Rol taxativo: reversão
Com a nova Lei 14.454/2022 em vigor, lista volta a ser exemplificativa.
Mover-se, progredir ou construir com segurança em terreno pedregoso, irregular, instável, é uma tarefa arriscada, talvez impossível. É uma bela metáfora para um termo atualmente, no Brasil, cada vez mais citado, mas nem sempre bem entendido: insegurança jurídica.
Trata-se daquele cenário regido pelo princípio da imprevisibilidade na aplicação da legislação ao ambiente de negócios, portanto da impossibilidade de empresas e investidores terem maior estabilidade para planejar, investir, desenvolver-se. Enfim, fazer... negócios.
O setor de saúde - quase todos os players incluídos - experimenta no momento uma situação bastante icônica deste conceito, o próprio sobressalto de quem entra, no meio de uma jornada, em área turbulenta. Motivo: o rol da ANS, que era exemplificativo, virou taxativo. E depois desvirou, tornando-se exemplificativo de novo.
Para quem não sabe, o assim chamado rol da Agência Nacional de Saúde é, em síntese, a lista de tratamentos cobertos por planos de saúde. Em junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que ele deveria ser considerado taxativo, o que desobrigaria os convênios médicos a cobrir procedimentos que não estejam nele previstos, além de retirar (ou ao menos dificultar) às pessoas recorrer à Justiça para conseguir tratamentos específicos não listados.
Mas agora, há apenas alguns dias, a Presidência da República sancionou a lei 14.454/2022 - que teve origem no PL 2033/22 - e torna novamente o rol exemplificativo. Ou seja, serve como exemplo para tratamentos básicos, mas não limita a cobertura dos planos. A condição é que os procedimentos “extras” atendam a pelo menos um dos seguintes critérios (descritos resumidamente):
- Ter eficácia comprovada pela ciência;
- Autorização da Anvisa;
- Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec);
- Recomendação de pelo menos um órgão de avaliação de tecnologias em saúde de renome internacional que tenha aprovado o tratamento para seus cidadãos.
A reversão legal foi uma espécie de resposta à mobilização social de associações de pacientes/usuários de planos de saúde contra a decisão do STJ em junho. Envolveram-se nessa polêmica cidadãos com interesse genuíno, mas também artistas e celebridades diversas, que pouco provavelmente compreendem o segmento de saúde ou a necessidade de manter uma empresa, inclusive dessa área, economicamente saudável.
Com certeza a questão é complexa e não se pode dar razão absoluta a nenhum dos lados, mas o vaivém de decisões e a frágil base jurídica atual configuram, para quem atua no setor, ou precisa dele, o pior dos mundos: empresas e segurados sem saber bem o que podem ou não fazer, em que circunstâncias, por quanto tempo. Não é difícil imaginar as implicações na vida de todos os envolvidos.
Em posicionamento divulgado à imprensa, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa diversos grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde, lamentou a decisão, afirmou que a mudança coloca o Brasil “na contramão das melhores práticas mundiais” de incorporação de medicamentos e procedimentos em saúde e “dificulta a adequada precificação dos planos e compromete a previsibilidade de despesas assistenciais, podendo ocasionar alta nos preços das mensalidades e expulsão em massa dos beneficiários da saúde suplementar”.
Difícil que o apocalipse se abata sobre o setor, assim como a decisão anterior não assegurava a ninguém um lugar no paraíso. Mas entre um e outro extremos, a dificuldade de encontrar um ponto sustentável de equilíbrio com certeza pode fazer muita gente cair pelo caminho. “Gente” no sentido real e figurado. “Cair” também.
A FenaSaúde avalia recorrer ao Judiciário, “em defesa dos cerca de 50 milhões de beneficiários que hoje dependem dos planos de saúde no país”. Ou seja, mais desdobramentos jurídico-legais podem estar por vir. É um daqueles casos em que uma frase pronta ganha força de sentido, além de parecer uma boa ideia - senão o único jeito - para concluir um raciocínio:
“Aguarde as cenas dos próximos capítulos”
Fontes
www.blog.neoway.com.br
www.setorsaude.com.br
www.12.senado.leg.br
www.jota.info
www.olhardigital.com.br
O algoritmo a seu favor.
Como essa “entidade misteriosa” ajuda na gestão de saúde
Não é fácil para um leigo entender o que é como funciona um algoritmo, essa presença um tanto envolta em mistério de que cada vez mais gente ouve falar, principalmente em artigos relacionados às mídias digitais, em particular as redes sociais e outras plataformas de conteúdo, como o Youtube e o Spotify.
Trata-se de uma espécie de equação matemática na qual se baseia a assim mal batizada “inteligência artificial” (termo controverso que abordaremos em artigo futuro), conceito mais ou menos genérico que se aplica a funções da tecnologia computacional como fazer análises e executar ações baseadas em informações fornecidas previamente.
Quando você entra na mais famosa plataforma de vídeos e procura conteúdos sobre o tema futebol, por exemplo, a tecnologia por trás dela captura, pelos dados inseridos na sua busca, que esse assunto é de seu interesse (ou pelo menos foi, naquele momento). É assim que poderá sugerir outros conteúdos semelhantes da próxima vez que você acessar a mesma plataforma devidamente identificado, seja por ter efetuado um login, seja pelo IP do seu dispositivo (o código único que identifica cada equipamento conectado à Internet).
A principal crítica aos algoritmos é uma suposta capacidade que eles teriam de “pasteurizar” o pensamento das pessoas, pois se elas são sempre induzidas a consumir o mesmo tipo de conteúdo não teriam um saudável estímulo para ampliar seus conhecimentos e interesses, ficando reféns de uma espécie de bolha limitadora da percepção e da inteligência. Isso tem sido pautado inclusive grandes discussões acadêmicas.
Mas as coisas mudam quando se pensa na grande utilidade dos algoritmos para automatizar funções que seriam muito demoradas, custosas e bem menos eficientes - talvez inviáveis - se realizadas todas manualmente por um ser humano. Três bons exemplos são as programações que permitem automatizar sinais de trânsito, operações financeiras e aparelhos de GPS, que tornam a vida muito mais fácil.
Outro bom exemplo, e ponto mais importante desse texto, é a gestão da saúde numa empresa, altamente baseado em dados organizados que permitem estabelecer padrões indispensáveis para estabelecer políticas e implementar ações eficientes, especialmente no que tange à medicina preventiva.
Exemplifiquemos: ao constatar que um paciente fez diversos procedimentos relacionados ao diagnóstico de um possível tumor maligno, a “inteligência artificial” fará seu trabalho, identificando um potencial risco de câncer; se os dados indicarem que boa parte da equipe tem hábitos sedentários, fica-se sabendo que muitos poderão ter problemas de saúde relacionados a esse comportamento.
E como grande parte dos inputs são feitos nos sistemas com um delay que pode ser de até cerca de 30 dias, os algoritmos se tornam ainda mais necessários na identificação de padrões, realizando o trabalho que nem um exército de analistas conseguiria, com a mesma precisão, no mesmo prazo. Os algoritmos permitem fazer 3 tipos de análise: descritiva, preditiva e prescritiva. Explicaremos melhor cada uma delas em blogs futuros.
Neste momento, queremos que você saiba que a SICCS realiza a captura de informações dos clientes direto na fonte e faz o acompanhamento de internações e autorizações de cirurgia in real time, além de ações voltadas para pacientes crônicos, gestantes, afastados etc. Também falaremos mais detalhadamente sobre essas ações nas próximas matérias.
Mas, desde já, você pode ficar consciente e tranquilo de que aplicamos o melhor da tecnologia, da melhor forma, para otimizar a gestão de saúde na sua empresa. Nesse caso, o algoritmo está a seu favor.
Por que deixamos de perceber certos riscos?
O leitor já deve ter vivido ou presenciado a seguinte experiência: ao se arrumar, uma pessoa coloca perfume em determinada quantidade e se dá por satisfeita; algumas horas depois, acredita que o perfume “está fraco” e reforça a aplicação; para ela, o aroma volta a ficar “no ponto”, mas para quem está em volta o cheiro está forte demais, muitas vezes incômodo, talvez insuportável. Qual a explicação?
Acontece que nossos sentidos - o olfato inclusive - servem para nos relacionarmos com o mundo, mais diretamente com o ambiente à nossa volta, e a natureza nos dotou de certos “alarmes”, em nome da sobrevivência. Assim, os cheiros “novos” ou “recém-chegados” que sentimos transmitem para o cérebro a informação de que há algo diferente no ambiente. Uma vez a informação registrada, o estímulo tende a ser, digamos, “atenuado” em nosso sistema (no caso, mesmo que as moléculas de perfume no ar permaneçam no mesmo nível por um tempo). Claro que isso varia com a natureza e intensidade do cheiro.
Mas o ponto aqui é que um mesmo estímulo, contínuo e relativamente invariável, deixa de ser percebido - ou seja, torna-se inconsciente. Outra forma de dizer isso é afirmar que nossa percepção entra numa espécie de “modo automático” em relação àquilo. Processo semelhante acontece, por exemplo, quando estamos aprendendo a dirigir. No começo, direção, marcha, pedais, proporção do carro e ronco do motor são informações demais para administrarmos. Com o tempo e com a prática, boa parte do processo se torna automática (portanto, inconsciente), a menos que o veículo dê algum sinal (estímulo) inesperado, como um ruído diferente ou um solavanco.
Outro bom exemplo desse processo é - para os mais velhos que chegaram a conhecer esse dispositivo - o tic-tac de um relógio despertador movido “a corda”. Introduzido no ambiente, o ruído repetitivo pode incomodar, mas depois de um tempo parece que não está mais lá: torna-se parte do cenário sonoro e nosso cérebro tende a ignorá-lo. A não ser que desviemos de propósito nossa atenção para o objeto ou ele realmente nos desperte com um som inesperado - como o clássico “trimmm!”, que existe para isso mesmo.
E o que isso tem a ver com riscos corporativos? Bem, praticamente tudo - ou pelo menos muito. Um problema crônico ou uma falha muito “assimilada” num processo viciado tendem a deixar de ser percebidos, e portanto a ser ignorados pela equipe. Deixam de ser um alerta para o cérebro, embora continuem sendo um risco para a empresa. Algo que “está sempre lá”, ou um fator qualquer que “funcionou sempre assim” acabam se tornando fragilidades negligenciadas, não necessariamente por má-vontade ou incompetência dos colaboradores, mas porque nosso cérebro, por um processo biológico e metabólico de economia de energia, hierarquiza a informação, jogando para uma espécie de segundo plano, ou pano de fundo, o que não é mais “novidade”. Os novos inputs têm prioridade...
Claro que o treinamento para rever continuamente os pontos críticos dos processos de um negócio reduzem a possibilidade de falhas e a incidência de imprevistos, mas nem todas as empresas fazem isso, ou por não dispor de mão de obra suficiente, ou por não contar com profissionais com a expertise necessária. Sem falar nos truques que o cérebro pode pregar, ao manter meio “apagada” uma determinada informação par alguém que faz o mesmo tipo de checagem/avaliação várias vezes e rotineiramente.
É aí que fica evidente o benefício do serviço dos especialistas em riscos. Além do preparo técnico adequado, da experiência com variados tipos de negócios e de métodos que evitam as “pegadinhas” da percepção humana, cada nova empresa avaliada é um novo universo a ser explorado, minuciosamente analisado por um olhar com o frescor que só um profissional com vivências diversas pode ter.
Na SICCS, temos especialistas em riscos capazes de farejar de longe qualquer ameaça, imediata ou potencial, ao seu negócio. Não fique esperando o tic-tac do relógio: conte com o olhar sempre atento de quem vê tudo com um olhar analítico sempre renovado pelo ineditismo de cada caso e pela variedade de experiência. Com a nossa equipe, é a segurança, e não o risco, que passa a fazer parte da sua rotina.
Varíola de macaco, mas pode chamar de monkeypox.
Nem bem o mundo estava se recuperando dos impactos da pandemia de Covid-19 - que, é sempre bom lembrar, pode estar em outra fase, mais ainda não acabou - e começou a aparecer nos noticiários o que soava como uma nova emergência de saúde global: uma doença chamada de varíola de macaco (em inglês, monkeypox). Independentemente de qualquer outra coisa, o nome já parece ter sido criado para assustar.
Na verdade, o agente causador da doença vive normalmente em roedores silvestres, que podem ocasionalmente contaminar macacos e pessoas, e ganhou esse nome quando infectou macacos usados em laboratório “importados” da África para a Europa, nos anos 1950. Não é, portanto, uma doença “nova”, nem é a primeira vez que é detectada em seres humanos - e nem os macacos merecem o “crédito”.
Em 2003 - portanto, há quase duas décadas - houve um surto de monkeypox nos EUA, com cerca de 70 casos documentados e nenhuma morte registrada. Entre os anos de 2017 e 2021, houve também casos isolados na Nigéria, no Reino Unido e em Singapura, nenhum resultando em grandes surtos. Embora esteja longe de ser inofensiva e precise ser acompanhada com atenção, nada indica que a monkeypox tenha potencial para se transformar numa “nova Covid”.
É sempre delicado abordar temas relativos à saúde, especialmente quando envolvem saúde pública, mais ainda se o assunto pode ter relevância global. Por um lado, há os que enxergam em qualquer notícia, mesmo que preliminar, razão suficiente para alarme; por outro, há os que consideram desnecessário sequer dar atenção a qualquer fato que não indique uma emergência mortal. Mas a melhor forma de lidar com temas dessa natureza parece ser - como vem nos ensinando a pandemia - assumir uma atitude racional e desapaixonada, para tomar decisões baseadas em fatos, captados de mais de uma fonte.
Neste artigo, procuramos trazer os fatos mais consistentes até agora sobre a monkeypox, que vamos tratar pelo nome em inglês por acreditar que isso contribui para reduzir o efeito residual do temor exagerado que envolveu as primeiras notícias sobre a doença. Nosso objetivo é informar - sem alarmar nem subestimar. Isso significa que também não ignoramos informações potencialmente positivas.
Assim como a varíola humana, erradicada por meio de vacinação em larga escala que durou até o começo dos anos 1980, a monkeypox provoca no corpo do doente erupções que viram pústulas dolorosas, com poucos milímetros de diâmetro, provavelmente sua manifestação mais conhecida popularmente. Entre outros sintomas, estão febre, dor de cabeça e inflamação de nódulos linfáticos (a famosa íngua).
E por que, apesar do impacto inicial de notícias sobre seu “aparecimento” em pacientes humanos, a monkeypox tem despertado menos preocupação, tanto na população em geral quanto em boa parte dos profissionais de saúde? O primeiro, e mais óbvio, é que sua transmissão é menos eficiente que a do novo coronavírus: precisa de contato próximo para acontecer, por meio de fluidos corporais (incluindo gotículas de saliva, do tipo que as máscaras barram), mas não é transmissível pelo ar, como o vírus da Covid-19.
Há boas evidências de que a maioria dos casos de monkeypox são transmitidos sexualmente. Esse fato levou até a, digamos, um tanto parcimoniosa OMS a sugerir publicamente que certos grupos evitem, ao menos por um tempo, uma grande variedade de parceiros. Mas é importante evitar, a todo custo, confundir essa recomendação com uma reprovação moral a esse comportamento, pois a vida sexual é uma escolha que só cabe ao indivíduo. Trata-se de uma recomendação médica - e só - cujo custo de seguir ou não cabe a cada um.
Outro importante diferencial que induz a uma menor preocupação na comparação com a Covid-19 é que o vírus da monkeypox é de um tipo muito vulnerável às defesas imunológicas conferidas pela vacina com tecnologia de vírus inativado, como as utilizadas para erradicar a varíola humana, e não apresenta a mesma capacidade de mutação que permitiria gerar variantes aptas a escapar das defesas vacinais. Portanto, quem foi vacinado contra a varíola humana - pessoas por volta dos 40 anos ou mais no Brasil - está relativamente bem protegido (cerca de 85% de eficácia), e quem não foi já dispõe de novas vacinas.
O terceiro e talvez mais relevante fator que vamos citar aqui é a baixa mortalidade da monkeypox: até meados de agosto, haviam sido registrados cerca de 36 mil casos no mundo e pouco menos de 3.000 no Brasil, com um total de menos de 15 mortes, contando todos os países atingidos. As mortes por monkeypox são raras, e normalmente estão relacionadas a condições prévias que já tornavam frágil a saúde do paciente, como pessoas imunossuprimidas, crianças com menos de 8 anos (que não têm o sistema imune maduro), gestantes e lactantes (cujo organismo está passando por variações hormonais).
O caso das gestantes merece atenção e cuidado especiais: uma possível contaminação durante a gestação não só representa um risco maior para a mãe, mas também vem sendo relacionada a um maior risco de morte e más-formações nos bebês. Eis, então, mais dois bons motivos para não se “desconectar” totalmente das informações sobre a doença e procurar orientação médica no caso de qualquer sintoma, e qualquer contato, com qualquer pessoa, que tenha qualquer suspeita de ter monkeypox, particularmente se apresentar qualquer lesão de pele.
Todos teremos de lidar com questões de saúde durante a vida, inclusive doenças infecciosas que sempre fizeram parte do cenário do nosso dia a dia. Talvez o segredo seja cultivar uma saudável cautela bem informada, de modo a nos tornarmos guardiões da nossa própria saúde e daqueles que estão próximos de nós, adotando todos os cuidados possíveis, mas sem renunciar - em nome do temor irracional ou da segurança completa, inatingível - ao sabor da própria vida.
Fontes
www.gazetadopovo.com.br/autor/eli-vieira
www1.folha.uol.com.br/colunas/esper-kallas
www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude
www.em.com.br
www.bbc.com
Os meses, suas cores e suas causas.
Quando, por algum motivo, não podemos registrar um número de telefone, por exemplo, e precisamos memorizá-lo imediatamente para anotar depois, não é quase instintivo repetirmos a informação para nós mesmos, em voz alta? Sabe o que estamos fazendo ao praticar isso? Alimentando a memória com diferentes estímulos, o que torna o processo de retenção da informação muito mais eficiente no cérebro.
Plenamente consciente ou não desse fato, um dia, alguém (provavelmente um profissional bem preparado da área de comunicação), decidiu aplicar esse eficiente recurso por uma nobre motivação, associando uma cor a um determinado mês, e o mês a uma determinada causa - de saúde. Nascia assim a estratégia de utilizar meses “coloridos” para estimular a compreensão, a conscientização, o autocuidado e, principalmente, a prevenção e o diagnóstico precoce de várias doenças.
Até onde conseguimos rastrear, o precursor é o Outubro Rosa, criado para chamar a atenção das mulheres para a questão do câncer de mama. E o segundo mais antigo seria o Novembro Azul, para alertar os homens sobre o câncer de próstata. Ao longo do tempo, e com o sucesso da estratégia, associações médicas, organizações não-governamentais, diversas instituições da área de saúde e mesmo instâncias oficiais do poder público estabeleceram pautas e cores para todos os meses do ano. Por isso não é incomum que um único mês seja associado a mais de uma causa, e uma cor a diferentes meses.
Na SICCS, nós sempre contribuímos para a conscientização sobre essas causas, com artigos aqui neste blog, publicações em nossas redes sociais e materiais especiais disponibilizados para nossos clientes. Hoje, vamos compartilhar uma visão geral sobre todos os meses do ano e as cores associadas a eles para aumentar a aderência das pessoas à conscientização sobre os respectivos temas vinculados.
Janeiro
• Branco - Saúde Mental
• Roxo - Hanseníase
Fevereiro
• Roxo - Mal de Alzheimer, lúpus e fibromialgia
• Laranja - Leucemia
Março
• Vermelho - Câncer de rim
• Azul marinho - Câncer colorretal
Abril
• Azul - Conscientização sobre o autismo
• Verde - Segurança e saúde no trabalho
Maio
• Cinza - Câncer de cérebro
Junho
• Vermelho - Doação de sangue
Julho
• Amarelo - Combate às hepatites virais
• Verde - Câncer de cabeça e pescoço
Agosto
• Dourado - Aleitamento materno
• Verde claro - Combate ao linfoma
Setembro
• Amarelo - Prevenção ao suicídio
• Verde - Doação de órgãos
Outubro
• Rosa - Câncer de mama
Novembro
• Azul - Combate ao câncer de próstata
• Azul - Diabetes
Dezembro
• Vermelho - Combate à Aids
• Laranja - Câncer de pele
Nem todos os temas são exatamente “doenças” e é possível que haja mais associações meses/cores/causas não contempladas aqui - afinal, sabe-se que quase toda “coletânea”, sobre qualquer coisa, tende sempre a ser incompleta. Também não desdobramos cada um dos assuntos associados a cada mês, para não tornar essa matéria muito extensa. Mas os casos mais tradicionais e relevantes para a área de saúde estão presentes em nossa seleção.
Aqui em nosso blog e em nossas páginas nas redes sociais - no Facebook, no Instagram e no LinkedIn - abordaremos a maioria desses temas, cada um a seu tempo, como já fazemos tradicionalmente há alguns anos. Convidamos você a acompanhar nossos conteúdos e a compartilhar essa matéria com o maior número de pessoas possível.
Porque se há um fator principal que une todas essas causas, de todos esses meses, em todos os anos, esse fator é a conscientização.
Fontes
www.super.abril.com.br
www.vidasaudavel.einstein.br
www.educamaisbrasil.com.br
www.incrivel.club
www.calendarr.com/brasil
Rol taxativo: novidades?
A inclusão de novos procedimentos está em discussão no Congresso.
Em junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a lista de tratamentos cobertos por planos de saúde - o chamado “rol” da Agência Nacional de Saúde (ANS) - deve ser considerada taxativa, o que desobrigaria os convênios médicos a cobrir procedimentos (exames, terapias, cirurgias, fornecimento de medicamentos) que não estejam nela previstos. Falamos disso aqui em nosso blog na ocasião, abordando as nuances da questão e os argumentos tanto de quem é contra como a favor da decisão.
Agora parece haver no horizonte novidades importantes sobre o assunto: na terça-feira, 23 de agosto, o Senado Federal se reuniu para debater com especialistas, entidades e agentes da saúde a possibilidade de ampliar do rol da ANS, alterando a lei que rege a saúde suplementar para acomodar novas coberturas de assistência médica e odontológica. No início deste mesmo mês, a Câmara aprovou o PL 2033/22, que estabelece critérios para permitir a inclusão de procedimentos que não constam na lista atual da ANS.
A proposta tramita no Senado e deve ser deliberada diretamente, sem passar pelas comissões permanentes da Casa (o que, por si só, já provoca certo estranhamento). As votações do PL no Plenário estão previstas para os dias 29 e 30 de agosto. Relator do projeto, o senador Romário (PL-RJ) deu indicações de que manterá praticamente intocado o entendimento da Câmara dos Deputados, que aprovou o PL no começo de agosto.
Segundo o texto, os planos de saúde poderiam passar a cobrir, em alguns casos, serviços com comprovação da eficácia baseada em evidências científicas e plano terapêutico; recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS; e indicação de órgão de avaliação de tecnologias em saúde.
Durante a sessão, a ANS e o Ministério da Saúde argumentaram o que era de se esperar: que ampliar o rol levaria a um aumento nos preços dos planos, que seria repassado aos consumidores, e que boa parte deles não teria condições de arcar com esses custos. Nem é preciso dizer que há, e sempre haverá, protestos e argumentos do outro lado, que deseja a maior cobertura possível sem considerar os respectivos impactos financeiros e a própria sobrevivência do setor.
Esses são, novamente, dois lados um tanto simplistas de uma questão quase sempre tratada com maniqueísmo, visão de mundo em que praticamente tudo é uma contenda entre opostos incompatíveis, algo como o bem contra o mal, mocinhos contra vilões - uma receita quase infalível para o abandono da racionalidade, na verdade a única via para equacionar e solucionar problemas complexos, que quase nunca satisfazem por completo todos os lados.
Qualquer que seja a decisão parlamentar, a melhor saída para a sociedade provavelmente será conquistar, de preferência num futuro muito próximo, uma segurança jurídica suficiente para balizar as decisões e ações de todos os envolvidos: instâncias reguladoras, operadoras, beneficiários, corretoras e toda a cadeia de negócios que fornece a milhões de pessoas tanto melhor tratamento de saúde quanto desenvolvimento econômico - inclusive geração de empregos.
Embora o campo seja bem diferente - e sempre haja motivos insondáveis envolvidos na criação de leis - vamos todos torcer para que o senador Romário consiga ser, aqui também, aquilo que primeiro o consagrou como personalidade pública: um craque.
Fontes
www.revistaapolice.com.br
www25.senado.leg.br
www.uol.com.br
O dobro de idosos com plano de saúde.
Como sua empresa vai se posicionar diante dessa realidade?
Em 20 anos, o salto foi de 107,6%. Sim, até mais que o dobro. Entre março/2002 e março/2022, esse foi o crescimento de indivíduos com mais de 60 anos que são usuários de planos de saúde no país. Os dados são do Panorama dos Idosos Beneficiários de Planos de Saúde no Brasil, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Nessas duas décadas, os vínculos saltaram de 3,4 milhões para 7 milhões, uma alta histórica.
Segundo o estudo, em março do ano corrente foram constatados os seguintes percentuais aproximados por faixa etária:
- 60 a 69 anos - 52%
- 70 a 79 anos - 31%
- 80 anos ou mais - 18%
Os dados indicam ainda uma prevalência de 60% do sexo feminino (4,2 milhões de vínculos) e os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro como os que têm mais idosos, não por acaso, tanto na população em geral (45%) quanto entre os beneficiários (63%).
E por que isso pode impactar as empresas - como a sua? Porque o estudo também constatou que, em relação ao tipo de contratação, houve, digamos, uma alta estratosférica nas aquisições de planos coletivos, especialmente os empresariais: nada menos que 280,5%. Em outras palavras, nos últimos 20 anos, enquanto o número de idosos com plano de saúde “no geral” duplicou, o número dessas pessoas com planos de saúde empresariais praticamente triplicou.
Evidentemente, um crescimento nesse ritmo se explica, em grande parte, pelo envelhecimento da população, já amplamente constatado por pesquisas e largamente noticiado em matérias jornalísticas que tratam de questões etárias. Mas o fato certamente está relacionado também ao maior acesso à informação, que faz com que as pessoas hoje estejam mais conscientes de que, com o avançar da idade, consultas médicas, exames e internações se tornam mais necessários.
Também é plausível supor que, nos últimos 2 anos (significativos 10% dessas duas décadas), tenha havido um impulsionamento na busca por planos de saúde causado pela pandemia de Covid-19, que mesmo acontecendo paralelamente à perda do plano de saúde por quem foi desligado do emprego, devido à “parada” da economia, parece ter deixado um saldo positivo. Ou seja, apesar dos solavancos - um deles deveras intenso - o número de usuários cresceu, com destaque expressivo entre pessoas com mais de 60 anos.
Esse cenário traz várias novas questões, algumas delas ainda em aberto. Um bom exemplo: com a população se tornando mais velha, o conjunto da força de trabalho disponível também terá mais idade, o que demandará das empresas, cada vez mais, a habilidade de equacionar a necessidade de “sangue novo” com a experiência dos veteranos - cuja proporção entre as pessoas economicamente ativas tende a se ampliar.
Outro exemplo, consequência direta do primeiro: com a idade dos usuários de planos de saúde empresariais aumentando, a utilização dos serviços oferecidos por esse tipo de benefício também deve crescer, ampliando assim o custo para as operadoras. Para preservar a sustentabilidade econômica do setor, é quase um movimento natural que esse custo maior seja repassado para as empresas contratantes.
Porém, esse mesmo conceito de sustentabilidade implode se os custos - aumentados em função da maior faixa etária - se tornarem proibitivos para grande parte das empresas, o que poderia fazer o setor encolher, em vez de se “sustentar”. Esse dilema não parece estar tão próximo no horizonte, mas também não tão longe... O mercado como um todo terá de lidar com ele, encontrando soluções mais aderentes às mudanças sociais que já se insinuam claramente.
Dentro do universo da empresa, coloca-se ainda outra questão (entre as muitas que o tempo talvez venha a propor): seria uma escolha válida, empresarialmente, priorizar profissionais mais jovens por serem “mais baratos” em termos de benefícios? Seria essa escolha humanamente ética? A experiência e a dedicação - às vezes de vários anos - de um profissional veterano podem ser completamente desconsideradas em função daquela coluna do Excel que mostra, de forma puramente contábil, a diferença entre receita e despesa?
Claro que cada empresa tomará sua própria decisão e terá de arcar com as respectivas consequências. Mas é salutar ter em mente dois fatores extremamente relevantes. O primeiro é que um bom plano de benefícios continuará sendo um importante fator de atração e retenção de talentos, e os talentos mais valiosos estarão mais velhos, portanto talvez isso demonstre que o foco precisa ser a relação custo-benefício, não meramente o custo “puro”.
O segundo é que uma empresa realmente mais avançada em termos de gestão tem de considerar, para valer, o fator humano, e mostrar-se bem consciente de que há mais de uma maneira de conter custos. No que se refere ao tipo de benefício de que estamos falando aqui, e considerando os muitos raciocínios possíveis, parece claro que a forma mais inteligente de fazer isso - e a mais humana - é promover a saúde.
Você já pensou em como sua empresa vai se posicionar diante dessa escolha?
Fontes
www.revistaapolice.com.br
www.ibge.gov.br
wwww.conceitos.com/seguro
Seguros: versão real.
A ideia de que a área é desinteressante é piada de filme.
É uma piada fácil em filmes - e agora séries - principalmente em comédias e, em certa medida, histórias de aventura e ação, retratar o profissional de seguros como “o chato” ou aquele que tem uma atividade muito chata e tediosa. Todo mundo já viu um personagem que o roteiro pretende definir como chato dizer que tinha como compromisso participar de uma “convenção de seguros”.
Tudo bem, é apenas uma piada, baseada num estereótipo. Ou seja, é para levar “na esportiva”. Não vamos aqui fazer como militantes radicais de tantas causas, que enxergam em qualquer tipo de humor, ou irreverência, agressão, violência e desrespeito reais. Mas já que esse é o nosso negócio, e que falamos para um público diferenciado, interessado no tema, podemos fazer um contraponto - a sério.
A ideia do seguro é muito simples: um grupo de pessoas/empresas, expostas à eventualidade de um mesmo tipo de risco (ameaça à vida, à saúde, ao patrimônio), decide partilhar o custo de uma proteção comum. Isso se chama mutualismo, conceito segundo o qual cada pessoa ou organização contribui com um pouco, de acordo com suas possibilidades, e cria-se a partir dessa, digamos, participação solidária um fundo administrado pelas seguradoras para contrapor-se ao risco de acidentes e ameaças à vida, à integridade física, à saúde e ao patrimônio dos segurados.
A atividade seguradora tem, portanto, a missão de proteger agentes produtivos contra riscos de perdas patrimoniais e assegurar às pessoas e organizações proteção à vida e à saúde, bem como a reposição de bens, indenizações e benefícios em caso de infortúnio. De uma forma ou de outra, o seguro está presente na vida de todos - quer seja percebido ou não - e nesta condição o mercado de seguros pode ser visto como fator indispensável à preservação do bem-estar coletivo, da tranquilidade, da paz social e do desenvolvimento econômico de qualquer país.
Daí que a atividade seguradora pode ser considerada uma forma de solução moralmente justa para um dos mais angustiantes problemas de indivíduos e empresas diante das contingências da vida real: a incerteza em relação ao futuro. O mutualismo, seu fundamento, nasce da convergência e da prática de duas virtudes que qualificam as relações humanas: a boa-fé e a solidariedade.
A boa-fé se manifesta formalmente como lastro de credibilidade à palavra do segurado - quando declara suas condições na contratação de uma apólice - e à da seguradora, ao prometer proteção, reposição de bens e rendas ou reparação de danos. E a solidariedade é o vínculo entre aqueles que decidem repartir entre si o preço da proteção à vida e ao patrimônio, em face da imprevisibilidade do risco individual e do infortúnio.
É a partir do momento que procede à partilha do risco entre muitos, democratizando a possibilidade de proteção, que o seguro cumpre relevante função social. Reforçando: cada qual contribui com pouco, de acordo com suas possibilidades, para fazer face ao risco, que é comum, e proteger-se do infortúnio, incerto e futuro, no momento em que ele se individualiza.
Esses aspectos, provavelmente desconhecidos para a maior parte das pessoas - e com certeza para muitos roteiristas de filmes - revestem o trabalho das empresas de seguro de características muito especiais, marcadamente fundamentadas na ética, e o destaca positivamente no conjunto das atividades econômicas.
Nada menos chato ou desinteressante - e mais necessário.
Fontes
www.cnseg.org.br
www.direitonet.com.br
www.conceitos.com/seguro
Hoje não é Dia Internacional da Mulher
É bastante comum que no Dia da Internacional da Mulher, e muitas vezes ao longo de todo o mês março, no qual a data está incluída (dia 8), as empresas cumprimentem o público feminino afirmando que o ideal é que as mulheres sejam lembradas, respeitadas e valorizadas o ano inteiro. Nós concordamos, mas, ao contrário da maioria, decidimos colocar isso em prática também aqui no nosso blog.
Nem é preciso dizer que a participação das mulheres no mercado de trabalho há anos apresenta uma tendência consistentemente crescente, mas é bom lembrar o que isso significa em termos de gestão securitária: há todo um público com questões de saúde específicas de seu sexo (ou “gênero”, para quem prefere o vocabulário progressista), e isso de alguma forma tem impacto nos planos de saúde corporativos.
E assim como no caso dos homens - somos a favor da igualdade não só de direitos e oportunidades, mas também de cuidados - medidas educativas e de prevenção são um jogo de ganha-ganha: ao mesmo tempo em que a profissional preserva sua saúde e qualidade de vida, a empresa reduz os efeitos de uma possível ausência, permanente ou temporária, de seu talento - aquilo que o segmento de seguros chama pelo termo, algo árido, de absenteísmo.
Aqui é o ponto de lembrarmos, de novo, que igualdade de direitos, oportunidades e cuidados não é igualdade de ser. As particularidades anatômicas e fisiológicas (ou seja, biológicas) da mulher, classicamente definida como uma fêmea humana adulta - mais uma vez sob protesto de militantes e ativistas extremados - requer cuidados específicos. Vejamos alguns exemplos de temas que uma empresa pode abordar.
- Câncer de mama - Segunda maior causa de morte de mulheres no Brasil (vem logo depois de doenças cardíacas), tem prognóstico bastante positivo quando identificado precocemente, por meio de mamografia periódica e autoexame regular.
- Câncer de colo de útero - Também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos de HPV. Pode ser facilmente descoberto em fase inicial no exame preventivo conhecido também como Papanicolau e é curável na grande maioria dos casos, mas pode passar despercebido e evoluir mal sem o exame periódico.
- Endometriose - Quadro em que parte do endométrio, tecido que recobre a área interna do útero, migra para fora da cavidade uterina, causando cólicas menstruais fortes e dor pélvica crônica, entre outros sintomas, podendo até levar à infertilidade. Consultas regulares ao ginecologista ajudam no diagnóstico e tratamento precoces.
- Fibromialgia - Síndrome de dores crônicas por todo o corpo, sem causa definida ou aparente - ainda uma espécie de mistério para a medicina, já que a dor parece ser a própria doença, não um sintoma de outra coisa - atinge apenas 1% do público masculino.
- Depressão - Condição há muito tempo reconhecida pela medicina como uma doença e que pode ter diversos sintomas, como falta de motivação/prazer em atividades antes prazerosas, isolamento social, tristeza contínua, irritabilidade exagerada, distúrbios do sono, entre outros. Mulheres têm 2 vezes mais chances de ter depressão, provavelmente devido às oscilações hormonais do corpo feminino.
- Climatério e menopausa - Essa fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo da mulher é marcado por uma série de sinais e sintomas que surgem antes e depois da menopausa (nome que, tecnicamente, se refere à última menstruação) e são causados pelas diversas variações hormonais típicas do processo. Existem diversas abordagens terapêuticas, individualizadas, para essa fase.
Agora imagine que todas as mulheres de uma equipe/força de trabalho sejam estimuladas a tomar todos os cuidados necessários para não terem sua saúde e qualidade de vida comprometidas por esses e outros problemas típicos, senão exclusivos, do organismo feminino - e não só por meio de ações de conscientização, mas também de forma prática, com incentivo ao uso racional do plano de saúde.
O resultado mais provável será a promoção de uma boa condição de saúde, mais estável e consistente, entre as colaboradoras, e portanto menor absenteísmo, e portanto mais produtividade, e portanto melhor custo-benefício do... benefício, a médio e longo prazo. Como dissemos, um jogo de ganha-ganha que inclusive tem papel importante na atração e retenção de talentos (leia-se aqui maior prestígio interno da empresa).
É por isso que se torna relevante dizer, como em nosso título, que oficialmente hoje não é o Dia da Mulher. Só que é.
Fontes
www.blog.alelo.com.br
www.bvsms.saude.gov.br
www.pebmed.com.br
www.docctormed.com.br
www.gov.br/inca/pt-br
Gestão de Riscos: conceitos técnicos
A Gestão de Riscos deve fazer parte da rotina corporativa, estar alinhada às práticas e aos princípios de controles internos e servir como suporte às áreas de negócio e aos administradores da companhia na tomada de decisões.
Em linhas gerais, Gestão de Riscos se refere aos princípios, à estrutura e ao processo para mitigar riscos que eventuais fraquezas internas e ameaças externas trazem ao negócio, seja pela probabilidade de sua ocorrência, seja pelos impactos negativos que podem vir a gerar caso se materializem.
Considerando definições presentes em documentos de melhores práticas e regulamentos associados ao tema, uma boa Gestão de Riscos precisa:
• Ser compatível com a natureza, escala e complexidade das operações da organização;
• Prever processos, metodologias e ferramentas para identificar, avaliar, mensurar, tratar e monitorar a exposição a riscos;
• Adotar tratamentos e controles adequados, compatíveis com cada risco, com o objetivo de evitá-lo, mitigá-lo, compartilhá-lo ou mesmo aceitá-lo de forma consciente e controlada;
• Descrever o conjunto de riscos a que a companhia está exposta, de acordo com a metodologia empregada para a identificação de riscos, definindo um “apetite ao risco” (veja adendo abaixo) e a forma de alcançar objetivos estratégicos para criar valor aos acionistas;
• Considerar a elaboração de um plano de continuidade de negócios, contendo as informações e os procedimentos necessários para a manutenção das atividades críticas da organização diante de situações que afetem seu funcionamento normal.
A identificação e a avaliação dos riscos precisam considerar, entre outros, os seguintes tipos de riscos:
Estratégicos - Riscos associados a decisões estratégicas da organização para atingir os seus objetivos de negócios;
Financeiros - Riscos associados à exposição das operações financeiras da companhia e suas subsidiárias, que podem ser classificados em riscos de mercado, de crédito e de liquidez;
Operacionais - Riscos decorrentes da falta de consistência e adequação dos sistemas de informação, processamento e controle de operações, assim como de falhas no gerenciamento de recursos e controles internos;
Compliance - Riscos relacionados a sanções legais/regulatórias, de perda financeira ou dano à reputação que a empresa pode sofrer como resultado da falha no cumprimento da aplicação de normas, leis, acordos, regulamentos, código de ética ou conduta ou demais políticas e normas internas;
Segurança da informação - Riscos relacionados a controles ineficazes ou inexistentes e ações indevidas que possam comprometer a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados/informações coletados e tratados pela companhia.
Muitas companhias possuem seu próprio “dicionário de riscos”, não necessariamente seguindo a tipologia que descrevemos acima. Mas é indispensável que estas categorizações próprias contemplem todos os possíveis riscos a que a companhia está exposta e que sejam adotadas como linguagem única dentro da organização.
Um adendo
Pode parecer contra-intuitivo - uma vez que o termo “risco” parece estar sempre associado a algo negativo - mas devido às inúmeras particularidades dos vários segmentos possíveis de atuação corporativa, existe um conceito que pode ser chamado de apetite ao risco, que se refere a quanto de risco uma organização está disposta a correr para atingir seus objetivos.
O apetite ao risco pode ser parametrizado tanto qualitativa como quantitativamente e gerenciado em relação a uma iniciativa individual ou agregada da companhia, devendo sempre estar alinhado com suas respectivas estratégias, plano de negócios e limites de riscos aceitáveis. O apetite ao risco (assim como a tolerância a eles) deve ser sempre estabelecido pelo conselho de administração da companhia, nunca de forma autocrática por um de seus executivos.
Você quer contar com a parceria de quem domina todos esses conceitos, e muitos outros, para oferecer à sua empresa uma Gestão de Riscos consistente, que não só proteja sua companhia como também contribua para seus objetivos de negócio? Fale com a SICCS.
Fontes:
www.cnseg.org.br
www.susep.gov.br