microempresa pode enfrentar:

- Falta de capital de giro - Sem falar no investimento para abrir a empresa, existem muitas etapas envolvidas no desenvolvimento e crescimento do negócio, que exigem um capital de giro adequado, para mantê-lo financeiramente saudável.
- Vulnerabilidade cibernética - Hoje qualquer empresa está sujeita a ataques virtuais, cada vez mais comuns e diversificados e em busca de vários tipos de dados, de informações pessoais até dados bancários.
- Responsabilidade civil - Todo empreendimento pode estar em risco antes, durante ou depois de fornecer seu serviço ou produto e existem leis que responsabilizam as empresas por danos causados a terceiros, o que pode até ameaçar a continuidade do negócio.
- “Dores do crescimento” - Ao fazer sucesso em seu mercado, uma microempresa pode ser “obrigada” a ampliar sua estrutura, tornando-se uma empresa de pequeno ou médio porte (PME), o que traz novos desafios na gestão do negócio.

Como se vê, o risco - aqui, com a licença poética do leitor, personificado como um agente relacionado às probabilidades de imprevistos desfavoráveis - não “se importa” se o empreendedor é iniciante ou experiente e gosta de visitar todos os negócios disponíveis para saciar seu apetite de más reviravoltas corporativas.

A “kryptonita” desse vilão descrito por nós de forma alegórica, mas que bem real, e muitas vezes cruel, é o seguro. Em qualquer tipo de empresa, em qualquer fase de sua existência, é importante ter consciência de que imprevistos podem ocorrer, e preparar-se. Contar com a proteção de diversos tipos de seguros é a melhor forma de minimizar eventuais prejuízos que um acidente/incidente pode causar ao patrimônio - da empresa e do empreendedor.

Muitas microempresas não dão a atenção necessária à gestão de riscos, nem possuem alguém responsável por isso. No caso de algum incidente durante a operação, o prejuízo pode ser muito maior se a empresa não contar com o tipo de seguro que ofereça cobertura para aquela situação. Portanto, gestores “novatos”, se quiserem chegar a ser experientes, têm de ver na contratação de seguros uma proteção para seu negócio e um auxílio indispensável na prevenção dos riscos.

Para cada uma das situações aqui abordadas, o mercado de seguros oferece soluções bem direcionadas: assessoria/consultoria em gestão de riscos, seguro patrimonial, seguro de riscos cibernéticos, seguros de responsabilidade civil etc. etc. etc.

Na SICCS, essas soluções são disponibilizadas por meio de parcerias bem consolidadas com as operadoras mais respeitadas do mercado e com um atendimento diferenciado que entende as necessidades e angústias do novo empreendedor - assim como respeita a grande coragem de enfrentá-los no cenário do Brasil.

Portanto, quem está iniciando (ou reiniciando) seu caminho no empreendedorismo, inclusive abrindo agora uma microempresa, não precisa entrar nessa jornada sozinho.|

Fontes
www.negocioseguroaig.com.br
www.contabilizei.com.br
www.revistaapolice.com.br


Saúde digital: de tendência a realidade

Sempre que surge no horizonte uma nova tecnologia - ou um novo uso de tecnologias já existentes - quase simultaneamente surgem “profecias” de que sua implementação e/ou disseminação vai deixar para trás uma espécie de terra arrasada, em que morrerão práticas e valores importantes para o ser humano.

Bem, talvez isso seja verdade para alguns momentos históricos e certas tecnologias muito específicas: caçar com uma lança cuja ponta é feita de pedra lascada, por exemplo, ou imprimir todo um jornal de dezenas de páginas com cada letra que levará a tinta ao papel moldada em chumbo fundido. Porém, o caminho mais frequente e provável não é o da aniquilação daquilo que se conhece, mas da convergência entre o que se faz hoje com o que se pretende fazer, melhor, amanhã.

Assim como a televisão não acabou com o rádio, e os serviços de streaming não acabaram com as salas de cinema (apesar do temor bastante pessimista de que isso um dia venha a acontecer), a medicina digital, em que dispositivos e aplicativos monitoram de perto e em tempo real a saúde das pessoas, não vai “aposentar” a atenção à saúde clássica, presencial, entre profissional e paciente. Pode, ao contrário, potencializá-la.

Grandes inovações no ecossistema de cuidados já estão mexendo com a vida de todos e melhorando as formas de prevenir, diagnosticar e tratar doenças. Com o tempo, ninguém vai ficar fora desse novo mundo em que inteligência artificial, computadores e sistemas conectados convivem com médicos, enfermeiros e outros profissionais da área.

Uma menção evidente, mas inevitável, porque fartamente fundamentada: a pandemia acelerou tendências que já se delineavam no setor de saúde, marcadamente a necessidade e possibilidade de aliar recursos tecnológicos a equipes multiprofissionais, com médicos e enfermeiros, entre outros.

Cada vez mais, torna-se realidade o conceito de jornada do paciente: em vez de exclusivamente consultas e exames pontuais, em geral diante de sintomas ou crises, a pessoa é acompanhada continuamente, com o apoio de plataformas digitais que reúnem seus dados e um time apto a atendê-la de forma virtual ou presencial, o que é decisivo para a medicina preventiva e preditiva.

O maior desafio é conectar os elos da cadeia de cuidados, o que é mais efetivo para o paciente e mais sustentável para o sistema. Nessa jornada integrada, prontuários eletrônicos agregam as informações e o histórico do paciente, permitindo personalizar o atendimento e evitar a redundância na prescrição de exames e/ou riscos de interações entre medicamentos.

A evolução envolve dois fatores indissociáveis: a escalabilidade tecnológica e a competência humana em saúde, que só profissionais qualificados podem oferecer. É preciso que haja a coordenação e a navegação do cuidado, que se complementam: a coordenação identifica as necessidades de cada um e indica os profissionais e recursos para atendê-las; a navegação é o percurso em si, com um profissional de saúde definindo o rumo junto ao paciente.

Novamente, o exemplo recente e avassalador: um estudo realizado no auge da pandemia mostrou que pacientes que receberam monitoramento tiveram quase 60% menos complicações com o quadro causado pela covid-19. Devidamente orientados, não precisavam sair de casa e ir ao pronto-socorro por qualquer sintoma.

Outro exemplo: uma pesquisa contemplando brasileiros com diabetes tipo 2 demonstrou que o gerenciamento remoto de saúde, realizado por equipe multidisciplinar com apoio de ferramentas tecnológicas, melhorou os resultados dos exames e diminuiu o risco cardiovascular dos pacientes.

A tecnologia não vai substituir médicos e outros profissionais de saúde, mas sem dúvida já faz, e fará cada vez mais, parte de sua rotina. Sem antagonismo, o treinamento desses especialistas em cuidar das pessoas deve acompanhar os avanços da área, permitindo que lidem com dados, protocolos e recursos tecnológicos constantemente atualizados - sem perder a dimensão humana do cuidado. O bom clínico do futuro estará capacitado a desenvolver empatia com o paciente apesar da distância.

A digitalização também deve permitir que as interações entre a equipe multidisciplinar de saúde e os pacientes gerem dados que podem ser transformados em informação útil para decidir investimentos e coordenar cuidados. E as informações de saúde de cada um, sensíveis por natureza e reunidas em grandes bancos de dados, podem perfeitamente permanecer sigilosas, impedindo qualquer exposição dos pacientes e uso indevido.

Existem eficientes esquemas de defesa para evitar isso, com os dados protegidos por uma ou várias camadas de criptografia e sob anonimato. A LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados dita que qualquer informação obtida em consultas e exames permaneça confidencial, inclusive quando tudo acontece em ambiente virtual.

Nos melhores casos, dos melhores cuidados, das equipes mais capacitadas, das instituições mais competitivas e alinhadas com o futuro da medicina, a jornada do paciente será híbrida: terão papéis fundamentais tanto a tecnologia como o ser humano, tanto o atendimento presencial como o acompanhamento digital.

No Brasil, já existem empresas pioneiras que atuam na disponibilização de recursos dessa nova realidade da saúde. Pacientes, profissionais e instituições que seguirem esse caminho multiplataforma têm múltiplos fatores favoráveis para construir, juntos, uma melhor jornada.

 

Fontes
www.gov.br
www.sindhosp.org.br
www.saude.abril.com.br
www.futurodasaude.com.br
www.revistavisaohospitalar.com.br
www.myoncare.com/pt


Saúde faz faltaS

Rankings são intrigantes: dependendo de quem os faz, apontam numa direção, em direções mais ou menos convergentes - ou em outra direção, totalmente oposta. Quando essa forma de hierarquizar informações envolve preferências (os 10 melhores filmes da história do cinema, por exemplo), é compreensível e até esperado que haja discrepâncias. Quando a base do levantamento supostamente são dados objetivos, a única conclusão possível entre resultados diferentes é que apenas um deles está certo.

Como lidar com rankings, então? Qual a melhor forma de entender dados diferentes sobre uma realidade supostamente objetiva, como principais motivos de afastamento do trabalho, nossa pauta de hoje? Para quem não está envolvido diretamente no levantamento, nem tem outro motivo para descredibilizar o ranking concorrente, talvez a melhor atitude seja direcionar o foco para o que os diversos rankings têm em comum. Aqui, parte-se do princípio de que todos eles acertaram em alguma coisa e que os pontos de convergência indicam maior probabilidade de veracidade.

Vamos pegar 2 exemplos. Segundo a consultoria B2P, especializada nesse tipo de levantamento, as 10 principais causas de afastamento no trabalho em 2022 foram, em ordem decrescente de nº de ocorrências:
- Lesões - Desde traumatismos até luxações, distensões e fraturas, permitindo deduzir alguma superposição com o próximo item.
- Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo - Artrites, artroses, osteopatias etc., frequentemente adquiridas no trabalho.
- Transtornos mentais e comportamentais - problemas como depressão, ansiedade, síndrome de burnout, entre outros.
- Contato com serviços de saúde - Exames médicos de rotina, consultas, cuidados pós-cirúrgicos, acompanhar alguém doente etc.
- Doenças do aparelho digestivo - Gastrites, úlceras, apendicite etc.
- Gravidez - Cuidados na fase pré-natal, gravidez de risco, parto etc.
- Doenças do aparelho circulatório - Hipertensão, infartos, miocardites e outras doenças desse tipo incluídas no CID.
- Doenças do sistema nervoso - Enxaqueca, epilepsia, meningite, esclerose múltipla, mal de Alzheimer, doença de Parkinson etc.
- Doenças do aparelho geniturinário - Cólicas menstruais, problemas nas mamas, males relativos à próstata e outros órgãos do trato urinário.
- Doenças do sangue - Diferentes tipos de anemia, problemas de coagulação, imunodeficiências etc.

Já o artigo de uma empresa especializada em produtos ergonômicos, baseado em dados de um anuário do Dieese sobre emprego e renda, aponta como 3 principais causas:
- Dor nas costas - Seria a campeã em afastamentos do trabalho no Brasil, mas mencionada de forma genérica pode se superpor ao item 2.
- LER/DORT - Lesões por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho também estariam entre as principais causas (parece difícil não encaixar “dor nas costas” nessa categoria).
- Depressão - Apontada como uma das doenças mais frequentes na população e com muitos casos que surgem exatamente no trabalho.

Como se vê, o 2º ranking parece dar significativamente mais peso a questões causadas por inadequações ergonômicas, e mesmo o 1º não diferencia muito nitidamente “lesões”, que podem ser causadas por (ou sintomas de) “transtornos osteomusculares”. Porém, há certa equivalência. Mas onde os rankings convergem mais claramente? No 3º item, principalmente na menção a depressão.

Quase qualquer busca de informações sobre doenças capazes de fazer as pessoas faltarem ao trabalho, quando realizadas levando em conta os dados citados por uma instituição dedicada a uma área específica (sociedades de dermatologia, cardiologia, oftalmologia e assim por diante), divergirá, ao menos em parte, de rankings mais abrangentes.

É compreensível, mas nem sempre confiável. O gestor que tem sob sua responsabilidade a saúde dos colaboradores - e/ou o gerenciamento do benefício de um plano de saúde corporativo - sempre precisará “filtrar” esses diversos rankings, levando em conta a metodologia utilizada, a confiabilidade da fonte, o “bom senso” e, principalmente, as necessidades e particularidades de seu negócio e do respectivo ambiente de trabalho.

Parece inquestionável que as questões envolvendo as lesões/dores relacionadas à prática laboral, e a depressão, ocupem lugar de destaque no absenteísmo. É uma providência com custo-benefício positivo praticamente certo direcionar, com certa prioridade, esforços, recursos e inteligência empresarial para preveni-los e atenuá-los. Além, claro, do aspecto humano envolvido.

O afastamento por motivo de saúde não é fácil para nenhuma das partes. Por isso, é importante cuidar. Durante o dia a dia de trabalho, os gestores precisam estar atentos ao que fazem os colaboradores, desde a eficiência em suas tarefas até o comportamento durante o expediente.

Boas práticas de gestão, líderes bem treinados e adesão a programas de saúde física e mental são as melhores ferramentas de que a empresas dispõem para manter os integrantes de suas equipes saudáveis e engajados com o trabalho. Soluções SICCS como Plano de Saúde Empresarial/Corporativo e Gestão de Benefícios ajudam nessa jornada.

Nós entendemos que, quando a saúde faz falta, as faltas se multiplicam.

 

Fontes
www.wellbe.co
www.pro-labore.com
www.exame.com/carreira
www.conexasaude.com.br
www.telavita.com.br