Por mais acesso ao tratamento do diabetes com a cirurgia metabólica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente mais de 13 milhões de pessoas vivendo no país com a doença, um número que tende a aumentar. No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis, caso da obesidade e do próprio diabetes, são responsáveis por mais de 70% das mortes, principalmente por causas cardiovasculares, como infartos e derrames. Inquestionavelmente, as pandemias deste século são a obesidade e o diabetes.

O controle do diabetes em nosso país é preocupante. Estima-se que 75% dos pacientes não conseguem obter o controle adequado da glicemia. Isso mesmo com o aparecimento de novos remédios. O diabetes, assim como a obesidade, é uma doença crônica e progressiva e, em um bom número de pacientes, os medicamentos têm seus limites de eficácia. Outro dado importante é que, em doenças marcadas pela utilização de drogas orais ou injetáveis de uso contínuo, eventualmente várias vezes ao dia, a adesão ao tratamento vai progressivamente diminuindo.

Recentemente, a pandemia de Covid-19 chamou ainda mais nossa atenção para os casos de obesidade e diabetes, pois foram aqueles com o maior risco de evoluir para as formas graves da infecção e morte pelo coronavírus. Em suma, ficou mais evidente do que nunca que precisamos tratar essas doenças com rigor.

Diversas pesquisas demonstraram que cirurgias no aparelho digestivo têm efeitos importantes sobre o controle do diabetes. Essas operações são chamadas de cirurgias metabólicas. Além do impacto na glicemia, estudos apontam que o procedimento melhora o controle da doença renal decorrente do diabetes e reduz a mortalidade por problemas do coração. Tudo isso com menos medicações e muita segurança.

A cirurgia metabólica já é coberta por planos de saúde para algumas indicações, de forma que já existe uma estrutura de atendimento que beneficiaria esses pacientes com obesidade e diabetes tipo 2. Por essas razões, foi recomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2017.

Cerca de 47 milhões de brasileiros são beneficiários de planos de assistência médica em todo o país. E a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define uma lista mínima de procedimentos que os convênios devem obrigatoriamente oferecer aos consumidores. É nesse contexto que se propôs a incorporação da cirurgia metabólica para pacientes com obesidade leve e diabetes não controlado.

O parecer preliminar da ANS foi negativo, mas existe a chance de reverter a recomendação e sensibilizar o órgão sobre o papel e a relevância do procedimento. Uma das etapas mais significativas para essa tomada de decisão se dá por meio da opinião da população, o que é feito através de uma consulta pública em andamento.

Garantir acesso ao melhor tratamento é fundamental para todo cidadão. A cirurgia metabólica é a última alternativa para pacientes com diabetes tipo 2 fora de controle antes de desfechos como amputações, cegueira, diálise, infarto, derrame e mesmo morte.

Fonte: Veja Saúde.


Brasileiro consome muito sal, mas não tem consciência da quantidade excessiva.

Você tem ideia da quantidade de sal que consome diariamente? Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE), o consumo de sal do brasileiro excede em quase duas vezes o limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é cinco gramas por dia. A média nacional é de 9,3 gramas. Apesar disso, apenas 12% dos brasileiros adultos tem a consciência da alta ingestão de sal na alimentação diária.

A falta de consciência é um perigo para a saúde ! O consumo excessivo do sal está relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras. Doenças silenciosas que podem matar de forma precoce.

O sal é o principal fator de risco dietético que existe no mundo, incluindo Brasil. Ele tem uma associação direta com doenças cardiovasculares mediadas por hipertensão. E a prevenção para  estes problemas, é reduzir o consumo de sal, seja na adição de alimentos no momento do preparo, mas também aqueles escondidos nos alimentos processados e ultraprocessados.

A hipertensão obriga o coração a exercer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A doença é um dos principais fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. No Brasil, ela é diagnosticada em cerca de 33 milhões de brasileiros. Destes, 80% são atendidos na rede pública de saúde.

O sal é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e isso representa muito custo para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para sociedade, porque pessoas adoecem e morrem prematuramente.

Grande parte do sal consumido pelos brasileiros vem da adição do sal de cozinha aos alimentos, no preparo e no consumo. Além disso muitos alimentos industrializados possuem quantidades mais altas de sódio (componente do sal relacionado ao risco de hipertensão). Itens como temperos prontos, presuntos, mortadelas, salame, macarrão instantâneo salgadinhos de pacote colaboram para o aumento da ingestão do mineral.

Quando há uma redução do sal a pessoa nem percebe, por isso, uma das soluções é diminuir aos poucos e em toda família.

Os problemas das doenças crônicas relacionadas ao consumo excessivo de sal vêm da infância, por isso é muito importante ter atenção a isso, porque é ingrediente importante, mas tem que ser usado com muita moderação.

Reduzir a quantidade de sódio consumida diariamente pela população brasileira é a meta do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos e melhorará a saúde de toda a população brasileira, de crianças a idosos, hipertensos e não hipertensos.

Substituir o sal por temperos frescos

Os temperos frescos podem ser utilizados em diversas preparações culinárias agregando sabor e aroma a receitas. Uma das dicas do Guia Alimentar para a População Brasileira para reduzir a quantidade de óleo e sal no preparo do feijão, por exemplo, é evitar o uso de carnes salgadas no cozimento e optar por quantidades generosas de cebola, alho, louro, salsinha, cebolinha, pimenta, coentro e outros temperos naturais, bem como outros alimentos, como cenoura e vagem, que acrescentam sabor, aroma e mais nutrientes à preparação.

Ervas frescas ou secas, assim como pimenta, gergelim e outros, agregam sabor às preparações e também ajudam na redução do uso do sal. Em saladas, o uso do limão reduz a necessidade de adição de sal e óleo. Outras combinações podem ser feitas, como o louro em sopas, alecrim em carnes, salsa na macarronada, manjericão no molho de tomate e tomilho na batata.

Fique atendo ao uso de sal, cuide da sua saúde.

Fonte: Ministério da Saúde.


Saúde Bucal: Cuidado com os dentes é fundamental.

A boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde de todo o organismo. Além de exercer papel fundamental na fala, mastigação e respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde.

Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários. É importante ressaltar que as doenças bucais podem apresentar doenças da boca têm relação direta com o fumo, o consumo de álcool e a má alimentação. Estudos científicos também comprovam que a saúde bucal tem íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas do corpo. As más condições de higiene bucal podem causar doenças bucais, que, por sua vez, podem levar a enfermidades (ou agravá-las), principalmente doenças cardiovasculares e diabetes.

Para ter um sorriso bonito e saudável, é preciso escovar os dentes todos os dias, após cada refeição e principalmente também uma última vez antes de dormir, utilizando uma escova de dente de tamanho adequado, com cerdas macias e creme dental com flúor. A complementação da escovação pode ser feita passando o fio dental entre todos os dentes.

Manter uma alimentação saudável, controlando a frequência da ingestão de alimentos doces, principalmente entre as refeições também colabora com a saúde bucal.

Quem usa aparelho ortodôntico, deve se preocupar mais com a limpeza dos dentes, gengiva e o uso do flúor, pois o aparelho retém muito restos de alimentos o que pode colaborar para o desenvolvimento de gengivite e lesões de cárie dentária.

Saiba um pouco mais sobre os problemas mais comuns na boca:

 Cárie: desintegração do dente provocada pela higiene inadequada, ingestão de doces e carboidratos ou, ainda, por complicações de outras doenças que diminuem a quantidade de saliva na boca. (Ex.: pessoas em tratamento quimioterápico ou radioterápico para o câncer).
– Mau hálito: tem várias causas, dentre elas: higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental); gengivite; ingestão de certos alimentos como, alho ou cebola; tabaco e produtos alcoólicos; boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono); doenças sistêmicas como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.
– Gengivite: inflamação da gengiva provocada pela placa bacteriana, que se desenvolve decorrente de uma má higienização.
– Placa bacteriana: é o conjunto de bactérias que coloniza a cavidade bucal. A placa bacteriana fixa-se principalmente nas regiões de difícil limpeza, como a região entre a gengiva e os dentes ou a superfície dos dentes de trás, provocando cáries e formação de tártaro.
– Tártaro: é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes e está intimamente ligado ao desenvolvimento e agravamento de doenças periodontais.

 

Cuidados bucais

Além da escovação e do uso do fio-dental diariamente, sempre após o término das refeições, a recomendação do Ministério da Saúde, é a visita regular ao dentista. Nicole Aimée defende que seja realizado uma avaliação diagnóstica rigorosa, e que profissionais desenvolvam ações de prevenção e promoção da saúde bucal com a população, orienta-se que a primeira consulta odontológica ocorra antes mesmo de nascer o primeiro dente no bebê, colaborando para uma acompanhamento seguindo por toda a vida. “Desde a primeira infância é importante fazer o trabalho de prevenção a doenças, especialmente contra a doença cárie. É importante também o dentista orientar sobre escovação com pasta de dente com flúor e a introdução de alimentos saudáveis, sem açúcar artificial, como balinhas, pirulitos, chicletes, sucos artificiais e refrigerantes. E depois na adolescência e fase adulta, continuar com orientações de como fazer a higienização adequada, quando há maior chance de ter doenças gengivais e periodontais”.

Geralmente as pessoas procuram o profissional de saúde quando já estão sentindo alguma dor, mas ir ao dentista antes para uma avaliação e higienização dos dentes, por exemplo, evita o aparecimento de doenças. “Quando há ferimentos na boca que não cicatrizam é preciso procurar o dentista para analisar se pode ser um caso de câncer de boca, especialmente quando a pessoa fuma e/ou ingere bebidas alcóolicas, teve sexo oral desprotegido, que tem risco para a infecção pelo HPV, e/ou expõe-se excessivamente ao sol sem proteção adequada”, atenta a consultora.

Outro problema frequente é a halitose ou mau hálito, como é comumente chamado. Pode ter várias causas, como má higienização oral, problemas gástricos entre outros. É essencial que a pessoa busque um profissional para conhecer a origem desse agravo. Enxaguantes bucais podem ser comumente utilizados para mascarar o odor, entretanto, essa medida normalmente não trata a causa, sendo somente uma ação paliativa.

Ressalta-se que o uso do enxaguante bucal, não deve ser feito sem orientação e conhecimento do seu dentista, já que nem sempre o produto pode resultar só em benefícios, além de muitas vezes dar a falsa sensação de limpeza, promovida pela sensação de refrescância. É importante lembrar que o correto uso da escova, pasta fluoretada e fio dental já são responsáveis por evitar alguns agravos bucais, sendo assim, os exaguantes são produtos suplementares e não necessariamente obrigatórios.

Fonte: Ministério da Saúde.


Cor e Estado dos Olhos Podem indicar Problemas de Saúde.

As cores dos olhos resultam da expressão de vários genes, portanto, segundo oftalmologistas, podem indicar predisposição genética de doenças. Além disso, os sintomas que os olhos podem apresentar podem ser indicativos de alguma condição do corpo. Ainda que não seja consenso, estudos apontam que pessoas de olhos e pele claros têm maior predisposição para algumas doenças, como a DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade) e alguns tumores oculares, como melanoma uveal. Eles também são mais sensíveis à luz e sentem mais incômodo.

Os olhos castanhos podem ter várias alterações como heterocromia (um olho de cada cor), e manifestações congênitas ou hereditárias relacionadas a síndromes raras. O risco das cores da íris mais escuras está em desenvolver catarata e glaucoma de ângulo aberto.

Manchas azuis

A esclera (parte branca do olho) e a córnea são formadas em grande parte por colágeno, que podem ficar azuladas depois de lesões, inflamações ou cirurgias, por terem cicatrizado de forma alterada.

O nome médico é nevus de ota, que é uma proliferação melanocítica, ou seja, excesso de células produtoras de melanina que existem várias partes do corpo. Mas essas manchas azuis também pode indicar a presença de algumas síndromes como:

  • Síndrome da osteogênese imperfeita (conhecida como ossos de vidro e tem a ver com a produção de colágeno, que em pouca quantidade causa fragilidade óssea);
  • Síndrome de Ehlers-Danlos (também relacionada com a síntese do colágeno);
  • Síndrome de Marfan (que prejudica o tecido conjuntivo, responsável pela sustentação e elasticidade do corpo);
  • Síndrome de Horner congênita (condição na qual o olho acometido é mais claro, tem pupila menor e discreta queda da pálpebra);
  • Síndrome de Waardenburg (condição hereditária rara que pode causar surdez e mudanças na coloração do cabelo, da pele e dos olhos).

Olhos Vermelhos

Existem diversas doenças que apresentam olhos vermelhos como um dos seus sintomas. As causas vão desde condições oftalmológicas mais simples, como alterações do filme lacrimal e alergias, ressecamento, conjuntivite, até infecções, uveítes, glaucoma, tumores.

Também podem indicar insuficiência renal, insuficiência hepática, levar a fragilidade dos vasos e alteração da coagulação, ocasionando pequenas hemorragias, que se apresentam como manchas vermelhas na superfície do olho.

Em algumas situações, podem ser um sinal do mau controle de problemas sistêmicos, como hipertensão arterial ou diabetes. Ou ainda podem ser decorrentes de degenerações ou cicatrizações da superfície ocular como o pterígio, que é benigno, ou lesões malignas como as neoplasias, sendo as mais graves os carcinomas, que são semelhantes a alguns cânceres de pele.

Olhos Amarelados

Olhos e pele amarelados sugerem a presença de icterícia, condição na qual os níveis de bilirrubina no sangue estão aumentados. Entre as causas para esse aumento estão doenças do fígado e das vias biliares, reações adversas a medicamentos, infecções, anemias hemolíticas e até condições benignas como a Síndrome de Gilbert (quando o fígado não processa adequadamente a bilirrubina).

Ainda há pessoas que possuem uma maior pigmentação natural (melanina) que pode estar presente nos olhos e na pele, o que confere um tom levemente amarelado ou marrom. Nesses casos, a coloração é normal e não está associada ao aumento de bilirrubina no sangue.

Pintinhas nos Olhos

Pintas ou lesões hiperpigmentadas (escuras ou marrons) na superfície do olho e da borda palpebral são muito comuns. Os nevus (pinta comum) e as melanoses raciais (acúmulo de melanina) são observadas já nas duas primeiras décadas de vida.

Mas assim como no restante do corpo, a presença de pintinhas nas pálpebras, conjuntiva, íris e no fundo do olho podem indicar tumores malignos e, em alguns casos, ainda sugerir a presença de doenças sistêmicas, como a neurofibromatose (conjunto de doenças genéticas que afetam as células auxiliares do sistema nervoso)

Manchas Brancas

Manchas brancas na córnea, ou leucomas, acontecem em situações em que os mecanismos naturais que mantêm a córnea íntegra e transparente são prejudicados. Podem ter origem em inflamações, infecções, traumas, deformidades, distrofias genéticas, queimaduras e edema (inchaço). O uso incorreto e sem acompanhamento oftalmológico de lentes de contato é uma causa importante de infecções e traumas na córnea, por exemplo.

Nas úlceras infecciosas (uma ferida aberta na córnea), relativamente frequentes nesses usuários, a mancha branca em geral está associada a dor, secreção, olho vermelho e embaçamento visual. Já em portadores de ceratocone (inflamação na córnea) podem ocorrer lesões em camadas mais profundas da região, que levam à piora visual e lesão esbranquiçada por edema, geralmente indolor.

De forma menos frequente existem opacidades de córnea congênitas, como a anomalia de Peters (opacidade da córnea, que ocorre pela má formação do olho). Mas toda lesão de córnea necessita de exame, porém traumas, queimaduras e infecções requerem avaliação mais urgente para que evite-se piora do quadro e uma sequela ainda maior.

Anel Branco

A presença de um anel esbranquiçado na periferia da córnea (que dá a ilusão de que a íris está ficando mais clara) é chamado de “arco senil” e é uma condição normal do envelhecimento, comum após os 60 anos, e não afeta a visão.

É um achado comum que afeta, em intensidades diferentes, de 20 a 35% da população. Nada mais é do que um depósito de gorduras na periferia da córnea. O arco em si não causa alterações visuais e acaba sendo assintomático.

Eventualmente, quando ocorre em indivíduos mais jovens, principalmente abaixo dos 50 anos, pode estar associado a desordens do metabolismo de gorduras, a aumentos nos níveis de colesterol e triglicérides, aterosclerose e alcoolismo.

Vasos sanguíneos (linhas vermelhas)

Alterações nos vasos da retina podem indicar que outros vasos do organismo também estão alterados e serem sinal de hipertensão arterial sistêmica ou diabetes descontrolados.

Mas há uma infinidade de doenças que podem causar alterações vasculares na retina, como alguns tipos de cânceres, como leucemias, outras doenças cardíacas, renais e AVC (acidente vascular cerebral), por exemplo. Raramente são exclusivas dos olhos ou congênitas, por isso é importante procurar um especialista para realizar a avaliação.

Pupila dilatada

No centro da íris existe um orifício por onde passa a luz, a pupila. Se nosso olho fosse comparado a uma máquina fotográfica, a pupila seria o diafragma da máquina, que se abre e fecha para ajustar o foco e exposição à luz. Na íris existem músculos que regulam a abertura e fechamento da pupila, e são regulados pelos complexos nervos dos sistemas simpático e parassimpático. É um ajuste muito fino. Quando as duas pupilas estão em tamanhos diferentes, chamamos de anisocoria.

A presença dessa condição pode ser normal, mas também ter causas oculares, farmacológicas ou neurológicas. De forma mais direta, traumas, inflamações oculares, infecções e sequelas de cirurgias oculares podem causar uma atrofia direta na íris, lesando os músculos, e deixando a pupila mais aberta permanentemente, como o caso de David Bowie. Pode também ser resultado de crises de enxaqueca ou efeitos colaterais de medicações analgésicas, mas geralmente é passageiro.

Se ocorre abruptamente, é recomendada a avaliação em pronto-atendimento por um neurologista, pois pode ser um sinal de alerta de doenças graves, tais como sangramentos cerebrais, aneurismas, AVC ou tumores. Nesses casos, é comum também a visão dupla e desalinhamento dos olhos.

Olhos caídos

Olhos caídos podem ser uma condição presente desde a infância, como em casos de ptose congênita (má formação da pálpebra), miastenia (falha de comunicação entre os nervos e os músculos.), ou ainda estar associada a doenças orbitárias ou neurológicas, como a Síndrome de Horner (interrupção do trajeto dos nervos de um lado do cérebro até o rosto e os olhos.

No entanto, os olhos caídos estão mais comumente associados ao envelhecimento natural, que leva à frouxidão dos ligamentos na região palpebral bilateralmente —o que pode ser corrigido com intervenções cirúrgicas. Daí também a importância da avaliação médica para verificar se há necessidade da investigação de doenças associadas.

Pode ainda ser uma ptose “falsa”, e ser gerada por fatores de confusão, como estrabismos, espasmos musculares, pálpebra anatomicamente diferente, excesso de pele palpebral, ou a pálpebra do outro olho estar anormalmente levantada, deixando a impressão que a outra está caída.

Olhos saltados.

O nome mais técnico para os olhos saltados é exoftalmia ou proptose. Algumas pessoas têm o olho um pouco maior ou as pálpebras levemente mais abertas, dando a impressão de olhos mais proeminentes. Na dúvida consulte um médico oftalmologista.

A causa mais comum dos olhos saltados é a Orbitopatia de Graves, uma doença autoimune associada a distúrbios da tireoide, que causa alterações na gordura e até nos músculos de ambos os olhos. No caso de apenas um olho saltado (proptose unilateral), pode ser um tumor ou doença vascular. Se esse aumento unilateral acontecer de forma rápida, associado a outros fatores como dor, perda de visão e paralisia ocular, o paciente deve ser avaliado em caráter de urgência, pois pode ser necessário tratamento cirúrgico rápido.

Olhos secos

Olho seco é uma condição multifatorial muito frequente na população, na qual a lágrima é deficiente ou apresenta evaporação excessiva. Está associada a fatores como envelhecimento, alterações hormonais, poluição, alergias, inflamações, lesões e cirurgias oculares prévias. Em casos mais graves, deve-se pesquisar também doenças reumatológicas associadas.

Pode ser ainda efeito colateral de uso de medicações, como antidepressivos e medicações para acne, ou ainda do uso de lente de contato. Na maioria dos casos, cuidados simples como lubrificação e higiene da borda palpebral, assim como mudanças de estilo de vida, já trazem grande alívio dos sintomas. Medicações e tratamentos mais específicos serão usados nos casos mais graves, e resistentes a tratamento simples.

Pálpebra inchada

Entre as causas mais comuns de inchaço na região palpebral estão infecções localizadas —como no caso do hordéolo (terçol), tratado facilmente com antibiótico tópico, ou ainda reações alérgicas. A alergia mais frequentemente é bilateral, há prurido, sem dor, e a melhora é rápida após correta medicação. O hordéolo mais frequentemente é apenas em uma porção da pálpebra, há dor local, e melhora mais lenta, podendo ser necessário procedimento cirúrgico em casos mais extremos.

Além dessas duas patologias, quaisquer doenças que causem uma inflamação e retenção de líquidos nos tecidos palpebrais, causará o inchaço. Se ocorre uma infecção mais extensa na pele da pálpebra, define-se como celulite, que deve ser tratada o quanto antes com antibióticos e acompanhamento médico, pois seu avanço pode levar a risco de vida. Infecção na pele das pálpebras e no globo ocular pelos vírus herpes simples ou herpes zoster também pode ocorrer, causando edema, dor e muitas vezes inflamação ocular associada.

Situações de trauma na face também podem ser responsáveis por edema na região. Alguns tipos de doenças renais e doenças cardíacas também e casos mais extremos de doença da Orbitopatia de Graves. Entretanto, devem ser diagnosticados por um médico especialista. Se o indivíduo apresentar inchaço em ambos os olhos, associado a falta de ar, trata-se de uma situação de emergência.

Visão embaçada

Visão embaçada é um dos maiores sinais de alerta oftalmológico e deve ser prontamente avaliada por um profissional. Pode significar desde uma simples alteração do grau dos óculos até doenças neurológicas ou de retina, podendo estar também associada a níveis altos de glicemia no sangue em pacientes diabéticos, devido ao acúmulo de líquido no cristalino. Podem levar a hemorragias, descolamento da retina e glaucomas. Mas apenas uma consulta oftalmológica completa poderá determinar a causa do embaçamento.

Pontos flutuantes

A visão de pontos flutuantes (ou moscas volantes) está associada à presença de opacidades no humor vítreo, substância que preenche a maior parte do globo ocular, principalmente a parte posterior (entre o cristalino e a retina). É composto de água e colágeno e quando ele encolhe, pode se soltar da rotina e o seu movimento causa a percepção dessas manchas, que podem parecer fios de cabelo ou teias de aranha. Pode estar relacionada com o envelhecimento, mas também por fatores como miopia, traumas, inflamações ou hemorragias.

Apesar de frequentemente ser uma condição benigna, pode ser um fator de risco para a presença de roturas retinianas, que são lesões que podem levar ao descolamento de retina, porque podem causar hemorragias. Portanto, em caso de visão de pontos flutuantes intensos, com flashes de luzes, sombras, deve-se procurar um profissional para exame da retina.

Quando procurar um médico

Percebendo algum dos sintomas apontados, é necessário procurar um oftalmologista para verificar a situação e indicar um tratamento ou mesmo a busca de outro especialista. As situações emergenciais como alterações neurológicas súbitas, choque anafilático ou proptose dolorosa com paralisia ocular exigem que o paciente procure um pronto-atendimento. É recomendado realizar consultas periódicas com um oftalmologista anualmente, mesmo sem notar alterações.

Fontes: Aline Couto Carneiro, oftalmologista da rede Dr. Consulta; Omar Assae, oftalmologista do Hospital CEMA (SP); Tiago Rodrigues Batista, oftalmologista do Hospital 9 de Julho (SP; e Thaís Vera Monteiro, oftalmologista da clínica HCLOE Oftalmologia Especializada (SP)

 


Seguro de Proteção de Dados e Responsabilidade Cibernética - Nova Lei Geral de Proteção de Dados.

Após quase uma década de concepção e disputas em Brasília, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) começou a vigorar nesta última sexta-feira (18). Inspirada na legislação europeia, ela regulamenta o tratamento de dados pessoais por parte de empresas públicas e privadas. Com isso, qualquer empresa que incluir em sua base informações de seus clientes, por mais básicas que sejam —como nome e email—, deve seguir os procedimentos da nova lei que passou a vigorar  em setembro, mas de forma retroativa a agosto.

Quem fica sujeito à lei? Todas as atividades realizadas ou pessoas que estão no Brasil. A norma vale para coletas operadas em outro país, desde que estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a brasileiros, ou que tenham sido realizada no país. Mas há exceções. É o caso da obtenção de informações pelo Estado para segurança pública, defesa nacional e investigação e repressão de infrações penais. Essa temática deverá ser objeto de uma legislação específica. A lei também não se aplica a coletas para fins exclusivamente particulares e não econômicos, jornalísticos, artísticos e acadêmicos.

A LGPD lista um conjunto de sanções para o caso de pessoas e empresas violarem as regras previstas, entre as quais destacam-se advertência, com possibilidade de medidas corretivas; multa de até 2% do faturamento com limite de até R$ 50 milhões; bloqueio ou eliminação dos dados pessoais relacionados à irregularidade, suspensão parcial do funcionamento do banco de dados e proibição parcial ou total da atividade de tratamento. A fiscalização da lei e aplicação das punições às infrações ficará a cargo do Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão criado com vinculação à Presidência da República.

Além da necessidade de adequação das empresas quanto a LGPD, o mercado de seguros brasileiro disponibiliza o Seguro de Proteção de Dados e Responsabilidade Cibernética. Para as pessoas que estão em território nacional, é uma importante garantia de proteção, que em caso descumprimento da LGPD, as empresas estão sujeitas a diversas penalidades, como multas de até 2% do faturamento (limitadas a R$ 50.000.000,00 por infração).

Entre as obrigações, estão a exigência de respostas aos incidentes, com a notificação das pessoas que tiveram seus dados vazados, e o pronto restabelecimento do sistema e dos serviços invadidos. Isso significa que, na ocorrência de um ataque cibernético, a empresa deverá acionar uma série de prestadores de serviços para ajudá-la a identificar a fonte do ataque, a restabelecer o sistema e a recuperar os dados perdidos.

A SICCS lhe ajuda a definir cenários de perda, analisar gaps de cobertura e desenhar o melhor programa para sua necessidade, garantindo transferência de risco e suporte contínuo.


Setembro amarelo – Prevenção ao suicídio.

O setembro amarelo foi criado pelo CVV como uma forma de conscientizar e evitar que o número de suicídios no país continue crescendo. Essa matéria Setembro amarelo – O que é o mês mundial de prevenção ao suicídio foi criada pelo site Segredos do Mundo.

Setembro amarelo é conhecido mundialmente como o mês de prevenção ao suicídio. Essa campanha foi criada no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida em 2015.

A cor amarela representa a valorização da vida. Portanto, mesmo que o assunto deva ser discutido durante todo o ano, é em setembro que o tema é reforçado e trabalhado por diversas instituições.

No Brasil, o suicídio ocupa o quarto lugar no ranking de causas de mortes mais comuns entre os jovens. Além disso, a cada 40 segundos uma pessoa se mata em algum lugar do mundo.

Por fim, segundo a OMS, o suicídio é a segunda causa mais comum de morte em pessoas com idade de 15 a 29 anos. Só no Brasil, 32 pessoas morrem por dia tirando a própria vida.

Infelizmente, o assunto aqui ainda é tratado como um tabu. Aliás, muitos são os que evitam falar sobre o tema com medo de instigar a ideia nos outros. Contudo, um diálogo sobre o suicídio é necessário.

A necessidade do setembro amarelo

Você sabia que o auxílio psicológico poderia ser o suficiente para evitar 90% dos casos de suicídio? A maioria desses casos acaba sendo causado em decorrência de doenças mentais que não são tratadas. Entretanto, não são tratadas porque as pessoas nem sequer sabem que precisam de ajuda.

É por isso que o setembro amarelo foi criado. A proposta é trabalhar com o diálogo no intuito de prevenir essas mortes precoces. Surpreendentemente, 60% das pessoas que suicidaram não chegaram a procurar ajuda. Consegue imaginar alguém que quebrou o braço não procurar ajuda?

Entretanto, como assunto não é falado, ele não é conhecido. Por exemplo 17% dos brasileiros já considerou de forma real o suicídio. Além disso, destes, 4,8% chegaram a trabalhar em uma forma disso acontecer. Imagine como o número de perdas seria menor se todos falassem abertamente sobre isso.

Sedentarismo, como identificar ? Causas e possíveis consequências.Por que setembro amarelo?

O casal Dale Emme e Darlene Emme foram os responsáveis por dar o pontapé inicial a campanha de prevenção ao suicídio. Mike Emme, filho do casal, se matou com 17 anos em 1994. O jovem era reconhecido por ser muito caridoso e hábil em mecânica. Aliás, ele até restaurou um Mustang 68 e o pintou de amarelo.

Como o jovem era apaixonado no carro, passou a ser chamado de Mustang Mike. Entretanto, ninguém conseguiu reconhecer os sinais que Mike dava de que queria acabar com a própria vida. Posteriormente, em seu funeral, uma cesta com cartões e fitas amarelas estava ao alcance de todos que quisessem pegar um cartão.

A ideia veio dos amigos de Mike. Os 500 cartões com fitas amarelas tinham um recado para quem pegasse: se você precisar, peça ajuda. Os cartões chegaram a todos os cantos dos Estados Unidos e, surpreendentemente, os pedidos de ajuda começaram a surgir.

Por fim, a fita amarela acabou se tornando símbolo do programa que ajuda aqueles que querem tentar suicídio a buscar ajuda. Em seguida, em 2003, a OMS declarou que dia 10 de setembro seria o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. E a cor do carro de Mike tornou-se a escolhida para representar o movimento.

O medo sobre o assunto

Mesmo com o setembro amarelo, as pessoas têm medo de falar sobre suicídio e acabar induzindo pessoas a seguirem esse caminho. Esse evento é conhecido como Efeito Werther. Ele ganhou esse nome por causa do livro Os Sofrimentos do Jovem Werther, publicado em 1774.

Na história, que tem um tom depressivo, Werther acaba suicidando no final. Entretanto, no período, o livro foi considerado a causa de uma onda de suicídios entre os jovens europeus. Posteriormente o Efeito Werther foi comprovado de forma científica, conhecido como suicídio por imitação.

Além disso, em 1962, com a morte de Marilyn Monroe e em 1994, com a morte de Kurt Cobain, os suicídios americanos também tiveram um grande aumento. Por fim, é por esse motivo que a OMS aconselha a mídia a não expor formas e processos de suicídio, para evitar o incentivo.

Todavia, é importante ressaltar que nenhum dos eventos causaram as mortes. Quem buscou o suicídio após ser exposto a essas notícias já tinham tendências antes mesmo de saberem sobre as mortes. Por exemplo, pessoas com depressão e esquizofrenia não tratadas são vulneráveis demais ao Efeito Werther.

Portanto, conversar sobre o assunto é importante para que seja possível diminuir o número de pessoas que são vulneráveis ao suicídio. Ou seja, para evitá-lo, é necessário falar sobre ele. Demonstrar que as pessoas não estão sozinhas é o primeiro passo para tratar as doenças.

Onde buscar apoio

Além de psiquiatras e terapeutas, o CVV – Centro de Valorização a Vida – pode ser o primeiro passo para quem busca ajuda. Ele é uma organização filantrópica e sem fins lucrativos. Ou seja, seu objetivo é apenas dar apoio emocional para quem está sofrendo com pensamentos suicidas.

Foi o CVV quem criou o setembro amarelo em 2015. O mês foi escolhido por causa do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio e a cor pelo mesmo motivo. Enfim, para pedir ajuda é só ligar 188. O atendimento é feito de forma anônima por voluntários que guardarão sigilo sobre a pessoa. Além disso, também é possível receber atendimento pelo chat do site, por e-mail ou em um posto de atendimento físico.

Causas do suicídio

Como já foi dito anteriormente, doenças mentais acabam se tornando os maiores motivos que levam alguém ao suicídio. Entretanto, não é só a depressão. Pessoas com bipolaridade, esquizofrenia e dependência química também entram no grupo.

Por outro lado, não é porque uma pessoa suicidou que isso significa que ela tenha algum transtorno. É necessário sempre ter em mente que, na maioria das vezes, o suicídio é algo feito de forma impulsiva. Ou seja, algumas situações que impactam a vida das pessoas podem levá-las a isso.

Como por exemplo, a perda de alguém querido, o término de um relacionamento, algum abuso sofrido e até mesmo problemas financeiros. Além disso, o suicídio também acaba sendo uma saída para pessoas que sofrem discriminação. Como homossexuais, transgêneros, imigrantes e até mesmo o bullying na escola.

Sinais de alerta

Às vezes, pessoas que estão com pensamentos demonstram alguns sinais de alerta. Fique atento aos detalhes, como por exemplo:

Desinteresse em quaisquer atividades (mesmo as que gosta) Falta de produtividade no trabalho ou na escola Isolamento dos amigos e familiares Descuido com a aparência Falta de importância com atividades diárias Muitos assuntos relacionados a morte.

Caso você conheça alguém que esteja passando por uma ou várias dessas situações, converse com ela. Entretanto, é necessário que essa conversa seja sem julgamentos e opiniões sobre o assunto. Portanto, deixe a pessoa falar, demonstre que a sua intenção é apenas ajudar.

Por fim, é necessário e extremamente importante incentivar alguém que esteja pretendendo cometer suicídio a procurar uma ajuda especializada. E atenção: se você perceber que essa pessoa corre risco imediato de tentar algo, nunca a deixe sozinha. Ou seja, busque serviços de emergência ou alguém de confiança.

O setembro amarelo é apenas um mês de conscientização sobre algo que as pessoas devem fazer o ano todo: procurar ajuda.


Telemedicina em Tempos de Covid-19.

O que é telemedicina e como ela pode nos ajudar em tempos de Covid-19

Atendimento médico à distância ganha força ao redor do mundo com a pandemia do novo coronavírus, mas não é novidade.

A pandemia do novo coronavirus tem causado grandes mudanças nas relações sociais ao redor do mundo. Em lockdown, muitas pessoas estão descobrindo como ferramentas digitais podem ajudar a manter a conexão com o meio externo sem se expor à Covid-19: trabalho, encontros, aulas, treinos – tudo isso tem sido feito pela Internet pelas pessoas que cumprem as recomendações da OMS de cumprem as recomendações da OMS de distanciamento social . E, com os cuidados referentes à saúde, o cenário não é diferente.

A telemedicina, no entanto, não é exatamente uma novidade. A prática permite que médicos prestem atendimento à distância por meio de telefones, computadores e tablets, e tem sido discutida há bastante tempo. No Brasil, o Ministério da Saúde publicou uma nova portaria em março de 2020 – em resposta emergencial ao novo coronavírus – para complementar a Resolução CFM nº 1.643/2002, de agosto de 2002, que regulamenta a telemedicina em território nacional.

A portaria assinada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta tem como um dos objetivos reduzir a circulação de pessoas expostas à Covid-19.

Telemedicina é diferente de telessaúde

Apesar de serem utilizados amplamente como sinônimos, os conceitos de telemedicina e telessaúde são diferentes. A telessaúde engloba basicamente todos os procedimentos de promoção de saúde, e não está necessariamente associado a um médico. Aplicativos que promovem o bem-estar, por exemplo, fazem parte do ecossistema da telessaúde, mas não são considerados apps de telemedicina.

A telemedicina, é definida por lei como “o  exercício da Medicina através da utilização  de metodologias interativas de comunicação audio-visual  e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde”. Ou seja, a telemedicina é um braço da telessaúde.

Tipos de atendimentos médicos que podem ser feitos à distância

A Portaria Nº 467, de 20 de março de 2020, prevê, em caráter temporário e emergencial, o atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico à distância, por meio de tecnologia da informação e comunicação.

A telemedicina também pode ser utilizada, segundo a resolução de 2002, para fins educativos e de pesquisa.

É seguro o atendimento médico via smartphones ou computadores?

A Portaria Nº 467, de 20 de março de 2020, também orienta, em parágrafo único, que os médicos deverão prestar atendimento por meio de tecnologias que garantam a integridade, segurança e o sigilo das informações. Portanto, sim, é seguro utilizar ferramentas digitais desde que elas estejam em conformidade com a lei.

Atestados e receitas poderão ser emitidos online desde que cumpram alguns requisitos previstos para sua validação, como o uso de assinatura eletrônica, por meio de certificados e chaves emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, seguras por criptografia.

Você também deve sempre consultar o registro profissional (CRM) do seu médico, que deve estar ativo. Para isso, acesse o portal do Conselho Federal de Medicina pelo link (https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_medicos). Caso o médico preste atendimento por Pessoa Jurídica, deverá inscrever-se no  Cadastro de Pessoa Jurídica do Conselho Regional de Medicina.


Corpo e Mente Saudáveis.

Você sabia que bons hábitos diários influenciam no fortalecimento do sistema imunológico? Diante da quarentena sugerida em decorrência do grande número de pessoas contaminadas com o novo coronavírus, as rotinas dos lares foram readaptadas.

Com mais tempo dentro de casa, adultos e crianças precisam criar novos hábitos, além de manter-se nos antigos, para que permaneçam saudáveis, tanto emocionalmente, quanto fisicamente. Mas como posso cuidar do meu corpo e da minha mente enquanto estou em casa?Acompanhe as dicas abaixo e cuide da sua saúde física e mental durante esses dias.

Mantenha uma alimentação saudável

Para início de conversa, mesmo que você não goste muito de ingerir alimentos considerados saudáveis como frutas, verduras, cereais e legumes, saiba que mais do que nunca, você precisa aprender a comê-los. Todos os nutrientes encontrados nesses alimentos são importantes para manter seu sistema imunológico e, se você não deseja ficar doente nos próximos dias, é bom que comece mudando sua alimentação.

A dica aqui é:

Faça um cardápio semanal. Nele, escreva todas as refeições que sua família vai consumir durante a semana e em outro espaço coloque todos os ingredientes necessários para aquelas receitas. Como estão todos em casa, a janta pode ser substituída por um lanche, sem problemas, mas é importante manter o café da manhã saudável um almoço balanceado e o consumo de, pelo menos, uma fruta diária.

Caso não goste de algum alimento na comida, experimente usá-lo de formas criativas como em sucos, por exemplo. Legumes e vegetais também podem ser incluídos nessa bebida, sabia? Cará, couve, beterraba e cenoura rendem sucos deliciosos e saudáveis. Caso falte criatividade, procure novas receitas na internet.

Esse cardápio te auxiliará também nas compras, então quando for sair de casa, já providencie tudo que vai precisar na próxima semana para evitar frequentar supermercados e locais tumultuados durante esse período.

Pratique Atividades Físicas.

Certamente seu ritmo de gasto calórico diminuiu nos últimos dias, e não é por menos, afinal deixou de pegar a condução para o trabalho, bater perna na cidade ou buscar os filhos na escola. Mas isso não é desculpa para tornar sua vida sedentária.

Escolha a atividade física que mais te dá prazer, como yoga, dança, atividades aeróbicas, pilates e procure na internet formas de fazer esses exercícios em casa. Aproveite para incrementar esse hábito saudável no seu dia-a-dia baixando aplicativos específicos que, inclusive te lembram do horário dos exercícios.

Atualmente é muito fácil encontrar aplicativos de exercícios físicos para smartphones, ou acessar vídeos no YouTube com aulas grátis. Dependendo do aplicativo, ele até vem com uma dieta balanceada para você equilibrar junto com o exercício, tudo depende de você e de como você quer se cuidar. Mesmo que as academias estejam fechadas, é simples manter seus treinos diários, você só precisa de motivação, e disciplina.

Cuide também de sua saúde mental.

Os hábitos relacionados à saúde mental certamente são os mais difíceis de se adequar. Isso porque eles não dependem de um fator externo que te incomode, como o sobrepeso, por exemplo. A maior motivação para cuidar da sua mente é você se sentir bem com você mesmo.

Muito tem se falado sobre a consequência dos isolamento social, e recebemos vários alertas sobre o risco da depressão, por exemplo, pois toda a situação da saúde dos familiares e economia afetada podem aumentar nossos níveis de ansiedade, por isso precisamos investir com muito afinco nessa área.

Por isso, estabelecer bons hábitos como meditação, leitura, jogos de tabuleiro, xadrez, pintura, etc podem ser benéficos para você não só na quarentena, mas posteriormente, para aliviar o stress do dia a dia e diminuir a ansiedade.

Estudar também enquanto aproveita as horas vagas com certeza será benéficos para você e contribuirá para seu futuro.

‘Várias plataformas estão oferecendo cursos gratuitos que, certamente enriquecerão seu currículo. Vale a pena conferir.

Durante o tempo livre, faça o máximo para sair da frente do computador e televisão esses dias e dedique um tempo para relaxar sua mente. Ao criar esse hábito, você colherá os frutos dessas atitudes por um longo período e sairá mais forte desta crise.

Fonte: Unum


Quais são as expectativas do mercado segurador para 2020.

Inovação, transformação, tecnologia, investimento financeiro internacional e mais viagens ao exterior são algumas coisas que podemos esperar para o próximo ano. Entre os anos de 2018 e 2019, o Brasil ocupou o 14º lugar no ranking dos maiores mercados de seguros do mundo. Entretanto, em 2020 subirá para a 8º posição.

Veja a seguir as expectativas de alguns representantes do mercado para o ano que vem.

Grandes Riscos

De acordo com o CEO da AIG no Brasil, “as perspectivas macroeconômicas para 2020 são positivas e esperamos que as reformas estruturais, ainda em discussão, permitam ampliar os negócios no médio prazo. A companhia está preparada para seguir se fortalecendo no segmento de grandes riscos com produtos alinhados à demanda de mercado”.

Saúde

Segundo um dos diretores de vendas e pós-vendas da Amil, o mercado de planos de saúde vem perdendo beneficiários nos últimos anos, principalmente devido aos índices de desemprego, que influenciam diretamente na venda de planos de saúde empresariais. Acredita-se que , com a retomada da economia, haja um ganho de beneficiários no sistema privado de saúde. Também existe uma tendência de crescimento de novos modelos de negócios baseados no cuidado primário, com opções mais inteligentes de acesso ao sistema, orientado por profissionais de saúde focados no direcionamento mais adequado e no cuidado coordenado”.

Vida e previdência

De acordo com o CEO da Prudential no Brasil, “o mercado de seguros como um todo, no Brasil, vive um momento muito positivo, de expansão e diversificação, conquistando um crescimento, em 2019, por volta de 10%. Acredita-se no enorme potencial de expansão que o seguro de vida tem no país.

Já o CEO da Mongeral Aegon, acredita que “a reforma da previdência ampliou o debate em torno da seguridade das pessoas, e isso tem sido fundamental para a tomada de consciência da população para ser previdente, ou seja, uma pessoa que se previne contra os riscos, neste caso, de morte e invalidez”. Para o executivo, a previdência privada segue o mesmo caminho. “A reforma da previdência teve papel importante para elevar os debates e fazer com que as pessoas pensassem no assunto e tomassem as rédeas do próprio planejamento financeiro”.

Capitalização

O novo marco regulatório que entrou em vigor em abril deste ano vem sendo fundamental para a construção de um novo panorama do setor de capitalização. A inclusão de duas novas modalidades, o Instrumento de Garantia e o Filantropia Premiável, deram novo fôlego ao segmento, gerando a entrada de inúmeros novos produtos no mercado.

Para o diretor de capitalização da Icatu Seguros, “a perspectiva para 2020 é continuar o ciclo de crescimento de dois dígitos que ocorreu este ano, com mais negócios, uma vez que o novo marco trouxe mais clareza e segurança jurídica, abrindo espaço para a criação de novos produtos alinhados às necessidades dos consumidores”.

O presidente da Faneca, diz que “esse novo ambiente regulatório abre um leque de possibilidades que já se faz sentir desde já. De maio até aqui, cada uma dessas modalidades apresenta faturamento da ordem de 6% a 7% do lucro global do segmento. A capitalização cresce e se diversifica, demonstrando fôlego para seguir a rota de sucesso observada nesses 90 anos de sua história no território nacional”.

Ramos Elementares

Segundo o vice-presidente Américas da Generali, “com as medidas econômicas adotadas pelo governo, tem se notado que o nível de confiança do mercado nos mais variados segmentos aumentou muito. A economia brasileira deverá crescer cerca de 3% no próximo ano e o mercado de seguros será parte deste novo momento do país”.

Automóvel

Para o CEO da Ituran Brasil, “a tecnologia permite definir várias leituras importantes para nosso negócio: comportamento de determinados clusters de veículos e clientes; predição dos horários, locais e dias da semana que ocorrem eventos; melhor posicionamento das equipes de pronta resposta; redução do tempo de chegada das equipes ao local do evento; Nossa perspectiva é que em 2020, tenhamos 20% de crescimento na carteira”.

Uns dos diretores de Automóvel da Sompo Seguros, ressalta que a companhia tem investido para desenvolver mais oportunidades de negócios para os parceiros corretores de seguros. “Os investimentos em tecnologia e capital humano permitiu que a empresa esteja preparada para alçar a um novo patamar em termos de seguro Automóvel.

Resseguro

Segundo o Head da Swiss Re Brasil e Cone Sul, “em um mundo em rápida mudança, tanto do ponto de vista societário quanto regulatório, a empresa também trabalha no sentido de desenvolver soluções de resseguro específicas e personalizadas para empresas com necessidades de capital ou fortes planos de crescimento. A companhia visa atuar como uma parceira estratégica, guiando seus clientes durante toda sua jornada, desde desenvolvimento de produtos até apoio para sua transformação digital”.

O CEO do IRB Brasil RE, afirma que o Instituto está otimista com as perspectivas para os próximos anos. “Uma nova oportunidade acabou de ser aberta com a nova norma da Susep que elimina a obrigatoriedade de apólices anuais, abrindo espaço para a oferta de produtos que podem ter duração de meses, dias, horas, minutos ou até mesmo sem prazo definido. Essa flexibilidade deverá criar negócios no setor ressegurador para os quais já estamos preparados”.

O mercado segurador do Brasil se prepara para entrar em uma das suas melhores fases em 2020. Uma série de tendências globais que estão chegando ao País, combinadas ao cenário econômico mais positivo para fechar negócios, vão auxiliar para que a região se mostre cada vez mais forte nesse setor.

Fonte: Revista Apólice.


Perda muscular causa doença do sono que pode levar à morte, aponta estudo brasileiro.

De acordo com estudo apresentado por cientista brasileiro em congresso no Canadá, a prática de exercícios físicos melhora o sono e diminui as chances de desenvolver a doença.

Virar de um lado para o outro da cama, se sentir sufocado e acordar como se estivesse se afogando. Além de prejudicar o próprio sono e o de quem dorme no mesmo ambiente, a apneia aumenta o risco de doenças cardíacas que podem levar à morte.

O estudo Episono, feito com mais de mil pessoas na cidade de São Paulo desde 2007, apontou que a apneia está presente na rotina de 60% da população com mais de 65 anos.Trata-se de uma parada respiratória que ocorre durante o sono quando a pessoa interrompe a respiração por alguns segundos. Isso pode ocorrer várias vezes durante a noite. Quando isso acontece, a oxigenação do sangue diminui e o coração precisa acelerar para que a pessoa acorde para recuperar o ar. Por esse motivo a pessoa acorda imediatamente, como se tivesse se afogando ou tomando um susto.
Segundo a pesquisa feita na capital paulista, a doença não é uma preocupação apenas para idosos. O estudo apontou que um em cada quatro jovens tem apneia, que é associada pela maior parte médicos como um mal causado exclusivamente pela obesidade.
Mas um estudo inédito feito por pesquisadores do Instituto do Sono, da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip), apontou que há outro fator tão importante quanto o excesso de gordura na causa dessa doença, especialmente em pessoas acima de 50 anos: a sarcopenia (perda de massa muscular).
O estudo coordenado pelo pesquisador e geriatra do sono Ronaldo Piovesan revelou que a baixa taxa de massa muscular atua como um catalisador da apneia, de maneira tão relevante quanto a obesidade. Toda a pesquisa usou como base os dados do Episono.
"Ao contrário do que pensavam antes, é necessária também a perda de massa muscular para que haja a apneia. A sarcopenia isoladamente ou a obesidade não aumentaram o risco de apneia. É a combinação das duas condições que leva a este distúrbio", afirmou o pesquisador.
Em 2015, 700 das mil pessoas retornaram para participar da segunda fase dos exames do Episono. As primeiras avaliações ocorreram em 2007.
Na segunda parte da pesquisa, o pesquisador escolheu metade dos voluntários com mais de 50 anos de idade para fazer o teste de apneia. Durante a análise, o cientista identificou que pessoas com menores taxas musculares têm mais chance de ter apneia do sono.
"Fomos os primeiros no mundo a mostrar que a obesidade associada à perda de capacidade física devido à perda muscular pode levar a um maior risco de apneia do sono a partir dos 50 anos de idade", disse Piovesan.
Tratamento
Em outra pesquisa sobre o mesmo tema, o pesquisador brasileiro recomendou que esse grupo fizesse exercícios físicos durante 12 semanas. A intenção era estimular o aumento do volume de massa muscular para entender se isso realmente faria alguma diferença no quadro de apineia.
Desde então, essas pessoas passaram a fazer sessões de 1 hora de musculação três vezes por semana.
"À medida que o tempo passou, o sono dos idosos acima de 65 anos melhorou", afirmou o pesquisador, que apresentou o estudo Os efeitos da mudança corporal a partir dos 50 anos no sononesta semana durante o Congresso Mundial do Sono em Vancouver, no Canadá.
Durante a conferência, ele explicou que "idosos com uma baixa taxa de massa muscular tendem a ter um sono menos eficiente, pois demoram mais para iniciar o sono e tem menos sono profundo, que é essencial para a recuperação muscular. Com o exercício, conseguiu-se reverter estes problemas de sono e os idosos passaram a dormir melhor."

Fonte: BBC