Bruxismo é mais comum do que você pensa.

Há um problema de saúde que atinge muito mais gente do que se pensa e se manifesta tanto durante o sono como na vigília: o bruxismo, que pode ser definido uma atividade muscular mastigatória repetitiva e involuntária sem relação com a alimentação. Em outras palavras, é o ato de ranger os dentes sem querer, que em parte dos casos pode não ter consequências, mas comumente provoca outras disfunções.

O problema não tem uma causa totalmente definida, mas especialistas associam sua incidência tanto a estresse, ansiedade e depressão como ao consumo de certas substâncias: café, álcool, cigarro, alguns medicamentos e drogas recreativas. Também parece existir um componente genético importante, uma vez que a história familiar é um dos fatores que, estatisticamente, predispõem ao bruxismo.

Estima-se que nada menos de 40% dos brasileiros apresente bruxismo, e os profissionais da área alegam ter notado um aumento da incidência na pandemia. Ou seja, é provável que esse problema de saúde esteja aí, na sua empresa, comprometendo a saúde da sua equipe, talvez indiretamente provocando absenteísmo.

Por ocorrer também em crianças, houve tempo em que o bruxismo foi considerado uma fase “natural” da infância. Hoje se sabe que, embora realmente exista uma fase de instabilidade da mandíbula, a qual deverá se acomodar durante o crescimento e a maturação neurológica, o bruxismo infantil pode ser o prenúncio de um problema que vai também acontecer na fase adulta e provavelmente durar a vida toda.

E há também especialistas que associam a ocorrência de bruxismo ao bullying… Pode-se tirar, portanto, uma conclusão válida para todos os casos: assim que o bruxismo se apresentar, em qualquer idade, é preciso procurar orientação especializada e investigar as causas, pois é claro que, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhor.

Embora a manifestação mais comum do bruxismo seja o ranger de dentes, apertar e bater os dentes também compõem o quadro. No bruxismo do sono, se não há sintomas dolorosos no dia seguinte, é comum que o problema só seja notado por um parceiro de quarto ou numa visita ao dentista – feita por outros motivos – quando já há desgaste dentário.

No bruxismo em vigília, acontece mais ou menos a mesma coisa: se a pessoa não sente dor, apesar de estar rangendo os dentes ou contraindo a mandíbula sem motivo, muitas vezes nem percebe que o problema existe – mas, dependendo da intensidade, o dano pode ser tão grave quanto.

Embora não seja exatamente “perigoso”, se não for tratado o bruxismo pode causar desgaste dental excessivo, dor nos dentes, lesões dentárias irreversíveis – como fraturas – além de dor importante nos músculos faciais, na articulação temporomandibular (que liga a mandíbula ao crânio) e cefaleia (dor de cabeça). Como não existe cura, o tratamento tem o objetivo de neutralizar os fatores desencadeantes e preservar a integridade dentária com o uso de placas amortecedoras, normalmente de acrílico.

Tudo começa, portanto, com uma boa consulta ao dentista, assim que o problema for identificado – e antes que haja danos permanentes. 

Fontes:
www.abo.org.br
www.uol.com.br/vivabem
www.tuasaude.com/bruxismo
www.einstein.br
www.apcd.org.br


O home-office sobrevive sem aquele cafezinho?

Os efeitos nocivos do home-office – particularmente seus excessos – imposto a grande parte das pessoas por causa da pandemia já foi bem explorado por inúmeras matérias jornalísticas focadas em saúde. Muita gente já leu ou ouviu falar dos principais problemas que vêm sendo apontados por especialistas: sedentarismo, má postura e alimentação, falta de exposição ao sol (necessária para sintetizarmos vitamina D), invasão da rotina doméstica no trabalho (e vice-versa), além de ansiedade e depressão, provavelmente causados pela questão principal – a falta de socialização.

Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz sobre o impacto do isolamento social mostrou que sintomas de ansiedade e depressão têm afetado 47,3% dos trabalhadores essenciais no Brasil durante a pandemia, sendo que mais da metade dos afetados (27,4% do total de entrevistados) sofre de ansiedade e depressão ao mesmo tempo. Além disso, 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas, 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono e 30,9% foram diagnosticados ou se trataram de doenças mentais no ano anterior.

Ocorre que a crise sanitária global está demonstrando o que muitos já sabiam, e quase todo mundo intuía: a interação ao vivo, sem mediação da tecnologia digital, é tão ou mais importante para a saúde do indivíduo – e, portanto, para a produtividade da empresa – quanto exercitar-se, alimentar-se bem, ter boas noites de sono. A percepção imediata do outro, suas expressões faciais e corporais, e a resposta igualmente imediata a estímulos interativos não podem ser substituídas por algo como competência profissional ou domínio da tecnologia.

Fazer um comentário divertido e observar a reação na expressão do colega, de forma instantânea e ao vivo, opinar espontaneamente e sem hora marcada sobre um trabalho em andamento ou tomar um cafezinho junto são experiências impossíveis de reproduzir on-line e, parece cada vez mais evidente, indispensáveis para uma atividade profissional saudável e equilibrada. E vale a pena elucidar 2 pontos pouco ou quase nada comentados nas matérias sobre efeitos nocivos do home-office…

Ponto 1: diferente do uso popular, tecnicamente virtual não é o contrário de real, mas sim de presencial – uma vez que a interação virtual, como existe, também é real, tanto que em excesso pode comprometer a saúde. Ponto 2: o olho humano é muito mais exigido na visão de luz irradiada, como a das telas, do que na de luz refletida, como a dos livros. Então, também por isso, interagir só pela tela do computador “cansa mais” e há evidências que sugerem que a leitura é 25% mais lenta e a compreensão mais superficial.

Aos gestores de negócios e decisores sobre benefícios corporativos relacionados à saúde compete refletir: será mesmo sustentável (e humano) manter o trabalho remoto como regra dominante depois da pandemia? Existem práticas que podem ser estimuladas para reduzir o impacto do home-office excessivo sobre a equipe, preservando a saúde dos indivíduos e da empresa – resultado do esforço coletivo – até que vençamos a pandemia? A resposta não está pronta, mas tudo indica que só pode residir na valorização do bem-estar das pessoas.

Fontes
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude
https://www.uol.com.br/vivabem


Junho Vermelho: por essa causa vale a pena dar o sangue.

Poucas expressões significam com tanta intensidade o ato de fazer algo por alguma coisa quanto “dar o sangue”. Dizer que alguém deu o sangue por determinado objetivo pode transmitir, por um lado, um tremendo empenho, e, por outro, um grande desprendimento. Às vezes, talvez muitas, a expressão nem é figurativa, mas literal. Não é tão difícil achar na história exemplos de indivíduos que derramaram seu sangue – sangue mesmo – por uma causa.

Pois a vida moderna consegue dar à expressão uma terceira acepção, sem excluir as outras, e talvez até mesmo reforçando-as: generosidade. Não é essa a força motriz que leva alguém a doar o próprio sangue para preservar a saúde – e frequentemente salvar a vida – de outra pessoa? A ciência permitiu que isso seja feito com segurança nos dias de hoje.

A data de 14 de junho foi definida pela OMS como Dia Mundial do Doador de Sangue, que acabou se desdobrando para o chamado Junho Vermelho, mês todo dedicado a lembrar o valor e a importância da doação de sangue, assim como para estimular sua prática contínua. O dia e o mês foram definidos em reconhecimento a Karl Landsteiner (14/06/1868 – 26/06/1943), cientista de origem austríaca que descobriu os grupos sanguíneos, classificados no sistema A-B-O, e também o fator RH (positivo ou negativo).

Antes dessa importantíssima descoberta, as transfusões de sangue às vezes funcionavam, às vezes não, e ninguém sabia por quê. Então, se hoje você pode receber uma transfusão de sangue com segurança se precisar, isso se deve a Karl Landsteiner, nada menos que um Nobel de medicina que também contribuiu para a identificação do vírus da poliomielite e cunhou o termo “anticorpo”, até hoje usado na ciência, agora conhecidíssimo nesses tempos de pandemia.

E, por falar em pandemia, os reflexos da crise de saúde que estamos vivendo podem ser sentidos não só na economia, em função da paralisação comercial e dos negócios, e na vulnerabilidade psicológica das pessoas, por causa da perda de entes queridos e do isolamento social: os estoques dos bancos de sangue das cidades brasileiras também têm estado alarmantemente baixos, independente do fato de que a doação, respeitadas certas condições* e todos os protocolos de segurança contra a covid-19, não coloca em risco o doador.

Assim como outras causas nobres que merecem atenção o ano inteiro, a doação de sangue tem um mês específico do ano dedicado a ela para que possa ter mais visibilidade, a fim de provocar mais mobilização. É uma forma publicitária, legítima, de enfatizar o tema e estimular a doação, aumentando a base de doadores e por vezes “reativando” doadores assíduos que por vários motivos param de doar – inclusive, neste momento, talvez por causa da pandemia.

Se você tem algum tipo de ascendência ou liderança sobre um grupo de pessoas – colaboradores de uma empresa, por exemplo – estimular a doação de sangue é uma boa, e desejável, e necessária, e nobre, forma de gerar engajamento. É uma estratégia de ganha-ganha: a empresa demonstra consciência e responsabilidade social e os pacientes graves, que podem estar internados por diversos motivos, recebem o sangue de que precisam. Quem sabe você mesmo não decide doar?

Poucas coisas têm tanto poder de mobilização, e são tão compensadoras em termos humanos, quanto a generosidade.

* Estar em boas condições de saúde; ter se alimentado pelo menos 3 horas antes da doação; ter idade entre 16 e 69 anos; pesar mais de 50kg; ter dormido ao menos 4 horas no dia da doação e se apresentar descansado.

Fontes:
www.oswaldocruz.com
www.tjdft.jus.br
www.laboratoriobehring.com.br


Mãe e bebê juntos, mesmo em tempos de covid?

Mãe e bebê juntos, mesmo em tempos de covid?
Os dados sugerem que a separação é pior que a infecção.

Está cientificamente comprovado, por estudos e pela prática médica, que o contato pele a pele é indispensável para o desenvolvimento dos recém-nascidos, especialmente os prematuros.

Esse conhecimento levou ao desenvolvimento de um método a princípio chamado de mãe-canguru, depois rebatizado simplesmente de canguru, por ter sido estendido aos homens: descobriu-se que o contato do bebê com a pele do pai também favorece o desenvolvimento da criança. Entre os bebês prematuros ou abaixo do peso ideal, o método reduz as mortes em até 40% e as infecções graves em 65%, além de outros benefícios.

Mas em tempos de pandemia, quando grande parte dos contatos pode representar uma ameaça de contágio em potencial, essa proximidade física vem sendo posta em xeque por orientações de autoridades e comportamentos de parte dos profissionais de saúde, muito provavelmente de forma equivocada.

Segundo pesquisa da OMS, em muitos países – principalmente os mais pobres, que têm maior número de prematuros – os recém-nascidos estão sendo separados das mães se houver suspeita ou confirmação de que elas têm covid-19, o que aumenta (e não diminui) o risco de morte dos bebês e complicações de saúde ao longo da vida.

O órgão da ONU afirma que até 125 mil vidas poderiam ser salvas se não houvesse interrupções nesses cuidados e recomenda que as mães continuem dividindo o quarto com seus bebês, amamentando-os e praticando o contato pele a pele, mesmo quando houver suspeita ou confirmação de infecções por covid-19.

Isso porque vários estudos demonstram que quase não existem casos de sintoma ou doença leve de covid-19 em recém-nascidos infectados, embora a infecção durante a gravidez possa aumentar as chances de um parto prematuro.

O risco de recém-nascidos contraírem o vírus resultaria em menos de 2 mil mortes, enquanto estimativas recentes indicam que 15 milhões de bebês nascem prematuros, enfrentando riscos significativos de saúde, pois as complicações relacionadas à prematuridade – incluindo deficiências, atrasos de desenvolvimento e infecções – são a principal causa de morte de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos.

O raciocínio é que as chances de uma criança sofrer ou perder a vida em decorrência de ser fisicamente separada da mãe, especialmente em casos de prematuridade (o que é comprovado), são muito maiores do que de acontecer o mesmo por causa da infecção pela covid-19 (que até agora é uma hipótese).

Claro que a orientação e o acompanhamento médico de cada caso em particular são essenciais, porém a decisão precisa ser tomada pelo profissional de saúde em conjunto com os pais – e levando em consideração esses números e as recomendações da OMS.

Se o contato físico cuidadoso e consciente já é necessário quando somos adultos – como a própria pandemia vem demonstrando com cada vez mais força – para um bebê que por qualquer motivo veio ao mundo antes de completar a gestação ele pode ser a diferença que salva a vida.

Fonte:
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/16/manter-maes-e-bebes-juntosdurante-pandemiapode-salvar-mais-de-125mil.htm


Coisas que você não sabia sobre o carnaval

Quem curte e quem não curte a folia carnavalesca acaba sendo de alguma forma atingido por ela – quando ela existe e mesmo nesse ano, em que foi oficialmente cancelada.

Termos como blocos, cordões, escolas de samba, desfiles e quesitos tornam-se quase onipresentes em pautas de TV, rádio, jornais e, sim, também nas redes sociais.

Mas mesmo quem não aprecia do reinado de Momo talvez ache interessante entender um pouco mais como se organiza essa que, goste-se ou não, é uma das principais manifestações culturais do nosso país.

Concentremo-nos em dois, por assim dizer, protagonistas dessas pautas: o bloco e a escola de samba. Muita gente – quase todo mundo, talvez – não sabe qual a diferença entre ambos (embora possa intuir, baseado no que vivência).

Tratamos aqui de uma classificação fundamentada, mas um tanto informal, que não reflete por completo documentos oficiais dos poderes públicos nem das agremiações de uma coisa e de outra.

Pois bem: o bloco é uma manifestação de rua, relativamente espontânea e informalmente organizada, em que os membros geralmente (mas nem sempre) usam algum tipo de uniforme para poder ser identificados, desfilam em espaço público e cantam várias canções, que podem variar bastante de acordo com a tema adotado.

Os integrantes de um bloco podem até tocar instrumentos, o que quase nunca é obrigatório, e existem mesmo agremiações em que o principal do som vem de gravações e equipamentos eletrônicos. Além disso, com poucas exceções, o desfile tem intenção puramente recreativa, não competitiva.

Já a escola de samba, embora tenha o mesmo caráter de manifestação popular, é uma agremiação organizada, na qual existem alas, que têm fantasias específicas, e durante o desfile há uma canção oficial a ser cantada: o famoso samba-enredo, que conta uma única história, necessariamente refletida nas fantasias e carros alegóricos presentes na apresentação.

Mas talvez a principal diferença da escola de samba é que conceitualmente ela é criada em torno da bateria, na qual precisam estar incluídos, obrigatoriamente, vários tipos de instrumentos. A bateria, portanto, é elemento fundamental, constitutivo, e tem de tocar o tempo todo, com componentes têm exclusivamente essa função. Outra coisa, evidente, mas que não custa apontar: o que a bateria toca tem de ser um samba. Pois é o samba que, numa bela figura de linguagem, “irradia” a agremiação em torno de si, ideia que também se reflete na palavra “escola”. E, claro, as escolas de samba desfilam com intuito competitivo.

Nesse carnaval atípico, imposto pela pandemia, provavelmente não é o melhor momento de pensar em seguros, pessoais ou corporativos. Porque mesmo com as festas que criam aglomerações tendo sido canceladas, ou proibidas, muitos querem aproveitar esse gap quase tradicional no ano brasileiro para descansar e relaxar – ou talvez brincando de alguma forma virtual.

Por mais que haja a tentação de sair e aglomerar-se, seja na avenida ou num canto qualquer menos visado da cidade, esse ano a melhor forma de “seguro” é ficar em casa ou inventar uma forma alternativa, sem riscos, de brincar a festa.

Quando a batalha contra a covid-19 estiver vencida, aí sim, poderemos, todos, fazer folia.


Vacinar(-se) ou não durante a gestação?

Uma das maiores complicações no desenvolvimento de novos medicamentos é o binômio segurança-eficácia de um princípio ativo ainda em estudo no que se se refere a mulheres grávidas. Há substâncias que atravessam a barreira de proteção natural constituída pela placenta, chegando ao feto e podendo alterar de alguma forma seu desenvolvimento normal durante a gestação.

Mesmo quando a substância em si não age diretamente sobre o meio ambiente intrauterino, onde está o futuro bebê, se o medicamento alterar de forma significativa o funcionamento do organismo da mãe também pode haver consequências futuras – para ambos.

Evidentemente, isso não significa que mulheres grávidas não podem ou não precisam ser medicadas, mas sim que quando se trata delas é preciso ter cautela redobrada na administração de qualquer fármaco: existem diversos deles que têm segurança extensamente comprovada para gestantes, e outros tantos que não.

Dado o ineditismo da covid-19 – doença “descoberta” há pouco mais de um ano – assim como das vacinas desenvolvidas até agora para combatê-la, é mais do que esperado que surjam dúvidas sobre a indicação ou não dessas novas drogas durante a gravidez.

A posição da OMS – Organização Mundial da Saúde mudou recentemente, de forma um tanto sutil, mas relevante: se antes contraindicava claramente “devido a dados insuficientes” o uso das vacinas da Pfizer e da Moderna em gestantes, a menos que estivessem em alto risco, agora afirma não existir até o momento  nenhuma razão para acreditar que há riscos específicos que superem os benefícios da vacinação nestes casos. A orientação não muda no que se refere ao perfil de risco da paciente e à óbvia necessidade de discussão com seu médico.

É bom que se diga que a OMS erra, e desde o início da pandemia muitos especialistas em saúde acusaram o órgão internacional de equívocos que podem ter comprometido a saúde – e a vida – de milhões de pessoas no mundo todo. Claro que não se pode ignorar completamente suas orientações, mas também não parece recomendável tomá-las como verdades científicas absolutas.

Os fatos até o momento são os seguintes: nenhuma das vacinas já disponíveis hoje – inclusive a CoronaVac, do Instituto Butantan, não citada especificamente pela OMS – envolveu a realização de testes clínicos ou estudos controlados em mulheres grávidas, exatamente pela complexidade da tarefa, inclusive no que se refere a questões éticas.

A vacina da Oxford-Astrazeneca até traz na bula brasileira uma clara contra-recomendação: “Como uma medida de precaução, a vacinação com a vacina covid-19 (recombinante) não é recomendada durante a gravidez”, devendo o uso “ser baseado em uma avaliação se os benefícios da vacinação superam os riscos potenciais”.

É muito provável que estudos futuros, talvez muito em breve, já contemplem esse perfil específico de paciente, mas até chegar lá como se decidir pela vacinação ou não durante gestação?

A ausência de uma resposta exata, uma certeza científica, é tanto frustrante como talvez o caminho para a única resposta possível no presente (que, aliás, pode ser estendida para praticamente qualquer medicamento): a avaliação criteriosa, rigorosa, discutida e acompanhada de perto por um médico confiável, competente e atualizado, seguida de uma decisão consciente e conjunta baseada no custo-benefício para a paciente (já insinuado acima).

O tema é muito delicado e sério – como o momento que estamos vivendo – e soa bastante realista dizer que muitas decisões das mais importantes da nossa vida não são tomadas com tanta serenidade e sensatez.